We Found Love escrita por Meg


Capítulo 1
We Found Love


Notas iniciais do capítulo

Gente, quando eu quero dizer 'estrada', é como se a Rachel morasse um pouco mais longe que todo mundo, tá certo, do tipo, num bairro mais distante, assim como a Santana, em Lima Heights. E tem que passar uma pequena 'estrada' pra chegar. Boa leitura...



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Rachel Berry e Santana Lopez eram duas garotas bastante diferentes. Poderiam até ter ficado com os mesmos caras, do tipo Finn, e Puck, mas eram bastante diferentes. E ao mesmo tempo que eram tão diferentes, as duas se pareciam bastante. Rachel era uma pessoa doce, e sincera, porém egoísta, e sabia ser bastante cruel quando queria. Santana era quase tudo isso. Isso as fazia bastante parecidas, e ao mesmo tempo tão diferentes. Rachel antigamente costumava namorar Finn Hudson, e ser uma namorada um tanto possessiva, e ciumenta, lembrando bastante Santana. Já Santana era totalmente lésbica, e namorava Brittany, porém, graças a motivos desconhecidos, as duas romperam, e não tiveram mais contatos, além de 'oi', 'como vai?', e etc. Mas todos já faziam uma idéia do motivo: Infidelidade. Apenas não se sabia dizer qual das duas tinha cometido este erro. Rachel e Finn terminaram também, porém continuaram como amigos. Daquela vez, nenhum dos dois saiu com o coração partido. Nada tinha acontecido, nada de Quinn, Puck, ou Jesse. Apenas o tempo. O tempo havia mostrado aos dois que nada durava pra sempre, assim como o amor deles. Foi amor de verdade, apenas não durou. Quinn Fabray, como melhor amiga de Rachel, agora, tinha gostado muito de saber do rompimento dos dois, e vivia cantando Rachel, lhe seduzindo, e deixando várias indiretas de que queria algo mais que amizade. A verdade era que Quinn estava completamente perdida, não sabia mais o que queria, e Rachel era a pessoa mais próxima que tinha no momento. Queria o tempo todo que a morena estivesse com ela, e talvez estivesse confundindo amizade com atração. Porém, a morena não parecia muito interessada na loira, não parecia interessada em ninguém. Sua cabeça vivia na Broadway. Tinha passado no teste, e iria pra a universidade de New York. Tudo estava completamente bem, e tudo tranquilo. Santana e Rachel não se falavam muito, mas haviam se tornado bastante próximas desde We Are Young. Santana havia sentido algo, quando Rachel se aproximara dela, cantando com aquela voz bela e melodiosa, pra em seguida segurar na sua mão. Não sabia o que havia sido, mas havia tocado seu coração. Se falavam normalmente, às vezes trocavam conversas sobre algumas músicas, pensando em fazer algum dueto juntas. Estavam mais próximas. E foi assim que havia começado.

 Agora, Rachel saía do colégio, com o caderno em cima da cabeça, tentando se cobrir da chuva que fazia. Quinn já havia ido embora, assim como Kurt, Finn, e Blaine. Ou seja, nada de carona. Maldita hora em que seu carro havia quebrado. Seu celular estava sem bateria, então seus pais não poderiam vir buscá-la. Tremeu de raiva. Maldição... Seu destino agora era se molhar. A chuva estava braba. Quem sabe não encontrava alguma carona no caminho...

 Foi caminhando em direção aos portões do colégio, sentindo a água caiir sobre seu cabelo. Droga, logo agora que ela tinha feito cachos com a chapinha. Merda...

 - Rachel? - uma voz bastante familiar a fez acordar de seus pensamentos, e parar de xingar o mundo. Virou-se em direção àquela voz que estava escutando muito ultimamente. Viu um carro preto ao seu lado, totalmente perfeito, com uma garota dentro. Uma garota de olhos pretos, e cabelo da mesma cor. Porém amarrados.

 - Santana... - murmurou Rachel, caminhando em direção ao carro da latina. - Ainde não foi pra casa?

 - Você também não... - riu Santana. - Quer uma carona?

 Rachel a olhou. Sim, estava próxima da latina, mas algo no seu interior ainda temia que ela voltasse a ser aquela vadia inconsequente, e começasse a lhe fazer mal novamente. Porém, por que não dar uma chance?

 - Tudo bem - falou Rachel, abrindo um sorriso. A porta do banco de passageiro foi aberta pela latina, que tinha um sorriso vitorioso. O que aquilo significava?

 Sem falar mais nada, Rachel entrou no banco passageiro, tomando cuidado pra não molhar muito o banco. O cheiro de Santana inundou seu nariz. Sem dúvida o cheiro da latina era embriagante, e parecia estar em todo lugar. Seus lábios tremeram levemente, ao perceber que a morena mais alta a olhava intensamente.

 - Você parece estar com frio... - murmurou Santana, com a voz rouca. Rachel sentiu os pelos da nuca se arrepiarem.

