Eu tinha certeza que estava sonhando. Ou melhor, tendo um horrível  pesadelo. Do contrário não estaria a poucos metros de distâncio do homem que assombra minha vida a exatos cinco anos.

Edward Cullen. Tão belo e imponente como eu me lembrava. Talvez um pouco mais maduro e mais rico, sem dúvida, mas ainda sim, o mesmo.

Virei meu rosto rapidamente, esperando que ele não tivesse me reconhecido ou mesmo me notado. Precisava sair o mais rápido que pudesse daquela sala para que não corresse risco algum. Eu tinha muito a perder em um possível reencontro. Ele jamais poderia sonhar que eu estivesse perto. Viva. Caso contrário, meu tormento teria início outra vez.

Tentei ser discreta em minha fulga. Sai o mais rápido que pude do salão de festas no hotel onde estava hospedada e que agora abrigava um dos maiores eventos médicos do estado. 

Fora loucura aceitar me hospedar em um hotel como esse. Eu deveria ter recusado a oferta de Alice e continuado minha rotina comum.

Éramos amigas a anos. Ela tornava os meus dias mais felizes. Sua  alegria de viver e seu humor esfuziante me fazia, às vezes, esquecer dos meus problemas.

Essa viagem maluca fora idéia dela. Duas semanas hospedada em um belo hotel, com praias belíssimas ao meu dispor e muito tempo para fazer nada. Quando cheguei ao hotel fiquei sabendo que dentro de três dias teria inicio um congresso de medicina. Fiquei super animada, já que sempre fui fascinada pela área médica.

Mas nunca, nem mesmo em meus piores pesadelos, imaginei que Edward seria um dos médicos organizadores do evento. E agora ele estava ali, mais próximo do que eu considerava seguro. E eu estava apavorada.

Me apressei pelo corredor onde ficava minha suíte e entrei apressadamente no quarto. Fitei minha cama e minha razão de viver que dormia tranquilamente sobre os lençóis. Renesmee. Minha filha. Minha vida. E a razão pela qual eu jamais deveria deixar Edward se aproximar outra vez. Essa linda criança, minha linda criança, era sua filha também. Mas ele jamais saberia disso. Jamais.

Me aproximei da cama e passei a mão suavemente pelos seus cabelos castanho dourados, idênticos aos de seu pai. Ela abriu os olhos e sorriu ao me ver.

_ Bom dia, mamãe!

_ Bom dia, bonequinha. Pensei que não fosse amanhecer hoje, para minha princesinha. Dormiu bem?

_ Sim. E sabe de uma coisa muito importante? Estou mor-ren-do de fome._ Disse enquanto se levantava e começava a pular na cama.

Eu ri e peguei o telefone para ligar para a recepção e pedir o café quando alguém bateu na porta.

_ Eu atendo._ Ela gritou enquanto pulava da cama e saia correndo em direção a porta.

Eu gelei. E se fosse...

_ Não, Nessie. Deixa que eu abro. Volte aqui.

Mas já era tarde. Ela abriu a porta e para o meu desespero quem me esperava do outro lado era exatamente que eu temia. Edward Cullen.

Deus!