Sasuke:
Juro que se esse periquito cantar mais uma vez eu vou matá-lo! Pensei e joguei o travesseiro na janela fechada fazendo com que o pássaro que cantava ali voasse para longe assustado para algum lugar. Suspirei aliviado e feliz em poder voltar a dormir, sem me importar em estar sem travesseiro e fechei meus olhos me rendendo ao sono. De repente eu ouço um som, um som baixo, mas que foi o suficiente para me acordar. O som se repetiu, parecia que algo estava batendo contra algo de madeira...
—Sasuke, seu preguiçoso, levanta essa sua bunda magra dessa cama e vem aqui!—Disse uma voz masculina, Itachi.
É foi esse idiota que me acordou batendo na porta.
—Já estou indo, baka!—Gritei e Itachi aparentemente foi embora.
Suspirei e me sentei na cama, o que será que Itachi quer? Caramba, eu quero dormir! Sem animo nenhum eu me levantei e fui até o banheiro lavar um pouco meu rosto, para despertar. Depois de poucos minutos eu saí do banheiro e fui até a cozinha, ao passar pelo quarto de Sakura percebi que na sua porta havia uma guirlanda de flores de cerejeira, a guirlanda que ela comprou ontem. Reprimi um sorriso, só a rosada para comprar uma guirlanda... Desci as escadas e vi meu irmão sentando à mesa bebericando seu chá.
— O-hayou gozaimasu, Sa...
—O que você quer?—Perguntei sem me importar se estava sendo mal educado ou coisa do gênero.
—Sakura-chan foi trabalhar no hospital e depois do almoço ela vai vir e vocês dois irão resolver os detalhes do casamento.
—Que detalhes?—Perguntei soando como um idiota e Itachi respondeu:
—Tipo... Tudo?! Convidados, comida e sei lá mais o que! O casamento é seu.
Gemi e apoiei a minha cabeça na mesa, fazendo meu irmão rir. Já eram umas dez da manhã quando eu acabei de comer meu café da manhã, fui tomar um breve banho e me joguei no sofá, esperando Sakura chegar para que começasse logo a sessão de tortura de casamentos... Depois de uns cinco minutos deitado, meus olhos começaram a pesar como se tivessem dunas de areia em cada um e quando eu ia quase me entregar ao sono eu senti algo colidir contra a minha face, acordei sobressaltado e na minha frente estava Itachi, ele ria e tinha uma almofada em mãos.
—Deixe de ser preguiçoso, seu...
—Shimatta! Shimasen!—Gritei, irritado.
—Antes que comecemos a brigar, vou te falar: Já são quase 10:45.
—E?—Perguntei ainda irritado.
—E, se não me engano Sakura vai almoçar ás 11:00. Está-se lastimando tanto por causa dos detalhes do casório que tal você ir lá visitá-la na hora do almoço e assim já organiza tudo sem demora?
—Até que você não é tão burro, Itachi... —Murmurei sarcástico me levantando do sofá e o Uchiha mais velho fez uma careta.
—Ande logo antes que eu chute essa sua cara feia. —Falou Itachi e eu resolvi ignorar o comentário saindo de casa.
Nota mental: Alguém me lembre de nunca sair de casa na hora de almoço! Meu Deus, Konoha parece que vai explodir por superpopulação! Mulheres, homens, crianças e idosos todos saiam de suas casas e iam comprar coisas ou comer! Depois de ter demorado 10 minutos a mais o tempo normal, eu finalmente cheguei ao hospital que felizmente estava vazio. Ao entrar fui direto ao balcão de recepção onde uma mulher conversava animadamente ao telefone, duvido que ela esteja trabalhando...
—Por favor, onde está a médica Haruno Sakura?—Perguntei e a moça respondeu afastando o telefone da boca.
—Está no quinto andar, na sala 2.
