Fugindo de Uma Ruiva escrita por Tina Granger
Notas iniciais do capítulo
- Ótimo. Vai para a aula, aprenda bastante... E se algum garoto lhe incomodar, você já sabe o que fazer, não sabe?
— Claro que sei! – Jun estufou o peito. Hinata balançou os cabelos da neta. Jun pareceu indecisa. – mamãe... voce vai voltar?
— Se kami-sama permitir, meu amor.
- É lindinho. – jun ajoelhou-se, acariciando a cabeça do cãozinho, que latiu, antes de lamber sua face.
- Ele não é só lindinho – a dona do cão a contradisse. – Ele é um perigoso cão!
Jun olhou para a outra garotinha, que tinha aparentemente a mesma idade que ela.
- Ele não é mais perigoso que a gata da minha mamãe. Todos os ratinhos da casa, quando vêem a Kuuybi-chan saem correndo de medo.
- Aposto que se o meu cão encontrar com a gata da sua mãe, ela sai correndo e...
- Calem a boca vocês duas. O sensei vai dar uma bronca daquelas por conta de vocês.
As duas meninas se viraram para encarar o par de olhos negros. Jun levantou-se, os olhos estreitados. Itachi Uchiha tinha o dom de lhe deixar com vontade de socá-lo!
- O sensei Haijame não vai dar bronca por conta que estávamos falando sobre animais ninjas.
Hana Inuzuka defendeu-se, enquanto olhava para o sensei, que conversava com um pequeno grupinho de crianças. As duas meninas haviam se afastado quando o cãozinho de Hana começara a perseguir uma borboleta.
Você tem um animal ninja? – a pergunta de um dos garotos, fez as meninas se entreolharem.
Sim. – Hana confirmou, acenando.
Shisui sentou-se nos próprios calcanhares, admirando o cãozinho. Ele sorriu enquanto levantava-se.
- Se você o treinar bem, ele vai ser bem perigoso. Agora, não passa de um babão.
- Meu cão não é um babão! - Hana arregalou os olhos.
- Shisui deixa essas irritantes falando sozinhas. Vamos, antes que o sensei Haijame...
- Nós não somos irritantes! – Jun deu um passo em direção a Itachi. – você que é um...
- O que está acontecendo aqui? – perante a voz de Minato, as crianças se viraram para ele.
Jun tinha os olhos com um brilho prateado, o punho direito apertado.
- Nada, hokage-sama. – Shisui deu um sorriso meio torto.
- O bobão do Itachi está nos chamando de irritantes e o Shisui está chamando o cãozinho da Hana de babão – jun entregou sem pestanejar.
Hana arregalou os olhos. Shisui olhou para Itachi, que mantinha a postura de antes. Minato suspirou. Não era preciso ser um gênio, para saber que Jun estava prestes a dar um soco em Itachi pelo “irritantes”.
- Bem, acho que brigar não vai levar vocês a lugar algum. Itachi, Shisui, Hana e... Jun, acho que Haijame...
- Ei! O que vocês quatro estão fazendo aqui? – quando Minato se virou, Haijame acenou enquanto se aproximava deles – como vai, hokage-sama?
- Haijame, acaso você se lembra das instruções que eu lhe passei?
- Quer dizer que o castigo já acabou?
O olhar frio de Minato foi resposta suficiente. Haijame suspirou.
- Grande porcaria! Bom, cambadinha. Indo já para junto dos seus colegas – ele sinalizou para os quatro.
- Eu preciso falar com jun. Se possível, Haijame.
- Hai, hai. Vamos crianças. – Haijame levou os três alunos para junto do resto da turma. Minato abaixou-se, ficando do tamanho de Jun.
- Você estava pensando em bater em Itachi, não é?
Jun confirmou, acenando com a cabeça. Estava com um pouco de medo, porque sua mãe havia dito, que se o hokage não a quisesse mais na vila, ele podia até mandar ela embora e ela teria que ir.
