Best Friend escrita por Biscoiita


Capítulo 1
Um




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- Oe, Rukia... Kia... Baixinha, acorda. – Ele a chamava calmamente, e de leve cutucando as costas dela, enquanto ela suspirava e murmurava coisas do tipo “Só mais cinco minutos irmã, já estou indo’’ – Droga Kia! Acorda baixinha, o sinal já tocou.

- O que? Hã... – Ela sussurrava. O livro de física que deveria ser usado nas duas ultimas aulas do dia estava sendo feito de travesseiro para a morena que estivera os dois tempos estirada na mesa dormindo.

- Você baba enquanto dorme. – O ruivo soltara uma gargalhada gostosa de escutar e então a ajudou a arrumar as coisas na mochila. – Agora vamos, já vão fechar a escola e o que eu menos quero é ficar aqui trancado com você!

- Você é tão insuportável Ichigo – Balbuciou, dando um soco na costas no ruivo fazendo-o sorrir com a “leveza’’ da mão deda.

-Insuportável? – Ele disse ofendido e decepcionado, porem com um sorriso no rosto – Eu aqui, lindamente gostoso, te acordo carinhosamente para que não fique trancada na escola e é assim que você me chama? Obrigada melhor amiga.

- Mais é claro que chamo! – indagou, dando de ombros e o ruivo apenas revirou os olhos e saíram da escola.

Ela explicou o motivo pelo qual ficara sem dormir, e é claro, tinha haver com o namoro de Renji, o irmão mais velho adotado. Renji havia brigado, pela centésima vez com a namorada, a qual chamou Rukia para “passar uma noite conversando’’. Segundo Rukia, a namorado do irmão adotivo, parrara à noite choramingando e dizendo que não voltaria com Renji, pois esse era um imbecil.

- Oe, Kia o professor de Física passou um trabalho para fazermos em dupla, e como você estava dormindo, eu falei que ficaria de dupla com você. – retomou a outro assunto – vem, vamos pra minha casa.

- Eu não sabia de trabalho nenhum, e mesmo assim falei com minha mãe que eu iria pra tua casa depois da escola fazer um trabalho de história ai – ela encostou-se ao ponto de ônibus esperando o “trem do inferno" chegar – De verdade, eu não suportaria ouvir Renji dizendo besteiras sobre a namorada maravilhosa dele.

Ichigo apenas ria do que ela dizia, quando o ônibus chegou deram o sinal e adentraram naquele calor infernal. Foram apetados até o ponto que tinha perto do bairro do Kurosaki e depois andaram até a casa do mesmo. 

A morena adentro a casa e foi direto para o quarto do ruivo no segundo andar. Largou a mochila lá e tirou a blusa da escola, ficou apenas com uma blusa que deixava à barriga a amostra. O sutiã colorido era exposto pela transparência da blusa. Ela desceu as escadas em passos leves e se jogou no sofá.

- Ei, Ichigo, o que tem para comer hoje? – Já era comum para ela falar assim, afinal, já era de casa. Estava caindo de sono, tanto é que quando se ajeitou no sofá menor fechou os olhos e descansou-os um pouco.

- Tem um resto de carne assada e uma lasanha que minha mãe fez ontem – respondeu indo em direção à cozinha e botando as coisas para esquentar no micro-ondas.

- Que ótimo, eu amo a carde assada da tia Kurosaki – amorena disse, e por fim fechou os olhos e então aguardou que o ruivo fosse fazer a comida – E também, o Tio Isshin vem almoçar em casa hoje?

Ele apenas disse que não. Era surpreendente o quanto a morena gostava de Isshin, e este retribuía o sentimento ainda mais forte. Era impossível que ela passasse mais de cinco minutos ao lado de Kurosaki Isshin sem dar uma risada qualquer. Ele era o máximo. Ela não reprimia nenhuma paixão oculta pelo pai de seu melhor amigo, apenas gostava muitíssimo do médico.

- Sabe Kia, se eu não a conhecesse há tanto tempo, diria que você te uma queda pelo meu pai. – ele sorria zombeteiro tirando a blusa e a deixando jogada pelo sofá. 

- Então eu posso dizer que você é gay! Porque eu te conheço há muito tempo e nunca te vi namorando sério com ninguém. – ela levantou e tirou a meia tacando-a no rosto de Ichigo que tentava agarra-la.

