Hermione E O Seu Passado Desconhecido. escrita por Isabelle Munhoz


Capítulo 54
Capitulo 52


Notas iniciais do capítulo

Nem demorei tanto assim kkk'
Vamos vamos por que esse cap. me deixou triste enquanto escrevia.
Quero agradecer a todos os 47 lindos que já recomendaram essa fic. Esse cap. é dedicado totalmente a vocês
Boa leitura.



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De inicio eu não fazia ideia de onde estava.

Eu pisquei varias vezes e logo comecei a me situar. Tinha mais duas pessoas comigo. Olhei ao redor e notei que estava na sala de Dumbledore em Hogwarts. Meu coração se acelerou e pensei se fizera o certo vindo para as memórias sozinha.

Vi Dumbledore ainda vivo sentado na mesa e a vontade de chorar veio com tudo para mim. Tentei afastar os pensamentos da tristeza mas ela continuava bem fundo no meu peito.

– Você não acha que quer demais? – a segunda voz perguntou e eu estremeci com seu tom bravo. – Não acha que quer demais?

Era Severo Snape.

A vontade que me veio foi atravessar esse cômodo e pular em cima dele até arrancar cada fio de cabelo seboso que tinha em sua cabeça. Mas sabia que seria uma idiotice já que eu era praticamente um espectro aqui. Fui para mais perto deles para ver o que eles queriam.

– Você me prometeu Severo. – o diretor disse calmamente.

Ele não deveria saber que estava na presença de seu assassino.

– Eu posso ter mudado de idéia. – meu antigo professor de poções falou. – O que esta me pedindo é uma loucura Alvo.

A curiosidade estava me dominando.

Do que eles estavam falando?

– Quando o menino Malfoy vier me matar quero que você o faça no lugar. – Dumbledore disse e meu coração parou. – Severo me escute para conseguirmos vencer Voldemort é imprescindível que me mate, esta me ouvindo?

A cara de Snape sempre fora feia, mas agora, parecia o cão.

– Entendi. – resmungou.

A visão começou a ficar turva e eu logo percebi que deveria estar indo para outra memória. Mas eu não conseguia pensar em outra coisa. Dumbledore e Snape haviam combinado a morte do diretor? Snape estava do nosso lado?

Quando voltei para a realidade vi que eu ainda estava na sala de Dumbledore com o diretor e Snape. Mas eu sabia que era uma memória diferente já que as roupas deles eram diferentes. Os dois olhavam para cima da mesa e quando me aproximei vi um anel prateado com uma pedra preta.

– Então elas realmente existem? – Snape pergunta maravilhado. – As relíquias?

Dumbledore assente.

– Eu já tinha minha suspeita desde que Tiago Potter apareceu com sua capa de invisibilidade. – Dumbledore disse. – Desde sempre eu fora louco para descobrir mais sobre as relíquias da Morte então ao ver Tiago com sua capa eu fiquei louco para achar as outras... E bem. No final achei.

Snape levantou e olhou-o confuso.

– Como assim?

O diretor levantou a própria varinha e lembrei de Draco me contando sobre o conto dos três irmãos. Quais eram as relíquias mesmo? Uma capa de invisibilidade, uma pedra da ressurreição e uma...Varinha das Varinhas.

Dumbledore tinha a varinha das varinhas.

– Não acredito. – Snape olhava para a varinha hipnotizado.

Dumbledore tinha a varinha das varinhas.

Eu realmente estava perplexa com tudo que estava descobrindo nessas memórias.

– Mas eu não esperava que Voldemort fosse fazer uma horcrux com uma das relíquias. – os dois olharam para o anel.

O anel era uma relíquia? Olhei a pedra preta e logo deduzi que deveria ser a pedra da ressurreição. Voldemort havia feito uma horcrux com algo tão precioso? Ual. Isso tudo era inacreditável.

Eu estava ao lado de Snape em frente ao diretor. Passei o olhar ao redor da sala e só conseguia pensar se um dia eu estaria dentro dessa sala novamente.

