Fugindo de Uma Ruiva escrita por Tina Granger


Capítulo 57
Capítulo 57


Notas iniciais do capítulo

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- Cinco mil.


- CINCO MIL? – os tres a olharam espantados.


- Querem que eu aumente para dez mil?


- Isso é coisa para criança. – Ebisu bufou, encarando os colegas.


- E você acha que é o que, seu xarope? Vamos, iniciar quando eu disser já.


- Devíamos estar fazendo um treinamento sério. – iruka tentou protestar. Mas ao receber um olhar fuzilante da ruiva, suspirou. – Cinco mil, né?


- Mas sensei...


- JÁ! – os três gennins depois de suspirarem, começaram a jogar com os bilbuques que tinham nas mãos. Kushina sentou-se, abrindo um dos livros que pegara na biblioteca. Em momentos como aquele, a ultima coisa que precisava era aturar o fogo da juventude de três pirralhos irrequietos. Jogou um ultimo olhar desinteressado aos meninos, antes de mergulhar na leitura.


Tentou ler, mas seus pensamentos estavam longe, mais exatamente em Minato. O hokage cometera o maior pecado que alguém poderia cometer, para ter a vinganca da ruiva. Ela poderia obedecer ordens, referentes a missões.  Agora proibir algo para ela, ameaçando-a... Tsc, ela havia sobrevivido ao maior carrasco que kami poderia dar a alguém.  E para Minato transformar-se em Iori, iria demorar muito... e


- Kushina, graças a kami eu lhe encontrei. – tomoe parou ofegante. – Revirei a vila inteira atrás de você! Tsunade-hime disse que... – olhou ansiosa a amiga, que tinha uma expressão pensativa no roso.


- Desde quando que vaso ruim quebra?  Tem o dia livre?


- Não, não! Eu estava lhe procurando. – pegou na mão da amiga, tentando levanta-la. - Minato-kun está lhe convocando, para uma missão.


- Eu sai do hospital a dois dias. Não posso ter uma folga? – kushina voltou sua atenção para o livro que tinha nas mãos.


- Não quando tem uma missão desse porte!  - Tomoe finalmente conseguiu levanta-la.


- Humf. Esse hokage alem de depravado, é um explorador...


- Kami, quer parar de resmungar como uma velha reumática? – Tomoe pegou o livro de kushina, enfiando-o no seu porta-kunais. – Leve junto também o seu time. A missão é grande. E perigosa.


Tomoe acenou, antes de voltar a correr, provavelmente a procura de mais alguém.


- Estamos livres! – Iruka comemorou, atirando o brinquedo no ar. Kushina o olhou, fixamente.


- Pegue o brinquedo e vamos. Vocês vão continuar brincando... PRINCIPALMENTE NA FRENTE DO HOKAGE!


Comecou a caminhar, tentando ignorar a dor de seu corpo. Tsunade não fora exatamente generosa ao lhe liberar, pois não deixara nenhum caminhão de remédios contra a dor. Por ela, kushina, permaneceria no hospital por mais umas três ou quatro vidas, afinal, ainda estava toda machucada. Mas bem que minato poderia te-la dispensado por alguns dias.


Suspirou. A quase duas semanas, estava tendo o tratamento mais frio, cauteloso e arrogante que Minato Namikaze conseguia dispensar a alguém. Um traço de ironia a fez sorrir. Desde que pusera o pé na porta da frente do hospital, sabia tinha alguém lhe vigiando.  Não conseguia acreditar que minato a achava BURRA de ensinar a lótus, depois da conversa deles, sabendo que o hokage não confiava nela, de maneira descarada?  


Logicamente que antes já iria ensinar a técnica aprendida com seu avo. Mas mais tarde, quando seus alunos já estivessem mais equilíbrio físico, mental e emocional. Agora com o ultimato de Minato... Deu de ombros.  O treinamento iria ter que ser mais lento...  Mas seria muito mais forte.


