Fugindo de Uma Ruiva escrita por Tina Granger
Os olhos Hyuuga encararam-se por um momento. Então, com toda a ousadia que ela podia ter, começou a beijar o pescoço do homem. Desceu pelo tórax, enquanto suas mãos iam traçando o caminho que os lábios percorreriam em seguida.
Hiashi fechou os olhos, quando sentiu os lábios de Tomoe aproximando-se da cintura. Não percebeu, quando ela com gestos rápidos e delicados, amarrou seus pulsos. Decididamente, o jovem líder dos Hyuuga percebeu, quando a esposa afastou-se dele.
- O que você está fazendo? – ele reclamou, quando Tomoe pegou uma calça e uma blusa nas mãos.
- Eu vou me vestir. – ela falou de maneira devagar. Não poderia gaguejar. Se o fizesse, provavelmente ele conseguiria fazê-la desistir.
- Se vestir para o que?
- Trabalhar Hiashi-kun.
- Traba.... TOMOE! – Hiashi gritou, quando ela prendeu o cabelo, rapidamente. – Me solte imediatamente!
- Mas é claro que eu não vou solta-lo! Hiashi-kun, eu vou ir trabalhar! E dessa vez, você não irá me atrapalhar!
Hiashi sorriu sarcasticamente.
- Quanto tempo você acha que vai demorar para virem me soltar?
Quando Tomoe mostrou a ele o que tinha nas mãos, o sorriso do líder dos Hyuuga desapareceu.
- Bastante. – ela avançou até o marido, que começou a apresentar uma expressão preocupada.
- Você não vai fazer isso mesmo, vai? – Tomoe beijou os lábios do marido delicadamente.
Todos no escritório hokage ficaram bastante surpresos ao vê-la. As brincadeiras haviam sido imensas, mas ela ao escutá-las, apenas ficara vermelha. Não respondera a nenhuma. Estivera diversas vezes a ponto de desmaiar, mas no ultimo segundo, aquela sensação parecia desvanecer-se.
Minato ofereceu os documentos para ela, que os empilhou no braço.
- É muito bom, Tomoe que você tenha vindo trabalhar.
- Eu também achei, Minato-kun.
- Bem, mas acho isso surpreendente. – o hokage levantou-se, enquanto ela organizava os documentos. Ficou ao lado dela. – Hiashi não deu sinal de vida.
- Mas ele está muito vivo, Minato-kun. Juro. Eu não o matei.
Ela não tirou os olhos dos documentos.
- Nha, eu não disse isso. Então, não vai contar o que você fez, para impedir que ele viesse lhe atazanar?
- Minato-kun! Hiashi-kun não me atrapalha! –Tomoe falou corando, sem desviar os olhos dos papeis que tinha nas mãos.
- Hum... – o hokage encostou-se na mesa, olhando para a Hyuuga. – Acho que vou ter que agir como a Kushina, para descobrir o que você fez.
- Mi-Minato-Kun!
- Deixa eu ver... – Minato fingiu pensar alto. Se Tomoe desejasse sair da sala, ele a impediria com uma pergunta. Mas como ela aparentemente desejava conversar um pouco... - se eu fosse uma certa ruiva bagunceira, respondona e sem limites e quisesse descobrir o que você está escondendo... ficaria dando palpites extremamente embaraçosos e depois que tirou o que queria saber de você, iria ficar brincando ate você quase me matar de pancadas...
- Minato Namikaze eu não acredito que eu estou ouvindo você falar desse jeito! – a porta aberta deixava a quem estivesse fora da sala escutar a conversa. Tomoe sorriu ao ver a figura.
- Senhora Aika, como vai?
- Estaria melhor se não tivesse um filho tão irresponsável.
- Eu... vou entregar esses documentos. – Tomoe tratou de sair da sala de Minato rapidamente. Quando saiu, Aika fechou a porta.
- Muito bem, Minato-chan... você não tem vergonha na cara de seduzir e engravidar uma moça inocente e não assumir a criança?
O casal entrou nos portões da cidade, o homem rindo. Um cachorro os seguia, atento a conversa dos humanos.
- Eu não disse que ia ser fácil?
- Cabe espaço nesse mundo para você e o seu ego?
- Depende. Os seus lindos lábios estão inclusos nesse mundo?
- Ei, Tsume! – um dos vigias a chamou. Quando a inuzuka o olhou, ele continuou a falar. – Você não devia estar indo até Suna?
- Eu já fui e já voltei. Algum problema nisso?
- Não, so que...
- Cuidem da suas tarefas e me deixem em paz!
- Uau! Tem certeza tsume-chan que você não quer largar do seu marido? eu juro que cuido da sua filhinha como se fosse minha!
