All My Hope escrita por Angel1006


Capítulo 42
You Are Not Alone


Notas iniciais do capítulo

Oooi personitas!! Bom, eu pensei muito na musica Lullaby nesse capítulo então talvess deixar a musica de fundo ponha voces no clima do capítulo... De qualquer modo, agora a reta final já está bem no final e eu espero muito que vocês gostem do jeito que as coisas vão terminar...
E vocês precisam dar mais a opinião de vocês ein... Podem se meter que eu não ligo não... suhashuah



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Passaria por tudo de novo mais uma vez.

Pov Manu

Jake foi retirado do quarto a força. Meus olhos estavam embaçados demais para ver o médico com nitidez, portanto eu não sabia qual era sua expressão.

Ele então começou a falar:

- Como se sente, srta. Senna?

- Não sei doutor. – Falei confusa. - Onde está minha filha?

- Srta. Senna, depois do acidente, que acertou suas costas, você foi arremessada e sofreu uma pancada muito forte. Houveram complicações e o bebê não resistiu.

Nesse momento vi Jake chorando na porta, ele ia entrar no quarto, mas eu simplesmente desviei o olhar e ele desistiu. Eu não podia perder minha filha. Eu nem a vi, nem a conhecia. Mas eu sentia, lá no fundo que era uma menina.

Eu me apeguei a ela tão rapidamente quanto me apeguei a Jake. Ela me deu forças, ela era meu bebê, dependia de mim. E como nos sonhos, eu não consegui salvá-la. Meu corpo parecia incompleto sem ela ali, eu não parecia mais comigo. Em questão de segundos, passei de futura mão feliz para uma garota de 18 anos sem família, nem nada que a prendesse a vida. A única prova de que eu precisava estar ali era Jake.

Ele parecia tão mal quanto eu estava. Nos últimos meses ele costumava deitar no sofá equanto eu sentava na cadeira, com a cabeça na altura da minha barriga. Ficava ali horas conversando, mas não comigo, com nosso bebê.

Vi o sofrimento em sua expressão, mas eu estava tão distante em meio a pensamentos que parecia não me importar com ele. Não como antes. Será que eu ficaria assim pra sempre?

O médico saiu e me deixou ali sozinha. Eu lembrava do sonho que tive, mas o rosto de Carolyn parecia fugir de mim. A única coisa que me lembrava era dos seus olhos, castanhos e extremamento parecidos com os de Jake. Inclusive seu olhar era o mesmo de Jake naquele momento. Olhei pela janela e nossos olhares se cruzaram. Instantaneamente me lembrei do rosto dela.

Chamei-o com a mão. Apesar de preferir ficar sozinha em momentos tristes, eu precisava dele, e ele de mim.

Assim que entrou no quarto, ele se sentou na cama e pegou minha mão. Involuntariamente derrubávamos lágrimas juntos e tentávamos consolar um ao outro mesmo sem nenhuma palavra ser dita.

Nos encaramos por minutos seguidos, minhas lágrimas começaram a secar quando Jake começou a falar:

- Manu, eu... Eu sinto muito. – Mais lágrimas começaram a jorrar dos meus olhos.

- Eu também sinto, Jake. – Completei chorando como nunca antes. Ele encostou sua testa na minha e nossas lágrimas se jutaram. Agora as gotas que saíam do seus olhos corriam pelo meu rosto ao lado das minhas.

Jake se deitou na pequena cama de hospital ao meu lado e ficamos ali abraçados por horas. Eu não queria dormir, não queria ter mais pesadelos. Mas diferentemente das outras vezes em que ficávamos juntos, nenhum de nós falava, nenhum de nós tinha ânimo para sequer abrir a boca.

Graças à minha luta contra o sono, a enfermeira me deu um remédio que me obrigou a dormir. E os pesadelos não voltaram. Nesse momento, meu pior pesadelo era a realidade.

Na quarta feira, dois dias depois do acidente, Andy, Ash, Laura, Jinxx, Sammi, Sandra e CC entraram no quarto todos juntos para me ver juntamente com Jake. Que devo dizer, foi realmente um amor de namorado. Mesmo que eu soubesse que ele sofria, ele mostrava a sua dor, mas mesmo assim, era forte. Ele sabia que tinha que aguentar isso por nós dois.

Ficamos conversando por horas até a enfermeira expulsar todos do quarto. Mesmo estando naquele ambiente horrível, eu sabia que aqueles eram os melhores amigos que eu poderia ter. Quem mais me faria esquecer toda a tristeza, mesmo que fosse por alguns minutos?

Jake ficou no quarto comigo. Com a melhora de humor de ambos, conseguimos trocar algumas palavras. Por mais ríspidas que fossem, eram frases completas.

Na sexta-feira tive alta. Apesar de alguns arranhões e machucados, o médico disse que eu já poderia ir para casa.

Chegando no meu apartamento para onde Jake me levou ele me contou:

- Manu, a minha mãe pediu pra te mandar um beijo e disse que qualquer coisa que precisasse era pra contar com ela. Disse que não queria ir no hospital porque isso faz mal a ela.