– Acha que com as Reliquias da Morte conseguiremos derrotar Voldemort? – Snape perguntou.

Dumbledore pareceu pensar e quando iria dar uma resposta me senti sendo sugada e logo percebi que deveria estar indo para outra memória. Eu quis gritar. Precisava saber o que o diretor iria responder mas ele não queria que eu soubesse então logo eu voltei novamente para a sala dele e Snape ainda estava aqui.

– Você criou ele como um gado indo para o abate. – Severo gritou para o professor.

Até eu estremeci.

– Eu não queria que tivesse que ser assim. – Dumbledore disse e sua voz tão calma não mostraria que tinha um homem a sua frente gritando com ele. – Mas Harry é a ultima horcrux. Ele precisa morrer.

A sala ficou em um silencio tão grande que dava para ouvir meu coração sendo quebrado.

Acho que foi a primeira vez que eu realmente demorei para processar as palavras de alguém. Harry... Horcrux... Ele precisa morrer? Eu sabia que se estivesse no mundo real estaria tremendo agora.

– E não pode simplesmente morrer. – Dumbledore completou. – Voldemort é quem precisa matar ele.

Mordi o lábio para não fazer barulho mesmo sabendo que eles não iriam me ouvir.

Voltei a ser puxada e pensei que já estava voltando para o mundo real mas novamente eu estava na sala de Dumbledore mas dessa vez Snape não estava ali. O diretor estava sentado em sua cadeira olhando para o nada o que me fez pensar o motivo de estar vendo essa imagem.

– Sei que agora deve estar muito surpresa, Senhorita Black. – Dumbledore disse olhando para o nada me surpreendendo. – Deve ter sido muitas informações para processar.

Ele estava mesmo falando comigo?

Com um impulso idiota balancei as mãos para ver se ele me via mas Dumbledore pareceu não notar. Então ele apenas estava falando para o nada com a intenção de que no futuro eu estivesse mesmo ali e ouvisse o que ele tem para me dizer.

– Sei que vão ter coisas muito difíceis pela frente Hermione. – ele continuou. – E sei que será muito responsável com o que descobriu agora não contando para ninguém que seja de sua extrema confiança, se puder melhor deixar isso em segredo até que seja a hora certa.

Eu sabia que meu coração batia rapidamente contra meu corpo.

– Entenda para destruir a horcrux que vive em Harry, Voldemort tem que matá-lo. – Dumbledore falou dando um suspiro triste no final. – Harry virou como um filho para mim, e eu sinto tanto por não poder ajudar.

Eu senti meus olhos se encherem de lagrimas.

Harry... o menino que sobreviveu.

Harry... o jogador mais jovem de quadribol do século.

Harry... o moreno com a aparência do pai e os olhos da mãe.

Harry... o garoto que sofreu mas mesmo assim continuou bondoso.

Harry... o meu melhor amigo.

Harry... Teria que morrer.

– Mas senhorita Black, você precisa ser racional agora e não se deixar levar pelo coração. Voldemort esta matando muitas pessoas e precisamos detê-lo. Então quando for a hora certa Harry saberá o que fazer, ele também ganhara memórias de Snape contando a verdade.

Snape nunca fora um traidor... Ele sempre esteve do nosso lado. Senti-me mal por ter sempre julgado meu antigo professor tão errado mas eu sabia que não era culpa minha.

– Espero que o senhor Diggory esteja bem. E essa é a ultima vez que conversamos. – Dumbledore fala isso e da um sorriso triste. – Adeus Hermione.

Minha mão começa a tremer e sussurro:

– Adeus, professor.

Dessa vez quando meu corpo foi sugado eu já esperava então apenas esperei e logo vi que estava de volta em frente a penseira na casa de Cedrico com o próprio e Draco me olhando com expectativa.

Eu ia sorrir e fingir que estava tudo bem.

