Kushina abriu os olhos, assustada.

- Ohayo... – kunio largou o livro médico que tinha nas mãos. – é bom ver que você está acordada.

- água ... – Kushina mal conseguiu murmurar.

- Claro. – ele segurou sua cabeça com cuidado, enquanto dava-lhe de beber em um copo de barro. – você nos deu um susto daqueles.

Quando Kushina voltou a colocar a cabeça no travesseiro, já tinha os olhos fechados.

- Meus...

- Eles estão sendo cuidados, não se preocupe. Imagina três piralhos quase se mijando de medo, quando o ojiichan, com a bengala dele na mao, estava interrogando eles para saber o que aconteceu. Acho que so não se mijaram, de verdade, pois como aquele de óculos disse, você foi a pior praga que o hokage botou na vida deles.

- Ebisu... deve ter apanhado bastante. – quando Kushina abriu os olhos, eles estavam bastante pesados.

- So a mesma quantia que você costumava apanhar. eu estava escutando e me lembrei de nós, com essa idade.

- Gai tem a energia de  Kwuabara.

- O de óculos, definitivamente é igual a você. pelo menos, a língua afiada, as respostas na ponta da língua...

- Iruka tem o seu charme. – ela levantou os cantos da boca, levemente. Não tinha forças para sorrir.

- Eles estavam bem preocupados. Todos nós estávamos.

- Dessa vez... eu achei que passava para o outro lado. – ela tentou manter os olhos abertos. Dos trinta homens que haviam lhe atacado, ela reconhecera uns dez... Ninjas  fugitivos. Zariesk havia investido pesado para mata-la. Um leve sentimento de diversão ecoou em seu peito. Dinheiro gasto a toa. Afinal...

Ela era Kushina Uzumaki. Ninja de konoha. Ela casaria com aquela mula teimosa chamada Minato Namikaze, nem que para isso tivesse que levar a bengala do seu avo, acertar Minato até quebrar a bengala, porque ela duvidava que o loiro saísse machucado, para fazer ele lhe escutar.

Minato virou a cabeça. Onde acharia a maldita gata de Kushina? Jun praticamente lhe implorara para ele levar a gatinha... E depois de levar umas dez colheradas de pau da sua mãe, ele tinha a mais absoluta certeza que se chegasse para levar as roupas que ele pedira ajuda a Yuki para comprar, sem a gata, no outro dia o hokage ia estar incapacitado para trabalhar... De tanto que ia apanhar da mãe. As chaves da casa de Kushina, que estavam com Hinata, haviam se perdido. Tomoe simplesmente não aparecera para trabalhar... Provavelmente se escondendo de Hiashi, que aparecera naquela manhà, procurando a esposa.

O queixo de Minato havia caído até o chao, quando o chefe do clã Hyuuga, entrara, cheio de pose, pedindo alguma coisa qualquer... Hiashi enrolara, até por fim, perguntar se Minato sabia onde a esposa estava.

Aquilo devia ter custado todo o orgulho de hiashi, mas mesmo que soubesse do paradeiro de Tomoe, enquanto Hiashi estivesse com aquela raiva, ele não falaria. Para complicar a historia, haijame, mesmo com Hiashi dentro, entrara e de um modo bastante parecido com um elefante enfurecido, convidara Minato para ir a sua casa, pela noite, pois Akiko estava de aniversario. E ele precisava de outro cara, para lhe segurar, para não enforcar a irma, enquanto ela e as amiguinhas estivessem fazendo a festa.

- SENSEI! -  quando escutou o berro de Obito, Minato já começou a sentir os golpes da mãe. Em questão de segundos, Kakashi e o Uchiha estavam perto do hokage.- não achamos a demonia laranja da demonia ruiva.

- Como é que é?

- Estamos falando da gata da Uzumaki... aquela que arranha e faz miau...

- Continuem procurando!

- Mas...

- Sumam!

Quando passa muito tempo com a Uzumaki, ele fica mandão como ela. – obito reclamou. Quando estavam prestes a sair, viram três crianças correndo na direção de Minato. Os triângulos invertidos, o cachorrinho a acompanhando,os dois trataram de sair correndo. Não queriam aturar aquela humilhação de jeito nenhum!

- Hokage-sama! – Shisui Uchiha chamou. – o sensei haijame mandou dar um recado para o senhor.

Quando chegaram perto, os três amigos de Jun curvaram-se, enquanto recuperavam o fôlego.

- E que recado o haijame me mandou? – olhou de maneira seria. Não tinha tempo para as besteiras de Haijame.

- Se o senhor quiser achar o que o corno do Hyuuga perdeu, é para ir na casa dele.

- Na casa de quem? E o que o Hyuuga perdeu?

- Ai, eu não sei. – hana deu de ombros. – O haijame-sensei disse que era para dizer para o senhor, que se quiser achar o que o corno do Hyuuga perdeu, é para ir na casa dele.

- Haijame não tem mais nada para fazer naquela academia?

- Isso eu não sei. – Hana deu novamente de ombros. Minato encarou as crianças, antes de suspirar.

- Obrigada, Hana. Vocês três cumpriram bem as ordens do haijame.

- Hokage-sama? – itachi estava com a cara bem séria,encarando o hokage.

- O que é, Itachi?

- A casa da irritante está toda trancada. E ela não foi na aula.

- Quem é irritante?

Itachi bufou, cruzando os braços.

- A jun. ela não foi na aula. – reformulou a informação. – e a senhora Kushina não está na vila, nem aquele padrinho irritante da irri... Da Jun.

- Como você sabe que o padrinho da Jun não está na vila?

