Nossa Perdição escrita por ruiva chan


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! *-*



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                        Nossa Perdição

Era uma noite fria e duas mulheres conduziam uma carruagem real, elas iam calmamente, até um grupo de bandidos – provavelmente – as pararam.

-É muito perigoso mulheres frágeis ficarem andando por ai, aliás, ficarem andando pelas estradas dos Uchiha.

As mulheres se entreolharam, antes de fazerem qualquer coisa dois dos homens pegaram-nas, as tirando da carruagem.

-Por favor! Não temos nada de valor! – berrou a loira.

-É verdade, a única coisa que temos ai é um caixão, um caixão onde está um homem desfigurado. –explicou a morena.

-Vejo pessoas desfiguradas todo dia, - ele parou e pegou no rosto da loira – eu desfiguro pessoas todo dia.

Esse homem – provavelmente o líder do grupo – pegou uma espada para fincá-la no peito da loira. As mulheres fecharam os olhos, uma esperando a morte, outra só esperando para ouvir gritos de sua amiga e esperando sua vez.

Mas isso nunca aconteceu, as mulheres – estranhando – abrindo o olho, quando abriram os olhos viram uma figura sombria.

Um homem com cabelos negros e olhos ônix, uma coisa que chamava atenção era seu cordão que parecia ter um símbolo de – provavelmente – um clã.

-Obrigada senhor! –exclamou a morena.

-Deus lhe abençoe! – pregou a loira.

-O que mulheres, fazem a noite nessas estradas? – perguntou ele guardando sua espada ensangüentada.

-Precisamos entregar, - a loira parecia estar pensando – um cadáver ao Sr. Sai.

-O pintor? – perguntou um loiro a cavalo atrás do moreno.

O loiro parecia mais cheio de vida, esses dois homens pareciam estar em uma corrida ou coisa do tipo.

-Esse mesmo! – disse a morena.

As mulheres iam para a carruagem quando o loiro disse:

-Podemos levá-las até ele.

-Nós agradeceríamos muito! – disse educadamente a morena.

Depois disso os dois homens foram cavalgando velozmente a frente das mulheres, elas passaram por ruas escuras, sombrias, gatos magérrimos, raparigas, até chegarem a um ateliê muito bonito.

-Podemos lhes ajudar? – perguntou o loiro.

-Não precisa conseguimos levar sozinhas. – disse a loira.

-Mulheres carregando um caixão! – disse o loiro gargalhando.

-Nós chamamos o Sr. Sai. – disse a loira.

-Nós ajudaremos. – completou o moreno.

Os homens pegaram o caixão enquanto as mulheres iam até a porta do ateliê para chamar o pintor.

Um garoto com cara de uns 20 anos abriu a porta e olhou as mulheres da cabeça aos pés e disse:

-O que querem?

-Precisamos que faça uma pintura.

-Para quem? – perguntou o moreno.

-Por favor nos deixe entrar, depois lhe explicamos tudo! – explicou a morena.

-Entrem. – disse o homem abrindo a porta.

Quando ele abriu entraram o loiro e o moreno desengonçadamente.

Os dois deixaram o caixão no chão, e se entreolharam.

-Podemos... – Sasuke foi para perto do caixão para abri-lo.

-Não! –berrou a loira se colocando entre o caixão e o homem.

-Ah por favor, nós lhe ajudamos. – disse Sasuke.

-Mas, não querem olharam isso! – disse a morena.

-Por que? – perguntou Naruto confuso.

-Ela está desfigurada! – disse a loira.

-O que? – perguntou o loiro.

-Ela caiu de um penhasco e achamos o corpo dela na margem de um rio. – disse a morena.

-Por que a trariam para um pintor pintar, - ele parou – se ela está desfigurada?

Um silêncio se infiltrou no lugar, as mulheres se desesperaram.

-Tudo bem, nos descobriram. – disse a loira.

-Dentro do caixão tem uma filha de um dos políticos mais poderosos no mundo. Ele pediu para pintar seu rosto angelical antes que começa-se a decompor. – explicou a morena.

-Então, nos deixe vê-la... – pediu o moreno.

-Tudo bem. – a loira abriu caminho.

Os dois homens empurraram a tampa do caixão e viram uma pessoa em forma de anjo.

Uma linda garota com cabelos rosados até a cintura e meio desgrenhados, corpo bem definido, rosto angelical, lábios carnudos e um nariz levemente empinado.

-É linda! – disse o loiro.

-Como pode a vida ser tão injusta, deixar a morte se apoderam de uma criatura tão bela que faz a própria deusa da beleza a inveja. – disse o moreno.

