- Diga que eu estou gravida. – Tomoe entrou na frente de Kushina, que andava até o mercado, Lee em seus braços. A morena falou em tom imperioso.

- Meus pêsames se vier parecido com o Hiashi. – kushina mostrou a língua a tomoe, quando esta a recriminou com o olhar. – Mas porque você quer que eu diga aquilo?

- Você não vai acreditar o que aconteceu. – Tomoe convidou Lee a vir aos seus braços, que escondeu o rosto nos cabelos de Kushina.

- Se você não contar, talvez eu não acredite mesmo. – Lee começou a tentar falar com Tomoe, mas não quis sair do colo de Kushina. – Hiashi resolveu que...

- Kushina. Pode parar ja! Se eu nao permito que hiashi fale mal de você, também não vou permitir que você fale mal dele!

- Tsc. – Kushina revirou os olhos. – que diabos aconteceu então?

- Mal você tinha saído do clã, Megume começou a sentir as dores do parto.

O queixo de Kushina caiu.

- Como ‘e essa historia?

- Isso que você ouviu. Neji nasceu por volta da meia-noite.

- Veja, Lee, o que o poder do amor faz! – Kushina rodou com o menino nos braços, que riu divertido. – E como ela esta? Alem de cansada?

- Megume me pediu para lhe dizer...

Kushina mostrou a tomoe a mao aberta, impedindo-lhe de falar.

- Por favor. Caso você não tenha percebido, tem criança escutando. Coisas indecentes ela so pode dizer para o Hizashi.

Tomoe lhe bateu delicadamente no braço.

- Ela disse para você se apressar, para que Neji e sua filha sejam colegas na academia.

- Humf. – Kushina franziu a testa. – Aquela... senhorita... ainda esta pela vila?

- Voce não a encontrou ontem? Se não esta com Minato-kun, fica passeando pela vila.

Kushina negou com a cabeça.

- Qual sua opinião sobre ela? – A ruiva encarou Tomoe, que franziu a testa.

- Ela ‘e... simpática demais.

- Também achei isso. – os olhos de kushina mostravam-se preocupados. – mas não me estresso. O mal gosto do ero-hokage não me atinge.

- Você não vai fazer nada para impedir um noivado, casamento entre eles?

- E por que eu faria isso? –  kushina fez-se de  desentendida.

Kushina, você est’a praticamente entregando Minato numa bandeja a essa...

- Tomoe, se Minato resolver pedir para o  Fugaku Uchiha aparecer vestido de noiva, com a cinta liga aparecendo... o problema ‘e dele. Eu não tenho nada a ver com isso... a não ser que seja o caso do Uchiha estar atrás de mim... – Tomoe estava mais pálida que um lençol, após a menção do nome do líder dos Uchiha. -  como agora, não ‘e? – Kushina virou-se, sorrindo para o moreno, que a encarava seriamente. – Por que diabos toda vez que eu resolvo falar mal de você, tenho o azar de você escutar?

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- Posso dizer aonde o senhor pode enfiar esse cachimbo, se não parar de fumar? – Kushina reclamou, quando o terceiro hokage assoprou uma baforada. Quase na sua cara.

- Então, Saratobi-sama, porque nos chamou? – Fugaku Uchiha tinha a voz normal, extremamente fria para os padrões de kushina.  Ela quase mostrou-lhe a língua, para ver se o homem fazia alguma coisa alem de olha-la com recriminação.

- Essa é para ser uma reunião entre todos os lideres dos clãs de Konoha, como podem atestar.

- Se é para ser uma reunião com TODOS os lideres de Konoha, por que Minato não está aqui?

- Porque homens quando começam a pensar com a cabeça de baixo da cintura ficam burros. – Kushina resmungou, mas alto o suficiente para que a resposta ao pai de Shikaku fosse dada. – E deve incluir o seu filho nisso.

- Shikaku? – a pergunta foi feita somente por ser feita.

- O senhor tem outro filho? – Kushina ficou impaciente.

- Senhorita kushina. – O terceiro falou calmamente. Ela revirou os olhos, antes de assoprar com os lábios.  – Bem, eu gostaria de dizer que...

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Uma semana foi o tempo necessário para que a jovem ruiva conseguisse se restabelecer. O terceiro hokage, embora não tivesse oportunidade de ir vê-la no hospital, estava a par do estado de saúde da ninja. Ela estava quase tendo alta. O tempo que ficara hospitalizada, servira para que vários planos fossem traçados.

