Fallen Angel escrita por Jujuvia


Capítulo 1
Uma manhã comum


Notas iniciais do capítulo

Estou ouvindo: Good Enough - Evanescence
Eis aqui, o primeiro capítulo da fanfic Fallen Angel, estou a repostando, por que a primeira versão era um lixo..
Obrigado mais uma vez à minha linda Nanda Kaulitz, por ter feito a capa da fanfic para mim.. Beijos minha liebe!



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"Vou enviar um anjo adiante de ti para te proteger no caminho e para te conduzir ao lugar que te preparei." (Êxodo 23, 20).


Os olhos envoltos em uma maquiagem escura, suas mãos iam de encontro com a minha cintura e quadril, a respiração se acelerava, eu não sabia o que esperar, passei minha vida toda o observando, sabia cada detalhe sobre ele, mas agora eu mal conseguia decifrar sua mente, e de fato não era possível ler a minha própria, os doces lábios macios tocavam minha pele, eu sabia que não deveria permitir, mas minhas mãos insistiam em puxá-lo para mais perto, eu sabia que tinha que parar, aquilo era proibido, era imundo aos olhos dos arcanjos, mas como algo como o amor, poderia ser sujo?

– Bill.. – Ele não disse nada, sempre que pronunciava seu nome eu o via suspirar pesadamente, descontente por eu sempre tentar interrompê-lo, mas hoje foi diferente, ele apenas pousou dois dedos sobre os meus lábios e sorriu, me vi desestabilizada perante o sorriso à que tanto eu me rendia.

– Vai ficar tudo bem. – Ele falou quase num sussurro, com uma voz manhosa e visivelmente cheia de confiança, queria me sentir como ele, estar tão confiante de que aquilo daria certo.


***


– Tom acorda! Vamos nos atrasar. – Bill sacudia o irmão, que apenas grunhia de raiva, embaixo dos travesseiros, por ter que acordar tão cedo, enquanto o mais novo corria pelo quarto e banheiro, arrumando-se para mais um dia de aula, hoje eles teriam prova, e mal haviam estudado na noite anterior, devido à alguns jogos e risadas que tomaram seu tempo.

– Anda sua lesma! Tem prova hoje, a mãe nos mata se... – Bill é interrompido pelo olhar debochado da mãe, escorada à entrada da porta do quarto, com os braços cruzados e um sorriso doce, que só uma mãe é capaz de abrir aos seus filhos.

– Ops, bom dia mãe. – Tom praticamente salta da cama e rapidamente corre até o roupeiro, pegando a primeira camiseta que aparece na sua frente.

– Bom dia filhotes, preciso que vocês façam as compras hoje, vou chegar mais tarde. – Simone entrega uma lista para Bill, que abre um sorriso matreiro, fazendo com que os olhos, ainda nus de maquiagem, se encolhessem um pouco, quase fechando-se.

– Faltou os doces nessa lista. – Bill pega uma caneta sobre a escrivaninha e anota o nome de qualquer guloseima no pequeno papel.

– É pra isso que usam a caneta? E pra estudar não né.. Algum de vocês estudou ontem?

Bill e Tom se olham com pequenos sorrisos disfarçados, deixando evidente um não para a pergunta da mãe, surgir no rosto dos dois.

– Por favor, estudem antes da aula começar, não vou sustentar filho burro. – Simone depositou um beijo na testa de cada filho e revirando sua bolsa, pegou o dinheiro do almoço e das compras, antes de o entregar aos pequenos Kaulitz, ela os olhou com desconfiança, os dois mudaram o semblante na mesma hora, Tom fazendo cara de anjo e Bill deixando aparecer um doce beiço de criança nos lábios.

– Juízo ein, e Tom.. Eu vou pedir pela última vez, levanta a borda do vaso tá filho. – Tom arregalou os olhos, envergonhado com as palavras da mãe, mas sem deixar de prestar atenção nas risadas descontroladas do irmão, que colocava a mão na barriga de tanto rir.

– Haha, mijão! – Bill gargalhou, jogando-se para trás na cama, erguendo as pernas para o ar, fingindo chutar o nada.

– Você não escapa, deixou o fio dental na pia do banheiro, que nojo filho! – Foi a vez de Tom abrir um sorriso e soltar suas risadas, Bill murchou a cara de felicidade e fez um bico torto, olhando para a mãe, e cinicamente dizendo um "obrigado ein.."

