E Que A Sorte... escrita por Juh11


Capítulo 27
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, desculpem-me pela demora do capitulo. Nesses ultimos dias foi dificil entrar no computador, o ano está meio tenso :S mas eu não abandonei a fic
Eu sei, capítulo pequeno e sem muita emoção, mas acho que alguns vão gostar. Tentarei escrever o proximo o mais rápido possivel, odeio quando as fics que eu leio demoram a postar e creio que vcs tambem não gostem... Mas chega de enrolar, vamos ao capítulo ;)



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Capítulo 27 – Por Caius

-Eu só queria voltar para casa com você – Juliet falou me abraçando ainda mais forte antes de adormecer.

Continuei acariciando seus cabelos e encarando o vazio. Ela era apenas uma criança, que se saísse dessa com vida, teria sob a consciência a morte de algumas pessoas e de seu próprio irmão.

-Eu te avisei que talvez fosse melhor acabar com isso logo – falou a fantasma de minha tia Nina surgindo sabe-se lá de onde

-Eu não me permitiria morrer antes de encontrá-la – respondi sendo frio, aquela não era a melhor hora para uma fantasma aparecer

-E o que pretende fazer agora que a encontrou? – Nina me perguntou, sua semelhança com minha irmã era algo surreal

-Arrumar alguma maneira de levar ela de volta para casa – respondia com o olhar ao chão, eu tentaria não encará-la

-E deixá-la com pesadelos para sempre? – ela perguntou e tenho certeza que está com a sobrancelha arqueada da mesma maneira que a minha

-Se seu objetivo for me convencer a matá-la e cometer o suicídio, peço para ir embora, isso não é uma opção. – eu falei ainda sendo frio e sem encará-la, era mais fácil falar assim

-Você ainda verá que eu tenho razão, Caius Wisebit – e quando finalmente virei meu rosto para olhá-la, ela havia desaparecido

Era bom ter paz por um momento e colocar os pensamentos em ordem, está ficando cada vez mais difícil ser racional por aqui e Juliet chorando por ter matado Flávia apenas me faz lembrar que eu me tornara um monstro e isso não é o tipo de coisa da qual você possa se orgulhar, a não ser que você seja um Carreirista.

Carreiristas. Era outra coisa com a qual eu precisava me preocupar. Quanto tempo eles levariam para descobrir que eu estava fora da aliança? Eles iriam vir atrás de mim imediatamente ou esperariam que eu fosse até eles? Será que mais alguém havia quebrado a aliança? Esse é o tipo de pergunta que eu não saberia responder.

Minhas pálpebras começaram a ficar pesadas, eu estava cansado e não poderia negar. Resisti o máximo que pude antes de acordar Juliet para ficar de guarda.

-Me acorde caso escute qualquer som que não seja normal – falei enquanto ela balançava afirmativamente, ela tinha bons ouvidos nos quais eu poderia confiar. Mal fechei os olhos e adormeci.

Eu me encontrava em uma montanha, isso era fácil reconhecer apenas a olhar ao redor e notar que existe algo mais para baixo, apesar do lugar não ser conhecido por mim. Mesmo nunca tendo visto grama mais verde ou céu tão azul, a única coisa que me prende atenção é a garota a qual observa o horizonte abraçada a seus joelhos. Camisa azul - bebe e os cabelos castanhos presos em um coque o qual ela demora a desfazer devido à quantidade de grampos, eu poderia não saber onde estava, mas sabia quem era a garota, somente uma pessoa poderia utilizar aquela quantidade de grampo para manter o coque com perfeição...

-Isis- sussurrei seu nome e seu olhar seu voltou para mim

-Caius – ela sussurrou em resposta abrindo um leve sorriso em seu rosto enquanto seus cabelos caiam em cascata pelo coque recém desfeito.

Eu não demorei a sentar ao seu lado e ela se deitou colocando a cabeça em meu colo enquanto eu afagava seus cabelos.

-Eu sinto sua falta – ela sussurrou enquanto colocava a mão em meu rosto

-Eu também sinto saudades – sussurrei em resposta colocando minha mão por cima da dela, não tínhamos necessidade de falar mais alto do que aquilo

Ficamos ali parados por um bom tempo até o barulho de um piano com uma leve melodia surgir. Eu não fazia idéia de onde aquilo surgia, mas resolvi aproveitar o momento.

-Quer dançar? – perguntei me levantando lhe estendendo a mão a qual ela aceitou

Coloquei uma de minhas mãos em sua cintura enquanto a outra utilizava para colocar uma mecha de cabelo para trás da orelha dela. Isis corou um pouco e abriu um sorriso tímido enquanto colocava as mãos em meu ombro, éramos amigos, mas nunca havíamos tido tanta proximidade um com o outro. Começamos a dançar de acordo com aquela melodia lenta que vinha de um lugar desconhecido até Isis tropeçar, caindo em cima de mim e consequentemente me fazendo cair na grama, nós dois rimos enquanto ela rolava para o lado saindo de cima de mim

Virei o rosto de lado para vê-la rindo e não me contive para fazer o que eu tanto queria, beijá-la. Seus lábios tinham o mesmo gosto adocicado que eu lembrava do dia da colheita, mesmo isso não sendo a realidade. Ela corou novamente com o meu ato e me abraçou, ainda deitada na grama, enquanto eu acariciava seus cabelos.