Bem que ela tentara escapar do hospital, mas a ninja lendária aparentemente tinha muita experiência com casos como aquele... Tsunade a vencera pelo cansaço e argumentos que a fizeram descansar.

Quando a porta do quarto abriu-se, kushina estava com os olhos fechados, aparentemente dormindo. Mas a imprecação que o terceiro hokage soltou, fez que ela sentasse rapidamente. Imediatamente o rubor tomou conta de suas faces, ao visualizar o balde caindo ao chão, o senhor de meia-idade completamente encharcado.

O hokage virou o cachimbo, tirando a água dele.

- Ho-hokage-sama! Desculpe! Pensei que... que... – ela tampou a boca. – Era para a tia Tsunade.

- Tia tsunade?

- Bem, apesar dela quase tentar me matar quando a chamo assim... – A ruiva deu de ombros. – ela é tão mandona quanto uma das minhas tias, que... Bom, foi também uma maneira de passar o tempo.

- De maneira bem criativa, devo admitir. – o hokage olhou para o seu cachimbo. – Voce colocou sabão na água?

- Não consegui sair do quarto para procurar. – a ruiva admitiu, um pequeno brilho de travessura em seu olhar. – mas achei água sanitária que estava no banheiro.

- Hum... – ele suspirou, colocando o cachimbo no bolso. – Era um dos meus cachimbos favoritos.

- Acho... que se secar, dá para continuar usando. Mas o senhor deveria era mesmo parar de fumar. Isso vai mata-lo ainda.

- Talvez eu pare um dia. Como a senhorita está?

- Cansada de ficar trancafiada nessa prisão branca. Aqui está parecendo um hospício. – ela deixou escapar. – aquele cão de guarda, que dizem ser a melhor medica de Konoha não me deixa sair do quarto.

- Por isso essa armadilha?

Kushina assentiu.

- Uma pequena vingança... mas o senhor atrapalhou. – ela abaixou os olhos. Mais para não cair no riso, que outra coisa.

- Bem, nunca pensei... – ele suspirou, dando de ombros.  – Nem mesmo Minato, na época que era um pivete, faria uma coisa assim.

- Minato? – ela franziu a testa.

- Hai. Minato Namikaze.

- Eu tenho a impressão de já ter ouvido falar esse nome...

O terceiro hokage sorriu.

- Minato é mais conhecido como Relampago Dourado de Konoha.

Ela deu de ombros.

- Tanto faz. Bem, hokage-sama, eu gostaria de lhe pedir desculpas... pelo balde e também por...

- Senhorita Uzumaki, eu quero falar primeiro, se não se importa. – Kushina assentiu. – Bem, eu acabei de ter uma prova... irrefutável, que a senhorita...

- Ah, não. – ela corou ainda mais. – Eu já pedi desculp...

O terceiro hokage ergueu a mao.

- É muito criativa, não mede esforços para fazer algo e não tem medo... É de gente assim que minha vila necessita. Eu quero lhe convidar a morar em Konoha.

- Que mal lhe pergunte... O senhor andou tomando agua sanitária? Ou o conteúdo que estava no vaso in natura?

Ele riu.

- Quero fazer um acordo, com a senhorita. Você mora em Konoha, trabalha como ninja para a vila.

- E o que eu ganho? – ela ficou desconfiada.

- Eu ajudarei a procurar sua filha e sua mãe. Tenho homens qualificados a meu serviço, que irão ajuda-la.

- Homens qualificados?

- Alem de Minato... possuo Canino Branco, o sannin Jiraya...

- Desse pervertido eu quero distancia!  - Kushina jogou as pernas para fora da cama, levantando-se. – por que diabos o senhor está oferecendo sua ajuda? – a postura dela era extremamente arrogante. Colocou as mãos na cintura, o observando.

- Uma pura questão de humanidade, senhorita kushina. – ela ficou observando-o por alguns minutos, ao mesmo tempo que seu coração parecia lhe ordenar que aceitasse a proposta, incondicionalmente.

- Eu... se o senhor não se importar, prefiro pensar no assunto com calma.

- Decisões  importantes realmente devem ser refletidas. Mas sinceramente espero, que a senhorita nesse tempo que pensa no assunto, não ocupe o hotel da ultima noite. O banco da praça apenas vai fazer que o inicio da pneumonia que Tsunade conseguiu retirar de seu corpo voltar. Sugiro que fique, nesse meio tempo, em minha casa.

O rubor que kushina havia conseguido esconder de suas bochechas, voltou com força total.