Fugindo de Uma Ruiva escrita por Tina Granger
A brisa soprava, fazendo os ramos das folhas balancarem. Havia um casal de jovens ruivos, observando uma criança ruiva, extremamente parecida com ela, que brincava perto de um lago.
- Acho ela mais calma que você. – ele apontou. A ruiva deu de ombros.
- Também acho Jun mais calma do que eu. Mas também, não da para comparar... Eu tenho vinte anos e ela somente três. – kushina sorriu, quando a menina pegando uma pegando uma flor, foi até ela, oferecendo para a mãe. – obrigada, minha flor.
- Tio Kunio, a mamãe brigou com o tio Kwuabara. Mocinhas bonitas não podem brigar, né?
Kunio reconheceu as próprias palavras, sorrindo para ela.
- Exatamente.
- Viu, mamãe? Você não pode brigar com o tio Kuwabara.
- Posso sim. Quem não pode brigar com os mais velhos é você.
- Por que? – a criança pediu, depois de um tempo.
- Porque a sua mãe gosta de ser obedecida. – kunio intrometeu-se. – E você sabe que se não obedecer a ela, vai ficar uma mocinha feia.
As duas ruivas o encararam na mesma hora, mas de maneiras diferentes. Depois de um pouco de reflexão, a menina assentiu.
- Quero ser uma menina bonita.
- Vai brincar então, querida... – Kushina falou calmamente. Quando a menina afastou-se, Kunio levou um beliscão.
- Por que isso?
- Porque a filha é minha e só eu posso xingar ela!
Kunio esfregou o braço com exagero.
- Você prometeu que não ia brigar hoje.
- Não estou brigando, estou?
- E para o seu caso tem solução, sabia? – kunio falou, quando ela levantou-se disposta a ir até a filha.
- Solução? Meu caso? Esta falando do que, cabelo de fogo? – ela ironizou.
- De Jun deixar de ser somente sua filha.
- Vai tentar ressussitar aquele desgracado por acaso?
- Não. Que tal dividir sua filha comigo?
Kushina já havia dado alguns passos,em direção a filha, quando parou, perante a pergunta de Kuwabara.
- Não entendi. – ela se virou, falando sem ironia.
- Vou repetir a pergunta. Que tal dividir sua filha, seus problemas, sua vida comigo? – kunio colocou uma mecha dos cabelos ruivos femininos para trás.
O coração de kushina disparou, a medida que a compreensão das palavras de Kunio entrava em seu peito. Seus olhos se arregalaram, seus lábios começaram a tremer.
- Eu... acho que essa não é uma brincadeira que se faça, Kunio Uzumaki.
- Eu não estou brincando. – ele sussurrou, antes de depositar um inocente beijo nos lábios dela. – Quero saber, Kushina-sama Uzumaki – brincou com o apelido que haviam dado na infância para ela – se você daria a esse pobre desregrado, a honra de ser a esposa desse idiota que vos fala.
- Eu... – ela começou a rir. – que outra resposta eu poderia dizer alem de sim?
Kunio começou a rir, quando viu um garoto de sobrancelhas grossas socar Saito.
- SE DISSER QUE EU SOU PIOLHO NOVAMENTE, EU ACABO COM A SUA RAÇA!
- Seu... grande...
- SAITO! – com o grito de Kunio, o garoto recuou. – pode ir ver se Ina está com fome?
- Vocês não são dignos de serem alunos de Ina-sama, isso é o que eu digo!
- S-A-I-T-O... – quando Kunio começou a tremer, o garoto saiu correndo. Kunio imediatamente voltou ao normal. – Truque aprendido com a Ina. Então, vocês são os piolhos... que não gostam de serem chamados de piolhos.
Riu, quando percebeu que os três estavam com uma cara furiosa.
- Ora, a Ina não contou a vocês o que significa ser um...
- KUSHINA! –o grito do avo fez kunio ir imediatamente para o corredor, chocando-se com Kuwabara, que alem de vir em direção contraria, da cozinha. Carregava em suas mãos uma bandeja, que foi ao chão, as xícaras e o bules quebrando.
- Merda, kunio, não olha por onde anda não?
- Qual sala ojiichan e a Ina ficaram conversando?
- No escritório princi... EI, KUNIO VOLTA AQUI! - Kunio já corria. Kuwabara suspirou. Se deixasse aquela bagunça, o ojiichan era capaz de faze-lo arrumar usando apenas os pés.
Quando Kunio abriu a porta do escritório, Toshiro estava em pé, com os olhos fechados. Apertava o cajado com força, enquanto movia seus lábios sem pronunciar nenhum som.
