A Lenda Continua escrita por SamHylia


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

E assim começa nossa jornada.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/191917/chapter/4

– Impa eu... Ah minha voz! Eu realmente... Sou um garoto!

– Sim... Seu nome não poderá ser Saria não é?

“risos” – Sim, e como irei me chamar então?

“Impa pensa por uns instantes” – Sheik.

– Sheik?



– Sim.

– Mas Impa! E meus pais?! O que vou dizer para eles?! – agora caiu sua ficha.

– Seus pais terão que viajar. Eles se esqueceram de te avisar. Seu pai terá que ir para uma convenção de paleontólogos e sua mãe irá junto. Eles ficarão três semanas fora. Ao menos se despesa deles amanhã – sorri.

– Ah sim claro! Mas, agora estou vestida assim!

– Saria é só trocar de roupa – risos.

– Ah é – sorri.




Impa e Saria entraram no castelo. Saria tirou aquela roupa e guardou em seu armário.

Impa a abraçou e disse que a ajudaria no que fosse preciso. Mas não poderia contar aquilo aos seus pais, pois eles ficariam muito preocupados e impediriam Saria de fazer o que ela realmente precisa.

Saria passou a noite pensando em como ajudar Zukko sem que outros percebam quem ele realmente é.

E assim pegou no sono...


Na manhã seguinte, Zelda e Link já estavam com as malas prontas. Zelda bate na porta de Saria.




– Meu amor, está acordada?

– Huh... Sim mãe, pode entrar – esfrega os olhos.

– Querida, eu e seu pai esquecemo-nos de lhe contar uma coisa – se senta na borda da cama.

– Impa me falou que terão de viajar para uma convenção não é? – sorri.

– Ah sim. Impa nunca deixa nada faltar não é – risos – Está tudo bem para você meu amor – acaricia seu cabelo.

– Sim mãe! Tudo bem! Você e o papai divirtam-se. Eu ficarei bem – sorri.

– Ah eu sei que vai meu amor – a abraça e cochicha em seu ouvido – Só não se meta em muitas encrencas, ok? – risos.

– Huh?! – se surpreende – Ah sim, pode deixar mãe – sorri nervosa.

“risos” – Seu pai virá se despedir – a beija na testa – Comporte-se tudo bem? – sorri.

– Sim mãe – sorri – Boa viagem.

– Obrigada querida – sai do quarto.

– Sary?

– Oi pai! – sorri.

“risos” – Não se importa que não possamos leva-la não é? – acaricia seu cabelo.

– Nah! Tudo bem! – sorri.

– Sabia que entenderia – a abraça e dá um beijo em sua testa – Até daqui á três semanas querida.

– Até mais pai – sorri e acena.




Saria se atira para trás, se aconchegando novamente no travesseiro.

Ela ama muito seus pais, e já estava com saudades. Ela é um doce de garota.

Ela fica alguns minutos deitada, refletindo, quando se lembra de Zukko.

Ela levanta num salto e corre para seu armário. Veste-se de Sheik e segue o caminho até o estábulo.

Ela se esconde atrás de um dos pilares da entrada do castelo, e espera até que seus pais entrem no carro.

Assim que eles saem do castelo ela corre até o estábulo.

A chave estava em seu pescoço. Ela abre rapidamente e lá estava Zukko acariciando Epona.

Ele a vê e se assusta.




– QUEM É VOCÊ?! – exclama.

– Shh! Não grite! Os guardas vão ouvir!

– Mas quem raios é você garoto?! – ele estava nervoso.

– Sou eu! – tira a faixa do pescoço – Saria.

“suspira aliviado” – Pensei que fosse, sei lá – coça a cabeça – Mas porque está vestida assim? De garoto?

– Impa, minha servente e babá, me disse que o Vale Gerudo do Norte é uma cidade apenas de homens e nenhuma mulher pode entrar lá. A não ser suas esposas. Então ela me disfarçou de garoto. Bem, de agora em diante de chame de Sheik – sorri.

– Seus olhos, são vermelhos...

– Sim. São lentes de contato. Por favor, não conte á ninguém que sou garota – ela cruza os dedos.

