P.O.V. Quinn

Como já era de se esperar depois da nossa apresentação veio uma enxurrada de perguntas, até o Mrs. Schue entrou nessa.

– Rach vem comigo. – Disse e sai puxando ela pelos corredores do McKinley até o auditório.

– Q. nós não devíamos estar aqui, ainda temos mais duas aulas hoje. – Ignorei a Rachel e subi no palco. Ela veio atrás de mim.

– Olha Rach eu pensei em várias formas de fazer isso, eu gosto muito de você e esse tempo que agente passou “se conhecendo” so serviu pra fazer o que eu sinto por você ficar mais forte, então eu pergunto Rachel Barbra Berry você quer namorar comigo? – Ela me olhou emocionada antes de responder.

– Sim! – Tirei do bolso uma caixinha com um colar em forma de coração e dei a ela. – É lindo Quinn! Me ajuda?

Ela se virou de costas e me entregou o colar, eu afastei seus cabelos para o lado e coloquei o colar nela. A abracei por trás e comecei a sussurrar no seu ouvido.

I've got sunshine

On a cloudy day

When it's cold outside

I've got the month of may

I guess you'll say

What can make me feel this way

My girl

My girl

My girl

Talking about my girl

My girl

I've got so much honey

The bees envy me

I've got a sweeter song

Than the birds in the trees

Well i guess you'll say

What can make me feel this way

My girl

My girl

My girl

Talking about my girl

My girl […]

– Q. porque você não esta usando um colar também.

– Eu to sim olha aqui. – Falei amostrando o colar no meu pescoço.

– É mesmo não tinha visto. – Disse rindo e me abraçando.

– Ta vendo como você não presta atenção na sua namorada. – Me fingi de ofendida.

–Haha! Vou prestar mais atenção nela daqui pra frente. – E me deu um selinho.

Ficamos no auditório até o ultimo sinal tocar.

– Quinn eu te amo. – Paralisei na hora. Tive que repassar aquela frase algumas vezes na minha cabeça. “Amo” alguém que ama, óbvio, “eu” ela ama alguém, ela me ama. ELA ME AMA. Meu coração fazendo dancinhas irlandesas, italianas, gregas, cubanas e qualquer outro tipo de dancinha ridícula.

– Eu também te amo Rach.

[...]

A Rachel levantou uma boa questão enquanto estávamos indo pra casa (dela).

– Q. vamos contar pros nossos pais? Tipo obviamente meus pais não irão ver problema nenhum nisso afinal eles são gays, mas a sua mãe eu não sei. Você quer contar pra ela? – Realmente eu não tinha pensado nisso, claro com a Rachel ocupando a minha cabeça 24hs por dia, como eu ia pensar na minha mãe? Eu acho que o meu silencio deixou a Rach um pouco nervosa. – Olha se você não quiser contar pra ela agora tudo bem eu...

– Vamos contar pra ela.

– Podemos contar primeiro para os meus pais? – Ela me perguntou fazendo bico. Ah não esse bico de novo não, se ela soubesse o poder que ele tem sobre mim não fazia mais isso.

– Podemos, mas quando?

– Hoje eles estão em casa. Vamos. – Ela me puxou pra dentro da sua casa, seus pais estavam na sala assistindo TV.

– Pai, papai. – Eles imediatamente deram atenção a ela. – Essa e a Quinn. – Imaginei que ela não fosse falar que nós namoramos assim na cara dos pais.

– Muito prazer Quinn, eu sou Leroy. – Falou o homem estendendo a mão para me cumprimentar.

Eu apertei a mão dele e dei um sorriso discreto.

– Oi, eu sou Hiram. – Esse foi um pouco mais rabugento. Me cumprimentou apenas com um aceno de cabeça.

– Pais a Quinn vai almoçar aqui ta. Estamos no meu quarto e foi me arrastando escada acima. Imagino que se eles soubessem que eu estou namorando a filha deles dificilmente deixariam eu ficar no quarto dela.

Ficamos lá até seu pai nos chamar para almoçar.

– Você vai falar pra eles agora?

– Sim. – Er... ok. Eu tava tentando sorrir. Juro, tava tentando mas eu acho que saiu mais como uma careta. Ela apertou a minha mão tentando me passar segurança. Eu acho que agora eu entendo o desespero dos meus namorados quando iam lá em casa.

Estávamos todos na mesa jantando quando o pai da Rachel resolveu falar.

– O que vocês têm pra nos dizer? Não é muito comum a Rachel trazer amigas aqui em casa.

– Então pai, papai, eu e a Quinn estamos namorando. – Eu acho que eu ouvi alguém engasgando depois disso.

– Sério estrelinha, essa foi muito boa, até engraçada.

