Let Me Be The One escrita por Handyb


Capítulo 3
Capítulo 3




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Sungjong já não ouvia mais a música do ambiente, as vozes das pessoas próximas que uniam-se com suas risadas estridentes ou até mesmo qualquer outro som que estava presente ali. Era como se não existisse mais ninguém além dele e do oriental que investia cada vez mais naquele beijo. As línguas moviam-se num ritmo lento e intenso, tal como se desejassem sentir e registrar completamente o sabor dos lábios um do outro.

Sentia o sabor amargo do álcool impresso no gosto do mais velho, mas não se importou. Tinha toda a certeza de que aquele havia sido o melhor beijo da sua vida e o prolongou até que sentiu o mais alto recuar, apoiando a testa sobre sua semelhante enquanto mantinha os olhos perfeitamente fechados. Um sorriso completamente bobo havia se formado em seus lábios fartos e manteve-se ali, denunciando o quanto Sungjong havia gostado daquilo.

Na mesa em que Myungsoo dividia com os amigos a agitação era grande e não era para menos. Ele havia ganho a aposta feita com Taehun – que nunca acreditou no quão heterossexual o amigo afirmava ser. Conseguiu um beijo do aparente desconhecido que fora escolhido aleatoriamente pelo mais velho, que nunca poderia imaginar que havia apontado – entre tantas pessoas – para um dos alunos de Myungsoo e do próprio namorado.

Sungjong agarrar o mais velho, pular em seu colo e – após ameaça-lo caso chegasse perto de Chansik outra vez – enchê-lo de beijos. Era estranha toda essa paixão repentina por alguém que havia praticamente o ignorado nesse pouco tempo que se conheciam, mas ele já havia desistido de entender ou se importar.
“Myungsoo...” Sussurrou enquanto continuava sorrindo, acabando por abrir os olhos antes de afastar lentamente a cabeça.

Num movimento rápido, Myungsoo encarou o oriental em seus braços. Mesmo que o sorriso dele fosse capaz de derreter qualquer coração, o do mais velho estava ocupado em pulsar avidamente diante do susto ao perceber que era um de seus alunos. Seus lábios se afastaram e todas as suas palavras balbuciadas foram completamente abafadas pela música alta do ambiente.

O de fios claros riu baixinho da falta de jeito alheia – sem tem a mínima idéia de tudo o que existia por trás daquele beijo – e colocou-se quase na ponta dos pés antes de deixar um selar demorado sobre a pele perfumada do pescoço dele.
“Babo-ya... Nunca imaginei que você fosse tão direto.”

Sungjong era menor de idade, estudava onde Myungsoo estagiava, não fazia idéia da aposta e muito menos imaginava que o moreno não tinha certeza do seu nome.

Suspirou antes de afastar lentamente os braços da cintura alheia, sorrindo-lhe completamente torto antes de segurar sua mão.
“Vem cá, eu tô numa mesa com meus amigos.” Claro, fora seguido por um alegre jovem que praticamente saltitava entre as pessoas que dançavam animadas, agarrando-se no pulso alheio com a outra mão para não cair da escada movimentada.

“Sungjong?!” Kevin arregalou os olhos naturalmente pequenos, observando Taehun antes de voltar a observar o amigo. “Tudo bem, buddy?”
“Tudo ótimo, hyung!” Exibiu seu melhor sorriso enquanto Myungsoo – paradoatrás do mais novo – implorava por ajuda com o olhar.
“Senta aí. Você bebe o que?” Noori, que até então mantinha-se alheio a toda a situação, perguntou para o mais novo entre todos. Sungjong não entendia absolutamente nada de bebidas, respondendo um ‘qualquer coisa’ completamente animado enquanto continuava sorrindo.

Por mais que Myungsoo movimentasse repetidamente a cabeça em sinal de negação, o ruivo lhe ignorou completamente antes de oferecer da própria bebida para o mais novo.

O gosto forte pareceu queimar sua garganta nos primeiros segundos, mas ele não demonstrou. Tomou outro gole, sentindo que poderia tranquilamente se acostumar com aquilo e, além do mais, sobrava um leve sabor adocicado em sua língua.

Myungsoo levou a mão livre até a nuca enquanto preocupava-se com o problema que aquilo poderia lhe trazer. Já não adiantava fazer mais nada além de sentar-se e esperar que as horas passassem enquanto torcia para que absolutamente nada de errado acontecesse durante aquela noite.




“Onde será que é o banheiro?” Hyunchul perguntou entediado enquanto movia o canudo em movimentos circulares dentro do copo alto de suco de laranja.
“Por que?”
“O que?”
“O que você quer fazer no banheiro, ué.”
“Junghwan, o que eu faria em um banheiro?” Questionou o amigo, abismado com o que ele havia dito.
“Tanta coisa...”
“Eu só preciso fazer xixi.”
“Ah, faz mais sentido agora.”

Rolou os olhos, impaciente com o outro. Simplesmente desencostou-se do balcão, abandonando o copo e o amigo ali enquanto caminhava na esperança de encontrar o banheiro em pouco tempo. Os olhos curiosos do garoto passeavam por entre a multidão que parecia nunca ter fim, buscando uma placa ou qualquer coisa do gênero que indicasse o toalete. Sem a menor intenção o garoto acabou esbarrando e empurrando um corpo completamente desconhecido. Mal teve tempo de virar-se e pedir desculpas, um homem que deveria ter o dobro da altura de Hyunchul virou-se completamente descontente. O menor arregalou os olhos, e sequer conseguia entender o que o maior pronunciava, mas pelo tom ele não o elogiava.