Simone soprou um beijo para os menores e seguiu pelo corredor, Bill e Tom se debruçaram na beirada da porta e acompanharam os passos da mãe, até esta descer as escadas e sair pela porta da rua.

Os dois se olharam maldosamente e se jogaram um contra o outro, numa batalha de cócegas e leves socos, sem intenções de se machucarem , Tom empurrou seu gêmeo para cima da cama, subindo sobre as coxas do irmão e com mais força e mais rápidamente continuou a guerra, até que Bill em meio às risadas pedisse trégua.

Tom jogou-se para o lado, caindo no chão, arfando e buscando por ar, Bill fazia o mesmo, passando as mãos sobre a barriga que ainda doia devido ao recente peso do irmão sobre seu corpo.

– Anda, vai passar fixador nesse cabelo, eu vou lá fazer waffles. – Tom passou as mãos sobre o peito, desamassando a camiseta e logo em seguida foi até o corredor, descendo as escadas, até chegar na cozinha.

Bill ainda ria da brincadeira com o irmão, e já salivava, pensando nos delíciosos waffles preparados pelo mais velho, ele sempre gostou de tudo que seu gêmeo cozinhasse, ainda mais seus waffles logo pela manhã. Agora ele encarava seu reflexo no espelho um pouco desanimado com o que via, os olhos um tanto inchados, devido ao horário em que fora dormir na noite passada, o rosto nu de qualquer maquiagem e o cabelo despenteado, e agora um pouco bagunçado pela recém guerra de cócegas.

Bill fez sua higiêne de todas as manhãs, e logo se prontificou a fazer sua maquiagem, passou a sombra preta, delineou os olhos com o lápis, passou máscara nos cílios, base e pó compacto para esconder as olheiras e as poucas espinhas que já lhe surgiam no rosto macio e liso, pegou o pequeno tubo de gloss quase incolor, num tom rosado e o passou sobre os volumosos lábios, dando um realce a mais na maquiagem.

Agora sim, olhou-se mais uma vez no espelho, e sorriu com o reflexo do garoto vaidoso à sua frente, piscou para si mesmo e riu da própria ação, mas não era o único sorriso ali, atrás de si estava Tom, sorrindo da cara que o irmão fazia ao olhar para si mesmo.

– Está bonito, agora eu posso usar o banheiro? – Tom arqueou a sobrancelha esquerda, abrindo um sorriso radiante logo em seguida.

– Pode, o café está pronto? – Bill terminava os últimos toques em seu cabelo, alisando a franja e passando mais uma camada de fixador.

– Uhum. – Tom umedeceu os lábios e em seguida passou uma água no rosto, para espantar o cansaço de vez, a arrumação de Tom era mais simples, escovou os dentes, ajeitou os dreads, colocou o boné e em menos de cinco minutos já estava pronto.

Assim que o mais velho saiu do banheiro, os dois Kaulitz foram juntos tomar seu café, e às sete e meia já saiam de casa, para pegar o ônibus da escola.

Tom como sempre dormia durante o trajeto de quase meia hora, se não fossem alguns alunos morarem tão longe, chegariam em apenas quinze minutos.

Bill olhava para a rua, enquanto terminava um desenho, no qual já trabalhava a mais ou menos três dias, era uma anja, que ele viu em um sonho.

Ele aforçava o lápis nos negros cabelos da garota, delineava seus olhos em uma maquiagem escura como a sua, aliviava a mão para contornar as delicadas asas e sujava o dedo indicador fazendo um efeito de sombra no busto da anja. Sem dúvida era o desenho mais trabalhoso que já havia feito.

Bill começa a guardar os materiais e cutuca o irmão para que este acordasse, já haviam chegado na escola. Ele olha receoso para os garotos que o encaravam do lado de fora do ônibus, com olhares maldosos e perturbadores para ele.

Seu gêmeo pousou a mão em seu ombro e sorriu para ele, confortando Bill de uma maneira que só seu irmão era capaz de fazer. Bill ascentiu com a cabeça e levantou-se do banco do ônibus, sem levantar o olhar os dois passaram pelos garotos, que fitaram com olhos cruéis o garoto maqueado caminhar, ao lado do irmão, que os encarava e ao mesmo tempo mantinha uma das mãos sobre o ombro do irmão, lhe transmitindo proteção.


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Notas finais do capítulo

Ah, esse capítulo não teve nada de mais..
Mas comparado com o antigo capítulo... Esse está muito melhor, isso é a prova de que conhecimento, nós adquirimos com o tempo =)



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