Infelizmente Juntos escrita por Luangel


Capítulo 23
Luto... part.1


Notas iniciais do capítulo

OiÊ! Como vão vocês meus lindos leitores? Gente peço mil desculpas pela minha demora, mas é q esse 4° bimestre tá bem puxado na minha escola, para vocês terem uma ideia, eu terei que apresentar uma peça!T.T Enfim, o cap ficou pqueno, eu ia escrever muuuuito mais coisa, mas eu tive medo de demorar ainda mais, afinal a parte dois será bem tensa...



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—Claro Jun, corresponderei ao seu convite sempre que puder. —Respondi antes de abrir a porta e um vento primaveril me engolir, e logo depois não pude evitar que um sorriso bobo se abrisse em minha face, me sentia um idiota, porém feliz, mas mesmo assim, um idiota.

                Sakura Haruno:

                Suspirei profundamente enquanto eu estava sentada em minha desarrumada cama, minhas mãos estavam enterradas em meu armado cabelo.

                Se eu pudesse continuaria dormindo por mais algum tempo, quem sabe por mais alguns anos... Não sei o porquê, mas hoje eu acordei com um lastimável e deprimente desânimo.

                Parecia que havia uma nuvem chuvosa e negra acima da minha cabeça, me ensopando com gotas gélidas e deixando tudo a minha volta desinteressante e acinzentado.

                Olhei para o meu despertador e mentalmente desejei que ele voltasse até meia-noite, gostaria realmente que o meu dia recomeçasse para ver se essa ressaca de depressão passasse.

                No móvel eu pude ver alguns grãos de poeira, era como se elas estivem ali como um lembrete: Hoje é dia de faxina Sakura, vamos levante esse seu traseiro magrelo dessa cama e pegue no batente!

                Normalmente eu me sentiria disposta e levantaria da cama em um só pulo para começar a tarefa de dona de casa, mas hoje não, hoje eu não queria fazer nada, falar nada, nem dormir eu quero mais... Acho que a única coisa que eu aceitaria seria ficar ali o resto do dia, na minha cama.

                Talvez seja o estresse, pensei caminhando (lê-se: arrastando) até o banheiro, fazer a minha higiene matinal.

                Maldito Uchiha! Pensei amargamente ao me lembrar da face arrogante e fria que Ssauke exibia a mim durante estes últimos dias, depois daquele beijo idiota...

                Antes que eu pudesse fazer algo a minha mente ilustrou as imagens daquela tortura a lá Uchihas, infelizmente ou felizmente eu ainda me lembrava de cada detalhes, de cada toque e até de cada palavra dita na discussão que antecedeu o beijo.

                Tirei o meu pijama e coloquei uma roupa confortável e leve para que eu pudesse começar logo a minha faxina e voltar o mais cedo possível para o meu quarto, que agora servia quase como uma fortaleza contra garotos prepotentes, apesar de eu só conhecer um garoto assim, e esse era o único a qual eu queria me proteger.

                Antes de sair eu me olhei no espelho, eu parecia estar mais um pouco mais velha, meus olhos perderam o brilho e minha postura cansada só enfatizava a minha depressão pós-nada.

                —A quem você quer enganar, Sakura?—Perguntei Ao meu reflexo, como se ele pudesse me fornecer alguma ajuda, porém a imagem ficou parada e quieta, sem saber o que dizer assim como eu. —Você sabe que no fundo você não o odeia, você gosta do jeito que ele olha, do jeito que ele fala e até do aparente tom de maciez que o cabelo dele parece ter... Deixe de ser patética Sakura! Você o... Ama. — Sussurrei a ultima palavra como se ela doesse em meu peito, como uma ferida. —Pena que é só você, não é mesmo? Sempre foi só eu... —Murmurei dando uma ultima olhadela para o espelho e então saí.

Sasuke Uchiha:

                Antes do sol nascer eu já estava de pé, sempre odiei acordar cedo, mas hoje era diferente... Meus joelhos protestavam pelo tempo que eu continuava ajoelhado, mas eu pouco me importava, afinal estava muito ocupando orando pelas almas de meus pais...

                Mais um dia... Mais um ano que eles se foram, deixando para trás um buraco de dor e solidão,que sem saber eu e Itachi trilhamos, tentando provar para nós mesmo que somos fortes o suficiente para lidar com tudo, menos com nós mesmos...

                Gostava de orar por meus familiares, apesar de só fazer isso uma vez por ano, era como se eu me sentisse mais próximo de ambos como nos velhos tempos de minha infância.

                Um sorriso nostálgico e infantil decorou a minha face, quase podia sentir a presença de meu pai ao meu lado e a risada acolhedora da minha mãe para ecoar como o vento naquele cemitério.

                Depois de um tempo indeterminado rezando, conversando e meditando, decidi relutante que já estava na hora de ir embora.

                Abri meus olhos, encarando o túmulo do casal que mais admiro na minha vida.

                 Da jaqueta tirei uma mediana vela e fazendo um simples jutsu, eu a acendi, a chama dourada ameaçava apagar devido à voracidade do vento, tremulando de modo ameaçador, mas eu a protegi com a mão livre para que não se apagasse.

                A encaixei na grama de modo que não caísse e vi uma massa dura e disforme de parafina entre as sepulturas de meus pai, o que sobrara do que á algumas horas fora uma vela.

                —Itachi... —Sussurrei.

                Não importava o quão cedo eu acordasse, meu irmão sempre vinha mais cedo aqui, sempre os visitava primeiro e sofria bem mais que eu nesse dia tão fúnebre.

                Esse episódio pode ter sido a muito tempo atrás, mas as feridas ainda martirizam o Uchiha mais velho a cada ano.

                Eu nunca o via no aniversário de falecimento de nossos pais, o moreno simplesmente desaparece e só aparece altas horas da noite. Ás vezes chegava com cheiro de tabaco nas roupas, outros anos chegou fedendo á bebida, o que me preocupava um pouco, afinal ele nunca teve nenhum vício...

                Mesmo assim, eu nunca perguntei o que ele fazia ou o que ele deixava de fazer, isso era somente dele, algo que eu não tinha o direito de saber e muito menos de questionar...

                Suspirei e toquei o nome de minha mãe gravado na sepultura. Arranquei com uma kunai algumas ervas levadas que teimavam em se enroscar nas sepulturas e coloquei uma flor em cada um, sabia que eles gostariam de recebê-las aonde quer que estejam.

                —Até o ano que vem, papai... —Sussurrei enquanto o vento levantava as folhas secas do chão e brincava com meu cabelo.

               Mesmo com o tempo tendo passado eu ter amadurecido com o passar da vida, os fantasmas da morte de meus pais ainda me assombravam e muito... Deixando um grande espaço vazio em minha alma, quase incurável.


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Notas finais do capítulo

E aí? mereço reviews?