Tale As Old As Time. escrita por Jajabarnes


Capítulo 42
Caspian's Not a Murderer!


Notas iniciais do capítulo

Bem, aviso que talvez não aconteça o que todos esperavam, mas enfim, tudo tem um motivo ^^
Apertem os cintos que vem revelação por aí kk
Divirtam-se!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/191175/chapter/42

—APAREÇA!

Senti um frio apertar meu peito, temendo uma desgraça, e pude ver o mesmo sentimento nos olhos de Dash, mesclados com certa confiança e raiva. Olhou-me duramente, ainda sentado.

—Espero que esteja pronta para descobrir o que seu amado Caspian é capaz de fazer. - dizendo isso, saiu pela janela, estendendo a mão para me ajudar depois. Quando saí, vi Dash ir em direção ao irmão, mas o pai o segurou e Caspian veio até mim nem um pouco preocupado com Dash. Logo senti seus braços me envolvendo.

—Su! - ele parecia aliviado, olhando-me de cima à baixo. - Você está bem? - abraçou-me novamente.

—Seu cinismo me assusta. - Dash debochou. Caspian me abraçou lateralmente, encarando o irmão ferozmente.

—Dash. - repreendeu Digory.

—Você tem sorte de eu não lhe partir a cara. - afirmou Caspian. - Você perdeu completamente o juízo!

Dash sorriu de lado e em seus olhos não encontrei mais aquele tom carinhos. Encontrei loucura.

—Você é tão hipócrita! - acusou Dash, elevando a voz. - Vamos lá, Caspian, conte a ela. Conte e eu os deixo em paz.

—Eu não sei do que você está falando.- defendeu Caspian, um pouco acuado.

—Não se faça de desentendido. - pediu Dash. - Aposto como você não contou nada à Susana sobre suas proezas na França, nem naquela noite, quando chegou.

—Dash, pare! - ordenou Digory, mas não foi suficiente.

—Conte a ela sobre Marta! - Dash incentivou.

—Pare com isso, Dash, conheço a história de Marta. - intervi.

—Conhece a verdade ou o que lhe disseram?

Fiz silêncio.

—Marta se matou, sei que... - comecei, mas Dash gargalhou.

—Se matou?! Marta nunca se matou! - dizia ele, como se contasse uma história divertida.

Senti Caspian abraçar-me ainda mais forte, e novamente era como se eu pudesse captar o que ele sentia, pude perceber o quanto Caspian estava apreensivo.

—Dash, já chega! - insistiu Digory, inutilmente outra vez. Dash continuou.

—Marta não se matou, ela foi morta. Por Caspian!

As palavras de Dash vieram seguidas de um silêncio meu, gelado.

—Você não sabe do que está falando! - acusou Caspian, apertando-me.

—Sei muito bem. Sei, inclusive, que não estava na época da lua. - Dash deliciou-se nas últimas palavras. - Você não contou isso à Susana, não é? Você não estava transformado naquela noite... Você matou Marta com plena consciência de seus atos!

—Dash, pare. - interveio Digory, firme. - Temos que sair daqui, o frio só vai aumentar, Susana está ferida e provavelmente congelando. - ele pôs a mão no ombro de Dash. - Teremos tempo suficiente para conversar. Caspian contará tudo a ela, não faça isso dessa forma, pense no quanto ela poderia sofrer. Deixe os dois conversarem. - nenhum de nós respondeu. Eu estava tonta, Caspian fuzilava o irmão com o olhar e Dash sorria de lado, satisfeito. Digory continuou. - Vamos para casa.

[…]

Dash pareceu pensar melhor sobre seus planos e acabou cedendo, tendo que ir no mesmo cavalo que seu pai enquanto eu seguia no mesmo cavalo que Caspian, sentada à sua frente. Os cavalos da carruagem estavam feridos, por isso, foram sacrificados, e a carruagem, abandonada. Caspian passou os braços ao meu redor, segurando as rédeas, seu calor contrastando com o frio que eu só aumentava, o aperto forte fez um calafrio percorrer meu corpo ao lembrar de todo o calor ardente que crescia entre nós a cada passo avançado naquela noite...

Afastei aquelas lembranças antes de demonstrar seus efeitos.

—Pronta? - eu podia sentir sua respiração. Apenas assenti com a cabeça.

Nós seguimos a galope de volta à casa de Lilliandil, ao chegar, sequer tive tempo de falar com Lúcia, Pedro ou Edmundo. Lúcia apenas nos deu cobertores de Digory nos colocou em uma carruagem rumo à Londres.

Ninguém arriscou falar nada, qualquer palavra poderia levar de volta ao assunto anterior e ninguém queria isso. Dash passou a viagem toda sentado ao lado do pai, de frente para Caspian e eu, encarando-nos com frieza. O duque fingia não ver, fumando um charuto. Caspian e eu estávamos de mãos dadas, ambos com um cobertor sobre os ombros, enrolado no corpo.

Em outras circunstâncias, eu estaria mais próxima dele, mas as palavras de Dash ainda me perturbavam. Eu não queria deixar aquilo me preocupar, eu acreditava em Caspian, só não conseguia entender por que ele estava tão apreensivo se tinha me dito a verdade. Talvez tivesse medo de que eu acreditasse nas palavras de Dash, sim, devia ser isso.

Ou disso eu tentava me convencer.

[…]

Chegamos a Londres de madrugada. Digory e Dash ficaram em sua casa e Caspian foi comigo até a minha já que “precisávamos conversar”. Ainda estava frio, afinal, era inverno, e Caspian permaneceu de pé abraçando-me pelos ombros enquanto eu fechava o cobertor a minha volta, esperando na varanda até Polly acordar com as batidas e vir abrir a porta, e da mesma forma entramos quando ela a abriu de camisolas, touca e com um castiçal em mãos.

—Céus! Susana, como chegou aqui? Albert iria buscá-la apenas amanhã e... -ela parou de falar quando seus olhos encontraram Caspian. Seu tom preocupado mudou. - Como ousa vir aqui sem autorização?! Vá embora você não é bem-vindo aqui!

—Polly, por favor. - Albert chegou portando outra vela. - Sabe que não deve fazer isso. Nós dois sabíamos que esse dia chegaria.

Polly ficou pálida ao mesmo tempo em que meu rosto confuso se voltava para Albert.

—Albert? - questionei. Ele suspirou.

—É Harold, na verdade.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Que tal? O que vocês acham, Dash está falando sério ou está apelando?
Reviews e, quem sabe, recomendações? :3
Até logo.
Beijokas!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Tale As Old As Time." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.