Suspirou. Melhor pensando... apenas um dos três, demonstrava real aptidão  para desenvolver a lótus.  Apertou os lábios. A técnica não era apenas difícil de ser aprendida.  seus três alunos, não eram mais  apenas os gennins da estrangeira. Sabia que estava sob uma avaliação severa, desde que chegara na vila. Embora antes não fizesse caso, agora era uma sensei.


Fora a ultima do time nove a se transformar em chunnin. A ultima a virar jouunin. E única, por enquanto  a ter alunos. Por Kunio haver virado monge, não poderia tomar pupilos. E quanto a Kuwabara... Primeiro ele precisaria aliar-se a uma vila, provar seu valor ninja... Riu, imaginando que tipo de coisas ele ensinaria a pobres crianças.


Estranhamente, já a alguns dias, seus alunos estavam muito quietos, como se estivessem aprontando alguma coisa. Lançou um olhar desconfiado, mas concentravam-se na tarefa que ela dera.  Depois que começaram, até mesmo Ebisu esquecera-se de reclamar e comecara a brincar.


O caminho até a sala do hokage foi feito em silencio, com os gennins contando os acertos com o brinquedo. Ela arrumou o cabelo, atrás da orelha, antes de bater na porta. Quando ela se abriu, kushina entrou, seus gennins atrás. Parou quando um casal moreno, virou-se para olha-la. O rapaz, de aproximadamente uns dezoito anos a encarou, arregalando os olhos. A morena, que usava o quimono tradicional azul, começou a rir.


- Onee-chan! – elas correram para abraçar-se. O rapaz começou a protestar, balançando os braços.


- Eu também quero abraço! – quando kushina o encarou estreitando os olhos, ele sorriu. – que foi?


- Mitsuo? – o queixo de kushina caiu. – é você?


- Ahan. Agora quero ver você me chamar de nanico! – ele tinha mais de um metro e oitenta de altura.


- Hum... eu não vou te chamar de nanico, sua vara de pescar.  – o rapaz deu um salto para trás, ficando vermelho.  Bufou e quando ia começar a protestar, Minato tossiu. A morena ficou vermelha, mais especificadamente depois que kushina lhe cutucou a cintura.


- Bem, caso o senhor não se lembre, hokage-sama, encontramos-nos com Sayuri na ocasião que levamos Asuka até o avo, no pais da Garca.


Minato voltou seu olhar para a morena, que havia enrusbecido ao olhar para ele novamente.


- Por isso eu tive a sensação que a senhorita me era familiar. Acho que ira facilitar a questão. Como eu estava dizendo, senhorita Sayuri, você não ira ter uma missão exatamente fácil, pois embora sejam ninjas competentes, são também pessoas extremamente temperamentais.


- E como eu estava lhe afirmando, Hokage-sama, não tenho medo do desafio.


- Você é corajosa. – minato ficou olhando para os olhos azuis da morena, que devolveu o olhar sem pestanejar.


- Mandou chamar, hokage-sama? – kushina chamou a atenção de minato, depois de alguns minutos.


- Quando os outros chegarem eu explico qual é a missão. Enquanto isso, porque não explicam qual exatamente qual a relação entre vocês?


- Amizade e muito respeito mutuo.


Minato lançou um olhar frio a kushina.


- Estou conversando com a senhorita Sayuri, uzumaki.


As bochechas de kushina coraram instantaneamente. Cerrou os lábios, os olhos chispando de raiva. Sayuri e Mistuo, o irmão caçula de Sayuri, encararam Minato com a boca aberta. Era a primeira pessoa que eles viam, que mandava kushina “calar a boca” e permanecia com todos os dentes. Ela o encarou de olhos estreitos, permanecendo muda.


- Cinqüenta e três! – Gai vibrou, com o numero de acertos que conseguira no brinquedo.


Com a distração que o menino proporcionou, kushina respirou fundo.


- Se não se opõe, hokage-sama, iremos esperar os outros fora daqui. – falou o mais calma que pode, embora estivesse com os olhos chispando. Quando os gennins  perceberam o estado da sensei, deu dois passos para o lado, deixando a sensei passar com folga. Não iriam queimar-se na aura de energia negra que emanava dela.


