Fairy Tales - Fairy Love escrita por Jereffer


Capítulo 77
Time Skip: Crow between Pegasus and Mermaids


Notas iniciais do capítulo

Yoo, Leitoras Maravilhosas! Eis mais um capítulo!
Uma imagem do Happy sendo fofo para começar bem
http://24.media.tumblr.com/tumblr_m6y3zq3Nnw1r7haego1_500.gif
Edit Baelfyre: Fui acusado absurdamente de adaptação em uma das minhas ones(por ter um tema vagamente semelhante a uma fanfic de outro site, então (pois existem moderadores retardados a solta) Até setembro, eu vou postar com esse nome :D



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2 anos depois


Hibiki descolou o cabelo empapado de suor da testa, enquanto ruminava o silêncio aborrecidamente.


– Ren, você tem absoluta certeza que esse é o ponto de encontro? - perguntou ele, pela nonacentésima vez.


– Como eu já devo ter repetido mais vezes do que... e espera aí.... não foi você que anotou isso no Arquivo? - perguntou Ren arqueando as sobrancelhas.


– Sim, mas eu queria conferir se o fiz corretamente - disse ele dando os ombros - É mais provável que aqueles filhos da...


– Rapazes, o vocabulário - ladrou Eve franzindo a testa - Temos damas em nossa companhia. Perdoe-me pela falta de decoro dos meus companheiros, Melody-chan, Kagura-chan!


As duas magas da Mermaid Heel levantaram o olhar em tempos diferentes. Melody, mesmo de depois de mais de um ano, ainda demorava para reagir a esse nome como ao próprio.


– Não use esse tratamento conosco - rosnou Kagura - Nós não precisamos...


O ronco de um motor cortou o ar. Uma moto em alta-velocidade surgiu por entre as árvores. Seu piloto parecia ter intenção de passar entre eles, mas saltou da morto em movimento quando atingiu a clareira. A moto continuou deslizando sem piloto, apenas para se arrebentar contra uma arvore e sumir.


“Uma ilusão” foi o pensamento geral.


–... De tratamento especial - disse o piloto em um falsete de voz feminina, enquanto tirava o capacete, que se defez em sombras nas suas mãos - É assim que essa frase termina. Tome cuidado, Pegasu, essa daí pode te devorar no café da manhã.


Kagura o fitou friamente.


– Corvo Insano - disse ela, o que seria o mais próximo de cumprimento que ele poderia esperar. Ela tinha um código de honra a figura dele não se enquadrava.


– Sim, mas aceito outros nomes também, como “o membro ás de Raven Tail”, “Bael”, “Baelfyre”, meu querido - disse ele piscando, fazendo uma veia pulsar na testa da ás da Mermaid Heel - Mas não sou muito exigente nesse critério também. Vocês devem ser o Trimens, porque são três... mas onde fica a parte dos “mens”?


– E agora você entende o motivo do meu descontentamento? - perguntou Kagura revirando os olhos perante ao flerte e as piadas, enquanto sua companheira piscava ainda meio confusa com a sucessão rápida de eventos.


Kagura fora contra quando a Mestra pedira para levar Melody junto, elas sabiam pouco sobre a amigável maga que aparecia de tempos em tempos. Mas agora parecia difícil desconfiar da descontraída jovem maga.


– Entendo... - disse ela em voz baixa. O som atraiu a atenção do mago.


– E que criatura mais adorável nós temos aqui?! As suas ordens, milady, Ba... - disse ele fazendo uma reverência que podia ser tanto galanteadora quanto trocista.


– Sim, já sabemos - disse Kagura o pegando pela orelha e o atirando para longe - E você terá muito tempo para cantá-la durante a viagem... não que vá funcionar. E nós estamos atrasados.


– Vil calúnia, eu estava apenas sendo cortês. Tudo certo, mas você terá que me ensinar mais tarde esse seu truque para dar um judô tendo apenas a orelha como área de contato - disse ele se colocando de pé e espanando o manto de penas com as mãos - Certo então, pequenas pessoas perfumadas, me sigam, ao que parece, estamos atrasados.


– Por culpa sua - lembrou Hibiki acidamente.


– A pessoa mais forte nunca está atrasada, os outros foram que chegaram cedo demais - disse ele alegremente, enquanto ia até a árvore onde a moto explodira e apanhava algo. Um bastão de caminhada, ao que parecia - Podemos conversar até o final dos tempos, ou ir logo.


As árvores rareavam conforme eles se aproximavam da fronteira do Continente Sul, e as piadas morreram perante ao calor. Aquela seria uma missão delicada. Um grupo de diplomatas haviam sido capturados por um bando de Weretigers enquanto voltavam de uma negociação através daquela estrada. O governo de Fiore desconfiava de uma armação e o governo do sul desconfiava da desconfiança de Fiore, então o resgate deveria vir de uma forma que soasse como várias guildas que acabaram por ali ao acaso, não uma missão de resgate, para não aumentar a tensão entre os países.


– Algum de vocês já esteve para lá daquelas colinas? - perguntou Ren indicando a fronteira com um aceno, para lá delas estava seu país de origem.


– Uma vez - disse Baelfyre, suando igual a um hipopótamo por debaixo de suas roupas pesadas - Mas era outono.


– Então pelo menos dois de nós sobreviveremos até o almoço, caso demoremos para encontrar o bando - disse Ren - A Insolação aqui é mais perigosa que as víboras ou escorpiões.


Aquilo lembrou Melody de pisar com mais atenção. Ela era a única do grupo a não usar sapatos fechados.