– Ah sim. Claro, pode deixar – ele afirma com a cabeça.




Nesse momento Impa entra no estábulo. Zukko a vê e seu sangue gela. Ele se esconde atrás de Saria. Ou melhor, de Sheik.




– Acalme-se garoto. Eu sei sobre você – risos.




Ele sai de trás de Sheik e suspira aliviado.




– Então você é a babá de Saria, ou de Sheik, sei lá – sorri confuso.

– Sim. Quero avisar uma coisa á vocês. Não poderão ir de mãos vazias á qualquer lugar, principalmente para o vale. Precisarão de equipamentos para defender-se.

– Impa. Eu peguei a espada que estava encima da lareira – diz Sheik.

– Ah. A espada kokiri.

– Kokiri?

– Sim. Dizem que foi feita por um espírito de uma floresta chamada Floresta Kokiri. Mas é mais um das lendas de nossa família. Bem, eu ia dar ela para você de qualquer forma... Zukko, eu trouxe uma para você também. É uma espada simples, mas muito boa.

– Sério? Espadas nesse século?

– Facas são ilegais para menores de dezoito anos. E armas de fogo também – risos.

– Ah sim claro – disseram os dois sarcásticos.

“risos” – Bem, só quero que tomem cuidado. Saria tome esse celular. Qualquer emergência me ligue! Promete?

– Sim! Prometo.

– Está levando sua ocarina?

– Como sabe? – se surpreende.

– Deve leva-la. Mais tarde descobrirá porque – sorri.

– Ok – sorri.




E assim, se despedindo de Impa, Sheik e Zukko começam sua viajem para o Vale Gerudo do Norte.

A viagem seria longa... Estão levando dinheiro, comida, lanternas, suas espadas e sua coragem.

Cada um sabia que seu destino estava em ajudar um ao outro. Trabalhando juntos, para não deixar que mágoas antepassadas ainda continuem a se sobressair sobre suas vidas. Mesmo que ainda sejam crianças, sabiam de seu destino melhor que ninguém.

Zukko comandava Epona... Eram dez da manhã. Fazia duas horas que haviam saído. Era estranho de ver os dois á cavalo. Pois estavam nos dias atuais. Todos nas ruas os olhavam com olhar estranho.

Eles não davam à mínima para os outros. Não seria com eles que deveriam se preocupar nesse momento. Zukko seguia um caminho que Sheik jamais havia visto. Era deserto. Não havia ninguém. E logo à frente o caminho terminaria e só haveria floresta.




– Zukko, você sabe o caminho? – ela estava curiosa.

– Sim. Tenho o mapa. Roubei das coisas de meu pai.

– Espera um pouquinho aí! Você fugiu de casa?!

– Sim.

– Você tem coragem.

– Você também.

– Eu não! Impa permitiu!

– Mas seus pais não sabem. E ela não vai contar – piscou para ela.

– Bom argumento.

– Obrigado – sorri.

“risos” – Mas, afinal o que você precisa fazer no Vale Gerudo do Norte?

– Bem, pra começar, eu preciso saber o local exato do vale escondido onde morou meu antepassado Ganondorf. Já ouvi meu pai falando com minha mãe sobre os moradores do Vale Gerudo do Norte. Dizem que eles sabem toda a história. Eu preciso descobrir se quero me livrar dessa maldição.

– Eu só não entendi, onde “eu” entro em tudo isso.

– Ora, diz a lenda que os escolhidos possuíam o tal poder da Triforce. E ele duraria pela eternidade, passando de geração em geração. Ou seja, a cada nova geração que nasce, as crianças no caso, passam a possuir o poder.

– Hah! Eu não sabia disso!

– Talvez seus pais achassem que era cedo demais pra submeter você á tantos segredos, não acha?

– Talvez sim. Minha família parece o universo... Cheio de segredos e mistérios – diz sarcástica.

“risos” – Parece mesmo – sorri.




A tarde passava devagar. Parecia que levaria a eternidade para chegar ao vale.

Sheik pegou no sono nas costas de Zukko. Já haviam passado seis horas.