- Ele estava rindo da Hana e chamando nós duas de irritantes. A Hana não é irritante e nem eu! - Minato passou a mão na cabeça dela.
- Com certeza que vocês não são. Mas só que você não pode sair batendo em todo mundo que lhe...
- A mamãezinha Kushina disse, que se o Itachi me chamasse de irritante era para eu virar de costas e fingir que ele não tinha falado nada.
- Viu? Se a sua mãe Kushina disse que era para você fazer isso, porque não faz?
- Porque a mamãe Hinata disse que cada vez que ele me chamasse de irritante era para dar um soco no olho dele, como a mamãe Kushina fazia com o padrinho quando ele espiava as meninas tomando banho.
- Faz sentido. – Minato engoliu o riso na garganta – mas nesse caso, quem tem razão é a sua mãe Kushina.
- Hunf.... – Jun estreitou os olhos – mais alguma coisa, hokage-sama?
- Jun, você sabe onde está o seu padrinho?
- Trabalhando, oras! – ela deu de ombros, como se a resposta fosse óbvia.
- Trabalhando? Sabe onde?
Jun negou com a cabeça.
- A mamãezinha Kushina sabe. Ela até brigou com o padrinho, porque ele estava puxando o cabelo dela, e não estava indo trabalhar. E ele fez coisa feia, também.
- É mesmo? O que foi que ele fez?
- Entrou no quarto sem bater.
- Isso... não é uma coisa tão feia... mas é feia. E o que aconteceu?
- A mamãe estava trocando de roupa... E daí o padrinho apanhou, oras! – Jun deu de ombros. – E a mamãe Hinata disse que era bem feito para ele.
- O que ele fez? – Minato não acreditou nos próprios ouvidos.
- Ele agora está trabalhando – Jun deu de ombros. – Mas a mamãezinha ficou bastante irritada. Falou um monte de palavras feias... E nem respondeu quando eu perguntei uma coisa para ela.
- Que pergunta você fez para ela? – assim que questionou, Minato desejou ter mordido a língua, pois se lembrou da última pergunta não respondida a Jun por Kushina.
- Eu pedi para ela... – Jun mordeu o lábio enquanto abaixava o olhar. Um rubor tomou conta das faces da menina. Ela puxou o ar – se quando eu crescesse podia casar com o senhor.
Minato sentiu como se uma pedra enorme caísse em cima dele.
- Você... pediu... isso.... para... a... Kushina? – ele pediu, cada palavra saindo com dificuldade.
- O senhor está bem hokage-sama?
- Hai... – ele passou a mão no cabelo dela. – apenas fiquei um pouco... – ele começou a rir – esquece. Bem, respondendo a sua pergunta... – ele sorriu. – infelizmente, quando você crescer, Jun, eu já vou estar bastante velhinho... não vou poder ser seu marido.
- Velhinho?
- Hai. Quando eu tinha a sua idade, eu conheci a sua mãe Kushina... e seu padrinho Kuwabara e também Kunio e a sua avó Hinata.
- Quando tinha a minha idade?
- Exatamente. E sabia que nós temos a mesma idade?
- Você é tão velho como a mamãezinha? – Jun arregalou os olhos.
- Hai.
- Então o senhor vai ser mesmo velhinho mesmo...
Jun franziu a testa e Minato sentiu como se uma pedra enorme caísse em cima dele.
- Viu porque não podemos casar? – quase queria rir, mas a expressão solene no rosto da garotinha o alertava que algo a mais iria aparecer a qualquer momento.
- Nós não podemos casar... mas o senhor pode casar com a mamae Kushina! – ela falou empolgada. – daí, eu vou ter um papai como todo mundo! E não só duas mamães!
- É uma idéia maravilhosa, Jun! – Minato a abraçou. – E eu vou ter uma filhinha linda e muito inteligente!
- Mas tem uma coisa. – ela o empurrou. – eu quero um irmãozinho ou irmãzinha!