- Uzumaki, depois que você levou para a cama até a filha do Kazekaze, eu não duvido de mais nada!
- Ah, mas não deu para a loirinha aproveitar nada, coitadinha... aposto com você, que daqui uns par de anos, ela com certeza, vai continuar pedindo para escutar uma historia... mas com a diferença que vai pedir para o marido aonde foi que ele arranjou a marca no colete... mas enfim, é uma outra historia...
Tsume, contra a vontade, começou a gargalhar.
- Você é um desgracado sem igual, sabia?
- É mesmo? Sabia que as garotas, costumam jurar que esse é o meu charme? – piscou para ela, que bufou.
Kuwabara gargalhou. Dessa maneira, entre pequenos insultos, provocações e um flerte descarado do ruivo, eles chegaram ao corredor da sala do hokage.
Haviam algumas pessoas na porta, segurando o riso. A mistura entre homens e mulheres era igual.
Ei, o ero-hokage está ai?- kuwabara pediu, um pouco ansioso. Queria logo falar o relatório, depois procurar por Kushina. O aviso que Ina lhe dera, antes dele ir com Tsume até Suna, estava martelando na cabeça até agora.
Quando uma morena de olhos pálidos virou-se na sua direção, Kuwabara estreitou os olhos.
Minato-kun está ocupado agora, ele...
ORA POR FAVOR MINATO! A GAROTA TEM ATÉ O NOME QUE VOCÊ SEMPRE DISSE QUE QUERIA DAR PARA A SUA FILHA. JUN!
Como é que é a historia? – Kuwabara virou a cabeça na direção do som. Uma sobrancelha ergueu-se enquanto sua curiosidade aumentava. Passou-se mais algum tempo, até que a voz feminina exaltada fosse escutada novamente.
EU QUERO SER UMA MACACA SE A PEQUENA JUN UZUMAKI NÃO É SUA FILHA, MINATO.
Uau. Eu sempre soube que o Namikaze e a Ruiva Louca tinham alguma coisa, mas não que fosse tão antigo...
Aquilo foi demais para kuwabara. Acotovelando as pessoas, ele invadiu o escritório.
Então minha senhora – começou a falar, no tom mais seco que sabia falar quando os dois integrantes da sala o encaram – sugiro que vá procurar uma quitanda na esquina, para comprar bananas. A minha afilhada Jun não é filha dessa minhoca anêmica paralitica pervertida!
Aika Namikaze ficou boquiaberta com a audácia do homem a sua frente. Por alguns segundos, nenhuma pessoa se mexeu.
Tomoe virou-se para Tsume.
Quem é?
Voce chamou o meu filho... do que?
Hinata olhava para o por do sol. Dali a alguns momentos, ela precisaria entrar para tomar mais um remédio. Estava paralisada a horas, olhando para o céu. Nenhuma palavra havia sido pronunciada, desde dois dias antes. Embora quando a jovem que se parecia com ela tivesse vindo visita-la, ela não pronunciara nenhuma palavra. Não conseguira. Mas joa jovem parecera não se importar com isso, enquanto relatava o fato de haver conseguido fazer a mudança para uma casa maior, que ela também passaria a ocupar junto com a sua pequena Ina... Que estava diferente. A cor dos olhos, as atitudes... não era a pequena medrosa, que escondia-se atrás de si e dos primos.
Uma enfermeira qualquer a pegou pelo braço. A levou para dentro, enquanto tentava puxar conversa, sendo ignorada. O primeiro movimento de interesse, apenas se demonstrou, quando a jovem de olhos estranhos, entrou, carregada pelo marido, uma expressão de desespero nos dois pares de olhos.
Hinata ficou parada, observando com olhos murchos a cena se desenrolar a sua frente. A enfermeira esqueceu-se dela, perante o pânico no homem, que a segurou por um momento, firmemente no braço.
- Faça o que for necessário,mas eu quero minha mulher viva, entendeu?
Deixou-a ir, depois de repetir as palavras. Ele começou a andar desbaratinado, até perceber que estava sendo observado. Esfregava os pulsos, que continham vergões vermelhos. Hiashi retribuiu o olhar de Hinata com arrogância, até que sem aviso ela se aproximou.
- Elas irão fazer apenas o que podem. – Hinata falou com suavidade. – mas voce deve se preparar. Aqui nesse hospital, não existem kamis. Apenas seres humanos.
- O que quer dizer com isso?
- O céu está triste. - virou o olhar para a janela. – E quando isso acontece, apenas bênçãos disfarçadas de tristezas acontecem. Os milagres esperam pelo real desespero, para nos dar esperança.
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