Fugindo de Uma Ruiva escrita por Tina Granger


Capítulo 66
Capítulo 66




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 A brisa soprava, fazendo os ramos das folhas balancarem. Havia um casal de jovens ruivos, observando uma criança ruiva, extremamente parecida com ela, que brincava perto de um lago.

- Acho ela mais calma que você. – ele apontou. A ruiva deu de ombros.

- Também acho Jun mais calma do que eu. Mas também, não da para comparar... Eu tenho vinte anos e ela somente três.  – kushina sorriu, quando a menina pegando uma pegando uma flor, foi até ela, oferecendo para a mãe. – obrigada, minha flor.

- Tio Kunio, a mamãe brigou com o tio Kwuabara. Mocinhas bonitas não podem brigar, né?

Kunio reconheceu as próprias palavras, sorrindo para ela.

- Exatamente.

- Viu, mamãe? Você não pode brigar com o tio Kuwabara.

- Posso sim. Quem não pode brigar com os mais velhos é você.

- Por que? – a criança pediu, depois de um tempo.

- Porque a sua mãe gosta de ser obedecida. – kunio intrometeu-se. – E você sabe que se não obedecer a ela, vai ficar uma mocinha feia.

As duas ruivas o encararam na mesma hora, mas de maneiras diferentes. Depois de um pouco de reflexão, a menina assentiu.

- Quero ser uma menina bonita.

- Vai brincar então, querida... – Kushina falou calmamente. Quando a menina afastou-se, Kunio levou um beliscão.

- Por que isso?

- Porque a filha é minha e só eu posso xingar ela!

Kunio esfregou o braço com exagero.

- Você prometeu que não ia brigar hoje.

- Não estou brigando, estou?

- E para o seu caso tem solução, sabia? – kunio falou, quando ela levantou-se disposta a ir até a filha.

- Solução? Meu caso? Esta falando do que, cabelo de fogo? – ela ironizou.

- De Jun deixar de ser somente sua filha.

- Vai tentar ressussitar aquele desgracado por acaso?

- Não. Que tal dividir sua filha comigo?

Kushina já havia dado alguns passos,em direção a filha, quando parou, perante a pergunta de Kuwabara.

- Não entendi. – ela se virou, falando sem ironia.

- Vou repetir a pergunta. Que tal dividir sua filha, seus problemas, sua vida comigo? – kunio colocou uma mecha dos cabelos ruivos femininos para trás.

O coração de kushina disparou, a medida que a compreensão das palavras de Kunio entrava em seu peito. Seus olhos se arregalaram, seus lábios começaram a tremer.

- Eu... acho que essa não é uma brincadeira que se faça, Kunio Uzumaki.

- Eu não estou brincando. – ele sussurrou, antes de depositar um inocente beijo nos lábios dela. – Quero saber, Kushina-sama Uzumaki – brincou com o apelido que haviam dado na infância para ela – se você daria a esse pobre desregrado, a honra de ser a esposa desse idiota que vos fala.

- Eu... – ela começou a rir. – que outra resposta eu poderia dizer alem de sim?

 

 

Kunio começou a rir, quando viu um garoto de sobrancelhas grossas socar Saito.

- SE DISSER QUE EU SOU PIOLHO NOVAMENTE, EU ACABO COM A SUA RAÇA!

- Seu... grande...

- SAITO! – com o grito de Kunio, o garoto recuou. – pode ir ver se Ina está com fome?

- Vocês não são dignos de serem alunos de Ina-sama, isso é o que eu digo!

- S-A-I-T-O... – quando Kunio começou a tremer, o garoto saiu correndo. Kunio imediatamente voltou ao normal. – Truque aprendido com a Ina. Então, vocês são os piolhos... que não gostam de serem chamados de piolhos.

Riu, quando percebeu que os três estavam com uma cara furiosa.

- Ora, a Ina não contou a vocês o que significa ser um...

- KUSHINA! –o grito do avo fez kunio ir imediatamente para o corredor, chocando-se com Kuwabara, que alem de vir em direção contraria, da cozinha. Carregava em suas mãos  uma bandeja, que foi ao chão, as xícaras e o bules quebrando.

- Merda, kunio, não olha por onde anda não?

- Qual sala ojiichan e a Ina ficaram conversando?

- No escritório princi... EI, KUNIO VOLTA AQUI!  - Kunio já corria. Kuwabara suspirou. Se deixasse aquela bagunça, o ojiichan era capaz de faze-lo arrumar usando apenas os pés.

 

Quando Kunio abriu a porta do escritório, Toshiro estava em pé, com os olhos fechados. Apertava o cajado com força, enquanto movia seus lábios sem pronunciar nenhum som.