Epona estava com sede. Zukko para em um lago que havia logo á frente. Desce Sheik com cuidado e a aconchega perto de Epona que havia se deitado. Sheik ainda dormia.

Zukko pega sua bolsa de água e a enche. Ele se aproxima de Epona e a ajuda a tomar.

Ela o acaricia com a cabeça. Epona sentia quem era bom e quem era ruim. Definitivamente Zukko tinha uma alma doce e gentil.

Ele a acariciava.




– Você é única não é Epona? Já virou minha amiga fiel – sorri.




Zukko se senta na borda do lago e põe os pés na água para refrescar. E fita os peixinhos nadarem de um lado para o outro. A água do lago era cristalina. Passaram-se quase duas horas.

A noite vai se aproximando... Zukko resolve fazer uma fogueira. Já eram quase sete da noite, e logo iria escurecer mais.

Ele acha alguns gravetos perto das árvores e sorte que tinha fósforos no bolso. A fogueira está pronta. Ele vai até sua mochila e pega alguns marshmellows.

Quando ele abre o pacote, Sheik desperta.




– Ah, boa noite bela adormecida. Ou belo, sei lá – risos.

“risos” – Boa noite.

– Está com fome?

– Sim – pega um graveto e um marshmellow.

– Você estava cansada né? – risos.

– Estava. Acordei cedo demais – sorri.

– Cedo demais? Quando você abriu o celeiro já deviam ser oito da manhã! – risos.

– Pra mim é cedo! – risos.




Os dois passaram horas conversando e comendo marshmellows. Contando histórias de terror, engraçadas. Vergonhas que já passaram. Sobre as matérias da escola e tudo mais. Estavam de férias da escola, sentiam vontade de não voltar mais. Ambos gostam de se aventurar, pelo que parece.




– Meu sonho é encontrar um lugar, não mágico nem essas coisas fictícias, mas um lugar inesquecível entende? Que ficará na memória para sempre – diz Sheik.

– Olha pela história de nossas famílias, acredito que coisas fictícias fazem sentido – risos.

– Tem razão – risos.




Zukko começa a admirar o lago onde estavam. E se põe a pensar.




– O que foi Zukko?

– Acho que conheço esse lago... Alcance meu mapa atrás de você, por favor.

– Ah sim – se vira e pega o mapa – Tome.




Zukko fica alguns minutos analisando o mapa. Ele se surpreende quando encontra a localização do local.




– Eaí? O que descobriu?

– Bem, pelo que eu entendi, estamos no Lago Hylia.

– Lago Hylia?

– Sim. Por quê? Sabe de alguma coisa?

– Impa uma vez me contou uma história que no fundo desse lago possui uma entrada secreta para um tipo de castelo submerso. Mas é só uma lenda, acredito.

– Ah, minha mãe também me contou essa história! Acreditavam que o castelo pertencia a uma fada. Seria legal se fosse verdade não é? – sorri.

“risos” – Ah sim! Seria! – sorri.




Então eles passam mais um tempo conversando e rindo... Quando de repente ouvem um barulho vindo dos arbustos. Os dois pegam suas espadas bem rápido e ficam preparados para o que seja que surgir.

Quando a luz da lanterna de Sheik bate na coisa que saiu dos arbustos. Era uma moça. De cabelos azuis compridos.

Sheik suspira de alegria quando reconhece quem é.




– Navi! – corre e a braça.

– Saria! Que saudades minha querida! – exclama – Adorei você de garoto, ficou bonito – risos.

– Que saudades mesmo de você Navi – sorri – Como nos achou aqui? E como veio até aqui?

“risos” – Quantas perguntas! Vim com meu cavalo – sorri.

– Ah você trouxe o Luke! – ela ficou corada.

– Sim – risos – E Impa me disse onde vocês provavelmente estariam.

– Mas como ela sabia que estávamos aqui? – pergunta Zukko meio confuso.

– Ah, ela rastreou o celular de Saria. Em caso de se perderem – sorri.

– Ah! Isso realmente é útil! – diz Zukko.

– Verdade. Mas porque veio Navi?

– Bem, quando fui te visitar, Impa me contou o que vocês tinham de fazer. E como eu não resisto á aventuras, resolvi vir. Importam-se se eu ajudar?