- Ah, eu vou ligar pra ela depois. – Respondi desanimada.

Fomos para o quarto e eu tomei alguns remédios para a dor dos ralados, e do braço quebrado e acabei dormindo até o dia seguinte. Sábado e domingo passaram rápido. Eu ficava no quarto fumando o dia inteiro olhando para a parede enquanto Jake ficava tentando me animar de todas as maneiras.

Eu não conseguia comer nem beber nada. E só me levantava da cama para ir ao banheiro e tomar banho. Cada vez que eu lembrava do rosto da minha filha nos meus sonhos, meus olhos se enchiam de lágrimas e eu começava a chorar mais uma vez.

Na segunda, assim que acordei de manhã vi Jake deitado ao meu lado.

- Jake. – Seu rosto se iluminou ao ouvir minha voz. Eu não andei falando muito nos últimos dois dias. Ele se aproximou e deitou a cabeça na minha barriga com seus olhos vidrados nos meus.

- Pode falar, meu amor!

- Jake, eu estava pensando... Eu não posso ficar aqui.

- O que? Como assim? – Levantou a cabeça rapidamente.

- Jake, você lembra do sonho que te contei? Tem alguma relação com o acidente, eu sinto isso. E eu tive o sonho de novo enquanto estava desacordada.

- Manu, mas pra onde você vai? Sair daqui não vai mudar os sonhos que você teve.

- Não, não vai mudar. Mas a Carolyn, ela era igual a você. Os olhos dela, seus grandes olhos castanhos, não era os olho somente os olhos dela, eram seus olhos.

- Manu, não faz isso comigo, por favor.

- Jake, eu não posso...

- A gente vai superar isso, a gente vai superar junto.

- Mas eu sinto que eu devo ir embora, eu estou atrapalhando as nossas vidas, entende?

- Não. – Respondeu emburrado.

- Jake, eu voltei pra você grávida, você estava certo, eu acabei com sua vida. Aí eu ainda fiz o favor de perder a sua filha, e agora sou uma inútil que fica deitada na cama fumando o dia todo. Eu só estou te atrapalhando. Sua vida pessoal, sua carreira. Tudo virou uma bagunça depois que eu apareci.

- Manu, você é a melhor coisa que me aconteceu. Você me alegrou, você me fez viver tudo que eu não via antes. Você acha que eu viajaria até aquela praia se não fosse por você? Que eu sairia todos os finais de semana pra ir na balada?

- Não sei. – Respondi de cabeça baixa.

- Não, Manu. Antes de você aparecer eu estava como você está agora. Eu ficava em casa, fazia festinhas particulares com fãs só porque pra elas eu não precisava pagar, e saía pra balada uma sexta por mês porque o Ashley me obrigava. Aí um dia eu esbarrei com uma menina em uma loja que minha mãe me pediu pra ir e as coisas melhoraram demais.

- Como assim?

- Sabe, - ele parou e de cuspir as palavras e começou a falar calmamente. – Depois de esbarrar com essa garota, eu fui em uma balada obrigatória e encontrei aquela garota de novo. A garota do olhos brilhantes. Ela bebeu demais e a levei pra casa. E foi um dos momentos mais engraçados da minha vida quando ela caiu com a boca no chão ao sair do carro. – Sorri. – E o meu mundo pareceu melhorar. Fiquei amigo dela, senti ciúmes, comecei a namorar com ela e passamos por grandes dificuldades. Criamos um bebê e o perdemos, mas agora nós precisamos ser fortes, e enfrentar isso como um meio de nos unir ainda mais.

Nesse momento eu já estava chorando igual a uma condenada e Jake deitou do meu lado me abraçando enquanto eu só conseguia corresponder.

- Manu, eu já te contei uma história, posso contar outra?

- Claro. – Sussurrei.

- Vou contar uma história só pra te mostrar o quanto eu preciso de você aqui.

- No meu último ano da escola, uns meninos que implicavam comigo atearam fogo na minha perna. Antes disso, minha mãe e meu pai estavam passando por uma fase complicada e ela já estava com problemas de depressão. Quando eu me recuperei das queimaduras ela já estava afundada em uma depressão perigosa e um mês depois tentou se matar. – A Carolyn? A sogra perfeita que eu conheci? – Agora entende o tamanho do medo que tenho de te perder? O quanto sofri quando perdi a outra Carolyn da minha vida? Você não está sozinha, Manu, eu te prometo.

- Jake, já falei que eu te amo? – Sussurrei o mais alto que as lágrimas permitiram.

- Já. É verdade?

- A maior verdade que eu já disse.

- Que bom. Porque eu também te amo! – Sorrimos em meio a lágrimas.

A minha ideia de voltar pra minha pacata vida brasileira foi passando durante o dia. Pela primeira vez na semana saí de casa. Fui com Jake a um restaurante e ele me deixou no cabelereiro porque a Sammi soube que eu saí e me obrigou a encontar ela lá.


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Notas finais do capítulo

Reviews? Recomendações?
Bjoo
Ps: Obrigada por tudo suas lindas!! sauhsauhas



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