Aquele sonho era realmente um paraíso, mas como dizem, tudo que é bom dura pouco.

-Eu te amo, sabia? – sussurrei e o sorriso dela abriu ainda mais

-Sabia. Eu também te amo, sabia? – ela perguntou e um sorriso bobo não pode deixar de escapar do meu rosto.

-Sabia – respondi enquanto encostava meus lábios mais uma vez nos dela - Isis, posso fazer uma pergunta? –perguntei, não queria estragar nosso clima, mas a pergunta era importante para mim e eu sabia que não teríamos muito tempo

-Claro – ela respondeu me encarando com aqueles olhos cor de mel

-Desculpe-me a pergunta impertinente, mas por que você pediu para que eu fizesse o máximo para Juliet sair vitoriosa, se você mesma sofrerá com isso?

-Porque eu te amo e sei o que é ter que proteger um irmão – ela respondeu – Posso nunca ter ido aos Jogos com um deles, mas sei exatamente como você se sente, foi o que eu passei tendo que assinar todas essas tésseras por todos esses anos e tendo que trabalhar para que eles tivessem o mínimo de chance de serem sorteados. – ela fez uma pausa - Eu te amo, mas sei o quanto você ama sua irmã e não posso ignorar o fato de que seu amor por Juliet é maior que o seu amor por mim, não sou egoísta suficiente para querer que você vença por mim sabendo que sofrerá mais ainda por ter permitido sua irmã de morrer.

Demorei alguns segundos para assimilar o que ela havia dito, e notei que suas palavras estavam certas. Eu a amava e não tinha duvidas que caso vencesse, voltaria para o distrito e casaria com ela, mas eu nunca poderia ser feliz sabendo que a morte de Juliet fora culpa minha. Eu já estava morto, desde o momento em que Louise tirara aqueles papeis no dia da colheita, e Isis sabia disso desde o inicio.

E eu podia sentir que estava começando a acordar, minha visão ficava embaçada e tudo por ali ia desaparecendo aos poucos.

-Você é a garota mais maravilhosa que existe – falei para Isis enquanto a beijava pela ultima vez.

-Caius, o que está fazendo? – perguntou Juliet rindo assim que eu acordei, me deparei beijando uma de nossas mochilas - Pelo visto não teve nenhum pesadelo, ou está pensando em beijar algum Carreirista? – ela perguntava ainda rindo

-Não – disse soltando a mochila e me levantando - Não tive nenhum pesadelo e nem ao menos lembro com o que estava sonhando – menti

-Acho que tem alguém mentindo... – ela falou com ironia e rindo de mim, eu devia estar vermelho igual a um pimentão

-Ninguém precisa saber dos meus sonhos e pesadelos, isso é algo particular – falei resmungando um pouco

-Concordo, mas acho que você deve uma explicação pelo menos para a audiência sobre o motivo de você acordar beijando uma mochila – ela continuava rindo e corei ainda mais ao lembrar que o país inteiro estava assistindo, maldito reality show – Pode me contar pelo menos quais dos outros tributos você sonhava que enfrentava.

-Não sou você para ficar sonhando em beijar outros tributos – respondi sendo um pouco duro com meu tom de voz

-O que você quer dizer com isso?– ela começou a perguntar com o rosto corado, mas antes que eu pudesse responder qualquer coisa um paraquedas prateado caiu ao nosso lado

Ambos nos aproximamos para analisar o que poderia conter a caixa, era algo grande e estranhei a dádiva, não estávamos precisando de nada até onde eu sabia e meu pai não mandaria nada a toa.

-O que deve ser isso? – minha irmã perguntou recuperando a cor normal de seu rosto com um tom de curiosidade na voz.

-Só descobriremos abrindo – respondi enquanto pegava a faca, era impossível abrir aquilo com as mãos

-E se for uma bomba enviada pelo mentor de outro tributo? – ela perguntou segurando minha mão antes que começasse a abrir a caixa

-Deixe de ser boba, que distrito teria tanto dinheiro para mandar uma bomba para outros tributos?  - perguntei, ela havia dado uma boa hipótese, mas se um simples alimento custa notas e mais notas de dinheiro, quanto custaria uma bomba? Provavelmente uma quantidade de dinheiro equivalente ao salário de um vitorioso por metade de um ano.

-Sei lá, talvez o distrito 1 – ela respondeu, devia ter feito os mesmos cálculos que eu e agora sua hipótese me preocupava

-Acho que isso seria contra as regras – respondi – de qualquer jeito, só abrindo para descobrir

E quando eu a abri, realmente havia uma coisa que começava a pegar fogo, deixando eu e Juliet perplexos.


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Notas finais do capítulo

Essa ideia do paraquedas foi meio louca XD
Espero que tenham gostado do sonho Caisis, fiz a pedidos de mais uma cena entre os dois
Vejo vocês nos reviews e no próximo capítulo. Beijos, amo todos vocês