– Não senhor, nós estamos mesmo namorando. – O outro pai da Rachel, Hiram, me olhava de um jeito estranho até que resolveu falar, já que tinha ficado o jantar todo calado.

– Então vocês estão mesmo namorando? – E continuou me olhando daquele jeito estranho.

– Sim. – Respondemos juntas. Aff esse lance de ficar falando juntas já ta me dando nos nervos.

– Eu não vou dizer que não esperava por isso porque sabia que poderia acontecer, mas vocês vão ter que passar por muita coisa e por muita gente para poder ficarem juntas. Vocês estão certas de que é isso que querem. – Dessa vez foi Leroy que falou.

– Eu amo a Rachel. – Não deixei ela responder. – Faria qualquer coisa por ela.

Rachel apertou a minha mão por debaixo da mesa e o olhar do seu pai sobre mim se suavizou um pouco, só um pouco.

– Então nós aprovamos o namoro de vocês. – Leroy falou de um jeito sério pra depois sorrir. – Agora podem ir dizendo como e quando isso aconteceu.

[...]

Já havia se passado uma semana que tínhamos contado (cantado) ao glee club que estávamos juntas e desde esse dia que eu vejo Finn muito quieto, pensativo e toda vez que o Finn resolve pensar (o que não é muito) algo ruim acontece.

– Oi meninos. – Mrs. Schue disse ao entrar na sala do coral. Eu juro que se a nossa tarefa for mais um dueto eu mato ele. – A tarefa será sedução.

– Sedução? – Perguntou Artie meio confuso.

– Sim, vou sortear o nome de três pessoas daqui que em uma semana farão uma apresentação e vocês terão que se deixar seduzir por estas pessoas. – Ela tava com uma caixinha e de lá foi tirando os nomes. – Brittany, Rachel e... Santana –Que imediatamente me olhou com aquele inconfundível sorriso malicioso.

[...]

Finalmente chegou o dia dessa bendita apresentação, que pra mim é um alivio já que faz uma semana que a Santana e a Brittany estão monopolizando a minha namorada e isso não é legal.

Fomos todos para o auditório esperar a apresentação começar. Foi quando elas apareceram com aquelas coisas curtas na parte inferior do corpo, me recuso a chamar aquilo de shot, com os meninos dando gritinhos e assovios. Cadê a minha Rachel Berry de saias e suéteres de bichinhos?

Quando elas começaram a dançar eu pensei, com certeza mais da metade da escola ia se sentir seduzida por elas.

Dance [n/a: por favor, por tudo que é mais sagrado vejam o vídeo porque eu não consigo descrever apresentações ok? Bom show kk’]

Tenho certeza que Mercedes e Tina estão contestando a sua sexualidade agora mesmo e os meninos humph nem falo nada.

– Isso foi er... intenso meninas. – Disse Mrs. Schue um pouco vermelho.

– Galera! Festa na minha casa hoje a noite! – Puck gritou ignorando Mrs. Schue.

[...]

P.O.V.Rachel

Já estávamos a algum tempo na festa do Puck quando o Finn me chamou para conversar.

– Por que Rach? Por que você me trocou por ela?

– Finn, eu não troquei ninguém, até porque quando eu comecei a namorar a Quinn nós não estávamos juntos a muito tempo.

– Mas Rach eu te amo e sei que você também me ama. – Ai meu saco!

– Não Finn eu amo a Quinn.

– Então você não vai voltar pra mim? – Parecia triste, mas com um olhar, sei lá estranho.

– Não mas nós podemos ser amigos. – Disse sorrindo pra ele.

– Tá bom, amigos então? – Me deu um copo com refrigerante. [ n/a: eu respeito as leis, menores de idade sem bebidas alcólicas -.-‘]

– Amigos. – Falei pegando o copo da sua mão e bebendo.

P.OV. Quinn

Estava com um mal pressentimento e resolvi procurar a Rachel pra gente ir embora.

Quando entrei em um dos quartos da casa procurando por ela me deparo com a cena mais grotesca que eu poderia ver na minha vida. A Rachel estava nua dormindo com o Finn também nu. O susto foi tanto que eu dei um berro acordando os dois e qualquer outra pessoa que estivesse dormindo naquela casa.

A Rachel olhou para mim, parecia confusa e depois olhou para o Finn e para mim de novo.

– Quinn... – Vi lágrimas saindo dos seus olhos, não me importei.

– Eu achei que você me amava. – Ela ia responder mas eu não deixei.

Sai correndo dali tropeçando em algumas pessoas no caminho, ainda ouvi meu nome ser chamado algumas vezes.

Corri, corri com as lágrimas impedindo a minha visão.