Assenti e a garota voltou a conversar enquanto eu peguei o elevador, indo ate o quinto andar. Quando o visor acendeu no número cinco, as grossas portas de ferro se abriram silenciosamente. Na parede havia uma pequena placa de metal: Centro de recreação. Olhei ao redor, o lugar estava quieto demais para ser um centro de recreação... Dei de ombros e caminhei calmamente até a sala dois. A porta estava encostada, e por uma fresta eu consegui ver Sakura, em volta da rosada havia uma meia dúzia de criançinhas que pediam coisas ou simplesmente a chamavam, apesar da confusão a garota dava atenção e distribuía sorrisos a todos.
—Ei, ei, vamos fazer mais silêncio. —Disse a haruno e as crianças se calaram. —O que querem fazer agora?
—Cante para nós!—Disse um garotinho e logo várias outras crianças o apoiavam querendo ouvir a Sakura cantar.
Coitadinhos, pensei, nunca ouvi a rosada cantar, então ela deve cantar muito mal...
—Qual música então?
—Aquela música que fala das palavras!—Gritou uma menininha e Sakura sorriu.
—Ok, lá vou eu! Umareru kotoba... —Me senti surpreso, ainda no primeiro verso eu soube que ela já cantava bem e a rosada continuou com sua voz lírica:
—Kieru ku kotoba
Anata no naka ni
Iki tsuzukeru kotoba
Tachi domari suu na toki
Yuukietu kawaru
Saa
Aruki dasou
Nakotoki yori
Anata wa tsuyoku wa
Teiru taara
No mayowa naite
Ano ko ima kotoba na
Shinjite
Quando ela acabou de cantar as criancinhas foram ao delírio, gritavam e batiam palmas, enquanto eu continuava estático, surpreso demais. A... Sakura... Canta?! Apesar da canção já ter acabado a voz da rosada ainda ecoava em minha mente.
—ane! Tem um moço estranho atrás da porta!—Gritou um garotinho que parecia ter uns cinco anos.
Ferrou! Esse pirralho está falando de mim! O que eu faço? O que eu faço? O que eu faço?
—Sasuke?—Chamou uma voz doce que eu conhecia muito bem, era Sakura.

Sakura:
—Sasuke?—Perguntei surpresa o ver o Uchiha atrás da porta. —O que você está fazendo aqui?
—Er... É... Er... Eu...!... Esqueça!—Disse ele por fim após lutar na escolha de palavras.
—Quem é Sakura-chan?—Perguntou uma das crianças, mas eu ignorei seria complicado demais explicar sobre casamentos arranjados para crianças...
—Entre Sasuke. —Convidei e ele me olhou como se eu fosse louca ou algo do gênero.
Suspirei e voltei para a sala, é impossível entender o que se passa na cabeça do moreno! Ao entrar na sala repleta de crianças eu fui silenciosamente até uma caixa e lá peguei vários jogos infantis, como quebra-cabeças, jogo da memória, dama e entre outros passatempos.
—Crianças, agora nós... —Me virei para as crianças e no fundo da sala estava ele... Sim, Sasuke Uchiha estava no fundo da sala, sentado no chão e com os braços cruzados, me fitando. —Bem, nós iremos fazer alguns jogos, podem vir pegar.
As minhas crianças foram como formigas ao açúcar e poucos minutos depois todos jogavam e se divertiam.
—O que está acontecendo aqui?—Perguntou uma voz masculina atrás de mim, me virei e vi Sasuke.
Ele não estava sarcástico e frio como o habitual e sim calmo e... Curioso.
—Bem, uma vez por mês nós fazemos isso, é um tipo de distração para as crianças. Aqui elas vão esquecer-se da vida monótona e às vezes triste que tem dentro do hospital, nessa sala você vê crianças com câncer, anemia, bulimia, DST e etc, hoje elas escolhem o que vamos fazer, e elas adoram isso! Várias dessas crianças não me chamam de doutora Haruno, e sim de apelidos como Saky, Saky-chan, Sakura-chan ou até me consideram como um ente querido de família, e me chamam de irmã, tia ou madrinha.
—obasan!—Chamou uma criançinha, e eu me virei para ver o que a pequenina queria.
—O que foi, Kagome?—Perguntei e a menina de sete anos levantou um jogo de tabuleiro.
