Night Watchers - Primeira Temporada escrita por MS Productions
O dia tinha terminado… Toda a agitação diurna desapareça para dar vez à calma e sossego. Todas as pessoas aproveitavam o final daquela data para estarem em casa com os seus amados.
Claro que nas grutas secretas de Cila estava sempre tudo igual. A escuridão reinava, seguida de um silêncio perturbador que por vezes era interrompido por uma ou outra gota de água que caía do topo dos túneis, derivado à elevada humanidade existente.
No seu interior o demónio Abaddon repousava com ar entediado. Junto a ele estava o mascarado Lunatik, o feiticeiro Lezard e o vampiro ancião Giovanni. Nenhum deles conseguia alegrar o demónio, cujo humor não estava no seu melhor.
Abaddon - Detesto este dia! Os humanos e as suas manias de mostrarem afeição uns pelos outros…
Reclamava, aborrecido.
Abaddon - A Carlota já saiu há algum tempo! Pergunto-me que andará ela a fazer…
Abaddon sentira a ausência da metamorfo. Ela estava sempre por perto e o demónio gostava disso.
Lezard - Não me leve a mal, mas por mim ela podia não voltar! A metamorfo não é muito útil e passa a vida a reclamar!
O feiticeiro detestava-a e se pudesse, livrava-se dela no primeiro minuto em que tivesse oportunidade.
Abaddon - Vá lá Lezard… Por muito que aprecie o teu respeito, não posso concordar contigo. Lunatik é o meu braço direito! Carlota é… o meu braço esquerdo, se virmos deste ponto de vista! Ela é forte e a sua capacidade é única! Gosto muito dela…
Explicou o demónio. E era a verdade… Desde que se instalara em Cila, Carlota fora a primeira com quem teve contacto. Abaddon confiava nela a 100%.
Giovanni - Eu acho é que ela tem razão… Como esperas que aconteça alguma coisa se passamos a vida aqui fechados? Cheguei há pouco tempo e também já começo a ficar farto de aqui estar!
Abaddon olhou para o vampiro com ferocidade…
Abaddon - Será que vocês não conseguem compreender? Estou vulnerável! A qualquer momento posso perder o controlo e a humana volta a comandar o corpo! Nesse curto espaço de tempo muitas coisas podem acontecer! Não vou prejudicar-me apenas porque não consegui esperar pela vitória!
O demónio sabia esperar… Era paciente. Não queria apressar as coisas.
Lezard - Já lhe pedi antes… Deixe-me acabar com a Night Watcher e os seus ajudantes! Eu consigo!
Insistiu. Giovanni intrometeu-se…
Giovanni - A Night Watcher é minha! Pelo menos a principal… Sempre tens a outra…
Giovanni queria vingar-se de Érica, esta pertencia-lhe. Lezard podia contentar-se com Isabella.
Abaddon - Pois é, agora temos duas aqui em Cila!
Exclamou com um sorriso maligno.
Abaddon - Nenhum dos dois irá fazer nada! Quando a altura chegar, eu avisarei! E não discutam… Haverá carne para todos nós chacinarmos!
Lezard concordou com a cabeça. O seu respeito pelo demónio fazia-o aceitar as vontades do mesmo.
Giovanni - Isso deu-me fome!
De repente, Lunatik ergueu uma espada que tinha junto a ele e apontou-a para um dos pontos escuros da caverna onde estavam. Abaddon olhou para o mascarado, assim como os outros dois…
Abaddon - O que é que te incomodou Lunatik?
O mascarado levantou o braço e apontou para o escuro… No momento em que todos olharam para o local, alguém saía das sombras… Um rapaz na casa dos 20, de cabelo rapado, olhos castanhos e de aspecto bastante simples.
Abaddon - O que é que temos nós aqui?
Perguntou ao jovem desconhecido, com ar de poucos amigos. Abaddon esperava que aquilo não fosse nenhuma surpresa desagradável.
Verin - O meu nome é Verin.
Apresentou-se e os seus olhos ficaram completamente negros. Verin chegara a Cila.
Abaddon - O demónio da impaciência… Então e diz-me, Verin… O que é que te trás aqui?
Verin ficou um pouco surpreendido. Estava a contar que o demónio soubesse o que ele estava ali a fazer…
Verin - Pensei que soubesses… Não pediste a um dos teus seguidores para me encontrar?
Abaddon não estava a entender o que Verin queria dizer. Este estava a referir-se a Carol, mas Abaddon não tinha sido informado de nada…
Verin - Já passei pelo mesmo que tu… Já tive um humano agarrado a este corpo! E agora sou livre…
O demónio Verin foi directo ao assunto, afinal de contas era por causa daquilo que ali estava… Para ajudar Abaddon.
Abaddon - Hum… Deve ter a ver com o que pedi à Carlota, há umas semanas atrás…
Finalmente começava a perceber… Entusiasmado, levantou-se.
Abaddon - Então sempre existe uma cura! Suponho que estejas aqui para ajudar-me!
Verin sorriu maliciosamente. Estava prestes a contar tudo acerca do feitiço que iria permitir a Abaddon livrar-se de Vanda. E ia contar o seu paradeiro. O plano que Carlota estava a formar para o demónio não vir a saber de nada, não ia resultar…
Abaddon - Vêem? Afinal não é preciso sairmos daqui para termos respostas!
Exclamou, olhando para os seus seguidores. O humor do demónio tinha mudado por completo. O que tanto queria saber estava a prestes a descobrir… Ainda não tinha ganho, mas já se sentia vitorioso. Afinal aquele aborrecido dia, ia tornar-se na sua glória…
Abaddon - Verin, que novidade tão boa. A tua chegada animou-me! Que pena a Carlota não estar aqui para assistir a isto!
Todos olhavam para o seu estado de êxtase. Até ao momento em que Abaddon ficou bastante sério, os seus olhos fora invadidos pela escuridão e a sua expressão ficara assustadora, tenebrosa…
Abaddon - Agora diz-me Verin… O que é que eu tenho de fazer para ser livre?
Vanda continuava presa, dentro do seu próprio corpo, a escutar cada palavra que o demónio dizia. Ao ouvir a última conversa, percebeu… Não ia conseguir sobreviver e o seu fim poderia estar muito próximo. Em agonia, gritou no escuro e no vazio… Mas ninguém a ouviu.
Fim
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