O desespero do jovem estudante veio junto do movimento feito pelo desconhecido, que elevou uma de suas mãos em menção de atingir o garoto. Um flash foi o suficiente para roubar a atenção de ambos os envolvidos na “briga”. Aquela interrupção partiu de um garoto pouco mais alto que Hyunchul, que ainda apontava o celular na direção de ambos, deixando claro que havia mesmo registrado aquele momento. De cabelos pretos relativamente compridos e pele extremamente pálida, que contrastava perfeitamente com as lentes de contato azuis, prendeu a atenção do mais novo dos três. Nem mesmo o menor percebera a maneira com que encarava o olhar profundo do rapaz recém chegado, abobalhado com sua beleza.

“Agora tenho uma prova de quem começou a briga. Se não quiser problema com os seguranças daqui, sugiro que dê meia volta e não incomode mais o garoto.” A voz calma e firme do rapaz com a câmera intimidou o maior dos três com a ameaça, que fez o que lhe fora sugerido.

Hyunchul se antecipou em dar um passo na direção de quem acabara de salvar sua pele, mas não era bem como se o outro se importasse. Sem conseguir dizer absolutamente nada, o garoto de cabelos castanhos fora abandonado ali, sozinho, quando o outro apenas lhe deu as costas e seguiu seu caminho, como se nada tivesse acontecido. Não importava mais para o menor o fato de o moreno ter intercedido por ele, não tanto quanto a decepção que tivera com o desinteresse do mesmo nos seus agradecimentos.




O sol forte atravessava o vidro bem polido da sala do apartamento e batia direto contra os olhos do oriental de cabelos escuros e perfeitamente lisos. Pressionou as pálpebras e sentou-se lentamente sobre o sofá, afundando os dedos curtos de uma das mãos sobre os fios finos de cabelo. Myungsoo franziu o cenho ao ouvir barulhos vindos da cozinha, checou o horário no relógio e viu que era cedo demais para que seu colega estivesse acordado em pleno fim de semana. Suspirou e levantou-se, seguindo para o cômodo da origem do barulho, encontrando Sungjong distraído, próximo ao fogão.

O oriental mais novo virou-se, levando consigo um prato arredondado e não muito grande onde sustentava algumas panquecas, trazendo nos lábios um sorriso extremamente largo. Ficou sem saber como reagir, sentiu seu corpo formigar por inteiro, e tinha mais do que certeza de que seu rosto havia tomado aquela tonalidade avermelhada. Caminhou até uma pequena meda no centro daquele cômodo e depositou o prato sobre a mesma, evitando voltar a observar o mais velho diretamente, por vergonha.
“Eu fiz seu café da manhã, Myungsoo-sshi.”
“Ah, sim, obrigado.”
“Espero que goste. Eu fiz café também!”
“Achei que depois de ontem não conseguiria nem abrir os olhos.”
“Ommo... Sim, mas eu acordei bem sim. E imagino que deve ter tido trabalho para me trazer até seu quarto.”
“Que isso, trabalho nenhum. Você é leve.” Mentiu o estagiário jamais admitiria que quase caíra com o aluno por quatro ou cinco vezes.

Myungsoo caminhou até o prato apoiado sobre a mesa, observando as laterais levemente queimadas das panquecas, em silêncio. Partiu um generoso pedaço e levou aos lábios, sentia-se mal por todo o trabalho que o garoto tivera para preparar seu café, sendo que ele apenas calculava um jeito de se livrar do acontecido. Sensação pior foi quando ele sentiu o gosto exageradamente salgado da panqueca, colocando-a imediatamente para fora, sobre sua mão, que teve um destino certo, o lixo. O mais novo observou o oriental de cabelos escuros assustado enquanto abandonava a caneca de café sobre a mesa.
“Algo errado, Myungsoo-sshi?”
“A panqueca.”
“O que tem ela?” Falou enquanto levava um pequeno pedaço aos lábios.
“Sal. Muito Sal.” Buscou o café servido para si sobre a mesa.
“Aigoo! Eu devo ter trocado o açúcar pelo sal. Myungsoo você não devia beber isso...”

Tarde demais, o oriental de aparência séria já havia engolido o líquido quente, forte e tão salgado quanto as panquecas. Debruçou-se sobre a pia e puxou o primeiro copo disponível em seu campo de visão, e enquanto o virava preenchido com água por entre os lábios ardidos de sal, toda a culpa se dissipara. Apertou as pálpebras e suspirou pesado, lembrando-se do problema que havia arrumado para si.



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Notas finais do capítulo

Só deixando claro, Kevin Kim, do ZE:A namora o Taehun, também do ZE:A. Ok? Revivemos Noori do Co-ed, meu bias lindo, e que eu acho um desperdício de talento ele estar parado. ): E eu e a minha Thiird shipamos o Noori com o Sungmin, a pequena máquina de dança do Co-ed school. E ELES SÃO PERFEITOS JUNTOS! Falo mesmo.
Queria saber se alguém tem uma sugestão sobre a fic. Sintam-se à vontade.



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