Remember December escrita por Anne Masen


Capítulo 21
Vigésimo Capítulo.


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem pela demora estupidamente grande! Eu tenho vontade de me estrangular quando demoro tanto pra postar, fiquei mais de um mês sem atualizar RD = Tudo isso foi pela falta de tempo, gente, a escola está mesmo sugando todo o meu tempo livre com trabalhos, provas e etc. Mas uma vez, desculpem a demora e espero que gostem. ♥



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PONTO DE VISTA: ISABELLA SWAN.

— Já sinto saudades do Brasil.

Edward riu pelo meu comentário e me ajudou a colocar meu casaco e em seguida minha jaqueta de couro. Eu fazia uma careta sempre que respirava e era possível ver a fumaça saindo de minha boca e nariz devido ao frio de Londres. Eu definitivamente queria o calor do Brasil de volta. Equilibrei minha bolsa junto com minha bagagem de mão no braço esquerdo e tentei fechar a porta do táxi com o direito. Por um momento meu exemplar de Romeu e Julieta não caiu no chão, por sorte Edward o aparou antes que isso acontecesse, fazendo com que eu me sentisse a pessoa mais descoordenada no mundo. Ele segurava duas malas, seu casaco jogado sobre o ombro e ainda conseguira me ajudar.

Enquanto eu estava praticamente morrendo apenas com duas bolsas e um livro. Quando comentei sua perfeita coordenação motora com Edward ele limitou-se a rir e me conduzir até a entrada da casa. Esme nos recepcionou com um enorme sorriso no rosto e depois de abraçar o filho e a mim, nos disse para entrarmos. Lá dentro o aquecedor estava ligado, deixando o ambiente confortável e acolhedor, o que me fez sorrir. Carlisle foi o próximo a me cumprimentar, e quando Edward perguntou sobre Amanda, ele disse que Kevin e Katherine há pouco tinham saído para buscá-la na escola.

Então, enquanto os três não chegavam, eu subi com Esme até o antigo quarto de Edward para arrumar as coisas de Amanda uma vez que era lá onde ela estivera dormindo durante sua estadia na casa de Esme e Carlisle.

— Você precisava ver a pequena brincar com o piano de Edward, era incrível, ela poderia passar uma tarde inteira dedilhando no instrumento sem cansar. — contou Esme sorrindo enquanto dobrava um jeans minúsculo de Amanda e o colocava em uma mochila.

— Aposto que Edward explodirá de orgulho quando ouvir isso. — eu ri e ela me acompanhou. — Provavelmente vai querer ensiná-la a tocar na primeira oportunidade.

— Sem dúvida. Isso se ele ainda souber porque, que eu saiba, Edward não toca piano há muito tempo, eu diria até que se passaram anos sem tocar.

Eu franzi meu cenho. Com certeza o perguntaria sobre isso quando o encontrasse de novo. Eu já o presenciara tocando, isso foi quando estávamos no primeiro ano do ensino médio, e por mais que já fizesse tempo, eu lembrava com clareza. Assistir ele tocar era uma das coisas que eu adorava naquela época, o jeito como as notas simplesmente fluíam quando seus dedos tocavam habilmente as teclas do piano era encantador. Eu definitivamente queria vê-lo tocar de novo.

— Com licença, Esme. — pedi.

E quando ela assentiu eu me retirei do quarto, descendo as escadas ansiosa para encontrar Edward. Procurei ele por todos os cantos daquela casa — menos no quarto dos seus pais, é claro, eu não iria tão longe assim — mas mesmo assim não o vi em lugar nenhum. Saíra sem me avisar? Acho que não.

Quando finalmente o encontrei ele estava no quintal da casa, de costas para mim e estava com as mãos no bolso dianteiros do jeans. Andei silenciosamente até ele e pulei em suas costas, derrubando-o no chão gramado e consequentemente derrubando a mim também.

— Hey! — eu disse a ele. Tirei meu cabelo do rosto e o observei rir.

— O que foi isso? — perguntou ainda rindo.

— Isso — eu fiz uma pausa, rindo e apoiando minha cabeça em seu peito, as mãos embaixo do queixo enquanto eu fitava o rosto de Edward. — sou eu chamando sua atenção depois de vasculhar a casa toda atrás de você, Cullen, só para perguntar o por que de você ter parado de tocar piano. — arqueei as sobrancelhas.

— Uau. — Edward ficou em silencio por alguns poucos segundos. Uma mão sua subia e descia por minha costa em uma carícia que ele não parecia perceber fazer, como se fosse automático. — É uma boa pergunta, eu realmente não me lembro... Ah, eu lembro. — ele comprimiu os lábios, hesitante em continuar.

— O quê? — indaguei, pressionando-o.

Edward continuou com um pequeno suspiro.

