Tale As Old As Time. escrita por Jajabarnes
Notas iniciais do capítulo
Capítulo curto, mas revelador.
Dedicado à Lorena Granger Malfoy que vem deixando cometários ótimos e é a autora da quarta recomendação de Tale As Old As Time! Obrigada!
No final tem um pequeno bônus com narração do Caspian. Divirtam-se!
Conforme o combinado, ou melhor, o ordenado, eu estava em minha casa pela manhã. Àquela altura Dash já estaria em Londres, mas mesmo assim eu aconselhei Caspian a não me acompanhar, porém ele não ouviu e veio mesmo assim. Permanecemos no gabinete de meu pai, até a hora em que eu partiria, tendo uma conversa tranquila. Ou pelo menos era tranquila para mim.
–Então... Você... Viria com eles no dia do... er... acidente? - perguntou Caspian, um pouco nervoso.
–Eu queria vir, mas eles não permitiram. Até hoje não sei o motivo... - comentei, abrindo distraidamente uma das gavetas, procurando onde estava guardado o livro no qual meu pai fazia anotações. Caspian fitou o vazio por alguns segundos, como se tivesse uma grande surpresa, mas minha atenção estava voltada para o interior da gaveta.
Ao contrário das outras, que estavam vazias, aquela guardava não só o livro, mas como algumas cartas antigas. Peguei as cartas e todas continham destinatário comercial, logo concluí que todas se travam da mesma coisa e as devolvi à gaveta, ficando apenas com o livro em mãos. Sorri satisfeita e iria mostrá-lo a Caspian, foi quando percebi sua expressão vaga.
–Está tudo bem, Caspian?
–Sim, sim – ele pareceu acordar. - Está tudo bem... er... Apenas gostaria que ficasse com uma coisa. - falou levantando. - Vou buscar. Me aguarde aqui, volto num instante. - ele caminhou até mim e beijou-me brevemente antes de se retirar do cômodo. Pouco depois eu o ouvi sair.
Silêncio.
Folheei o livro de meu pai constatando ser um diário. Voltei a primeira página para lê-la com maior atenção, mas ouvi um estrondo vindo da porta da frente. Fechei o livro e fui até lá descobri o motivo de tamanho barulho.
–Caspian? - chamei ao descer as escadas e ver a porta arrombada.
Mas o que ouvi em resposta foi dito por uma voz vinda de trás de mim.
–Quando é que você vai esquecê-lo? - disse ele, abraçando-me por trás e pressionando contra meu rosto um pano com cheiro forte.
Tentei fazê-lo soltar-me, mas ele era mais forte e o cheiro logo me fez adormecer.
Bônus - Caspian
Fui o mais depressa que pude de volta à onde estávamos, subi ao meu quarto e revirei as gavetas. No fundo de uma delas, encontrei o pequeno saco de veludo. Meu coração gelou e eu torci para que minhas lembranças e suposições estivessem erradas.
Ajoelhei-me ao lado da cama e desfiz o laço do fio que o fechava, despejando o conteúdo sobre a cama. Um anel, um colar, um lenço e um envelope. Peguei o anel pesado, nele estavam gravadas iniciais. “R.P.” Raphael Pevensie.
Senti meu coração subir à boca. No lenço, em um dos cantos brancos de seda, também havia iniciais bordadas. “H.P.” Helena Pevensie.
Com as mãos tremulas eu peguei o colar e abri o pingente em forma de coração, lá dentro havia duas minúsculas fotografias. Do lado esquerdo estava Susana, sorridente, ainda criança, do lado direito, os rostos de um homem, uma mulher e de Susana.
Deixei aquilo cair sobre a cama e afastei-me dela, daquelas coisas e das lembranças horrendas que elas me despertavam.
Não, não podiam ser eles...
Tentei me acalmar e pensar racionalmente, mas não consegui... Aquilo não podia estar acontecendo. Caí de joelhos.
Ali, sobre a cama que outrora fora testemunha do nosso amor, estavam repousadas as provas que fariam Susana me odiar para o resto da vida.
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Mais uma vez obrigada à Lorena. Não se acanhem, vocês também podem seguir o exemplo hehehehe
Deixem reviews!
Beijokas!!