—É que não tem ninguém para jogar comigo, a senhorita quer jogar esse jogo comigo?
Pedi licença para Sasuke e fui jogar o tal jogo com Kagome-chan. Depois de um tempo a nossa partida acabou e Kagome estava feliz da vida por ter ganhado, sim eu a deixei ganhar de mim... Mas ela não precisa ficar sabendo. Suspirei e olhei ao redor para ver como estavam as outras crianças, e foi então que eu vi, Sasuke estava inclinado para frente e com a mão no queixo como se analisasse algo. Levantei-me para poder ver melhor o que o Uchiha estava fazendo e quase cai para trás quando vi! O moreno analisava um tabuleiro, um tabuleiro de damas, e na sua frente, o seu adversário era a Miku?! Sim aquela pequena garotinha de longos cabelos negros estava na mesma posição que Sasuke, estudando a próxima jogada.
Eu mordi meu lábio inferior, reprimindo um sorriso, não sabia que o Uchiha gostava de crianças... Joguei mais alguns joguinhos e logo as crianças pediram para que eu contasse uma história e eu peguei um livro da estante repleta de historinhas infantis.
—Bem, vamos começar... —Disse abrindo o livro enquanto as crianças ficavam quietas. —Era uma vez...

Sasuke:
Ok, as Fabulas do Esopo, já foram contadas umas 70 vezes, mas Sakura era uma ótima narradora, dava um ar mais interessante para aquelas historinhas infantis. Suspirei e senti alguém se sentar ao meu lado. Olhei de soslaio e vi uma pequena de cabelos negros, ela havia me falado que seu nome era Miku. A garotinha mesma garotinha que havia jogado damas comigo agora folheava um livro com calma, como se o estivesse lendo com muita paciência.
—Você sabe ler?—Perguntei de repente, assustando a menina.
—Não, mas eu gosto de ver as figuras, aí eu invento a história que tem no livro... —Respondeu Miku me mostrando as imagens do livro. —Esse é um coelho de cartola, esse é um gato engraçado e essa... —A pequena mãozinha apontou para a figura de uma garota com um vestido azul. —E essa sou eu.
—Hmm... —Foi tudo o que eu consegui falar, pelas figuras cheguei à conclusão de que aquele livro era “Alice no País das Maravilhas”.
—Você sabe ler?—Perguntou a garotinha de repente e eu assenti. —é legal ler? Quantos livros você já leu?
—Não sei quantos... —Respondi e a menina se voltou para o livro. Suspirei, não sabia o porquê de fazer aquilo, mas eu fiz. —Quer que eu leia essa história para você?
Sem responder nada, a menina me estendeu o livro, suspirei e comecei a ler da melhor forma que pude e Miku parecia radiante com aquilo. Depois de um tempo, o turno de Sakura acabou.
—Bem crianças eu vou ir embora, pois meu turno já acabou. —As crianças não pareceram muito feliz com aquilo, mas assentiram.
Olhei para a garotinha e suspirei entregando o livro que eu não havia acabado de ler.
—Desculpe, mas eu tenho que ir agora...
—Tudo bem, da próxima ver que você vier nós terminamos o livro!—Respondeu a menina sorrindo.
Eu me levantei e fui até a porta onde a rosada me esperava sorrindo.
—Ei! Moço!—Chamou Miku e eu me virei. —Você é o namorado da Sakura-san?
Na hora senti minhas bochechas queimarem e não sabia o que falar, eu olhei para Sakura que também estava parecendo um tomate de tão vermelha que estava, ótimo! De súbito Sakura deu um sorrisinho amarelo e respondeu:
—Sasuke é meu noivo.
Miku pareceu surpresa, mas sorriu e assentiu. Suspirei e saí da sala acompanhado da Haruno. Entramos no elevador em silêncio e então a garota falou:
—Vejo que conheceu a Miku...
—É uma garota bem extrovertida. —Murmurei.
—Não, ela não é extrovertida. —Retrucou Sakura. —Miku gostou de você. —Disse ela saindo do elevador, e eu a segui.
