The Wrong escrita por Rafaella Livio


Capítulo 3
ASSUNTO: Threat Signal


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, aqui como prometido >.
Desculpem se não conseguir postar um capítulo hoje em "Trampled", demorou bastante para refazer este, acreditam que refiz umas cinco vezes? É.
Bom, até lá embaixo e boa leitura.



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Na semana seguinte aconteceu a mesma coisa do que antes. Frequentes olhadas, nenhuma palavra. E pior: a CDF esquisita parou de me ameaçar, de falar comigo, nem ao menos olhava para mim!

Então em uma sexta-feira decidi tirar isso a limpo. Fui até a mesa do refeitório onde Edward sentava junto com seus amigos babacas e as vadias, e fui bem direta.

– Edward, preciso falar com você.

Uma loira oxigenada anoréxica sentou no colo dele.

– E você é...?

– Ninguém que te interesse, menina-ovo.

Ele acariciou a perna dela e eu rolei os olhos para não ter que ver aquela cena nojenta.

– Joanie, eu já volto, amorzinho.

Ela levantou, deu um beijão nele e ele veio. Puxei-o para o banheiro feminino (claro que antes eu verifiquei para ter certeza de que não tinha ninguém lá).

– O que você fez com a matemática?

– Ameacei contar que ela não é inteligente de verdade e que só cola dos outros para o grupo dela. E se tem uma coisa que ela ama mais do que eu, é aquele bando de apreciadores de Shakespeare.

Não sei como, mas ele me fez sorrir.

– Obrigada.

– De nada. Mas... você ainda vai ter que pagar saindo comigo hoje à noite.

– Mas e a tua namoradinha?

– Eu? Namorando? Por favor, né?

– E aquele beijo que ela te deu?

– Ela acha que a gente tá ficando. Coitada, ela não sabe que esse lugar já é seu.

Ele me beijaria, mas eu não deixaria barato aquele beijão, ainda mais não queria sentir o gosto da vadiazinha. Empurrei-o e fiz questão de que meu sorriso sumisse.

– Ei, não fique achando que você vai me usar, não. Até porque você trata a menina como sua namorada mesmo, e aquele beijo pareceu mais real do que o nosso.

"AI COMO EU SOU BURRA!", pensei. "Por que é que eu tinha que lembrá-lo?"

– Nossos. Com S. Tá com ciúmes, é?

– Tô, sim. Mas o seu ego é bem maior.

– Vai pra casa, se arruma que eu te busco lá.

– Bela tentativa, mas você não sabe onde eu moro, garotão.

– É só você me falar.

– Tá! Você venceu.

(Eu sei, ele me enrolou rápido). Passei o endereço e quando perguntei para onde íamos, tudo o que ele respondeu foi:

– Surpresa. Te pego às duas.

Ele me deu um beijo na bochecha (porque eu desviei o rosto) e saiu saltitando (não literalmente).

Depois da aula fui para casa e, burra como sou, fiquei desesperada tentando achar uma roupa. Depois de horas, decidi (roupahttp://t3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQsJA0cxdhJ8JdElk0b1X3go1K5Q8nGV4MD9-40ApkZ4F97KPtVrZ5s3d2B). Prendi o cabelo em um rabo de cavalo e fiquei esperando no sofá, quando recebi um SMS.


Desculpe, não vou poder pegar às duas, tenho treino na escola. Te pego às sete da noite. Beijo.

Edward.

Porém tive uma idéia repentina e respondi-lhe.


Não tem problema, eu vou assistir o seu treino. Daqui a pouco eu chego, beijos.

Victoria.

Depois de poucos minutos recebi outro.


NÃO! Não precisa vir, você não vai gostar.

Claro que eu vou! Me interesso por futebol, por mais que não pareça. Mas por quê? Alguma das suas namoradinhas vai ver a gente saindo? Isso é um problema pra você? Porque se for, a gente nem precisa ir. Não quero atrapalhar.

Imagina! Estou te esperando aqui. Beijo.

Me levantei rapidamente do sofá e fui à rua pegar um táxi. Não queria perder nem mais um segundo parada.

