Curando Feridas escrita por vieesoares


Capítulo 18
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Oi, meninas! Desculpa não ter vindo na terça, mas realmente fiz tanta coisa durante o dia que ficou complicado! Mas o que importa é que agora eu estou aqui, não é?
-
E vamos a mais um capítulo.



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Isabella pov.

- Bella?

- Tia Bella?

- Oi.

- Por que você tá chorando, tia?

- Por nada, querida. – limpei meu rosto, vendo que ele estava realmente molhado.

- Tem certeza que não é nada, Bella? – a voz de Edward estava preocupa.

- Tenho sim. – tentei sorrir. – Só me lembrei da minha mãe.

- Chegamos. – percebi que estávamos parados em frente ao prédio em que eu morava com Charlie. – Você quer entrar sozinha ou quer que nós subamos com você?

- Eu prefiro entrar sozinha, Edward. – abri a porta. – Prometo que eu não vou demorar.

- Tudo bem. – assentiu. Saí do carro a passos lentos, tentando prolongar ao máximo a minha chegada até apartamento.   

Não sei como eu reagiria se encontrasse Charlie. Provavelmente teria outra crise nervosa e falaria coisas que depois me arrependeria. Meu pai poderia ter mentido durante todos esses anos, mas eu sei que ele me ama incondicionalmente e fez isso achando que era o certo a ser feito.   

Girei a chave na fechadura com toda a calma do mundo, me preparando para o que encontraria do outro lado da porta, mas para minha total surpresa a casa estava silenciosa. Charlie deveria estar na delegacia. Acontecesse o que acontecesse, ele nunca seria irresponsável com o trabalho.   

Fui até o meu quarto e tentei ser o mais breve possível. Peguei todas as minhas roupas, não queria ter que voltar aqui novamente. Mesmo que Charlie e eu voltássemos a nos falar, eu não voltaria para casa. Estava na hora de eu me tornar independente, de eu crescer e deixar de ser sustentada pelo meu pai. Estava na hora de eu virar adulta.

- Vamos? – perguntei a Edward, depois de termos colocado todas as minhas malas (que não eram muitas) no carro.

- Tem certeza de que é isso que você quer? – passou a mão na minha cabeça.

- Está na hora de crescer, Edward. – sorri. – Mesmo que isso me obrigue a mudar meu estilo de vida radicalmente.

- Você é uma das mulheres mais fortes que eu já conheci. – me abraçou. – Nunca mude, Bella.

- Não vou. – garanti. – Agora vamos? Rose já está me esperando na casa dela.

- Vamos.   

E minha vida nova começava a partir de agora.

Edward pov.

Ver o sofrimento dela, vê-la no estado em que se encontrava ontem, ver as lágrimas de dor e sofrimento que ela derramava, me fizeram o cara mais infeliz do mundo. Eu podia não amar Bella, ainda, mas eu gostava demais dela... E eu sei, que mais cedo ou mais tarde eu vou me envolver seriamente com ela. Mas ontem, a única coisa que eu pensava em fazer era tentar acalmá-la. Se fosse possível, eu passaria todo o seu sofrimento para mim, se fosse possível, seria eu o enganado e traído e não ela.   

E vê-la tão entregue a mim, ver a forma com que ela se abriu e permitiu que eu entrasse em sua vida totalmente, me fez tão feliz. Ela queria se sentir amada, e por mais que eu achasse que nós estivéssemos nos precipitando, eu me permiti amá-la de uma forma que eu nunca amei nenhuma mulher, nem mesmo Tanya. Eu tentei ser o mais carinhoso e atencioso possível na cama com ela ontem, eu tentei ser um homem a altura dela.   

E quando ela me contou o que aquele filho da puta tinha feito, a única coisa que eu queria fazer era ir até a França e acabar com a vida daquele desgraçado, mostrar a ele que Isabella tinha quem cuidasse e se preocupasse com ela, tinha quem a defendesse. Isso tudo que aconteceu só serviu para que eu a admirasse mais ainda. Bella era, sem dúvidas, a mulher mais encantadora e forte que eu já conheci.

- Tem certeza que você vai ficar bem aqui? – perguntei, ao parar o carro na frente da casa de Rosalie.

- Tenho, Edward. – apertou minha mão, que descansava em cima da minha perna. – Eu já falei que qualquer problema eu vou ligar para você, então não sei por que essa preocupação, detetive.

- Tia Bella, você podia ficá lá em casa com a gente.

- Não, Claire, a tia vai ficar melhor aqui, tá? – virou para trás, olhando para a criança. – Gente, já falei que qualquer coisa eu vou ligar. Agora eu preciso entrar. Me dá um beijo, Claire. – foi prontamente atendida. – Obrigada por tudo, detetive. – deu um beijo na minha bochecha. – Nos falamos mais tarde. – saiu do carro, pegando suas malas que estavam na parte de trás. – Tchau. – falou, antes de sumir dentro da casa de Rosalie. 

- E agora, papai? – Claire me perguntou enquanto voltávamos para casa.