—Como assim, ela gostou de mim?—Perguntei e a rosada sorriu.
—Não sei se você percebeu, mas, Miku não é como as outras crianças que brincam livremente e se misturam... Miku é reservada e raramente conversa com alguém, ela só conversa comigo... E agora com você.

Sakura:
—Por quê?—Perguntou ele.
—Não sei ao certo, mas acho que é por causa da perda de seus pais. Miku é órfã e não faz muito tempo.
Sasuke ficou quieto, acho que ele se identificou com a Miku e ela se identificou com ele. E às vezes eu me enxergo nela quando era pequena...
—Sakura, meu irmão disse que você queria ver os preparativos para o casamento... —O Uchiha disse me tirando de minhas lembranças nada agradáveis...
—Ah sim, que horas são?—Perguntei e vi em meu relógio de pulso. —Já são 13:30, estamos atrasados.
—Atrasados?—Perguntou ele, confuso.
—Sim, temos um almoço com uma organizadora de casamentos. Você não sabe? Eu disse para Itachi te avisar.
—Meu irmão é um baka, Sakura. —Murmurou ele.
—Enfim, vamos!—Respondi apertando o passo.
Depois de poucos minutos nós chegamos a um restaurante de frutos do mar, é aqui, pensei.
—Konnichi wa, desejam uma mesa para dois?—Indagou um garçom logo que entramos.
—Não, obrigada. Nós somos acompanhantes de Yuka Nomura, ela já chegou?
—Sim, ela chegou faz uns dez minutos me acompanhem, por favor.
O garçom nos levou até uma mesa que estava afastada das outras, onde havia alguém sentado, mas não podíamos ver sua face já que a pessoa estava com o cardápio na frente do rosto, escolhendo algo para comer.
Quando nós nos aproximamos eu disse:
—Senhorita Nomura?
A mulher abaixou o cardápio e ao nos ver, abriu um enorme sorriso, se levantou e estendeu a mão e eu apertei.
—Você deve ser a senhorita Haruno.
—Por favor, me chame de Sakura.
—Como quiser. O senhor é o Uchiha, certo?—Sasuke assentiu enquanto apertava a mão de Yuka.
A mulher que aparentava ter 27 anos se sentou novamente e aproveitando que o garçom estava ali pediu o almoço para nós três.
—E então, onde querem se casar?—Perguntou a Nomura.
Eu e Sasuke nos entreolhamos, sem saber a resposta, na verdade tanto eu quanto o Uchiha evitávamos pensar no casório e por isso nem havíamos pensado em coisas básicas como o local do casamento.
—Que tal, no terreno dos Uchiha’s mesmo? Perto do laginho... — Falei olhando para o moreno que assentiu.
—Certo!—Respondeu a mulher a nossa frente anotando tudo em uma cadernetinha. —Tem ideia do número de convidados?
—Não,ainda não temos a lista pronta. —Respondeu Sasuke.
—Bolo, doces, salgados, bebidas... —Falou a Nomura.
—Bem, os doces nós gostaríamos que tivesse chocolate, cocada, dorayaki, biscoitinhos da sorte e biscoitos de feijão.

Sasuke:
Nota mental: Alguém, por favor, me mate! . Estou rezando para que algum ninja renegado entre aqui para eu poder chutá-lo, para ver se esse tédio corrosivo passa! Você deve achar que eu estou exagerando, mas é horrível você ficar do lado de duas mulheres que ficam tagarelando sobre cores temas para o casamento, modelo do vestido, flores, horário, gosto do bolo, cor do glacê do bolo... Meu deus isso é tão irritante! Suspirei e tomei mais um gole de refrigerante tentando não bocejar. Pedi licença e fui até o banheiro masculino, lá passei água no rosto e fiz uma breve prece a deus, para que acabasse esse almoço cansativo! Quando voltei Sakura e a tal Yuka riam e eu me sentei ao lado da rosada, e depois de alguns minutos ambas se levantaram e deram às mãos se despedindo formalmente, e depois eu estendia mão para a Nomura, me despedindo em silêncio.
