Minato sorriu, quando um punhado de cabelos ruivos surgiu a sua frente. Ele aproximou-se de maneira sorrateira, até que os longos cabelos foram escondidos pela esquina mais próxima.

Quando ele chegou ao local, observou com atenção. Nenhuma sombra de cabelos ruivos, de uma menina de olhos azuis ou... antes que pudesse imaginar onde ela estava, sentiu lhe puxarem a barra da túnica.

Virou-se, surpreendendo-se em ver Jun lhe encarando seriamente.

- Ohayo, Jun. você não devia estar na academia?

- Mas eu estou lá! – a maneira enfática quase o fez acreditar. Minato surpreendeu-se, pois atrás dela, calado e com olhar sério, estava Itachi Uchiha.

- É mesmo? – Minato abaixou-se com um sorriso. – Entao como vocês dois estão aqui?

Jun revirou os olhos.

- Fácil. Fizemos kushins e...

- Bushins, ignorante. – Itachi falou, azedo.

- Que seja. – Jun balançou a mao, como se fosse nada. – Hokage-sama, posso pedir uma coisa?

- Claro, o que é?

- É verdade o que a mamae Hinata me contou? Que quando o senhor era pequeno como eu, pediu pro vovozinho Eikichi se podia casar com a mamãezinha? E que ele disse “hai”?

Minato sorriu.

- É verdade. a sua mãe Kushina era a menina mais linda do mundo, para mim.

- E também não é verdade, hokage-sama, que quando você casar com a minha mamae, você vai ser o meu papai?

- Quem disse o contrario, Jun?

A encarada feia que o pequeno casal se deu, respondeu a pergunta de Minato. Jun ainda estava segurando a túnica do hokage, quando itachi falou.

- Essa irritante disse que...

- Eu não sou irritante! E quando a minha irmãzinha nascer, eu não vou deixar você chegar perto dela!

- Ela vai ser tão irritante quanto você!

Jun largou a túnica de Minato,  e parou na frente de itachi, a dois passos.

- Eu não sou irritante!

- Irritante!

O punho de jun só não chegou ao olho esquerdo de Itachi, pois Minato pegou na mao de Jun.

- Ninjas de konoha não brigam entre si!

- Ele disse que a mamãezinha é irritante e eu também!

- Eu vou para aula que ganho mais! – Itachi fez uma cruz com as mãos e uma nuvem de fumaça surgiu no seu lugar.

- Se esse fuinha acha que vai escapar de apanhar, está muito enganado! – Jun repetiu o gesto de Itachi, também desaparecendo em uma nuvem de fumaça. Ele piscou, incrédulo.

- Haijame? – Minato chamou, quando percebeu o homem de cabelos castanhos, cantando uma das funcionarias do escritório.

Haijame virou-se para ele, com o sorriso que Jiraya daria quando estava flertando com alguma moça bonita.

- Hai, hokage-sama?

- O que você quer comigo?

Haijame deu uma olhada nos pés de Minato, antes de balançar a cabeça.

- Tsuki-chan, a gente conversa a hora que você sair, tudo bem?

- E o que faz você pensar que eu quero ainda conversar com você?

- O meu sexy appeal!

- Cadê a Uzumaki? – Tsuki virou a cabeça, como se procurasse a Kushina.

- Brincadeirinha, já fui, já fui....

- Você tem mais medo de Kushina que de mim. – Minato falou, quando Haijame chegou perto dele, curvando a cabeça.

- Ela é mais assustadora. E convenhamos, hokage-sama, se você já tivesse escutado as historias da ruiva louca que já escutei, também teria medo.

Minato começou a andar em direção ao escritório.

- Que historias tão assustadoras a respeito de Kushina você andou escutando?

- Historias do tipo, que o time dela foi contratado para limpar uma casa e, quando terminou, a ruiva jogou água suja pela janela...

- Isso não é tão assustador.

- Sabe quem estava embaixo da janela? Alem do meu pai, o líder da vila e o sensei deles. Que levou uma bronca dela e foi chamado de ser inútil e preguiçoso, alem de... bom, se eu repetir aquilo, vou começar a rir,como quando escutei a historia e... – Haijame suspirou.  – Mas enfim, a ruiva louca acabou se tornando minha ídola! E como eu bem sei que provocar ela é pedir para morrer, jamais farei isso!

- Haijame, quantas vezes você já não saiu correndo de Kushina?

- Eu ainda não sabia que era a Kushina Uzumaki, doce raposa de nove caudas do pais do redemoinho... quando descobri quem era, tratei rapidinho de me tornar amigo dela. Até porque, a recomendação do meu pai finalmente veio a minha mente.

