Not Strong Enough escrita por Adams


Capítulo 8
Capítulo Oito


Notas iniciais do capítulo

Aeeeeeeee gente bonita que está lendo. :D
Hoje eu aqui à uma e quarenta da manhã postando o maior capítulo que eu já escrevi desta história. LOL o/
Eu me empolguei e o capítulo saiu maior do que eu esperava. ;P
Bem, que tal eu parar de enrolar?
Aproveitem o capítulo.
Nos vemos nas notas finais. :D



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Capítulo Oito

Com o peso do olhar de Cameron sobre mim, caminhei um pouco incerta até Matthew, que me entregou a bolsa com um sorriso torto.

– Obrigada – agradeci.

– Por nada. Nos vemos amanhã na aula Leana.

– Claro... Nos vemos.

Ele deu mais um de seus sorrisos tortos, virou-se de costas e simplesmente correu de volta ao carro, cobrindo a cabeça com as mãos até entrar nesse e dar a partida.

Fechei a porta.

– Quem era? – Perguntou Cameron carrancudo.

Ri.

Realmente, nunca pensei que fosse tão divertido vê-lo com ciúme.

– Com ciúmes, é? – Provoquei, arqueando uma sobrancelha enquanto esboçava um sorriso zombeteiro.

Ele olhou-me exasperado, o que só fez com que eu risse.

– Ele é o meu professor da faculdade, Cameron. Só isso. Ele me trouxe até aqui porque estava a caminho, começou a chover e eu estava vindo à pé do trabalho porque alguém ficou aqui lendo e não foi me buscar. Ele me ofereceu carona e eu como não queria me molhar, aceitei. Num descuido eu esqueci a bolsa no carro dele.

Cameron lentamente aproximou-se de mim, passando os braços em torno da minha cintura e a abraçando.

– Acho bom mesmo – disse ele.

Ri.

Cameron me puxou para um beijo, que foi interrompido quando Thomaz jogou uma bolinha de papel, dizendo em seguida:

– Vão para um quarto!

– Pelo visto seu conselho serve pra você também – retruquei com um sorrisinho zombeteiro, e Lucy que estava quieta até agora corou violentamente.

– Leana! – Gritou furiosa enquanto eu ria.

– Não seria uma má ideia... – Sussurrou Cameron com a boca colada ao meu ouvido, fazendo com que eu pudesse até mesmo sentir o sorriso malicioso em seu rosto.

Dei-lhe um tapa no braço, sem conseguir não soltar uma risada divertida.

Ele sorriu, dando-me uma piscadela descarada.

Definitivamente, esse garoto não tinha jeito...



– Vamos, conte-me os detalhes – disse para Lucy, assim que entramos no quarto após os garotos terem ido embora e terem nos convencidos de ir almoçar lá na Irmandade onde eles estão morando.

Ela fez cara de desentendida.

– Não sei do que você está falando.

– Hum, não sei. Acho que do Thomaz e o maior clima que estava entre vocês dois, talvez. – Ri.

– Clima? Clima da onde garota?!

– Que tal o fato que vocês estavam ali na sala abraçadinhos vendo filme de terror? – Arqueei as sobrancelhas, dando um sorrisinho presunçoso.

– Não tenho nada a declarar – falou Lucy rindo.

Fui em direção ao meu armário, procurando o meu pijama no meio da bagunça que eram minhas roupas.

– Okay, vou mudar de tática. – Virei na direção de Lucy que havia se deitado na cama, apontando o dedo indicador e dando um sorriso maldoso. – Me conta ou vou cortar seus lindos cabelos negros enquanto você dorme.

Ela se levantou em um pulo, com os olhos arregalados.

– Você não faria isso, né?!

– Ah se faria – falei, dando uma risada exatamente como uma vilã de desenho animado.

– Tudo bem. Eu conto! Apesar de que eu não tenho o que contar. Thomaz e eu ficamos conversando a tarde inteira enquanto seu namorado nos azucrinava as ideias. Devo acrescentar que temos muito em comum. – Ela sorriu.

– Ele não tentou nada?