— Eu tocava piano desde os 5 anos de idade, e continuei até muito depois do seu aniversário de 16 anos, você lembra? Eu compus uma música para você. — ele soltou uma risada com a lembrança.

— Foi o melhor presente de todos, simplesmente perfeito. — comentei.

— Obrigado. Fico feliz que tenha gostado, de verdade. — Edward inclinou o rosto para beijar a ponta de meu nariz. — Como eu disse, continuei tocando. Eu era meio inseguro na época e por isso não costumava tocar para você, mas eu tocava. Era uma atividade que eu gostava de fazer quando estava sozinho, me fazia lembrar de você, sabia? — ele estendeu uma mão para afagar minha bochecha. Não deixei de perceber que sua expressão tornara-se um pouco triste de repente. — E então, anos depois, Tanya veio para Londres... E bom, você sabe o que aconteceu. O fato é: uma vez que eu ficava cada vez mais longe de você, não conseguia mais, tocar piano não me interessava porque me fazia pensar em você. Eu sabia que não conseguiria tocar o piano pensando em você sendo que a estava enganando e machucando. — sua voz não passava de um sussurro quando Edward parou de falar.

Eu fiquei em silencio, dividida entre a emoção de ser o motivo de Edward tocar piano e a tristeza ao saber que eu também fora a que o fizera parar. Fiz o máximo para afastar esses pensamentos para bem longe, era inútil ficar me sentindo mal agora, tudo o que eu podia fazer nesse momento era tentar consertar isso.

Levantei-me com um pulo, puxando Edward comigo e comecei a puxá-lo pela mão na direção da casa. Tive que fazer um esforço para conseguir mover ele do lugar porque Edward hesitou em andar, confuso e provavelmente se perguntando o que eu tinha em mente.

— Agora que estamos juntos, você não pode fugir. — expliquei com um sorriso. Abri a porta dos fundos e continuei puxando Edward até estarmos na sala de estar de Esme, ao lado do piano de calda preto. Edward quando o viu, estancou no lugar.

— Humm... Bella, não sei se eu poderia, faz muitos anos que eu não toco piano! — ele murmurou, fitando o instrumento como se fosse um bicho de sete cabeças. Eu bufei e revirei os olhos.

— Vamos lá, Edward! O pior que pode acontecer é você estar um pouco enferrujado. — dei de ombros. Empurrei seus ombros para baixo fazendo assim ele cair sentado no banquinho em frente ao piano. Edward disparou um olhar na minha direção, como se dissesse Tem certeza?

Eu arqueei as sobrancelhas, incentivando-o. Edward suspirou e posicionou seus dedos sobre as teclas, e depois de um segundo descendo eles sobre as mesmas. Uma melodia começou a soar quase que timidamente pela casa.

Eu sabia! — gritei em minha mente. Era claro que ele ainda sabia tocar. — muito bem pra quem ficou tanto tempo sem praticar, na verdade. Eu apostava que estava sorrindo feito uma idiota quando reconhecia a música que Edward tocava. A música que Edward compôs há tantos anos para mim era tão doce e suave que me fez suspirar como se a ouvisse pela primeira vez. O modo como as notas fluíam por seus dedos era simplesmente encantador, eu poderia observa-lo para sempre. Um pequeno vinco estava situado no meio de sua testa, entre as sobrancelhas, demonstrando o quanto ele estava se esforçando para não cometer erros — e quando isso aconteceu uma ou duas vezes, seu rosto de anjo contorceu-se em uma careta engraçada e seu rosto corara fracamente.

Fazia meu coração bater o dobro do ritmo normal na mais pura alegria. A música foi ficando baixinha até chegar ao fim, nenhum de nós disse algo até o última nota parar de soar pelo cômodo em algum tipo de eco.

— Não foi tão ruim assim. — Edward sorriu satisfeito.

— Foi lindo! — eu disse. Aproximei-me para sentar em seu colo e apoiei minha cabeça em seu ombro, respirando ali. — Lembre-me de providenciar um piano para o nosso apartamento, ok? Eu preciso ouvir você tocar de novo, e de novo, e mais uma vez...

Edward riu.

— Pode deixar.

Ficamos um tempo em silencio. A casa estava tão quieta que eu comecei a me perguntar se Esme e Carlisle ainda estavam aqui, mas depois descartei esse possibilidade, se eles fizessem isso certamente iriam nos avisar. Os braços de Edward estavam em volta da minha cintura, mantendo meu corpo perto do seu. Eu tinha os olhos fechados enquanto as mãos dele subiam e desciam pela minha coxa.

Até que de repente o som repentino da porta da frente se abrindo me fez pular de susto. Edward me abraçou mais forte, entrando em estado de alerta.

