Fugindo de Uma Ruiva escrita por Tina Granger
Kushina abriu os olhos lentamente, sentindo a cabeça latejando. Levou a mao ate os olhos, estranhando ao ver aquela mecha loira. Daquele comprimento, apenas podia ser de mulher.
Suspirou, sentindo um cheiro gostoso. Aninhou-se embaixo da manta, tentando mergulhar no sono novamente. A manta voou, quando a Uzumaki subitamente tomou consciência de que não estava em sua casa. A lembrança do seu escândalo perante os ratos em sua casa, voltou com força total.
Era um apartamento do tamanho de um ovo, sala e quarto juntos. A cama era perto da janela, havia um criado mudo ao lado da cama, com o retrato de um casal. Kushina franziu a testa ao pegar o retrato. Tinha a impressão de já ter visto aquele homem. Balançou a cabeça, olhando ao redor. Uma gravura com o símbolo da folha era o único enfeite das paredes brancas.
Levantou-se examinando o redor. Uma meia parede, separava a cozinha, já servindo de mesa, as cadeiras encostadas nela. Um fogão pequeno, uma geladeira que provavelmente cometeria suicídio de tao suja que estava por fora, nenhuma louça a vista. A porta-janela, que deixava a claridade da manha entrar, estava aberta, o pequeno terraço mostrava a rua.
Kushina abriu a porta que deduzira ser o banheiro, certamente a parte mais pequena da casa. como aquele homem conseguia viver tao apertado. Bem, isso não devia ser problema para o tamanho...
Saiu do banheiro, mordendo os lábios quando escutou baterem na porta. ficou em silencio, esperando que quem quer que fosse, desaparecesse... e logo.
- Minato? Diabos, homem, abre logo essa porta! – a voz de Shikaku Nara estava meio enrolada, como se ele tivesse bebido. – Temos problemas na vila, Hokage-sama. Sabe, a Uzumaki, ela...
Kushina iria ignorar Shikaku. Mas a menção de seu nome, ela foi ate a porta, abrindo-a de supetão.
- Eu o que, Shika? – Kushina cruzou os braços, depois de colocar o cabelo atrás da orelha. Não largara a mecha de cabelos loiros, ignorou a avaliação que o jounin estava lhe fazendo. Seu cabelo devia parecer um ninho de passarinho, totalmente despenteado. Suas roupas, amassadas e estava descalça. Não quis imaginar quem havia sido a pessoa que lhe tirara as sandálias.
Shikaku ficou de boca aberta, como se não soubesse o que falar. Um fio de baba escorreu pelo seu queixo.
- Você está aqui.
- E você bebeu. – ela franziu a testa. – não estava de plantão ontem a noite?
Shikaku balançou a cabeça, confirmando, fechou a boca, limpando o queixo em seguida.
- Aquela Hyuuga desbocada e Tomoe estão revirando a vila atrás de você.
- Jura? Que sorte pra você que eu te encontrei antes do ero-hokage. Vem – ela o puxou ignorando o tropeção que ele deu. – por que os bêbados me perseguem?
Resmungou, antes de praticamente jogar o Nara em cima da cama.
- Dorme um pouco, depois eu vou ir atrás da Yoshino-problemática, que é a razão dessa bebedeira.
- A Yoshino tem o sorriso mais doce do mundo. – Shikaku quase desmaiou na cama, após resmungar essas palavras. – não é nenhuma problemática.
- E eu sou a senhora feudal do pais do fogo. – tirou as sandálias dele. em situações normais, o enfiaria embaixo do chuveiro, depois faria a mistura que desenvolvera quando os meninos do time resolviam farrear. Muitos já a haviam provado e como o ojiichan monge resmungara, era pior que um coice de mula.
Pegou suas sandálias, enfiando-as de qualquer jeito. A manta que lhe cobrira durante a noite, logo estava no Nara, que tinha uma cara meio... Bom, era preferivel que o ero-hokage o encontrasse ali do que bêbado vagando pela cidade. Saiu da casa do hokage, agradecendo aos céus que ninguem a percebesse saindo do ovo do Hokage.