- Isso é uma coisa que só nós dois não podemos decidir. Mas... – ele piscou para a menina. – se eu conseguir casar com a sua mãe, acho que nós podemos convence-la a querer mais uma criança na família... o que voce acha?
- Acho bom. É muito chato não ter ninguém para brincar.
- E o Saito?
= O Saito gosta só de treinar com a mamae. E só porque ele é mais grande que ela, acha que pode mandar em mim.
- Jun... o Saito não é maior que a sua mãe.
- É sim! Ele é alto assim! – ela colocou a mao sobre a própria cabeça. – a mamae sempre diz, que vai botar um tijolo na cabeça dele, para ele voltar a ser pequeno.
Kushina franziu a testa. Aquilo não era um bom sinal. A casa estava em silencio. Pegou a chave, entrando e chamando pelos moradores... que não deram sinal de vida. Por Kuwabara ela não se preocupava, sabia que o primo deveria estar trabalhando no bar... mas e sua filha e sua mãe?
Ela passou por todos os aposentos, rapidamente. Tudo estava como ela deixara pela manha. Abriu os armários, a roupa de jun estava como ela havia arrumado no dia anterior.
Seguiu para a cozinha, encontrando os suprimentos em ordem,não faltando nada. Um enorme frio tomou conta de seu corpo, o pânico que havia sentido quando percebera o desaparecimento delas, a três anos atrás.
Em disparada, foi até o bar que Kuwabara estava atendendo. Ao vê-la, o primo abriu um enorme sorriso.
- E aí, Ina?
- Me diga que viu mamae e Jun durante o dia.
- So na hora do café, mas o que...
- Elas sumiram!
- O que? – largou a toalha que tinha nas mãos. – Voce está brincando, não...
A palidez que havia do rosto de Kushina lhe dizia que não. o ruivo soltou um palavrão. Kushina parecia prestes a desmaiar, então ele a sentou em uma cadeira, indo buscar algo.
- Beba. – ele enfiou algo na frente dela. Kushina estava paralisada, os olhos vagos. – Eu vou enfiar essa bebida na sua goela, se voce não beber. – ele ameaçou, sentando-se.
- Eu estou com... tanto medo... onde elas podem ter ido? – Kushina fitou o primo. – porque recomeçar toda essa...
- Ina... pensa um pouco. Elas não estavam em casa, certo?
- Certo...
- Voce procurou em quais outros lugares?
- Outros lugares? – Kushina devagar virou o rosto para ele. – que outros lugares?
Kuwabara a encarou, suspirando. Quando o assunto era Jun e Hinata, Kushina parecia perder a capacidade de raciocinar.
- Certo. Vamos seguir o seguinte plano. Voce vai atrás delas na casa daquela amiga que queria me apresentar e na academia. Eu vou catar ela por ai e daqui... três horas, se voce não tiver tido um enfarto até la, vamos nos encontrar... em casa. Está bem?
- Hai.- Kushina levantou-se. desatou a correr, indo primeiro até a academia. Caiu de joelhos, ao ver a pequena figura no balanço, agradecendo aos céus.
- MAMAEZINHA! – jun gritou, pulando e indo até ela. Kushina a recebeu de braços abertos. A abraçou com força, cheirando seu cabelo.
0 Voce me deu um susto daqueles, mocinha.
- Se a mamae hinata me dissesse que era para eu ir junto, eu ia fugir dela e ia procurar voce. – a menina falou tranqüila.
- Ir junto? Para onde? – jun murmurou a resposta no ouvido de Kushina.
- Foi falar com a moça que deu o nome para a mamãezinha.
Kushina arregalou os olhos.
- herança genética. Não tem outra explicação!
- Para o que, mamãezinha?
- Para o fato de ser louca, não tem outra coisa! – Kushina bufou.
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meninas e meninos... aff... UM ANO DE FIC!!!!