Infelizmente Juntos escrita por Luangel


Capítulo 18
Telefone & Guarda-chuva


Notas iniciais do capítulo

Yo o/! Conseguimos mais de 200 reviews! Muito obrigada por sempre me motivarem mandando reviews! Enfim, peço desculpas pela demora, mas é que eu tive outro bloqueio criativo, mas consegui vence-lo! Espero q gostem do cap!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/189316/chapter/18

—Não seja ridícula! Só estou te dando por que sei que gosta deste gênero literário! —Exclamei e dei as costas para ela, descendo as escadas, é, vejo que não sou o único aqui a fazer perguntas bizarras...

    Sasuke Uchiha:
    —Já são 17:05, você não vai não?—Perguntou Itachi se sentando no sofá.
    Sem dizer nada eu me levantei do sofá onde cochilava e saí da casa indo em direção do hospital de Konoha, onde uma certa rosada trabalhava. Há uns cinco dias, eu tive a ideia de buscá-la do hospital até em casa, para não correr o risco de ela ter que voltar com o Kobayashi novamente. Inicialmente Sakura havia odiado a ideia, não querendo que eu a buscasse do hospital, mas depois a rosada acabou se conformando e conseqüentemente aceitando a ideia.
    E entrei pelo saguão, olhei o lugar, Sakura devia estar ali, mas a Haruno não estava. Sentei-me em uma das cadeiras ali e esperei durante breves minutos até que uma voz feminina me chamou:
    —Senhor, eu acho que a Haruno-san esta na sala dela. —Falou a recepcionista calmamente. — A sala dela é a 5, pode ir lá se quiser.
    Eu assenti e fui até o elevador, atrás da rosada. Os corredores estavam vazios e monótonos, mas logo encontrei a sala 5 pertencente a garota e sem hesitar bati na porta entreaberta, que com o peso de meu punho acabou se abrindo. A sala era impecavelmente arrumada, as cortinas alvas estavam abertas, deixando a pura luz de o sol entrar.
    —Sasuke?—Perguntou uma voz doce vinda atrás de mim.
    Eu me virei e dei de cara com a Sakura, ela me encarava, surpresa com a minha presença ali.
    —O que você está fazendo aqui?!—Disparou a rosada, e confesso que não gostei daquele tom de voz que Sakura usara, mas resolvi revelar o fato.
    —Vim te buscar, Sakura. —Falei monotonamente, achava que a essa altura a Haruno já havia se acostumado.
    A expressão dela se suavizou e ela respondeu sacudindo umas folhas em suas mãos.
    —A Shizune-san pediu que eu organizasse este papeis de documentação do hospital, eu só vou entregar para ela e já volto, pode esperar aqui se quiser.
    —Esta bem. —Falei e assenti enquanto a garota se afastava, andando pelo corredor, o salto de seu sapato fazendo barulho contra o piso.
    Suspirei e encostei-me a algo que eu achava ser uma parede, mas eu estava errado, aquilo era uma porta e eu quase caí para dentro do cômodo.
    —Sa...suke-san?—Chamou uma voz baixa e infantil, como de quem acabava de acordar.