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- Será que Kushina não foi embora, como tinha dito que Minato disse que era para ela fazer?
Tomoe balançou a cabeça, negando.
- Ela iria se despedir de nós.
= Bom, então, vamos repassar por onde não procuramos Kushina. Dentro do clã Uchiha.
= Fugaku uchiha também não gosta de Kushina.
- Só porque pegou ela dizendo que era mais fácil ele desfilar com uma calcinha cor-de-rosa de renda que o ero-sennin parar de correr atrás de mulher.
Tomoe tampou a boca, rindo.
- Não me lembre disso. A cara que Fugaku Uchiha fez foi terrível.
Bem, então onde mais? Hoje não é sábado, para ela ter ficado dormindo na casa do Choki. Estou começando a achar que a mae dele, deve estar querendo ela para nora.
Kushina adora a comida dela.
Quem não gosta?
- Yuki Yamanaka. – Kushina aparece atrás delas, que berraram com o susto. – Diz que não gosta da comida da senhora Ackimiki porque engorda.
- Você quer nos matar de susto? – Megume perguntou, ainda assustada.
- Eu vou ter paz e sossego?
- Kushina! – Tomoe a pegou pelo braço. – nós reviramos a vila inteira!
- Mentira. Se tivessem revirado a vila inteira, teriam me achado.
Ela se soltou, indo em direção a sua casa.
- Ei, onde você estava?
Kushina parou apenas quando estava na sua porta. hesitante, virou-se para as amigas, que pareciam uma mistura de curiosas e furiosas.
- Uma de vocês pode ver se tem algum rato na casa?
Megume revirou os olhos, enquanto Tomoe olhava a casa, através do Byakugan.
- Não.
- Ótimo. – entrou, enquanto fazia a anotação mental de arranjar um gato, de preferência que fosse bem feio e caçador de ratos.
- Onde você estava?
- O que vocês vieram fazer aqui? Não tem marido pra cuidar?
- Só hoje a noite. – Tomoe falou, meio sonhadora. – Hiashi-kun vai voltar durante a tarde.
- Ela virou vidente?
- Meu cunhado mandou um bilhete para ela. Desde que chegou, ela ficou com essa cara. – Megume cochichou.
- Está explicado. – Kushina jogou-se no sofá. – Entao, o que as senhoras desejam na minha humilde residência?
- Vim lhe convidar para jantar conosco, hoje a noite. – Tomoe sorriu orgulhosa. – Hiashi-kun me contou da aposta entre vocês e como ele lhe deve um pedido de desculpas... Nada mais justo.
Kushina encarou Tomoe, antes de cair na gargalhada.
- Eu não perderia esse jantar por nada desse mundo! Pode deixar que eu vou estar lá.
- Que bom. – Tomoe sorriu travessamente. – Assim, talvez seja uma boa hora de você e Minato fizerem as pazes por terem brigado naquela noite.
- Quem disse que o ero-hokage e eu brigamos naquela noite?
- Confirmo as palavras dela. Se tivessem brigado, Konoha inteira teria escutado, do jeito que essa daí é escandalosa... – Megume olhou para a mesa, que ainda estava virada.
- Não enche meu saco, olho de coco de pombo. – Kushina desenrolou a mecha loira, brincando com ela. A tinha enrolado no pulso antes.
- Parem as duas. – Tomoe voltou a atenção para o cabelo que Kushina brincava. – Agora a senhorita pode dizer onde passou a noite?
- Antes ou depois de arrancar esse cabelo daquela loira de farmácia?
- Depois.
- Antes.
Tomoe e Megume falaram juntas. Em seguida, começaram a rir.
- Bom... Vou só contar onde dormi como um anjinho... – Kushina espreguiçou-se com vontade, atiçando a curiosidade das mulheres. – na cama do ero-hokage.
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