- E agora que nós vamos para casa. Seu queixo está doendo? – olhei para ela pelo retrovisor.

- Não, mas o vovô falou que se doê é só eu tomá um remedinho. – balançou as pernas despreocupadamente.

- Ok. – provavelmente meu pai deve ter mandado tomar um analgésico, mas ela não saberia falar isso.

- Pai?

- Oi, querida.

- Nós vamos vê a tia Bella de novo, né?

- Claro que vamos, filha. – entrei com o carro na garagem do prédio. – Por que essa pergunta?

- Eu gosto muito dela, papai, e queria que ela fosse muito a minha mamãe. – segurou minha mão enquanto andávamos até o elevador.

- Claire, já conversamos inúmeras vezes sobre isso. – pressionei minha testa. Eu estava absurdamente cansado e estressado, e ainda teria que trabalhar hoje à noite.

- O quê é isso? – me olhou, com os olhos transbordando curiosidade.

- Isso o quê?

- Inúmera... Alguma coisa? – deu de ombros.

- Inúmeras vezes? – ela assentiu. – É quando nós falamos alguma coisa várias vezes.

- Ah! Entendi. – o elevador parou no nosso andar, e assim que saímos dele, vi Charlie sentado na porta do meu apartamento. – Tio Charlie! – correu até ele.

- Criança! – ficou de joelhos, abraçando o corpinho gordinho da minha filha. – Como você está?

- Bem, tio. – sorriu.

- Charlie. – cumprimentei.

- Edward. – ficou em pé. – Será que nós podemos conversar?

- Claro. – terminei de abrir a porta, fazendo um gesto para ele entrar. – Ei, moça! Por que você não vai ver desenho no seu quarto, hein? Aproveita que não foi para a aula hoje.

- Tá. Depois você vai ficá lá comigo?

- Claro que vou, filha. – inclinei-me, depositando um beijo em sua testa. – Agora vai lá.

- Tchau, tio Charlie. – gritou enquanto sumia pelo corredor.

- Algum problema, Charlie? – o encarei séria e friamente.

- Eu quero saber onde Isabella está.

- Perdão, mas eu não posso te falar isso. – suspirei, cansado. – Ela confia em mim, entende? Olha, Charlie, eu sei que você quer conversar com ela, quer voltar a falar com ela, quer se explicar, mas espera um tempinho, Ok? Bella está muito magoada. – sentei no sofá.

- Ela te falou isso? – sentou ao meu lado.

- Falou.

- Eu juro que não sinto ciúmes de você, Edward, muito pelo ao contrário, em qualquer outra situação eu ficaria muito feliz por saber que minha filha está com alguém como você, mas não quero perder Isabella.

- Eu te entendo... – murmurei. – Mas você não acha que está na hora de deixar Bella andar com as próprias pernas? Ela morou sozinha em outro país por dois anos, ela é capaz de tomar as próprias decisões.

- Você a ama? – foi direto.

- Não, mas eu sinto que isso está próximo de acontecer. Eu sinto uma afeição muito grande por ela, quero protegê-la... Ontem, eu me senti a pior pessoa do mundo por vê-la sofrendo daquela forma e sem poder fazer nada.

- A minha filha vai ser feliz com você, Edward. – sorriu.

- Charlie, eu não sei se Isabella quer ter alguma coisa séria comigo. – cocei meu rosto, sentindo a barba que estava crescendo me incomodar.

- Por que você acha isso?

- Porque ela não faz o tipo de garota que gosta de se prender a alguém. – menti. Não podia falar a verdade para ele, ela me pediu.

- Eu tenho certeza que na hora certa ele vai perceber que te ama. – ficou em pé. – Obrigada pela conversa, Edward, – estendeu a mão em minha direção, em um sinal claro de que era para eu apertá-la. – e até mais tarde.

- Seu plantão também será à noite?

- Eu troquei. – o acompanhei até a porta. – Queria vir falar com você de manhã.

- Entendi...

- Desculpa por tudo, Edward.

- Imagina, Charlie. – dei um abraço nele. – Você sabe que eu te considero como um segundo pai.

- E eu o considero como o filho que eu nunca tive. – se afastou de mim.

- Até mais tarde. – o observei entrar no elevador, depois que a máquina já tinha descido, me permiti entrar em casa.

[...]

Cocei os olhos, tentando não dormir enquanto dirigia. Pensei que fosse dormir um pouco a tarde, mas Claire exigiu minha total atenção, não queria ficar sozinha... E quando fui ver, já estava na hora de levá-la para casa dos meus pais e ir trabalhar.

- Oi. – cumprimentei James, que estava agachado ao lado de um corpo.

- Ei, Cullen! – ficou de pé, me dando um meio abraço

.- O que aconteceu aqui?

- Um casal de namorados achou o corpo... Nenhuma identificação.

- Cadê Charlie?

- Está vindo. Ei! – chamou Jasper. – Já pode levar o corpo dela.   