Ao chegar à escola, fui direto para o ginásio e encontrei todo o time já jogando, as líderes torcendo, algumas pessoas sentadas olhando e a NERD esquisita lá no fundo. No começo fiquei com medo, mas ela não veio falar comigo. Quem veio foi a menina oxigenada, com roupa de torcida (ou de p...)

– Pessoas não autorizadas não podem assistir ao treino.

– E quem precisa autorizar?

Moi.

– É que eu...

– Tudo bem, – disse Edward, vindo atrás dela. – ela está comigo.

Pardon? – Perguntou a garota, fula da vida.

Ele sussurrou alguma coisa no ouvido dela, ela riu e saiu dali, voltando para o grupo de p...

– O que disse à ela?

– Disse que tentaria fazer com que você ficasse com o Daniel Foxter. – Respondeu, apontando para um menino raquítico, com meias até os joelhos, bermuda até a cintura por cima da camiseta, óculos fundo-de-garrafa, sarnas e cabelo ensebado recebendo várias boladas na cara. Ah, coitado.

Rolei os olhos.

– Tem vergonha de mim, Edward? – Perguntei, pendurando-me em seus ombros, fazendo com que ele inalasse meu perfume, que provavelmente já tinha-o viciado.

– Vic, por favor... Já te disse que não posso...

– Não confia em mim? Não vou fazer nada. – Devolvi em seu ouvido, fazendo-o arrepiar. Soltei-o e ele voltou a jogar. Ainda bem que ele não estava no time sem camisa, porque, sinceramente, acho que eu desmaiaria. Sim, eu sou uma estúpida.

Depois que o jogo acabou, ele veio até a minha cadeira suado que nem um porco que correu uma maratona e se chacoalhou por cima de mim, me molhando com seu suor que, inacreditavelmente, não fedia.

Eu, automaticamente, levantei a mão, mas ele virou e eu acabei dando um tapa em sua bunda, já que eu estava sentada e ele de pé. Me levantei, chocada porque todos olhavam-nos curiosos.

– Desculpe, eu...!

– Tudo bem, vem cá.

Ele me abraçou e deu um tapa na minha bunda, revidando o meu. Fiquei furiosa e saí correndo atrás dele, mas para a sua sorte, conseguiu chegar ao vestiário antes que eu pudesse alcançá-lo e, claro, eu não entrei.

Voltei para o ginásio e sentei no mesmo lugar. Dali a pouco, a tal matemática sentou ao meu lado e ficou me olhando, enigmática.

– Oi – falei, bem lentamente.

– Oi coisa sonsa.

– Garota, você...

– Da próxima vez que o Edward vier falar comigo, espero que não seja para me criticar ou me ameaçar.

"Que irônico, isso é o que você faz comigo.", pensei. Só nesta hora percebi que ela estava com a adaga na mão e fez um corte lento sobre meu pulso, deslizava para trás em direção às costas do cotovelo e o corte foi se firmando e sangue escorria e pingava na poltrona, mas como era vermelha, via-se com dificuldade. Eu paralisei, não consegui fazer nada, e antes que eu pudesse gritar, ela tapou a minha boca. Sabia que deveria ter medo dessa garota.

– E acho melhor não contar para Edward dessa vez, monguinha.

Ela tirou a mão de minha boca, saiu dali e pude perceber que estava sozinha no ginásio e estar sozinha, para mim, a partir dali, não era uma boa ideia.

Fui ao banheiro cuidar do ferimento, tomando cuidado para que não respingasse em lugar nenhum, nem no chão. Fiz pressão com um pano seco, o que aprendi com os bombeiros, já que quando pequena era isso o que queria ser quando crescesse.

Depois de sangue e lágrimas, fui para casa desistindo de tudo e de todos e deitei no sofá com a almofada na cara, quando ouvi um BIP do celular – mensagem.


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Notas finais do capítulo

Gente, nada contra Shakespeare, eu aaaamo, é só um exemplo OK?
Gostaaaaram? Mandem reviews, please, é muito importante, já que estou tendo um trabalhão para nenhuma troca, mas os reviews e recomendações são a melhor recompensa que eu poderia ter.
Beijos e até amanhã.



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