Kushina suspirou, antes de entrar na casa. Ela já não sabia o que queria fazer primeiro. Tomar um banho, comer a vontade, deitar e adormecer por alguns anos... Estava esgotada. Será que ninguém conseguia perceber o quanto ela estava cansada?

- Tia Meiko? – ela sorriu, a reconhecer a mãe de Kuwabara. – Ola.

- Ina! – a mulher  mais velha embalava nos braços um bebe, que tinha poucos fios de cabelo, mas que já demonstravam ser tão ruivos quando os de Kushina. – Ela é a sua cara!

- Desde quando que pareço com um joelho machucado?

- Quando nasceu parecia... – a mulher recebeu uma língua como resposta.  Começou a rir. Ao seu lado, estava Hinata, sentada na cadeira de balanço. O olhar totalmente distante, como se sua presença física estivesse ali apenas esperando para ser abduzida ou algo nesse estilo. – a semelhança entre vocês é incrível! As vezes, quando olho para você, kushina, tenho a impressão  de ver sua mãe, quando ela chegou aqui, já casada com seu pai. E agora olhando para a sua...

- Tia, daria para ir direto ao assunto? – kushina a interrompeu.

- Você já escolheu um nome para ela?

- Estou dividida entre Fabrica de Cocô ou então...

Meiko começou a rir.

- Decididamente, seu avo ficaria orgulhoso em ver as palavras dele em sua boca!

Kushina revirou os olhos.

- Veio so para dizer isso?

- Ainda não decidiu qual o nome que ela vai ter?

Kushina olhou para a pequena ruiva, que naquele momento dormia a sono alto.

- Não tenho a mínima idéia. E  ela – apontou para a mãe – não ajuda em nada.

- Bem... Que nome tinha aquela sua boneca de pano? Que você carregava para todos os lados?

- Isso daí que você tem nos braços, não é nenhuma boneca de pano! – kushina irritou-se.

- Jun. – hinata falou, as duas viraram-se espantadas para hinata, que ainda tinha a expressão distante. – Ele disse que iria por Jun, na primeira filha de vocês.

- Ele quem? – Kushina trocou um olhar preocupado com Meiko, que foi colocar a menina no berço, no quarto.

- Jun Uzumaki Namikaze. – Hinata fechou os olhos, começando a se embalar. – que seria a filhinha do Hokage e da mulher mais linda do mundo...

- Só porque você esta mais idosa, não quer dizer que vamos pegar leve com você.

- Idosa é a tua vó, seu malcriado! – kushina retrucou, atirando uma kunai, que Ebisu desviou com facilidade.

- E também é... Lerda.

- Uzumaki e Ebisu parem com isso.

Kushina e Ebisu olharam para Minato, antes dele se virar e ir até os outros. Kushina fez um gesto, que teria sido repreendida em outra ocasião, se fosse visto por alguém alem de seu aluno.

- Então, já que eu venci, vou esquecer a nossa primeira aposta. – Ebisu começou a voltar para perto dos outros.

- Mas nem que você se tornar um pervertido de dentro do armário! Nossa primeira aposta vai valer enquanto um de nós viver! – kushina deu um peteleco amigavel na cabeça do aluno. – E já que vocês realmente vão continuar com suas maquinações para se fazer, kami-sabe-lá-o-que, quero avisar apenas uma coisa.

- O que?

- Podem substituir os meus brincos de safira pela cabeça de Hiashi pintada com tinta cor de rosa. – o brilho costumeiro de travessura estava no rosto da ruiva.

Ebisu deu um sorriso, que fez a ruiva gargalhar.

- Pode considerar feito, sensei.

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Shikaku estava concentrado, fazendo o jutsu das sombras. Enquanto isso, Hiashi tentava se libertar, pronto para atacar Kushina.

- Me solta, Nara! É a ultima vez que essa demonia abre a boca!

- Tsc, olha bem para a minha cara, Hyuuga. Eu estava aqui, muito bem sentada quando...

- Vocês dois parecem crianças, sabiam? – minato colocou=se na frente de kushina, encarando Hiashi. – qual o motivo da briga dessa vez?

- Eu apenas disse que ele estava uma tetéia, com esses cabelos rosa. – kushina falou inocentemente.

- Você deve ter mandado aquelas pestes que treina...

- Prove. – kushina falou, os olhos estreitados. – E apenas eu posso chamar meus alunos de pestes!

- Eu vou precisar matar os dois,para pararem de brigar? – minato questionou, virando-se para kushina, que encarava Hiashi como se quisesse arrancar a cabeça dele.

- Mate a uzumaki e não teremos mais nenhum problema na vila.

Kushina fechou o punho, imaginando-o na cara de Hiashi.

= O único problema de Konoha é...

- Quietos. – Minato olhou alternado para ambos. – Eu não sei se o motivo de vocês brigarem tanto, é o fato de não admitirem que...

- ALTO LÁ! – Kushina começou a protestar. – O PRO...

Minato virou a cabeça, desprezo e frieza mesclados no olhar.

- Não me interessa o amor incondicional que vocês sentem um pelo outro. Estamos em uma missão, ela deve ser a prioridade. Briguinhas infantis devem ser travadas por crianças. – o olhar duro estava dirigido a Kushina. – ambos são jounnins e se não sabem se comportar como tal, sugiro...

- OHAYO! – quando todos se viraram, perceberam um homem de uns trinta anos se aproximando. – vocês são o pessoal de konoha? – ele olhou vagamente por todo o grupo, antes de voltar a encarar a ruiva.

Minato o encarou, o humor totalmente disperso.

- Sim, somos. Você é...

- O encarregado de levar vocês ate... – ele fixou o olhar em kushina, enquanto continuava a falar. -   a subdivisão encarregada dos jogos.

O olhar insistente do homem começou a irritar Kushina. Antes que minato ou qualquer outro pudesse imaginar que ela falaria, o questionou.

- Escuta aqui, cara, você nunca viu uma mulher de cabelo vermelho antes?

- Já. Eu já tinha visto mulher de cabelo vermelho antes. Você está junto com Konoha?

- E se estiver? Qual o problema? – kushina ergueu o queixo, preparando-se para puxar briga..

- Hum... bom, o velhinho que manda na cidade, não sabe quem o tipo de gente que...

Kushina olhou de canto de olho para minato.

- O velhinho? Esta se referindo realmente ao Hokage? Porque você não pede para ele? – apontou com o braço estendido, antes de dar alguns passos para trás. O homem olhou para minato, antes de dar de ombros.

- Bem, que espécie de homem dá abrigo para uma assassina procurada?

- Assassina procurada? – Kushina ergueu uma sobrancelha. – Andou bebendo antes de entrar de serviço?

- Bem, já que você não está facilitando as coisas... Hinata Kishimoto, considere-se presa pela serie de assassinatos...

Kushina caiu na gargalhada.

- Se a minha mãe realmente era uma assassina devia ser muito incompetente!