– De jeito nenhum! – sorriam os dois.

– Aah que ótimo – sorri – Eu também trouxe minha espada, nunca se sabe. Eu acho muito engraçado usarmos espadas em pleno século XXI, mas mesmo sendo moderna, nossa família é esquisita – risos.

– Sabemos – disseram os dois.




Então todos se sentaram em volta da fogueira para comer mais marshmellows.

Já eram quase dez da noite... Sheik dormiu abraçada em Navi escoradas em Epona. E Zukko também escorado em Epona.

Em seu profundo sono, Saria começa a ter um sonho meio esquisito...

Em seu sonho estava no mesmo lugar onde está agora, no Lago Hylia. Mas está sozinha. Nem mesmo Epona está junto. Ela sente medo e não sabe o que fazer. Então de repente a água começa a emitir uma luz azul muito brilhante e chama a atenção de Saria. Se aproxima e uma moça de longos cabelos e olhos verdes, sai da água.

Vestia um manto azul, e brilhava encantadoramente.

Ela faz um sinal para que Saria se aproxime da água.

Saria, com leves passos, vai caminhando até a borda do lago.

Então a bela moça começa a falar.




– Saria... Sei de seu destino. Pois vivo dentro de você. Saiba que você possui a mais verdadeira coragem em seu interior. Sua sabedoria é incrivelmente admirável. E sua doce alma é a mais gentil. Seu coração guia seu destino. Pois assim aconteceu comigo. Você encontrará muitos desafios á frente. Mas não desanime perante os mais difíceis, pois se você chegou até eles, é porque você tem o que é preciso para seguir cada vez mais á frente.


– Mas quem é você?

– Você saberá. Sei que isto é um sonho. Mas é o único modo que tenho de me comunicar com você. Quero lhe pedir um favor.

– Claro.

– Quando despertar. Quero que mergulhe no lago. Terei uma surpresa para você. Ajudará você em seu caminho. Não tenha medo Saria. Ajudarei você em sua jornada. Espero que acredite em mim – sorri.

– Mas eu...

– Até outra hora, Saria – sorri e entra na água.



A luz desaparece...

Saria acorda num suspiro de surpresa. Navi acorda junto. E Zukko também.




– Saria? Tudo bem? – pergunta Navi.

– Aconteceu alguma coisa? – pergunta Zukko.

– Eu tive um sonho muito esquisito. E só saberei se foi real, entrando no lago.

– Que? – exclamaram os dois.

– Zukko, lembra-se da fada da lenda?

– Sim?

– Bem, ela apareceu no meu sonho!

– Que legal! Como ela era?

– Ela tinha longos cabelos verdes. Os olhos também eram verdes, e ela usava um manto azul brilhante. Ela me disse muitas coisas e me pediu para entrar no lago porque tinha uma surpresa pra mim – sorri.

– Ah é só um sonho Saria – diz Navi.

– Um sonho muito maneiro se quer saber – ri Zukko.

– Bem, eu vou entrar. Eu prometi, mesmo que no meu sonho.




Saria, ou melhor, Sheik se levanta e caminha até o lago. Vai entrando devagar, estava com medo. O que poderia ser a surpresa?

A água está quase em seus ombros, então ela mergulha. E vai um pouco fundo.

Uma luz azul surge e logo some. Sheik sai da água. Zukko e Navi correm para perto dela.




– E então? O que era a surpresa?

– Olhem minhas orelhas – sorri.

– Ah! O símbolo de um guerreiro que acreditavam os antepassados Sheikahs!




Eram dois brincos. Uma argolinha prateada em cada orelha.




– O que você sentiu lá no fundo do lago? – perguntou Zukko.

– Ela falou comigo novamente, quando fechei os olhos.

– O que ela disse? – perguntou Navi.

– Tenho fé em sua jornada... Minha descendente – sorri.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem ^^
O próximo capítulo sai amanhã :)
PS NADA IMPORTANTE 2: Esqueci de mencionar, Link fez faculdade de arqueologia, então alguns paleontólogos querem ver o trabalho dele. Zelda se formou em artes, ela é arquiteta decoradora. ^^