— Katherine, o que houve, querida? — a voz de Esme soou no outro cômodo.

— Eles estão aqui? Bella e Edward? — Kevin perguntou.

Não ouvi uma resposta de Esme, então deduzi que ela apenas tenha acenado com a cabeça porque logo em seguida eu pude ouvir passos vindo rapidamente na nossa direção. Katherine foi a primeira pessoa que entrou em meu campo de visão, logo em seguida veio Kevin, uma Esme preocupada e um Carlisle de rosto franzido vieram depois.

Katherine varreu a sala com os olhos até os nossos olhares se encontrarem, ela tinha a respiração acelerada, e os olhos foram se arregalando conforme os segundos passavam. Como antes, ela não falou nada, em seu lugar, Kevin perguntou olhando para Edward.

— Ela está com vocês?

Edward tombou a cabeça para o lado, confuso. Eu deveria ter a mesma expressão que ele no rosto, porque não fazia ideia do que Kevin queria dizer. Ele me tirou de seu colo, ficando de pé.

— Está? — insistiu.

— Ela quem? — murmurei também me levantando. Estava começando a ficar nervosa com toda aquela tensão. Kevin esperava uma resposta que nem eu ou Edward sabíamos qual era.

— Amanda. Onde ela está? — Katherine se manifestou pela primeira vez.

Senti o corpo de Edward ficar tenso. Suas mãos se fecharam em punhos — sinal que ele estava apreensivo. Eu tentei ignorar o arrepio que atravessou meu corpo. Não era um arrepio bom.

— Como assim onde ela está? Amanda não está com vocês? Vocês não deveriam ter pego ela na escola? — Edward falou, ele deu dois passos na direção de Katherine e Kevin. — Estamos esperando por vocês desde que chegamos de viagem, não a vimos desde que saímos. Amanda não está conosco.

A mão de Katherine foi em direção a sua boca, agora aberta em um pequeno “o” e Kevin fechou os olhos enquanto beliscava a ponta do nariz. Eu o conhecia o suficiente para saber que aquele seu gesto não significava coisa boa. Ele fez a mesma coisa quando bateu com o carro do pai, éramos adolescentes na época.

Aquilo foi a gota d'água para mim.

— Vocês querem por favor me dizer o que diabos está acontecendo? — minha voz soou uma oitava mais alta que o normal.

Os olhos de Kevin se abriram e ele fitou meu rosto enquanto falava.

— Amanda não estava na escola. Quando chegamos para buscá-la, a professora disse que ela já tinha ido embora. Eu perguntei como e com quem, e ela apenas disse que um homem veio pegá-la de carro, ele disse que iria levar Amanda para casa hoje.

— Nós entramos na escola para ter certeza de que Amanda não estava lá, brincando de se esconder ou algo parecido. Procuramos por todo canto mas a professora estava certa, ela não estava mais lá. — continuou Katherine. Ela andou até o sofá e se sentou, os cotovelos apoiados nos joelhos e o rosto apoiado nas mãos. Ela tinha a expressão cansada. — Pensamos então que ela poderia estar com vocês, que... Sei lá, vocês tenham resolvido pegá-la na escola assim que chegassem do Brasil. Ligamos para vocês, mas Bella não atendia o celular, e o de Edward estava desligado...

— Viemos então o mais rápido possível para cá, pra saber se Amanda estava em casa, mas aparentemente não está. — terminou Kevin.

Eu queria com todas as forças que aquilo não passasse de um pesadelo. Meu estômago dava voltas, e eu precisei de um segundo para me assegurar que não iria desabar no chão. Meus olhos ardiam, a aflição, o desespero e o medo que eu sentia eram quase insuportáveis. Onde estava Amanda?

Com quem ela estava?

“Eu vou voltar para lhe buscar, Sophie — espere por mim, querida.”

Não. Não podia ser. Aquilo não significava nada, certo? A lembrança das palavras de James King passou rapidamente por minha cabeça, mas foi o suficiente para me fazer arfar e segurar a mão de Edward com uma força que eu não sabia que tinha.

Ele não ousaria, era doentio demais.

— Bella. — a voz de Kevin soou preocupada, me distraindo dos meus pensamentos — talvez não tão — absurdos. — Bella, o que foi?

Eu olhei no rosto de cada um naquela sala, me perguntando que tipo de expressão havia em meu rosto para eles estarem tão preocupados, e por um segundo não os reconheci, estava em choque, olhava-os porém sem ver nada. Foi só quando Kevin chamou minha atenção novamente que eu me esforcei para dizer algo.

— Edward, ele disse que voltaria para buscá-la. — minha voz saiu esganiçada. Eu esperava que ele entendesse o que eu queria dizer, não tinha certeza se conseguiria dizer em voz alta aquilo que meus pensamentos gritavam.