- É que é assim, hokage-sama. – Shisui se meteu. – para vir até aqui, a gente precisou passar pelo restaurante onde o padrinho da jun trabalha. E a gente pediu para o tio que manda lá, se ele estava, para a gente pedir para o senhor cabeça de fogo, se a jun estava doente. E daí o senhor que...

- Já entendi, Shisui. – Minato quase revirou os olhos. Com quem aquelas crianças tinham aprendido a mentir tao bem?  A academia ficava no canto oposto ao do restaurante.

- O senhor sabe onde ela está, hokage-sama?

- Bem longe. Onde não vai poder causar nenhum problema. Vocês deviam ficar satisfeitos com isso. Agora, eu quero que os quatro voltem para a academia.

- Hai, hokage-sama. – Hana assentiu, sem nenhum brilho no rosto. Minato conseguiu até sentir a irritação de Itachi, o brilho de pura raiva nos olhos. Shisui puxou o primo, que relutou em ir. So foi depois que hana também o puxou, murmurando algo no ouvido do pequeno uchiha, foi que ele cedeu e foi com eles, não sem antes lançar um olhar ressentido para Minato. Que não precisaria apostar com Tsunade, para saber que eles não iriam ir direto para a academia.

Minato parou para pensar no estranho recado de Haijame. o único Hyuuga que o sensei do primeiro ano chamava de corno, e antes mesmo de casar, sem merecer, pois a noiva alem de fiel, completamente apaixonada pelo noivo...

- Merda, merda, merda... – Minato resmungou diversas vezes, antes de tomar o rumo da casa de haijame. se o idiota amarasse uma pedra no pescoço e se jogasse em um poço, com certeza sofreria menos com a morte lenta que Hiashi lhe providenciaria.

- ---

Minato suspirou, enquanto esperava  a porta ser aberta. Quando o rosto sorridente de Akiko surgiu, ele quase praguejou novamente.

- Ohayo, Hokage-sama! – a garota de cabelos castanhos acenou alegre. - alguma baixa signficativa, para o senhor vir aqui?

- Eu vim evitar que o seu irmão morra! Ah, sem chance... Virou kami agora?

- Akiko... quero falar com Tomoe.

- Entao vá na casa dela, oras! desde quando que na minha casa...

- Akiko... quer voltar para o primeiro ano da academia? Você já perdeu a bandana por ter sido desrespeitosa!

- E uma coisa, hokage-sama, precisa aprender é que fofoqueiras tem super audição. – Akiko resmungou, enquanto mostrava algo com o movimento dos olhos. Minato virou a cabeça e encontrou com a cabeça de uma velhinha o olhando com simpatia. – Ei, Dona Bruxa, o teu marido continua não dando no couro?

- Akiko!

A garota sorriu, quando a mulher, fazendo uma cara ofendida, bateu a janela onde estava escorada, observando a cena.

- Quando eu crescer, quero ter a boca da Uzumaki e da Moka!

- Se você estiver viva, só com a sua boca, já vai ter muita sorte. – Minato replicou. Akiko lançou-lhe um olhar furioso, antes de deixa-lo entrar. – E você não devia estar na Academia?

Akiko, que estava de costas, bufou. Entao virou-se para ele, com a expressão furiosa.

- Escute aqui, hokage-sama...

- Akiko, sua bandana foi retirada pela sua falta de respeito. Cuide com o que você vai falar, caso contrario, nem para a Academia você vai poder voltar amanha!

O olhar mortal de Akiko foi suficiente para dizer a Minato, o que ela adoraria dizer a ele.

- Só espero que o corno do Hyuuga arranje tanta confusão pela vila, que você precise pintar os cabelos, seu hokage de alma de velho reumático!- - - -

Hiashi bateu na porta pela terceira vez.

- Maldição! – ele conseguia imaginar apenas um lugar onde Tomoe poderia se esconder. – Uzumaki!

- O que você quer na casa da irritante? – ao escutar a voz infantil, Hiashi se virou. Um trio de crianças, o encarava seriamente, mais o garoto que tinha os braços cruzados.

- É bem isso que essa desgraca é. Irritante. – hiashi resmungou, virando-se, batendo novamente na porta.  – Uzumaki! Vou ter que arrombar a sua porta?

- Senhor, é melhor que vá embora. – hana falou. Seu cachorro olhava para hiashi, enquanto rosnava. – A senhora Kushina vai pegar emprestada a bengala do ojiichan, para lhe ensinar que não pode estragar a casa dos outros.

 Hiashi virou-se novamente, para as crianças.

- Sumam daqui seus fedelhos ranhentos!

- Hana? – Shisui falou, erguendo uma sobrancelha. itachi respirava com dificuldade, de tanta fúria que sentia naquele momento.

- Sankyoudai... Morde ele! – nem bem a menina tinha terminado de falar, a canela de Hiashi Hyuuga tinha os afiados dentes do fiel cãozinho de HAna Inuzuka, juntamente com a baba que fizera Shisui dar o apelido não tao simpático ao cachorrinho.

Quando o líder dos Hyuuga, avançou um passo, o cão ainda preso em sua canela, Itachi fez o mesmo, chutando-o na outra canela.

Corre! – o futuro líder dos Uchiha deu a ordem, aproveitando-se da surpresa do Hyuuga, que lhe pegou pelo colarinho. Itachi o encarou, ódio profundo nos orbes negros. Hana e Shisui olharam-se por um instante, antes das crianças avançarem para ajudarem Itachi.

Hana mordeu a mao livre de Hiashi, enquanto Shisui puxava o tapete, escrito “Boas-vindas”, que o Hyuuga estava em cima, desequilibrando o homem. Quando Hiashi estava no chao, largando Itachi, os três saíram correndo, Hana carregando o cachorro.

Hiashi levantou-se, vermelho de fúria. As risadas ao redor era geral.