Quando saímos do restaurante, o céu já estava começando a ficar alaranjado, deveria ser umas 15:50 quase quatro horas da tarde... No caminho de volta ao complexo Uchiha, a garota ao meu lado continuava a tagarelar sobre a lista dos convidados e eu fingia escutar. Itachi não estava em casa quando chegamos e eu não estou nem ligando para onde aquele idiota se meteu.
—Vou tomar um banho, tá Sakura?—Falei subindo as escadas e ela respondeu:
—Também vou.
Suspirei e entrei no meu quarto, peguei uma muda de roupa qualquer e fui para o banheiro, onde tomei um demorado banho.
Vesti-me e desci as escadas, indo para a sala, onde está Sakura? Pensei e foi então que eu ouvi um grito estridente vindo da varanda. Só uma coisa veio a minha mente ninja: estamos sendo invadidos e os malditos invasores pegaram a rosada histérica. Saí correndo para varanda, e lá havia uma cadeira de palha caída e a garota estava encostada na parede abraçando um livro contra o peito, se afastando o máximo possível de algo.
—Sakura?—Perguntei sem entender nada do que estava acontecendo já que não sentia a presença de nenhum outro chakra alem dos nossos...
A me ver a rosada veio correndo e se escondeu atrás de mim.
E eu continuava sem entender mais nada...
—Vai lá e mata ela!—Disse a garota.
—Quê?! Matar quem?
—A barata!—Gritou ela apontando para o inseto que só agora eu enxerguei.
Juro que eu senti como se uma enorme gota crescesse em minha cabeça, Sakura Haruno... A melhor médica do hospital de Konoha, uma pupila da Hokage... Tem medo de uma barata! Sem dizer uma palavra eu a fitei. Aquilo só pode ser brincadeira.
—Você tem medo de barata?—Perguntei, falando cada palavra devagar.
—Não eu não tenho medo de barata, eu tenho... Nojo!—Falou a Haruno com uma careta quase cômica. —Elas são nojentas e essas patinhas asquerosas, parece que ela pular em cima de mim a qualquer momento! Argh! É horrível! Mata ela logo, Sasuke!
Suspirei e me aproximei do “terrível monstro” e a chutei para longe daqui.
—Satisfeita?—Perguntei seco e Sakura pareceu ficar aliviada.
—Mas e se ela voltar?—Perguntou à rosada.

Sakura:
—Mas e se ela voltar?—Perguntei e Sasuke me encarou, cético.
—Se a barata voltar nós chamamos os agentes da ANBU, para nos salvar do “monstro apocalíptico”. Sakura deixe de ser medrosa, é só uma barata!
—É que você não é uma mulher! Não sei como você tem coragem de ir lá e... E... Chutar aquela coisa nojenta. —Falei levantando a cadeira de palha onde eu estava sentada e me sentei novamente, recomeçando a leitura de meu livro.
—Que seja!—Resmungou e se sentou no chão.
Era mais uma noite de calor em Konoha, não dava para ficar dentro de casa, eu gosto ficar na varanda recebendo uma brisa fresca e pelo visto o Uchiha também gosta. Suspirei e voltei minha atenção ao livro em minhas mãos.
—O que está lendo?—Perguntou o moreno de repente.
—É A Pirâmide vermelha, é bem legal se quiser eu te empresto depois.
—Hmm...
Ficamos mais alguns minutos calados, eu lendo e Sasuke pensando, eu acho...
—Sakura... —Chamou o Uchiha e eu desviei o olhar das páginas.
—Sim?
—Estou entediado, amanhã de manhã vou falar com a Hokage e pegar uma missão para mim.
—Eu estou cansada de ficar aqui, também vou pegar uma missão para mim.
—Tá, irei dormir. —Disse o moreno se levantando e entrando na casa.
Suspirei e voltei a ler calmamente, depois de alguns minutos minha visão ficou borrada e eu comecei a bocejar a cada dez segundos! É melhor eu ir dormir...