_


_


- Que bom que todos já se encontram aqui. – minato encarou todos os senseis, que reunira, alem dos alunos e do próprio time. – eu tenho uma pequena surpresa para vocês.


- Vai nos dar férias coletivas? – Chouki brincou, arrancando sorrisos de quase todos ali presentes. Kushina e Minato foram os únicos a não rir.


- Quem sabe ano que vem. O que sabem sobre os Jogos de Verão do Pais das Águas?


- Aquelas palavras acenderam diversos comentários, brincadeiras.


- Bem, hokage-sama, se você participar das corridas, ninguém mais alem de mim vai ser a massagista! – A brincadeira de Yoshino fez todos rirem. Estranhamente, kushina passou a exibir uma expressão dura.


- Uzumaki, a Vila do Redemoinho não ficava perto do Pais das Aguas?  - minato perguntou diretamente a kushina, que apenas assentiu. Os presentes se entreolharam. Era a primeira vez, que a ruiva não participava da confusão geral, exibindo um comportamento parecido com os Uchihas.


- O gato comeu a sua língua, uzumaki? - Minato a provocou.


- Talvez tenha comido. Basicamente,vamos fazer o que lá? – kushina cruzou os braços, ao mesmo tempo que cruzava os braços. – E por favor, vá direto ao assunto.


Kushina encarava minato, enquanto todos trocavam olhares novamente. Minato explicou a missão, fazendo pequenas pausas, como se desafiasse a ruiva  a interrompe-lo. A surpresa de todos apenas aumentou, quando ao final da explicação, ela assentira e pedira quando iriam partir.


- Daqui a três semanas. Tempo mais que necessário para que as senhoritas aprendam o básico das boas maneiras.


- O QUE? – Yoshino pulou alto do chão. – ESTÁ ME CHAMANDO DE MAL-EDUCADA?


- Mal-educada, desaforada, temperamental, explosiva... E estou me referindo a Uzumaki também. - As palavras de Minato fizeram todos se assustarem. Mas a falta de palavras da ruiva era o que mais os assustava. – Em quase todas as missões que participam, eu sempre tenho queixas que vocês batem nos clientes, não sabem comportar-se como deveriam. Por essas razoes e outras que solicitei a uma profissional do bom conviver – kushina virou a cabeça lentamente ate Sayuri, erguendo uma sobrancelha, ao fitar a amiga. Da mesma maneira, voltou a encarar minato. – para dar-lhes aulas de como devem se comportar.


- Isso é tudo? – kushina pediu indiferente.


- As aulas se iniciarão amanha pela manha, as sete horas, em uma das salas da Academia.


Kushina ergueu a sobrancelha.


- Mais alguma informação relevante?


- Não. Estão dispensadas.


- Com sua licença, hokage-sama. – kushina curvou-se e falou para a amiga. – Sayuri, espero você e Mitsuo  para ficar em minha casa.


Saiu, com os alunos no seu encalço. Vagou por um longo período, ignorando as tentativas de conversa dos gennins, até que por fim parou para apreciar a paisagem, no alto do monumento hokage.


- Ei, sensei! – Gai lhe chamou, pela qüinquagésima vez. Kushina pareceu sair do transe que entrara. – porque ficou dessa maneira?


- Se tiver alguma coisa que pudermos fazer, para ajudar, é só disser! – Kushina sentiu vontade de apertar Iruka e Gai.


- Se apenas falar já ajudar, nossos ouvidos podem servir de penico muito bem!


- EBISU!


- Se acalmem garotos. Não é para tanto. É só... – ela virou o rosto, o pensamento perdido. – quando eu era menor que vocês, meu pai foi fazer a vigilância dos Jogos de Verão, no País das Aguas. Quando saiu, ele me prometeu que, quando os jogos terminassem, ele levaria minha mãe e eu até o pais das águas, numa pequena viagem de férias.


- E ele não cumpriu o que prometeu? – Gai  traduziu o que eles não conseguiam entender.


- Ele foi morto durante um “tumulto”. Só recebemos as cinzas dele, meses mais tarde, com o resultado do inquérito feito as pressas e... – kushina suspirou. – dizia que o incidente era irrelevante.


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