- Que recomendação?

- A de que se algum dia eu lutasse com Kushina, tivesse cinco planos em mente. Um de ataque e quatro de fuga.

- Está brincando, não esta?

- Beijo a bunda do Uchiha se estiver. – Haijame falou sério. – só mais uma coisa sobre a ruiva louca, hokage-sama... Esteja sempre alerta com a Kushina. De burra, ela so tem a fama.

- Você pediu uma audiência especial comigo so para dizer isso?

- Não. a verdade, hokage-sama, é que eu tenho dois pequenos grandes problemas nas mãos e eu vim atrás de uma solução...

- Dois pequenos grandes problemas?

- Hai. Quando as aulas da academia se iniciaram, percebi que havia dois alunos, que aparentemente se destacavam dos demais. E fui fazendo, pequenos testes, para ver se a minha idéia talvez não estivesse deturbada. Hoje, eu entreguei a eles, uma prova, que peguei com o sensei responsável pelo ultimo ano.. E olha as respostas deles. – entregou a Minato as provas. – para que o corno do Tenshi não viesse para cima de mim, dizendo que eu estava exagerando, solicitei que ele corrigisse as provas.

- Eles tiveram a nota máxima. – Minato, que havia se preocupado com as respostas, voltou ao inicio das provas, para ver de quem Haijame falava. Ergueu o olhar para o sensei responsável pelo primeiro ano. – E o que você acha que temos que fazer?

- Bom... Eu até encaro o Uchiha, para dar a noticia... Mas a ruiva louca é toda sua!

O meu coração pirata, toma tudo pela frente mas a alma adivinha o preço, que cobrada gente... ah... o espelho me disse... você não mudou... ROUPA NOVA

Uma coisa que Minato já devia ter aprendido, é que quando ele realmente queria falar com Kushina Uzumaki, ele não a achava. A Anbu era totalmente ineficaz nesse caso. Como já havia anoitecido, ele decidiu que iria procura-la em casa, aproveitando para dar um beijo no pequeno anjo ruivo... e verificar se aquele... encosto humano, Zariesk, demoraria muito ainda na vila. Quando chegara, estava a ponto de dizer quanto ficaria, quando Kushina chegara... E aquele bastardo grudara nela como chiclete.

O time nove cumprira varias pequenas missões, o traste junto deles. E pelos comentários que escutara, Kushina se tornara uma completa imbecil na presença do outro. Bem... Ele vira a transformação, já no primeiro encontro deles.

Kushina gaguejara... Dava-se para perceber que ela ficara vermelha, mesmo sob a camada de sujeira. E  olhava para o desgraçado como se estivesse olhando para algo muito especial. Raras vezes, ela se comportara daquela maneira com ele. E em todas as ocasiões, depois, fugira de Minato como se o demônio a perseguisse... E as vezes, por semanas, ele não punha os olhos nela. Agora com o cretino... Ele soubera inclusive, que ela havia pego uma missao, mandado os alunos sozinhos e ficado trancada com Zariesk no quarto com o moreno.

O sangue de Minato subia, apenas ao imaginar o que eles poderiam ter feito... Em especial com a colaboração da ruiva. Estava já quase chegando, quando percebeu o chakra da ruiva. Sorriu, parando imediatamente, ao virar de uma esquina a viu parada com Zariesk ao lado.

Apertou o punho, imaginando-o na cara dele. ocultou seu chakra e, por alguma razão que não soube dizer, tratou de aproximar-se furtivamente, para escutar a conversa. Uma espécie de mau agouro estava no seu peito, em especial quando a ruiva começou a rir, de maneira suave.

- O tempo passa, Zariesk-sama e... Eu sinto que estou vivendo um sonho.

- Sonho? – ele aproximou-se dela, que não recuou. Quando Zariesk passou a mao pela cintura dela, Minato sentiu ganas de saltar da arvore onde escondera-se e fazer juz ao apelido de Relampago Dourado, matando-o em questão de segundos. – Sonho é o que estou esperando para viver, após a sua resposta, minha hime...

- Eu... – ela abaixou o rosto. Quando levantou, Zariesk aproveitou para beija-la. Quando  beijo terminou, Kushina escondeu o rosto no peito de Zariesk, por alguns momentos.

Aos poucos, ela ergueu o rosto. Fitou Zariesk, por um certo tempo antes de começar a falar, a voz um tanto trêmula.

- Zariesk-sama... Eu aceito o seu pedido de casamento...

Minato não agüentou ficar ali, escutando o resto. Fugiu como se demônios o perseguissem.