- Ojiichan... – ele olhou preocupado pelo aposento. Nenhum objeto fora do lugar.
- Ela saiu correndo. Depois de me dizer varias coisas... – quando o monge abriu os olhos, Kunio percebeu o quanto o avo se sentia velho. – Ela pode ter a aparência de um Kishimoto, mas definitivamente tem o gênio de sua avó. Que kami tenha piedade do homem que for louco o suficiente para casar com ela.
- Quer que eu vá procura-la?
- Os pântanos são perigosos, mesmo para alguém que tenha as habilidades de Kushina.
Kunio encontrou Kushina chorando, enquanto socava uma arvore.
- Mentiroso, desgracado...
- Elogios para mim? – ele perguntou, pulando quando ela o encarou.
- Vá embora. – falou, com a voz tremendo.
- Não enquanto não conversarmos.
- Eu não tenho NADA PARA FALAR COM VOCE!
- Desculpe. – sem dizer nenhuma palavra, ele pulou para perto dela. – não por agora, mas por... por ter achado que poderia casar com você antes.
Ele a encarou com o canto do olho. Do mesmo modo que kushina podia ficar ali parada, escutando o que ele tinha a dizer, também podia se mover tão rapidamente e ataca-lo mortalmente.
- Eu... pensei que pudesse me casar com você. que ajudar a cuidar de Jun, fosse a maneira que eu teria para colocar paz em meu coração... que as lembranças amargas fossem substituídas por outras...
- Modo sutil de dizer que voce foi um covarde.
Ele sorriu tristemente.
- Não nego isso. Minha covardia sempre me tornou o mais cauteloso do time, lembra-se? Você tinha o objetivo de matar Iori, por isso treinava como louca... Com a morte dele, criar jun e cuidar de sua mãe. Com isso, você ganhou o respeito de todos, a admiração dos membros do conselho... O objetivo de Kuwabara sempre foi lhe proteger, mesmo quando éramos crianças. Ele enfiaria uma kunai, sem pestanejar no peito, se isso fosse para lhe fazer feliz.
- Sei disso. Por que esta falando todas essas baboseiras agora?
- Quando tivemos nosso encontro com o imperador, apenas não fomos mortos, por conta da sua má educação, lembra-se? Quando você o chamou de velho decrépito despudorado e sem noção, que devia saber que a vila não iria dar sua liberdade a custa de banana...
- Como se fosse possível esquecer!
- Bem... quando você e Kuwabara saíram em busca delas, eu fui investigar e descobri que a tia Hinata, pertencia a um clã especialmente perigoso... Que desenvolveu um jutsu, capaz de permanecer com a aparencia inalterada, por anos. Tipo, se você quisesse parecer ter agora dezesseis anos, você pareceria... mesmo tendo o dobro dessa idade. Com isso, se você fosse ao Pais das Aguas – onde existe uma ordem de prisão irrevogável para ela – você seria presa.
- Aviso atrasado. Já fui.
Kunio arregalou os olhos.
- Co...Como?
- Ficou surdo, foi? EU FUI PRESA, FIQUEI SOBRE INTERROGATORIO DOIS DIAS, SEM ENTENDER PORQUE MERD... ESTAVA LA! AI, QUANDO SAI, PEDI PERMISSAO A MINATO PARA SAIR DALI. E VIM PARA CÁ DESCOBRIR A VERDADE. Mais alguma coisa que queira me falar? – ela completou, falando normalmente.
- Hum... E os piolhos?
- Ordens do Hokage. Eles deveriam me fazer companhia na viagem.
Kunio começou a cocar atrás da orelha.
- E o que foi que você e o ojiichan estavam conversando?
- Alem de ser sobre a repimpoca da parafuseta? – Kushina o fuzilou com o olhar.
- Momento Kuwabara, admito. – ele suspirou. –Agora, o que você pretende fazer?
- Qual foi a missão que minha mãe falhou, para o rosto dela ser descoberto?
- Porque você acha que eu sei?
- Kunio... Nós nos especializamos em infiltracoes, roubo de pergaminhos secretos. Jamais faríamos um serviço pela metade, não acha? Alguma pergunta a mais?
Ele suspirou.
- Ela deveria matar o seu pai. Mas acho que é como kuwabara sempre diz, o charme dos uzumaki é indescretivel...
- Humhum... – kushina apertou o punho. Sem aviso nenhum, acertou-lhe um chute no baixo ventre. – isso é pela humilhação que você me fez passar. Acha que foi fácil, pegar a criatura que eu achava que ia me casar, na cama de uma prostituta, dois dias depois que me pediu em casamento?
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