Sim, Jasper, meu cunhado, trabalhava comigo. Aliás, ele conheceu Alice através de mim... Assim que Jasper terminou a faculdade de medicina ele veio trabalhar no laboratório como médico legista, nós nos tornamos amigos logo de cara. Ele passou a frequentar lá em casa e logo estava namorando com a minha irmã.

- Já interrogaram o casal?

- Não, ainda não.

- O que aconteceu aqui?

- Charlie. – James o cumprimentou. – Encontraram o corpo dela aqui, - apontou com a cabeça para o casal.

- Vou interrogar as crianças.

- Crianças, Edward?! – James perguntou, incrédulo. – Eles têm quase a sua idade, não são mais crianças!

- Que seja. – dei de ombros, me afastando deles. – Boa noite, senhores. – os cumprimentei. – Meu nome é Edward Cullen e eu sou detetive. Queria fazer algumas perguntas para vocês, tudo bem? – tentei deixá-los confortáveis, pois percebi que estavam muito nervosos.

- Olha, – o garoto começou. – nós não matamos, tá legal? Eu só queria fazer alguma coisa legal para a minha garota, achei que seria legal trazê-la à noite ao Central Park. Jamais esperaria encontrar uma mulher morta.

- Mas eu não estou falando que vocês a mataram, só queria saber como vocês a encontraram.

- Desculpa, detetive. – a garota murmurou, visivelmente abalada. – Nós estávamos andando pelo parque quando eu vi uma bolsa da Chanel no chão e, uma mulher que se preze, sabe o quão caro é uma bolsa dessas. Então eu fui pegá-la e foi quando eu vi o corpo.

- E onde está essa bolsa? – olhei ao redor, tentando achá-la.

- Eu entreguei a um policial.

- Só isso? – eles assentiram. – Vocês não estão me escondendo nada?

- Não, senhor.

- Tudo bem, então vocês estão liberados. – me afastei dali. – Charlie, o casal não ajudou com muita coisa. A garota que falou de uma bolsa, provavelmente deve ser da vítima.

- É, James já mandou para o laboratório. Edward, me responda uma coisa: se você fosse matar alguém e não quisesse ser descoberto, o quê você faria?

- Mataria a pessoa em um lugar isolado e depois sumiria com a arma do crime e com o corpo.

- Então por que diabos ele, ou ela, a matou e deixou a arma aqui? – me mostrou um revólver calibre 38 prateado.

- Tem certeza de que essa é a arma do crime?

- Não, ainda não fizemos o exame de balística, mas ao que tudo indica, sim. – colocou o objeto em um envelope pardo e entregou para um membro da equipe.

- Falei com Isabella hoje à tarde. – comecei a procurar por evidências ao redor. – Ela me falou que está bem.

- Você não vai mesmo me dizer onde ela está, não é?

- Não posso fazer isso, Charlie. Seria como trair a confiança dela, e eu não quero decepcioná-la. – me agachei no chão, pegando uma folha que possuía sangue. – Acha que esse sangue é da vítima?

- Provavelmente... Não tenho sinais de que o assassino tenha se machucado. – pegou a folha as minhas mãos, analisando. – Vou mandar para o laboratório e mandar o Adam analisar com urgência.

- Charlie, posso te fazer uma pergunta?

- Fique a vontade.

- Como você descobriu que a Bella estava comigo no hospital?

- Um amigo meu que é segurança de lá, a viu chegando, achou que tivesse acontecido alguma coisa com ela e me ligou.

- Hum.

- Sabe? eu fiz o que fiz porque achei que fosse o certo.

- Não é para mim que você tem que se explicar, Charlie. Eu te entendo, de verdade. Não sei como vou fazer quando tiver que explicar a Claire o motivo da mãe dela estar morta, mas vou tentar ser sincero, mesmo que isso a deixe com raiva.

- O pior é que eu sei que Bella não ficaria com raiva, muito pelo ao contrário, ela me entenderia.

- Então por que você mentiu?

- Não sei. – foi sincero. – Só sei que agora vou ter que me virar para reconquistar a minha filha.


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Notas finais do capítulo

Então é isso, meus amores! Eu falei que esse capítulo era curtinho e meio chatinho... Ele só está aí pra explicar que apesar de tudo, a Bella "entende" o pai dela, em partes, claro.
-
Mas o próximo capítulo promete. Teremos declaração... Serão duas ou uma declaração só? E quem vai se declarar: Bella ou Edward? Hahahahahaha Adoro deixar vocês curiosas!
-
Gente, agora o assunto é um pouco mais sério. Eu vejo que 75 pessoas leem a fic e somente 8 ou 10 comentam. Gente, vocês sabem, até porque já falei isso milhões de vezes, que não gosto de cobrar comentários, mas acho que não custa nada deixar um "tá bom", "tô gostando" ou "posta mais"... Sei lá, só pra eu ver que meu trabalho está sendo reconhecido. Fico realmente bem chateada com isso. Mas enfim, não posso obrigar ninguém a comentar.
-
Espero que tenham gostado do capítulo, viu, meus amores? Beijos e até semana que vem.



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