– Eu poderia usar minha magia de neve... - sugeriu Eve, mas foi interrompido por Bael.


– Para atrair cada maldito ser dessas colinas amaldiçoadas para cima de nós, muito inteligente - disse ele com sarcasmo, antes de parar, farejando o ar.


– Você pode sentir o cheiro deles?


– Não, mas sinto cheiro de frango frito - eles o olharam sem entender, e ele olhou de volta sem entender como eles não entendiam - Qual é! Todos sabem que Weretigers adoram frango frito.


Absurdamente, ele estava correto.


Em um vale pouco profundo, um bando das estranhas criaturas estavam em círculo em volta de um buraco no chão, onde óleo queimava vorazmente. Pedaços de diversas aves eram mergulhadas no líquido quente e puxadas com pedaços de rudimentares correntes.


Os cativos estavam arrebanhados em um círculo torto de estacas enfiadas no chão, sobre o olhar diligente do maior do bando, um tigre humanóide tão gigantesco que fazia até mesmo Jereffer parecer pequeno.


Eles encaram o bando. Eram pelo menos quarenta.


– Vamos precisar de um bom plano de ataque - disse Eve, enquanto Baelfyre deixava a capa cair dos ombros e começava a desabotoar o casaco - Qual é a do striptease?


– Eu tenho um plano de ataque- disse ele jogando também o casaco e a camisa, ficando nu da cintura para cima, exceto pelas manoplas de aço que cobriam suas mãos e braços até o cotovelo.


– E qual é?


– Atacar - disse ele rindo, e saltando pela borda do vale ladeira abaixo.


Uma gota de suor escorreu na parte traseira da cabeça de todos.


– Bom, agora já não adianta mais planejar - disse Kagura apanhando sua espada do gancho de bainha -Eu ajudo aquele maldito louco, tirem os diplomatas de lá.


O louco em questão já começava a enfrentar os primeiros monstros.


Sua famosa magia de confusão, realidade e ilusão mental de pouco ou nada servia contra seres semi racionais, então ele se limitava a defender-se dos golpes físicos com as manoplas e revidar com brumas negras que pareciam ferir.


– Karura-chan, veio se juntar essa brincadeira de criança? - riu ele, enquanto desviava das garras de um e revidava com um raio negro. A besta começou a se debater e logo desmaiou


– Não me chame...


– De chan, sei - disse ele indiferente, enquanto apanhava seu esquecido bastão de caminhada - Posso ver a sua espada?


– Como? - perguntou ela, enquanto enviava um Weretiger voando para longe com um golpe da lâmina embainhada.


– Não foi uma frase complexa, então vamos tentar de novo: posso ver... você a chama de Arquinimigo, certo? - perguntou ele enquanto desferia um golpe com o seu bastão na pata do Weretiger mais próximo.


– Veja - suspirou ela. A insanidade dele não parecia uma piada em certas ocasiões, pensou ela enquanto lhe entregava a arma.


Ele girou a espada embainhada entre os dedos. Ele ofereceu de volta para ela.


– Obrigado - sorriu ele, enquanto fazia o mesmo com o bastão - Pecado Capital: Inveja.


O objeto se transformou em uma duplicata exata da arma.


– Uma lâmina guardada, deixe-me testar a utilidade disso - disse ele brandindo alguns cortes no ar para testar. Kagura finalmente compreendeu.


– Essa é a sua infame arma... você não pretendia lutar com a própria magia.


– Obviamente, ou você acha que eu sou idiota? - ele riu - Se eu não atacasse, vocês demorariam horas debatendo sobre o melhor plano. Eu não sou muito paciente.



No outro pólo da luta, Melody ajudava uma velha diplomata a caminhar. Era uma tarefa fácil, exceto que as vezes o movimento de mancar que a velha lhe impunha fazia sua peruca ruiva ficar instável.


O enorme Weretiger guardião se interpôs no caminho delas, mas antes que ela pudesse piscar, ou pensar em usar magia, alguém tinha saltado nas costas dele e colocado uma espada embainhada debaixo de seu queixo, segurando-a pelas extremidades, na clássica posição de enforcamento.


– Apreciando o show? - gritou Baelfyre por detrás da cabeça mássica da fera felina, enquanto o monstro se debatia igual a um touro de rodeio.


– Muito, mas eu havia ouvido dizer que você era inteligente - riu ela, enquanto o monstro caía para frente, desmaiado. A luta acabara.


– Inteligência não quer dizer paciência, ou bom senso - sorriu ele - Tai uma boa lição para você se lembrar : quanto maior é o tamanho, de mais ar precisa para se manter de pé.


– Não ficar sem roupas no campo de batalha também é uma boa lição - disse Kagura com a voz fria, enquanto atirava a camisa do mago para cima dele - Vista-se, a batalha acabou. E não preste atenção nele Melody, loucura é contagiosa.


– A medicina ainda não comprovou isso - riu ele enquanto caminhava na direção contrária para ir recuperar também seu casaco e capa. Quando ele passou bem perto de Melody, ele murmurou.


– Arrume as presilhas, seu cabelo está se movendo demais, pequena - ninguém notou o minúsculo diálogo. Dada sua reputação, ver ele murmurar algo para uma mulher era tão comum quando andar para frente.


Aquilo não passou totalmente despercebido de Kagura, e também notou que ela não corou como era normal para qualquer garota que ele se aproximasse a pelo menos meio metro. Ela achou que sua companheira de guilda tinha alguns bons miolos, no final das contas.




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Notas finais do capítulo

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