 - É, estou um pouco. - admitiu Rachel, sentindo a bochecha esquentar. Na verdade, estava mesmo com frio, embora chegar perto da latina, a fizesse sentir um leve calor entre as pernas. E seu coração agora batia rapidamente, tanto que Rachel quase pôde escutar as batidas, sem nem ao menos tocar.

- Tome - Santana a acordou de seus devaneios, e Rachel virou-se pra olhá-la assim que ouviu sua voz rouca. Santana estava tirando o casaco quente das Cheerios, e entregando pra Rachel. A morena franziu os olhos, e então pegou o casaco, vestindo-o imediatamente. De repente, estava meio quente lá. Murmurou um 'obrigado' envergonhado, e então Santana deu partida no carro, e as tirou de lá. Santana sabia onde era sua casa, percebeu Rachel, pois até então não havia lhe perguntado o endereço. Só então se deu conta de que ela e a latina quando haviam cantado um dueto juntas a pouco tempo, Set Fire To The Rain, da Adele, numa competição de duetos. Obviamente, as duas venceram. Santana notou que Rachel estava um tanto tímida lá dentro de seu carro, e não abria a boca pra falar nenhum instante, diferente da outra Rachel que vivia tagarelando onde passasse. - O que houve?

- O quê? - Rachel se virou pra latina, que exibia um olhar um tanto preocupado, enquanto dirigia calmamente em direção á casa dos Berry.

- Estou perguntando o que houve - repetiu a latina, olhando-a de canto de olho. - Você está muito quieta, muito vermelha, está tudo bem?

- Bom, é que... - nem mesmo a própria Rachel sabia porquê estava daquele jeito. Talvez fosse a presença da latina ali, que estava deixando-a levemente quente, ou o casaco das Cheerios. Rachel coçou a nuca, umedecendo os lábios. - E-Eu não sei.

Santana ergueu as sobrancelhas. Ter Rachel Berry gaguejando em seu carro, totalmente corada, e com o casaco das Cheerios era uma cena inédita. Talvez Santana devesse gravar aquela cena, ou tirar uma foto, quando chegassem à casa dos Berry.

- Hum... - fez a latina, mordendo o começinho do lábio. Também estava se sentindo meio estranha na presença de Rachel ali do seu lado. Seu coração estava meio acelerado, e as mãos meio que dançavam sobre o volante. Sentia uma forte vontade de puxar Rachel pra si, e começar a acariciá-la, levemente, e aos poucos tocando aqueles lábios tão divinos com os seus... - O que é aquilo?

As duas acordaram de seus pensamentos assim que viram algo no meio da estrada. Era uma caixa. Não uma caixa de papelão ou daquelas que iam pro lixo depois de usadas. Era uma caixa um tanto elegante, isso elas podiam perceber, mesmo que a chuva estivesse forte. Não tinha ninguém na estrada, todos já estavam em suas casas, bebendo chocolate quente, almoçando, rindo junto com a famíilia, provavelmente alguns, do tipo Kurt e Mercedes, deveriam estar juntos, rindo e conversando, ou se não pelo telefone. Já Rachel e Santana estavam presas no meio da estrada, por causa da chuva.

- É uma caixa - disse Rachel. O carro de Santana foi parando lentamente, até que parou em frente a caixa. Rachel abriu a porta, e foi pra fora, se molhando toda, sobre os protestos de Santana. Mas a curiosidade era muito grande pra Rachel. Ela foi até a caixa, pegando o capuz e colocando-o sobre a cabeça, Pegou a caixa entre as mãos, a escondeu debaixo do capuz, e então correu de volta pro carro.

- Você ficou maluca, Berry? - explodiu Santana, encarando a morena toda molhada. - Você pode acabar ficando gripada, com uma chuva dessas. Aliás, esta caixa pode ser de algum maníeco, e você simplesmente a pega?!

- Ah, Santana, vai me dizer que não ficou curiosa também? - perguntou Rachel. A latina se calou, e a fuzilou com os olhos.

- Tá bom, Berry, abre logo essa porra aí - irritou-se Santana. O carro estava parado no meio da chuva.

Rachel sorriu, e observou melhor a caixa. Era uma caixa bela e exuberante. Era de uma cor azul mar, e tinha um laço de bronze sobre a fechadura. Tinha alguns detalhes desenhados sobre a fechadura. Era em formato de coração, com algumas letras escritas, porém as duas não conseguiam ler, pois era de uma língua desconhecida, mas pelo que Rachel sabia, deveria ser do Brasil. Aquela caixa deveria ser algo que os brasileiros chamava de Artesanato. Mas então o que estava fazendo lá no meio de uma estrada de Lima, Ohio? Rachel a abriu, sem mais demoras, e olhou encantada. Naquela caixa não havia coisas valiosas, como ouro, mas sim uma pequena corrente dourada, de um pingente em formado de coração com o nome Amor, sobre ela. Ela trocou um olhar com Santana, do tipo que não estava entendendo nada que estava acontecendo. E então apareceu outra corrente. Eram duas correntes idênticas.

- São lindas - admitiu Santana, encantada, e pegando uma em suas mãos.

