Tale As Old As Time. escrita por Jajabarnes


Capítulo 27
Again


Notas iniciais do capítulo

Sim, eu tenho outras fanfics para atualizar, mas estou ansiosa para ver a reação de vocês com o que eu já escrevi de Tale, se está bom, se estão gostando, essas coisas ;)

Boa leitura!



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-Susana!

-Lúcia! - sorri, sinceramente feliz em vê-la depois de tanto tempo. Trocamos um abraço. - Senti sua falta! O que andou fazendo? Me conte tudo!

-Claro. - ela riu. - Conto sim... - se aproximou de e cochichou. - Quando não tiver tantas pessoas por perto.

-Su? - ouvi outra voz, dessa vez masculina.

-Ed! - lhe dei um abraço apertado como se não o visse há anos, sem ligar para quem estivesse olhando. - Que saudade!

-Su! Está bagunçando meu cabelo... - reclamou ele. Desfiz o abraço.

-Desculpa.

-Lembra-se de Pedro? - perguntou Edmundo indicando o rapaz sorridente ao seu lado.

-Claro que sim. - sorri para ele. - Como vai, Pedro? - estendi a mão, Pedro, sorrindo, curvou-se e beijou a mesma.

-Muito bem. E você? - ele sorria e seu sorriso, de uma forma repentina, me pareceu extremamente familiar, só não soube dizer o que, ou quem ele me lembrava.

-Bem na medida do possível. - falei.

-Su, onde está Lilliandil? - perguntou Lúcia. - Quero lhe entregar meu presente.

-Está lá em cima com Jill e Gael, venha, eu levo você lá. - falei. Pedimos licença aos rapazes e subimos.

Era sábado de manhã e os convidados que faltavam haviam chegado há pouco. Estava uma correria e Lillian com os nervos à flor da pele. Corin também estava quase fora de si, mas conseguia esconder bem e fazia sala para os convidados que estavam aqui na casa deles.

Guiei Lúcia até o quarto de Lillian e lá ficamos, ora tentando acalmá-la, ora tentando acalmá-la também, enquanto colocávamos o assunto em dia. Quando chegou a hora, Lúcia foi comigo até minha casa para nos arrumarmos para o casamento. Jill e Gael ficaram com Lillian para ajudá-la. Dash nos levou até minha casa na carruagem em que Bri trouxe Lúcia, durante todo o caminho ele e Lúcia foram conversando sobre algo que eu não fazia ideia do que fosse, eles falavam sobre parentes que moravam longe ou algo do tipo.

Eu me perdi observando o bosque passar por nós até chegarmos a minha casa. Cedi um quarto à Lúcia para que ela pudesse se banhar e outro a Dash antes de ir para o meu próprio me preparar para o casamento.

Deixei a porta do cômodo grande entreaberta, indo diretamente sentar na beira da cama, louca para tirar os saltos que estavam me matando. Curvei-me de todas as formas que podia para para tirá-los, mas não consegui, o espartilho me impossibilitava de fazer até mesmo isso. Bufei. Estava pronta para levantar e ir pedir ajuda de Lúcia quando ouvi uma voz.

-Eu ajudo você. - Dash estava parado na porta.

-O que está fazendo aí? - perguntei.

-Esqueci meu chapéu na carruagem... A porta estava aberta, então... Eu resolvi salvar você. - ele sorriu, fazendo-me rir também, enquanto Dash agachava a minha frente. Sem dizer mais nada, apoiando os joelhos no chão, ele segurou delicadamente a parte de trás de meu tornozelo, sobre a meia-calça, enquanto com a mão levre, segurou a parte de trás do sapato e o deslizou por meu calcanhar. E assim fez com o outro.

Houve silêncio enquanto eu olhava para minhas mãos sobre minhas coxas.

-Er... Obrigada, Dash... - falei baixo. Ele ergueu os olhos esverdeados para mim.

-Isso deve ser um bom sinal. - disse ele.