Sakura Haruno:
    —Muito obrigada, Sakura-san!—Exclamou Shizune pegando as folhas de minhas mãos. —Como sempre, fez um bom trabalho!
    Sorri enquanto corava um pouco, por mais que recebesse elogios, eu nunca ficava acostumada com eles, sempre achei que eu pudesse melhorar em algumas falhas restantes. Despedi-me da ninja e caminhei até a minha sala, onde Sasuke me esperava. Ao chegar no corredor, vi que o mesmo estava vazio, nenhum sinal do moreno. Inicialmente achei que estava no corredor errado, mas foi quando vi uma porta entre aberta, era o quarto da Miku, ao lado de minha sala.
    Lentamente eu me aproximei e pela fresta da porta pude ver o que se passava lá dentro. A garotinha estava sentada em sua cama, seu cabelo estava um pouco bagunçado e seus olhos brilhavam. Um sorriso de curiosidade iluminava a sua face corada.
    —Então tudo foi um sonho?—Perguntou ela para alguém que eu não conseguia enxergar.
    —É, aparentemente sim. —Respondeu uma voz masculina, eu não podia acreditar em quem estava ali dentro.
    —Obrigada pela leitura, Sasuke-san. —Agradeceu a menina.
    Vi o Uchiha se aproximar de Miku e lhe entregar o livro que não pude reconhecer devido a distancia.
    —Confesso que eu achei que o senhor não viria mais me ver, Sasuke-san.
Ownn! Eu tive vontade de apertar aquelas bochechas naquele instante! A Miku ficou tão lindinha e fofa falando deste jeito! E para a minha surpresa os lábios de Sasuke se uniram formando um semi-sorriso, ele também deve ter tido o mesmo pensamento que eu...
    Acho melhor eu entrar no quarto de Miku agora, casualmente, como quer não quer nada, endireitei a minha postura, passei a mão pelos meus cabelos e bati na porta.
    —Pode entrar. —Falou a garotinha e eu empurrei a porta que mesmo rangendo, se abriu.
    —Com licença... —Falei, entrando no recinto.
    —Sakura-san!—Exclamou Miku, exibindo seus dentes brancos em um sorriso de orelha a orelha.
    —Vejo que você está bem feliz hoje!—Falei.
    —É porque hoje o Sasuke-san veio me visitar e ainda acabou de ler “Alice no País das Maravilhas” para mim!
    —Ah... É mesmo?—Perguntei olhando para o moreno, não sabia desse lado “Contador de histórias” dele...

Sasuke Uchiha:
    —Bem, infelizmente termos que ir embora, Miku. —Disse e o sorriso da garotinha murchou na hora.
    —Mas já? É tão cedo!—Insistiu a menininha, fazendo um pequeno biquinho, o que me deu vontade de rir.
    —Outro dia o Sasuke virá aqui te ver. —Disse Sakura sorrindo maternalmente para a criança.
    —Sério?!—Questionou Miku, seu olhar sonhador pousando em mim.
    Olhei para a rosada que sorria para mim, como quem aprontasse algo. Suspirei e voltei a olhar para a guria na minha frente, odiava ter que prometer algo que talvez não pudesse cumprir, principalmente para uma criança. Eu abri a boca para falar, mas a garotinha disparou a frase que eu menos queria ouvir ela dizer:
    —Sasuke-san, promete que você vai vir me ver!
    Engoli a seco, e tentei desviar o olhar daquelas orbes negras que esperavam atentamente uma resposta de minha parte. Eu não podia falar não para ela, na verdade eu não conseguia falar não para ela... Pois naquela menininha eu conseguia enxergar parte de mim quando criança que vivia torrando a paciência de Itachi com suas promessas, não que Miku seja chata, muito pelo contrário, mas...
    —Certo. —Respondi me sentindo derrotado e aliviado ao mesmo tempo. —Até mais, Miku. —Disse bagunçando o longo cabelo da guria que riu, seu riso inocente pareceu ecoar dentro do lugar.
    Olhei para Haruno que admirava a criança a nossa frente, como se ela tivesse criado a teoria da gravidade.
    —Vamos?—Chamei a mulher que só assim saiu de seu transe pela menina e assentiu.
    —Até, mais Miku. —Disse Sakura antes de fechar a porta do quarto.
Começamos a andar até o elevador, no fim do corredor.
    —Sakura, não espie mais atrás da porta, achei que soubesse que isso é falta de educação.
    A rosada corou um pouco e virou a cabeça para o lado oposto, antes de responder:
    —Eu não estava espiando, e sim esperando o momento oportuno de entrar!
Suspirei, e murmurei tão baixo que a rosada nem ouviu:
    —Ahãm... Sei Sakura...