Rachel notou um papel um pouco molhado por causa da chuva. Era um papel comum. Pegou-o na mão, abriu-o, e leu:

Vocês dois,

Sei que devem achar estranho terem me encontrado no meio da estrada, mas isso não significa que eu apareci no meio da estrada. Eu nunca apareço, apenas faço revelar o que estava escondido dentro do coração.

Aí dentro tem dois colares, onde dividi duas partes de mim. Eu sei que o primeiro casal que me encontrar, é porque sabia que podia me ver. Outros casais, dos quais o amor não era verdadeiro, não podiam ver o que havia dentro da caixa. Agora, vocês conseguiram, e aqui estou eu, me inteirando nos corações de vocês, pra esta pessoa ao lado. Você a ama, apenas não sabe, ou não quer admitir. Agora você sabe. Deve estar pensando: Como alguém pode dizer algo do que não tem certeza?

Eu sempre tenho certeza. Afinal, eu sempre tenho que ter certeza, antes de poder entrar no coração das pessoas.

Asssinado: Amor.

Rachel terminou de ler, piscando incrédula. Notou que Santana lia a 'carta' junto com ela. As duas trocaram um olhar, e em seguida coraram, ambas segurando um dos cordões.

- Nossa, que... Estranho - falou Rachel, pra quebrar o clima que havia se formado. - Isso... Deve ser só uma brincadeira sem graça.

- Eu não acho - disse Santana, de repente. Rachel se virou pra ela, confusa.

- Co-Como assim?

- Rachel, de meio modo, a carta estava... Certa... - admitiu Santana, respirando fundo. - Não faz muito tempo que eu comecei a sentir algo por você. É algo mais forte do que simples desejo, ou um simples gostar. Eu sei disso, p-porque... Você não sai mais da minha cabeça. Eu penso em você 24 horas por dia. Em como seria te tocar, te beijar... Eu... Eu acho que te amo.

Dizendo isso, Santana olhou pra baixo, com as bochechas ardendo. Rachel estava chocada. Era a primeira vez que via Santana corar. Sua cabeça ainda estava processando as informações do que a latina havia dito. Ela disse que achava que a amava. Amava. Amor. Santana a amava.

Seu coração se derreteu todo, e ela se aproximou da latina, perto até demais. Santana observava cada movimento da Berry sem desviar os olhos dos dela.

- Eu acho que te amo também - disse Rachel, colocando uma mão atrás da orelha de Santana. - Você não sai da minha cabeça. Eu não me sinto mais tão hétero quanto antes. Acho que talvez eu seja ainda, mas... Eu sou completamente gay por você Santana.

- Mas... - Santana estava chocada. - E-Eu pensei que você estava apaixonada pela Quinn, sabe? Porque tá na cara que a Quinn está fazendo jogo de sedução com você. E é meio difícil resistir, afinal, ela é aquela loira linda, com cara de anjo. Provavelmente vai te levar pro céu.

- Se o céu não é você... - murmurou Rachel, aproximando os lábios dos da latina. - Então prefiro ir pro inferno.

E os lábios das duas se tocaram. Foi como uma explosão no coração das duas. Suas línguas se encontraram imediatamente. Santana a fez subir no seu colo, e colocou uma mão atrás da nuca da morena, beijando-a com volúpia. Rachel passava as mãos pelo corpo da latina sem vergonha nenhuma. Santana levantou a mão livre, e foi descendo em direção as pernas de Rachel, acariciando-as. Afastando o vestido branco dela, Santana colocou uma mão sobre o sexo de Rachel, e pôde sentir que a calcinha da morena estava tão molhada quanto a dela. Rachel riu no ouvido de Santana, mordiscando-o, quando a latina começou a chupar seu pescoço. Rachel passou as pernas ao redor de Santana, e as duas finalmente se olharam nos olhos, com os lábios inchados, e os olhos brilhando de desejo.

- Eu te amo, Rachel... - sussurrou Santana.

- Eu também te amo, Santana.

E voltaram a se beijar.

No fim, foram longas horas, até que se sentiam satisfeitas, e exaustas. Santana levou Rachel até a casa, onde os pais da morena lhe convidaram pra almoçar lá. A latina não pôde negar, e ficou pro almoço. Depois, Leroy e Hiram saíram, dizendo que precisavam ir ao super mercado.

- Então... - murmurou Rachel, puxando Santana em direção ao sofá. - Que tal fazermos hora enquanto esperamos eles?

Santana riu.

- Nossa, Berry, te transformei numa ninfomaníeca - Rachel riu espontaneamente. - Já está querendo repetir a dose?

Rachel assentiu. Então Santana jogou-a contra o sofá, pra em seguida deitar-se sobre ela, e repetir a mesma dose do carro.

Santana e Rachel haviam achado algo muito importante no meio do caminho. O Amor. E agora ele fazia parte do coração das duas, e era partilhado por elas. Elas tinham encontrado o amor, e agora não o deixariam ir.

FIM!


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Notas finais do capítulo

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