-Isso o que?

-Você ficar nervosa perto de mim. - disse ele.

-Eu não fico nervosa...! - protestei, admitindo que ficava, sim.

-Fica sim. - insistiu ele. - Você fica nervosa quando eu estou por perto... Principalmente em momentos como esse, quando estamos sozinhos.

Não falei nada, apenas encarei minhas mãos, sentindo Dash me observar. Eu podia ter insistido e negado com veemência, mas não podia. Por que era verdade.

Senti Dash tocar meu rosto com a ponta dos dedos, o que me fez olhá-lo. Como um imã, seus olhos me atraíram, hipnotizaram-me. Quase sem perceber, lentamente, nos inclinamos para frente, em direção ao outro. Chegamos perto demais ao ponto de eu sentir nossas respirações se misturando no curtíssimo espaço entre nossas faces. Dash segurou meu rosto delicadamente com a mesma mão de antes, a ponta de meu nariz roçou a dele e nossos lábios estavam prestes a se tocar.

-Su, será que você podia... Opa...

Nos afastamos bruscamente, desconcertados, e olhamos juntos para a porta de onde Lúcia nos encarava com uma expressão divertida. - Estou atrapalhando...?

-Não... - falei, calmamente. - Dash só estava me ajudando com os sapatos...

-Sei... - ela nos encarou, mas logo mudou de tom. - Será que você poderia me ajudar com o espartilho, Su?

-Claro. - eu me pus de pé e Dash também.

-Vou buscar meu chapéu na carruagem, com licença. - ele passou por Lúcia e sumiu pelo corredor. Ela fechou a pota.

-Pode me contar tudinho!

[…]

Foi difícil convencer Lúcia a esquecer aquele assunto, mas ela concordou em “adiar” a conversa. Ajudamos uma a outra com vestidos e espartilhos, fazer cabelo e tudo o mais, algum tempo depois, já estávamos prontas a caminho da sala de estar. Dash se pôs de pé quando nos viu chegar ao topo da escada.

-Achei que tinha acontecido alguma coisa com vocês. - brincou. Dash usava uma roupa bem diferente da de antes, estava irreconhecível, lindo, parecia um lorde.

-Muito engraçado! - debochou Lúcia. Ela descia a minha frente em seu vestido cinza e branco, radiante como sempre.

-Nossa, Lu, você está linda! - cumprimentou ele. Ela sorriu de orelha a orelha.

-Obrigada. - e a mesma caminhou em direção a porta.

-Você também está linda, Su. - ele sussurrou para mim, perto demais, enquanto seguíamos Lúcia. Corei.

-Obrigada, Dash.

Ele sorriu largamente ao me ver corar e seguimos para a saída. Não estava nevando, mas ainda havia o frio persistente e a camada de neve sobre o solo, o que deixava o cenário magnífico era o pôr-do-sol exuberante tingindo o céu de laranja por trás das nuvens branquinhas. Entramos na carruagem e seguimos em direção a igreja.

Dash estacionou na frente da bela construção centenária e veio abrir a porta para descermos. Lúcia desceu primeiro, ajudada pela irmão que em seguida veio me ajudar. Sorri para ele, agradecendo, ele retribuiu o gesto levemente, parado à minha frente, mas sem motivo aparente, seu sorriso se desfez ao mesmo tempo em que eu sentia a mesma sensação daquele dia.

A expressão de Dash ficou dura novamente, como naquele dia, enquanto ele olhava para um lugar indefinido. Eu olhei em volta, em busca de algum sinal dessa vez, mas não vi nada. Eu queria ignorar aquilo, queria, mas não conseguia, era sufocante, angustiante. Era mais forte do que foi da primeira vez. Dessa vez eu tinha certeza.

Eu estava sendo vigiada.

De novo.


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Notas finais do capítulo

Então, eu dei uma atualizada na sinopse da fanfic, tem mais frases da história lá. Deem uma passadinha ;D

Review!

Beijokas!!



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