Mas Edward balançou a cabeça, o rosto franzido em confusão.

— James, Edward. Ele disse no tribunal que voltaria para buscar Amanda. Ele a chamou de Sophie, você lembra? Esse homem acredita mesmo que Amanda seja sua filha. — eu disse. Tudo parecia tão claro agora! — James pode estar com ela, ele a sequestrou. Ele deve ter dito a Amanda que iria levá-la para casa, que era uma ordem nossa, e Amanda acreditou. Deus! Ela é só uma criança, claro que acreditou, ele nunca apresentou motivos para que ela de alguma forma desconfiasse ou tivesse medo dele. E agora... Só Deus sabe para onde ele a levou...

As lágrimas caíam livres por meu rosto conforme eu ia relatando meu insight. Edward estava imóvel ao meu lado, processando tudo o que eu havia dito. Esme tinha a mão cobrindo a boca de pavor, Katherine estava igual a Edward e Kevin tinha as mãos fechadas firmemente em punhos ao lado do corpo. Carlisle era o único que parecia estar mais calmo, seu inacabável controle até nas situações mais desesperadoras era de dar inveja.

Queria eu ser tão forte assim.

E então todos estavam em movimento. Carlisle tirou o telefone do bolso do casaco e ligou para a polícia. Esme se encarregou de falar com toda a vizinhança, pedindo que se eles tivessem alguma notícia de Amanda, que entrassem urgentemente em contato conosco. Edward falava com Kevin, eles estavam planejando voltar a escola de Amanda e tentar arrancar mais alguns detalhes da professora.

Edward estava quase fora de si, revoltado com o pessoal da escola por ter deixado que Amanda saísse com um estranho. Acho que se eu não estivesse com ele na hora que estávamos falando com a professora, Edward não teria se preocupado em ser tão educado com a mesma.

— É bom que eles se preparem, Larissa os fará uma visita em breve. — rosnou ele em meu cabelo, me abraçando forte contra seu peito.

Eu fiquei em silencio. Não que eu não concordasse com ele, eu concordava. Mas eu não queria pensar naquilo, não naquele momento. A cada segundo que se passava eu sentia minha angústia crescer cada vez mais em meu peito. Eu não sabia se ela estava bem, não sabia onde ou como encontrá-la.

Se alguma coisa acontecesse com Amanda... Eu estremeci só de pensar. A escola estava nos dando o apoio, mas eu sabia que Edward não iria deixar as coisas só por isso, um belo de um processo com certeza passava por sua cabeça.

Durante o dia todo eu estive reprimindo as lágrimas, chorara apenas uma vez, quando contei sobre James para Edward, mas fora isso, nada. Eu não queria parecer tão fraca naquele momento, queria estar forte — pelo menos o suficiente — para ajudar em alguma coisa na busca. Eu pensava em Carlisle e toda a sua invejável tranquilidade, mas era em vão e por várias vezes eu desejei estar sozinha para chorar.

A polícia estava se esforçando nas buscas, colheu depoimentos de qualquer possível testemunha e da professora de Amanda — a única que tivera um contato direto com o sequestrador. A descrição que ela deu não fora uma das melhores, o sequestrador — sendo ele James ou não — havia se precavido para não ser reconhecido. A mulher de mais ou menos 25 anos disse que era um homem alto, de pele bronzeada e rosto quadrado. Ele usava camisa de manga comprida com um longo casaco por cima, jeans, boné de time de basebol e óculos escuros. Disse que era um amigo e que havia sido mandado por Kevin e Katherine para buscar Amanda porque os dois estavam muito ocupados no hospital e não queriam deixar a criança esperando até eles serem liberados do trabalho.

Ele deve ter dito isso à professora da maneira mais convencível do mundo, porque para mim pareceu a desculpa mais esfarrapada. Se eu fosse uma professora, mas nunca que me daria por convencida com isso. No mínimo, ligaria para os responsáveis da criança para confirmar a história antes de entregar a criança ao cara.

Mas nem tudo é como deveria ser.

Quando os policias deram por acabadas as buscas naquele dia — mas garantindo que estariam atentos a qualquer notícia, a qualquer hora — Edward me levou para o nosso apartamento. A viagem para casa, dentro do Volvo, foi silenciosa. Não era preciso dizermos nada para que soubéssemos que ambos só queríamos a mesma coisa.

Que Amanda estivesse bem, voltasse para casa, e logo.


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Notas finais do capítulo

Sim, as coisas complicaram novamente ): Obrigada à todas que comentaram no capítulo anterior, vocês me deixam muito feliz e sorrindo feito uma boba na frente do computador ♥♥♥
O que acharam do capítulo? Me digam nos comentários, ok? Beijos! ♥