-Sasuke, -o loiro começou a dizer olhando para o relógio – temos de ir.

O moreno quase que hipnotizado pela garota, demorou um pouco para olhar para o amigo, mas quando olhou se levantou rápido e foi até ele.

-Até mais Sra... – ele deu uma pausa.

-Tsunade e Shizune. – disse a loira gentilmente.

-...Sra. Shizune e Tsunade, até mais – disse o loiro puxando o amigo.

-Não nos disseram os seus nomes nobres cavalheiros. – disse a loira.

-Naruto Uzumaki e Sasuke Uchiha. – disse o loiro orgulhoso do tom de sua própria voz.

Quando os garotos já estavam a metros longe do ateliê a garota antes deitada agora estava sentada no caixão.

A garota levantou abrindo os olhos esmeraldinos e ficando com algumas mechas em seu rosto.

-Meu Jesus Cristo! – disse Sai assustado.

-Calma, nunca estive morta, estou tão viva quanto você! – disse a rosada saindo do caixão.

-Então, porque? – perguntou o homem confuso.

-Os meus pais morreram recentemente. E como nenhum dos dois tinham irmãos, terei de ficar com o primo de meu pai. O Sr. Mitashi, conhece? – perguntou a garota.

-Conheço sim.

As três mulheres saíram do ateliê deixando o homem lá confuso.

-Mas e esse caixão? – perguntou.

-Depois pegamos! – disse a loira.

O homem olhou pela última vez nos olhos esmeraldinos da rosada que se perdeu nas sombras da rua suja. O homem fez de tudo um pouco para tentar lembrar de todos os traços da perfeita criatura que acabará de ver. Pegou o primeiro pote de pincéis e tintas e começou a desenhar.

Ele não poderia se esquecer daqueles olhos hipnotizantes. Aquela obra que acabará de fazer parecia ter sido desenhada para servir como anjo de deus.

Já deveriam ser mais de meia noite. Mas alguém bateu na porta.

Quando ele abriu a porta se deparou com o moreno de mais cedo.

-O que quer? – perguntou Sai.

-Preciso ver pela última vez a mulher! – implorou o moreno.

-Sr. Uchiha eu não posso ficar mostrando meus quadros, - ele olhou para o homem que parecia ter seus olhos corroídos pelas sombras mas mudou de idéia rápido – entre.

O moreno entrou no ateliê de Sai e disse:

-Já terminou o quadro? Quero vê-lo.

Sai fechou a porta em silencio, ele sábia que Sasuke não estava em seu perfeito equilíbrio.

-Por que quer ver a imagem de uma moça morta?Há muitas delas ai com certeza!

-É verdade. – concordou Sasuke olhando todos os detalhes do ateliê.

Quando ele avistou a pintura correu para esta, o contemplou com um olhar especialista, não em arte mas sim em mulheres. Após algum tempo balançou a cabeça.

-Não está mau. – ele parou – Que olhos incríveis lhe destes. Como foi que...

-Então aprova? – perguntou Sai.

-Aprovar? Eu a adorei!

Um silêncio se instalou no lugar até Sasuke dizer:

Como sinto tristeza ao ver tamanha beleza desperdiçada. Ah, se fosse possível convencer a morte a devolvê-la!

  -E o que aconteceria então? – indagou o pintor – O que faria se o anjo estivesse vivo?

-Eu... não sei. Amá-la, é óbvio. Aliás aprenderia a amar. Pra mim uma noite de prazer com qualquer uma valeria, mas com ela...

-Bem, ela está viva assim como nós. Quando vós saiu desse local ela se levantou do caixão.

-Quereis dizer que ela nunca esteve morta?

Sai sorriu diante da expressão do rapaz:

-Sempre esteve tão viva quanto vós.

Um silêncio se instalou novamente no lugar, agora Sasuke estava com um a mão no cabelo.

-Onde ela está? – perguntou o moreno.

-Não posso lhe dizer.

-Então terei de fazer serenatas em todas as sacadas de Konoha? – perguntou aflito.

-Se eu fosse você nem tentaria.

-Então por que estás me dizendo isso? –perguntou o jovem Sasuke.

-Por que eu queria f=ver uma pontada de esperança em teus olhos! – disse o pintor sorrindo.

-Mas por que não me diz onde se encontra a moça? – perguntou o moreno entrando em desespero.

-Porque, - ele olhou para o rosto do rapaz a sua frente – dói nos olhos de um artista ver uma pomba alvíssima perder tempo com corvos.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?