– Não. Nadinha.

– É, eu achei que ele tinha superado a timidez com a última namorada. Pelo visto eu estava errada.

– O que aconteceu com a última namorada dele? – Indagou Lucy, com os olhos brilhantes de curiosidade. Pensando bem, ela estava curiosa demais.

– Ela que pediu ele em namoro – disse com uma risada, pegando minha roupa e a toalha e me encaminhando ao banheiro.

Vinte minutos depois estava vestida com meu pijama, havia tomado uma xícara de café e agora me jogava embaixo das cobertas.

Peguei meu telefone dentro da bolsa e vi que havia perdido dezessete ligações e havia vinte e duas mensagens não lidas.

Franzi a testa.

Isso nunca aconteceu comigo.

Fui ver de quem eram as ligações e notei que havia somente uma do Cameron e as outras dezesseis eram todas da Trisha, igualmente as outras vinte e uma mensagens que ela mandou que todas diziam: “Atende o telefone!” ou “Atende o telefone!!!!!!!!!!!!!!” ou então a mais fofinha de todas “ATENDE A PORRA DO TELEFONE DE UMA VEZ PORRA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!”.

É, definitivamente ela é exagerada.

Rindo, apaguei as mensagens, enviando uma pra ela dizendo que não havia atendido porque o telefone estava no silencioso e ligaria pra ela amanhã. Trinta segundos depois recebi a resposta dela dizendo “Acho bom mesmo”.

Então vi que a última mensagem era uma de Cameron, mais precisamente de quando estávamos trocando sms na aula. Ela dizia:

“Eu mando mensagem a hora que eu quiser. =P Não esqueça que te amo, tá?! Kkkkk. Nos falamos no almoço. :D

Sorri sozinha, arrumando o despertador do telefone e indo dormir.


Acordei no outro dia com os raios solares queimando meu rosto. Remexi-me inquieta, até que desisti de tentar dormir e sentei-me na cama, mas no momento que vi a cama de Lucy vazia, sabia que tinha alguma coisa errada. Peguei meu telefone as pressas e vi que eram sete e quarenta e dois.

– Merda! – Gritei, levantando da cama em um pulo e correndo em direção ao meu armário, vestindo a primeira calça jeans que achei – uma preta com os lados rasgados – e minha insubstituível e mais velha que qualquer outra coisa camiseta do Metallica. E ainda pra me ajudar, não achei meus All Stars, então tive calçar um coturno preto com mais fivelas do que eu poderia contar no momento.

Joguei a mochila no ombro, indo correndo até o banheiro e escovando os dentes, para só então pegar uma escova de cabelos e correr em direção à faculdade.

Como eu sou uma pessoa muito azarada, cheguei atrasada na faculdade e bem na hora que o professor abriu a porta eu estava escovando o cabelo.

A turma inteira riu com a cena inusitada.

– Desculpa pelo atraso, mas meu celular não despertou, acordei atrasada e...

Matthew me interrompeu com um aceno de cabeça.

– Entre. Mas espero que essa seja a primeira e última vez que chega atrasada na minha aula, Leana – disse ele me olhando seriamente.

– Sim, senhor – respondi, prestando continência.

Ele deu um sorriso torto, abrindo passagem para que eu passasse e rapidamente me encaminhei para o final da sala que havia sido reorganizada, onde todas as carteiras haviam sido substituídas por cavaletes com telas em branco.

– Bem, como eu ia dizendo, hoje eu quero que vocês exprimam qualquer sentimento que tenham em uma imagem nessas telas ou qualquer outro tipo de material que prefiram e se encontre nessa sala, afinal arte plástica é saber se expressar por tais meios.

Ele continuou falando enquanto todos começaram como o Matthew mesmo disse “suas obras de arte”.

Eu como sou péssima em tentar esculpir, optei pelo que eu faço de melhor: desenhar.

Peguei um pedaço de carvão e mirei para a tela, o problema foi que meu cérebro apagou nesse momento e qualquer ideia que eu pudesse ter evaporou. Rabisquei o papel, pois para mim esse é o melhor jeito de se ter uma ideia: desenhar sem saber o que se está desenhando.