Mas não consegui. Quando olhei dentro dos olhos acinzentados de Draco me lembrei de quando ele me deixou e Harry me abraçou forte dizendo que tudo ficaria bem. Harry...morreria.

E como se uma válvula fosse aberta as lagrimas começaram a sair dos meus olhos e logo já estava chorando de soluçar. Draco que estava na expectativa momentos antes veio até mim puxando para um abraço apertado enquanto eu não conseguia parar de chorar.

– O que aconteceu, amor? – ele sussurra.

Apenas escondi meu rosto no peito dele enquanto chorava descontroladamente. Ouvi Cedrico sussurrar que tudo ficaria bem e senti a mão dele no meu cabelo.

– Nada vai ficar bem. – falei.

Draco me apertou mais forte.

***

Cedrico disse que era melhor passarmos a noite na sua casa. Pelo jeito seu pai iria passar dois dias fora por causa do trabalho então não teria como nos ver ali. Mesmo hesitante Draco aceitou o convite já que eu não estava em condição a nada.

Assim que Draco me levou para o quarto que meu amigo nos deu e fechou a porta eu voltei a chorar desesperadamente. Meu coração estava quebrado e eu não conseguia pensar se iria melhorar um dia.

Eu não conseguia pensar numa vida sem Harry. Ele ficara tão feliz quando notou que éramos mesmo uma família e agora tinha seus pais de volta... Ginny... Ron... Senhor e Senhora Weasley... Meu pai... Todos íamos sofrer tanto com a morte do meu melhor amigo.

Não.

Tinha que ter algum jeito para mudar isso. Eu não posso deixar Harry morrer assim... Não vou deixar aquele cretino de Voldemort levar embora meu primeiro melhor amigo. Eu não posso...Não posso... Não posso...

– Mi... – Draco me chamava.

Levantei o rosto e vi meu reflexo nos olhos de Draco. Eu estava acabada. Vi como ele estava mal por me ver daquele jeito mas eu não conseguia melhorar. Eu não conseguia aceitar. Por que eu ficaria viva – caso ninguém me matasse no meio da guerra – E Harry não?

– O que aconteceu Hermione? – ele implorou. – Me conte o que tinha nessas memórias eu estou enlouquecendo.

Tentei conter meu soluços.

– D-Draco. – chamei. – E-ele n-não p-pode tirá-lo de m-mim.

O loiro pareceu confuso.

– Quem vai tirar quem?

Suspirei e fiquei um momento em silencio para conseguir me acalmar.

– V-voldemort. – falei quando encontrei minha voz novamente. – Para Voldemort morrer, Harry tem que morrer também.

E a compreensão veio para o rosto do garoto na minha frente.

– Não... – ele sussurrou pasmo. – Mas não é Harry que mataria Você Sabe Quem?

Balancei a cabeça.

– Harry é uma horcrux.

Draco me puxou novamente para seus braços e eu ficava sussurrando.

– Não pode... ele não pode... Harry não...

***

Aquela noite fora horrível. Eu tentava dormir mas quando eu fechava os olhos a imagem de Harry morto vinha em minha mente. Toda hora eu acordava gritando e Draco tentava me acalmar dizendo que tudo ficaria bem que daríamos um jeito. Mas ambos sabíamos que não tinha como mudar nosso futuro.

Na hora do almoço do dia seguinte Cedrico trouxe comida para nós já que eu não saia do quarto para nada. Ele fora um bom amigo e não me pressionou para contar o que eu havia visto.

– O que vamos fazer agora? – Draco perguntou.

Balancei a cabeça.

Quando eu iria dizer que não tinha idéia o que faríamos e que não me importava mais ouvi o ranger da madeira e algo me assustou. Alguém estava correndo. Levantei e peguei minha varinha na hora apontando para a porta.

Cedrico apareceu segundos depois ofegante.

– O que foi? – Draco perguntou.

– Comensais. – Cedrico disse. – Conseguiram entrar na Ordem.


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Notas finais do capítulo

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Recomendação?