Sakura Haruno:
    —Não sabia que você se dava bem com crianças, Sasuke. —Falei quando entramos no silencioso elevador.
    —Na verdade nem eu sabia. —Comentou Sasuke.
    —Eu nunca vi a Miku rir antes. —Murmurei, tentando esconder uma pequena pontada de ciúmes que sentira.
    O moreno permaneceu em silencio, como seu não tivesse falado nada, mas eu já esperava por isso dele. Sem pressa saímos do hospital e caminhamos calmamente até a residência dos Uchihas. Em todo lugar que passávamos, as pessoas fofocavam sobre nós dois, isso é o ruim de morar em uma vila onde todos se conhecem... O povo já sabia de meu casório com o Uchiha, mas tudo era um boato duvidoso, mas quando as pessoas viram eu e ele andando juntos como agora, todos viram que o matrimonio realmente acontecerá.
    Eu podia ouvir as pessoas sussurrarem e senti o peso de seus olhares curiosos sobre mim, mas eu tentava ignorar como o Sasuke ao meu lado fazia com naturalidade, não sei como ele consegue andar assim como se nada estivesse acontecendo! Suspirei e levantei a minha cabeça seguindo o exemplo do moreno. Ás vezes eu saia na rua sozinha e alguns aldeões me chamavam de “Senhora Uchiha”, inicialmente eu corava violentamente e tentava a todo custo fazer com que eles voltassem a me chamar de Sakura, mas ninguém me dava ouvidos e hoje, já estou acostumada a ser chamada pelo sobrenome da família de meu noivo.
    De súbito, o garoto parou de andar olhando para uma loja qualquer.
    —O que foi?—Perguntei ao Sasuke que me respondeu:
    —Escolhe um.
    —O quê?!—Exclamei não entendendo nada que o moreno dizia.
O Uchiha engoliu a seco, como se tentasse ter paciência comigo.
    —Escolha um guarda-chuva, Sakura. — Disse ele calmamente, apontando para a lojinha que vendia guarda-chuvas multicoloridos.
    Um senhor, provavelmente o dono da loja se aproximou de nós, com um olhar atencioso e um sorriso simpático na face enrugada.
    —Quanto é?—Indagou Sasuke apontando para os guarda-chuvas com o queixo.
O homem respondeu uma quantia moderada e vi o moreno pegar a sua carteira, mas eu segurei a sua mão, perguntado:
    —O que você esta fazendo?!
    —Comprando um guarda-chuva para você...
   
    Sasuke Uchiha:
    —Não quero que você compre nada para mim!—Retrucou Sakura.
    —Eu disse que iria comprar e eu vou comprar!— Vociferei e entreguei o dinheiro ora o comerciante que já estava ficando sem graça diante daquela situação de “briga de casal”.
    Sakura revirou os olhos e pegou um dos guarda-chuvas a venda e se pôs a andar.
    —Não vai agradecer, Sakura?—Questionei, com o intuito de irritá-la.
A rosada parou de andar na hora e virou o rosto para me ver e respondeu:
    —Não vejo o porquê disso.
Logo chegamos a casa e encontramos Itachi roncando alto no sofá da sala, o que arrancou alguns risos da Haruno.
    —Vou ir fazer o jantar. —Anunciou a garota indo para a cozinha enquanto eu me sentava no sofá.
    Alguns minutos depois eu já podia ouvir o som do óleo fritando algum alimento e o cheiro do jantar fez a minha boca salivar, era a combinação perfeita. Ela podia ser irritante na maioria das vezes, mas até que cozinha muito melhor do que eu imaginava! De súbito o telefone tocou e eu me levantei para atendê-lo, mas ouvi Sakura falar:
    —Deixem que eu atendo!
    Mesmo a rosada estando longe de mim, eu conseguia ouvir a sua voz ao telefone e o som de seus risos quase que contagiantes, o que me deixou curioso para saber quem estava no outro lado da linha...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente, eu sei que esse capítulo foi meio "fraquinho", mas eu o postei por 2 motivos:
1:p servir de tregua para o prox cap q promete muito!
2: Praa mostrar um pouco da fofura da Miku! *--------*