Passaram-se uns dez minutos quando senti alguém me observando. Virei-me dando de cara com Matthew olhando o desenho criticamente.

Então ele fez a coisa que eu menos esperava: arrancou a folha que desenhava e amassou-a.

Olhei para ele como quem diz “Que porra você está fazendo?!”.

Ele pegou uma de minhas mãos e colocou ali a bolinha de papel que antes era o meu desenho, então fechou meus dedos em torno desta.

– O pôr-do-sol que você desenhou ficou incrível Leana. Só que ele está frio, sem sentimento algum, como se fosse apenas mais um desenho a qual ficará perdido em uma pasta qualquer, algo sem importância. Pense em todas as emoções mais fortes ou aterradoras que você algum dia sentiu, que ficou como uma marca em seu coração e a transforme na imagem que você está tentando criar. A arte não é racional. Agora, exige que você também não seja – disse Matthew olhando em meus olhos, e apertou minha mão como se para confirmar suas palavras.

Vendo que eu simplesmente não falaria nada, ele simplesmente deixou-me ali absorvendo o que ele disse enquanto ele ia falar com outro aluno.

Olhei para a tela branca, deixando que todas as emoções subirem a superfície. Direcionei meus olhos para a bolinha de papel em minha mão, em seguida joguei-a fora e voltei-me para a tela.

Eu tentaria de novo. E de novo, até acertar.


Escureci ainda mais o desenho, dando-lhe um toque ainda mais melancólico.

Ouvi uma risada longe de mim e pela primeira vez desde começara a refazer meu desenho, prestei atenção que não fosse nesse. Olhei ao redor da sala e vi que estava completamente vazia e quem rira havia sido o professor.

– Não ouviu o sinal?

– Já tocou o sinal?

Ele riu novamente, aproximando-se de mim até parar do meu lado e quando seus olhos cruzaram com o desenho que acabara de terminar, ele arregalou os olhos surpreso.

– Eu sabia que você tinha talento Leana, mas não a esse ponto. O desenho parece vivo. Só de olhar para ele é... é... surreal.

Olhei para o que eu havia desenhado, completamente em tons de cinza, branco e preto. Era um campo florido, com a grama alta balançando e uma garota em um balanço de costas. À olho nu não passaria de uma imagem que se poderia achar no Google, mas quem olhasse com mais afinco, veria que havia uma melancolia que quase me fazia chorar.

– Do que você tirou essa imagem?

– Não faço a menor ideia. Eu simplesmente... fiz. – Dei de ombros.

– Ficou incrível, Leana.

– Obrigada. – Sorri.

Olhei novamente para a imagem, então em um estalo, lembrei-me que havíamos combinado de ir almoçar na Irmandade onde Cameron mora.

– Bem, eu tenho que ir – falei, arrumando as minhas coisas dentro da bolsa.

– Se importaria se eu expusesse essa tela no mural da escola?

– Não, claro que não.

– Então a assine – disse ele em tom brincalhão.

Peguei uma caneta vermelha dentro da minha bolsa e rapidamente rabisquei meu nome no canto esquerdo da tela.

– Bem, agora eu vou indo. Tchau – disse, ajeitando a bolsa no ombro enquanto ia em direção à porta, quase correndo.

– Até amanhã – ouvi-o dizer pouco antes de eu sair da sala.

– Até... – Gritei já da rua.

Só esperava que Cameron não implicasse com meu atraso



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Notas finais do capítulo

Então? Mereço reviews?
Para postar o próximo capítulo eu quero muitos reviews. Quero todo mundo comentando. Kkkkkkkk'. Se não eu vou puxar o pé de vocês no meio da noite. Muahahahahahah. Tá, parei. Kkkkkk'.
Ah gente, os posts vão ser toda segunda e quinta, okay?
Hum, pela primeira vez não tenho o que tagarelar aqui, ééé´. Kkkkkkk'.
Não se acostumem, no próximo eu vou falar até vocês encherem. Kkkkkkk'.
Bem, nos vemos segunda-feira. :D