- Ojiichan... – ele olhou preocupado pelo aposento. Nenhum objeto fora do lugar.

- Ela saiu correndo.  Depois de me dizer varias coisas... – quando o monge abriu os olhos, Kunio percebeu o quanto o avo se sentia velho. – Ela pode ter a aparência de um Kishimoto, mas definitivamente tem o gênio de sua avó. Que kami tenha piedade do homem que for louco o suficiente para casar com ela.

- Quer que eu vá procura-la?

- Os pântanos são perigosos, mesmo para alguém que tenha as habilidades de Kushina.

 

 

Kunio encontrou Kushina chorando, enquanto socava uma arvore.

- Mentiroso, desgracado...

- Elogios para mim? – ele perguntou, pulando quando ela o encarou.

- Vá embora. – falou, com a voz tremendo.

- Não enquanto não conversarmos.

- Eu não tenho NADA PARA FALAR COM VOCE!

- Desculpe. – sem dizer nenhuma palavra, ele pulou para perto dela. – não por agora, mas por... por ter achado que poderia casar com você antes.

Ele a encarou com o canto do olho. Do mesmo modo que kushina podia ficar ali parada, escutando o que ele tinha a dizer, também podia se mover tão rapidamente e ataca-lo mortalmente.

- Eu... pensei que pudesse me casar com você. que ajudar a cuidar de Jun, fosse a maneira que eu teria para colocar paz em meu coração... que as lembranças amargas fossem substituídas por outras...

- Modo sutil de dizer que voce foi um covarde.

Ele sorriu tristemente.

- Não nego isso. Minha covardia sempre me tornou o mais cauteloso do time, lembra-se? Você tinha o objetivo de matar Iori, por isso treinava como louca... Com a morte dele, criar jun e cuidar de sua mãe. Com isso, você ganhou o respeito de todos, a admiração dos membros do conselho... O objetivo de Kuwabara sempre foi lhe proteger, mesmo quando éramos crianças. Ele enfiaria uma kunai, sem pestanejar no peito, se isso fosse para lhe fazer feliz.

- Sei disso. Por que esta falando todas essas baboseiras agora?

- Quando tivemos nosso encontro com o imperador, apenas não fomos mortos, por conta da sua má educação, lembra-se? Quando você o chamou de velho decrépito despudorado e sem noção, que devia saber que a vila não iria dar sua liberdade a custa de banana...

- Como se fosse possível esquecer!

- Bem... quando você e Kuwabara saíram em busca delas, eu fui investigar e descobri que a tia Hinata, pertencia a um clã especialmente perigoso... Que desenvolveu um jutsu, capaz de permanecer com a aparencia inalterada, por anos. Tipo, se você quisesse parecer ter agora dezesseis anos, você pareceria... mesmo tendo o dobro dessa idade. Com isso, se você fosse ao Pais das Aguas – onde existe uma ordem de prisão irrevogável para ela – você seria presa.

- Aviso atrasado. Já fui.

Kunio arregalou os olhos.

- Co...Como?

- Ficou surdo, foi? EU FUI PRESA, FIQUEI SOBRE INTERROGATORIO DOIS DIAS, SEM ENTENDER PORQUE MERD... ESTAVA LA! AI, QUANDO SAI, PEDI PERMISSAO A MINATO PARA SAIR DALI. E VIM PARA CÁ DESCOBRIR A VERDADE. Mais alguma coisa que queira me falar? – ela completou, falando normalmente.

- Hum... E os piolhos?

- Ordens do Hokage. Eles deveriam me fazer companhia na viagem.

Kunio começou a cocar atrás da orelha.

- E o que foi que você e o ojiichan estavam conversando?

- Alem de ser sobre a repimpoca da parafuseta? – Kushina o fuzilou com o olhar.

- Momento Kuwabara, admito. – ele suspirou. –Agora, o que você pretende fazer?

- Qual foi a missão que minha mãe falhou, para o rosto dela ser descoberto?

- Porque você acha que eu sei?

- Kunio... Nós nos especializamos em infiltracoes, roubo de pergaminhos secretos. Jamais faríamos um serviço pela metade, não acha? Alguma pergunta a mais?

Ele suspirou.

- Ela deveria matar o seu pai. Mas acho que é como kuwabara sempre diz, o charme dos uzumaki é indescretivel...

- Humhum... – kushina apertou o punho. Sem aviso nenhum, acertou-lhe um chute no baixo ventre. – isso é pela humilhação que você me fez passar. Acha que foi fácil, pegar a criatura que eu achava que ia me casar, na cama de uma prostituta, dois dias depois que me pediu em  casamento?

 


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