- É sério feia, quem olha você falando dele assim, acha que você é apaixonada por ele e tal. – dizia enquanto ligava a televisão e botava em um canal qualquer.

- Ah, vai-te a merda Ichigo. Mas sabe que você parece que é adotado – agora ela o cutucava nas costas para enche-lo – Tio Isshin e tia Kurosaki são muito lindos para terem um filho igual a você! O tio Isshin é legal de mais, e tem uma criatura não identificada como filho. – ela dava de ombros.

- É o que? Você vai ver quem é uma criatura não identificada aqui – em momentos ele estava em cima dela segurando a mão no topo da cabeça e a prendendo no sofá, com a mão livre Ichigo se preparava para um ataque de cócegas que daria nela.

Mas antes de tudo acontecer, o sinal do micro-ondas soou avisando que a comida estava quente.

Almoçaram calmamente e uma hora ou outra Ichigo fazia piadas sobre a tal paixonite de Rukia para com seu pai. Depois de contemplar a comida maravilhosa da mãe de Ichigo, ela subira para o quarto do ruivo e deixara o mesmo na cozinha lavando a louça.

- Céus, como ela é incrível! – ele pensou alto, recebendo um grito de agradecimento da morena vindo do segundo andar.

Ele subiu para o quarto e a encontro na cama olhando para o teto.

- Ichigo, vai ter reunião de família lá em casa – murmurava.

- E o que eu tenho haver com isso? – ele abriu a mochila e tirou de lá a pequena apostila com cinquenta questões de física largando-a no cão.

- Você sabe moranguinho lindo... Eles vão me atacar e você tem que estar lá para me salvar, você é meu melhor amigo, lembra?! – ela era má, nem com a vontade dele ela se importava.

- E quem vai me salvar deles? – nenhuma palavra fora dita da boca dela.

Eles se sentaram no chão do quarto e começaram com os exercícios mais fáceis, ele faria os mais difíceis, já que ela não estava prestando atenção na aula.

Ela havia cochilado pela vigésima vez no dia, dessa vez, ele a pegou e a deitou em sua própria cama, e logo ela se aconchegou.

Ele passou pelo menos duas horas fazendo o resto das questões, não muito difíceis. Hora ou outra ele olhava ara cama e constatava que dessa vez o sono dominou a pequena por completo.

Depois de terminar as questões, ele ligou a televisão do quarto e se ajeitou ao pé da cama. Não deitaria, nem pensar, não ira acordar Rukia. Desistiu de ver televisão ali, poderia acordar a morena.

Então quando estava preste a sair à garota se mexeu na cama.

- Oe, Ichigo, onde você está indo? – perguntava com a voz rouca pelo sono e ao mesmo tempo manhosa.

- Esta vindo pra sala, ver televisão ou só dormi mesmo – respondeu simples.

- Desculpa, abusei de você hoje e...

- Ei, xiiu – ele voltou e se sentou na cama ao lado dela – somos amigos e amigo é pra essas coisas.

- Não, de verdade, desculpa – se sentou direito na cama e se afastou um pouco – Deita aqui comigo Ichigo, você pode ver televisão à vontade. – gesticulou o controle com a cabeça e puxou o ruivo.

- Tudo bem – ele sorriu forçado, não sabia se aquela era a melhor coisa a ser feita. E não queria que a garota percebesse que ele pensava assim.

Inseguro ele se sentou na cama e ajeitou as costas na parede. Céus! Como ela era incrível. Um sorriso dela e as portas do paraíso se abriam para ele. Ele se deitou de vez na cama quando dera o comercial do filme que assistia e ela, por sua vez ajeitou-se na curva do pescoço dele, fazendo-o respirar fundo e prender a respiração por alguns instantes.

Quando levantou para desligar a televisão já passava das oito da noite. Dormiu muito, muito mesmo, ela ainda estava lá deitada em sua cama, Rukia era como um anjo dormindo. Não apenas dormido, de todas as formas ela era um anjo. 

Quando descia as escadas contatou que os pais já estivessem lá. 

- Desculpa filho, vocês dormiam tão angelical que eu não quis interromper o momento – iria começar, agora até a mãe o zoava com aquilo.

- Meu garotão cresceu! Quem era a boneca que estava no quarto com você – agora era o padrinho, Urahara que o zoava.

- Imbecil! É a Rukia – disse e voltou a subir as escadas, indo em direção ao quarto.


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