Fallen Angel escrita por Jujuvia


Capítulo 5
Não é um pesadelo


Notas iniciais do capítulo

Depois de tanto tempo, finalmente eu lhes trouxe mais um capítulo da minha fanfic...
Gostaria de pedir desculpas à Nanda, que quase teve um troço, deveria ter postado esse capítulo ontem, mas minha mãe é simplesmente impossível! ¬¬
Estava ouvindo: Evanescence - Good Enough (versão piano)
Mais um capítulo em que eu ouvia Evanescence XD
Boa leitura :)



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Tom's POV

Bill havia tomado um cor rubra no rosto, as mãos estavam cerradas, podia ver a ponta das unhas afundando-se na pele da palma das mãos. Pude ver seus dentes alinhados no que antes era um sorriso tímido no rosto, um súor gelado começou a correr pela minha testa quando vi os olhos do meu gêmeo brilharem, devido à algumas lágrimas que já se mostravam escorrendo por suas bochechas, levando qualquer traço de sua maquiagem.

- Luana... – Bill mal conseguia se pronunciar, engolia a saliva a seco e ofegava em meio à lágrimas.

- Billy, fica calmo. – Quebrei o clima tenso que havia se formado, abracei Bill e olhei fixamente para Luana, que sussurrou alguma coisa para mim, senti as mãos de Bill envolverem minha cintura e soluços quase inaudíveis me atormentavam naquele momento, os lábios do meu gêmeo se aproximaram da ponta da minha orelha então ouvi aquelas palavras que me fizeram abraçá-lo mais forte... "Tomy, me leva pra casa".

Abracei Bill pelo ombro e segui pela frente do shopping, duas ruas depois Georg e Gustav já haviam ido para casa, usando a desculpa de uma tal noite do videogame, coisa que eu sabia que era algo para não se envolverem muito em toda essa história, de fato Bill nunca me contou ao certo o que aconteceu naquele dia, o pouco que sei já é doloroso demais, então entendo o silêncio de Bill.

2 anos antes

- Lu, te trouxe uma coisa. – Bill aparece na sala de aula, saltitando com um pacote lilás e rosa nas mãos, abraçou Luiza e depositou um beijo na curva de seu pescoço, fazendo-a arrepiar-se por inteira.

- Eu também Bill. – Falou Luiza, mostrando um par de ingressos para a estréia de um filme, que estaria passando no cinema naquela noite, aniversário de namoro do jovem casal.

- Como descobriu que eu queria ver esse filme? – Bill largou a bolsa transversal sob a cadeira ao lado da classe de Luiza e segurou a mão direita da jovem loira, que mais lhe parecia uma delicada boneca de porcelana.

- Abre o meu presente? – Bill inclinou-se para a frente e beijou o topo da testa da jovem, entregando-lhe o pacote delicado.

Luiza o abriu e encontrou uma pequena caixinha de música, dentro havia uma pequena bailarina de prata e ao lado, num tecido aveludado e vermelho havia um delicado pingente na forma de um coração.

A jovem retirou o pingente da caixinha, uma corrente também de prata reluzia na pouca luz daquela manhã quase nublada.

Abriu o pingente e observou o espaço vazio, já imaginando a foto perfeita a ser colocada ali.

- Bill, é lindo. – Luiza passou os braços por volta da cintura do maior e deitou a cabeça em sua clavícula, depositando um tímido beijo em sua curva do pescoço.

- Depois da aula vou te levar num lugar. – Bill fitou os olhos inocentes de Luiza o observarem com certa felicidade, envolveu a cintura da jovem com um dos braços e com o outro abraçou-a por volta dos ombros.

- Te amo Bill. – Sentiu o corpo relaxar-se ao ouvir as doces palavras de sua pequena, lhe deu um beijo no alto da testa e sorriu para si mesmo, imaginando como seria o resto de seu dia, já o havia planejado todo na noite anterior, saíria perfeito, simplesmente perfeito para o casal, que comemoraria um ano desde que Bill foi até a casa de Luiza e confiante a pediu em namoro, com a presença dos pais e irmão da jovem.

...

- Está feliz? – Perguntou Bill beijando o pescoço da jovem nua que o fitava com certo medo e prazer.

- Sim, sempre estou feliz com você. – Luiza levantou-se da cama, deixando o fino lençol escorregar por seu busto, deixando os robustos seios a mostra, Bill sorriu bobo para si mesmo ao fitar a silhueta delicada de sua pequena.

Levantou o olhar e se deparou com uma face rubra de timidez e entendeu o motivo de tal semblante ao olhar na mesma direção dos olhos esverdeados, uma pequena mancha vermelha no lençol, a jovem abraçou o corpo do maior e sussurrou algo que nem Bill pôde ouvir, afagou os cabelos finos da menor e não foi capaz de conter o sorriso de prazer, em saber que sua pequena era apenas dele, que nunca havia sido de outro e nunca seria.

Foram juntos ao banheiro e lá deixaram que a água levasse todo súor dos dois corpos, enquanto preocupavam-se apenas em trocar carícias um com o outro, Bill sorria cada vez mais ao sentir o corpo da menor estremecer ao seu toque, sentia a pele macia entrar em completa euforia quando tocava-lhe com os lábios.

Bill foi até o quarto, trazendo consigo duas toalhas, amarrou uma na cintura e abraçando Luiza envolveu a jovem na outra toalha, puxou-a mais para perto e um olhar matreiro surgiu em seu rosto ao sentir o corpo jovem ir de encontro ao seu.

...

Bill trancou a porta de casa e passou o braço por cima do ombro de Luiza, sentiu uma mão brincar pela lateral de seu corpo, inclinou-se na direção do rosto da jovem e mordeu-lhe a bochecha com delicadeza depositando um pequeno selo ali.

O maior colocou uma das mãos no bolso e certificou-se de que tinha pegado os ingressos do cinema, ouviu um sutil "Owwn" e fitou sua pequena olhar distraída para uma pet shop, onde havia alguns filhotes de cães, gatos e coelhos, sorriu com a inocencia de sua pequena e também se pôs a olhar para os pequenos animais, pensando ser um bom presente para Luiza, olhou para a placa de horários da loja, certificando-se de que poderia passar ali mais tarde.

Os dois pararam por um tempo, observando os filhotes que brincavam e emitiam pequenos sons que faziam o coração mais duro derreter-se.

Bill ouviu sons mais bruscos, olhou para uma esquina e viu um carro vermelho dirigir desgovernado pela rua, balançou a cabeça, pensando por que as pessoas ainda insistiam em dirigir depois de beber alguns drinks, fitou o carro até este sumir na outra rua.

Olhou para sua pequena e seguiram até o meio fio, bastava atravessar aquela avenida e logo estariam no cinema, Bill voltou a ouvir os sons do carro de antes, dessa vez misturados com gritos, vozes inaudíveis e sussurros tomaram conta de sua mente, sentia uma dor repentina se apossar de seu corpo e o gosto de sangue se fazer presente em sua língua.

Viu-se caído no chão ao lado de Luiza, seus olhos quase fechavam mas relutava em dormir, queria ficar acordado, sentiu o cheiro de sangue, gasolina e vodka, olhou em volta e viu o carro vermelho capotado em cima da calçada e mais a frente um caminhão vazando algum líquido amarelado quase laranja.

Sentiu uma mão apertar seu braço, olhou para o lado e viu apenas os rosados lábios de sua pequena sussurrarem algo, antes de fechar os olhos e adormecer, a dor em seu peito e pernas já não o incomodava mais, ele apenas dormia.

Acordou dois dias depois com a luz branca refletida nas paredes do que lhe parecia um hospital, sentiu uma forte dor na testa e suas pernas formigarem.

Levantou-se fraco e cambaleante da cama, viu seu gêmeo dormir em uma poltrona ao lado da cama, foi até a porta e caminhou pelo corredor, olhando por todas as janelas dos quartos, procurando sua pequena, ouviu a voz de algumas enfermeiras e de Simone, mas se quer olhou na direção delas, continou andando, apoiando-se no que podia, paredes, bancos, nas pessoas.

Sentiu seu coração apertar quando chegou ao fim do corredor, sentou-se no chão e ainda fora de si viu os rostos de Tom e de Simone o fitarem, o de dreads se aproximou do menor e entregou-lhe o pequeno pingente de prata, abriu-o e o encontrou vazio, exatamente como sentia-se agora, apertou-o com força e abraçou seu gêmeo, deixando toda sua tristeza cair na forma de lágrimas por sobre a camiseta do mais velho.

Como se apenas aquilo fosse suficiente para afastar sua dor, Bill não queria acreditar que sua pequena havia adormecido para sempre, tornou-se vazio de um dia para o outro, apertou os olhos e os abriu algumas vezes, rezando para estar em um pesadelo, querendo acordar, mas depois de tentativas frustradas viu-se num beco, algo acabado.


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Notas finais do capítulo

O próximo capítulo já está praticamente pronto, mas falta digitá-lo (está num caderno) e ainda revisá-lo, por que né escrevi de noite, quase caindo de sono :b
Beijos e até o próximo cap *-*



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