Circulo De Paixões. escrita por Lorys Black


Capítulo 28
Capítulo 27 - Meias Verdades.


Notas iniciais do capítulo

N/ Lorys ( ou Bruna, dá no mesmo)
Olá Matilhaaa.
Voltamos em toda nossa glória,,, ou simplesmente voltamos sem glória mesmo rs.
Primeiro quero me desculpar pela demora no post.
Esse mês foi meio conturbado. Eu estudando, Carlinha com algumas outras coisas para resolver em off, Ai demorou mais, nos desculpem.
Em segundo quero agradecer a todas meninas que recomendam a CP, muito obrigada, todas as recomendações são Lindas. Lyssa sua linda obrigada.
E claro valeu pelas minhas DIVAS, que comentam a cada post, e me desculpe pela demora na resposta as vezes, mas acalmem-se tardamos, mas não falhamos, sempre uma de nós vai responder ok.
Agora vamos falar da nossa Fic, que mara neh!!rs
Este post é do nosso Divo, e um dos últimos de tranquilidade por aqui, então preparem os lenços, e façamos um pequeno concurso? Sim façamos rsrsrsrs.
Será que as leitoras da CP estão prestando atenção nas dicas e fios soltos no caminho? Jogue a dica e se acertar ganhe uma One Shot, dos personagens que escolher dedicada a você. A primeira a acertar ganha, e só iremos revelar....não pera.....não iremos rs, vocês só vão descobrir quando eu anunciar aqui nos agradecimentos no dia que postar o capitulo.
Vamos lá meninas, juntem as peças e comentem.
Agora mais um post para o quebra cabeças que vocês tem que montar.
Boa leitura.



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Inquieto.
Irritado.
Palavras pequenas que podem me definir neste momento com muita clareza.
Vários motivos.
Há exatamente quatro dias Leah esta trancada em casa.
Não se transforma, não vai trabalhar, não fala com os garotos. Não fala comigo.
Ligou para Mike inúmeras vezes. Foi doloroso ouvir, a voz dela, pois a conheço tão bem que chega ser irritante. Existe uma dor imensa ali. E conhecendo Leah, sei o quanto a dor dele, a esta enlouquecendo.
- Ficar andando de um lado para o outro, não vai fazê-la sair de casa Jake. – a voz suave de Moira, me surpreendeu. – Vá até lá.
- Será que eu de alguma forma, poderia ter impedido Moira? – dei de ombros, sem saber ao certo qual atitude deveria ter tomado naquele casamento.
- Você não fez nada Jacob, absolutamente nada. O que vocês sentem um pelo outro, pode ser visto, e sentindo a distancia. – ela sentou olhando na direção da casa de Leah.
- Você não precisa fazer isso, sabe? Ficar e me ver aqui. – sentei ao lado dela.
- Eu sei, mas permaneci, pois eu quero. Escolha minha. Sempre juntos, lembra? – ela depositou um beijo na minha bochecha e levantou. – Acalme-se Jake, isso pode mostrar a ela, como é estar do outro lado. – apenas assenti.
Moira partiu entre as arvores, fiquei atento aos passos leves dela, até seu encontro com Graham na mata, os dois seguiram juntos para casa.
Fiquei ali sentado. Não podia ouvir com clareza o que acontecia dentro da casa de Leah, mas podia sentir.
Eu não sabia como ela estava se sentindo, mas podia imaginar. Meus sentimentos por Bella eram diferentes, quase infantis, ainda sim ela foi alguém importante, que eu perdi.
- Ela o ama, mais do que eu gostaria de admitir. – resmunguei sozinho.
Sentado ali as lembranças do casamento de Embry preencheram minha mente.



Flash Back On:



Correndo pelas areias brancas de La Push, a certeza que serei parte deste lugar eternamente me atingiu em cheio.
Posso passar o dia aqui, e sequer sentir vontade de comer.
Sentei na pedra olhando as ondas quebrarem nas rochas.
Gostava de ver Leah aqui. Ela me passava uma paz tão grande olhando as ondas durante horas.
Os passos rápidos de Embry se aproximavam cada vez mais de onde eu estava.
- Difícil é te achar em casa. – ele tinha um sorriso sem graça nos lábios.
- Eu gosto de ficar do lado de fora. – admiti. – Como esta o noivo?
Ele respirou fundo.
- Feliz, e muito. – saltei parando ao seu lado.
- Posso imaginar. – prestando atenção em Embry, havia algo a ser dito, eu podia sentir. – Você quer me dizer algo? – investiguei.
Ele me olhava incrédulo.
- Eu gostava mais quando você era só um magricelo, cabeludo em cima de uma moto. – rimos juntos.

- Desculpe por ter crescido um pouco. – brinquei.
- Falando sério agora. Sei que mal nos falamos desde sua volta, e que todos estão com receio. Mas sabe mano, eu o admiro. Jacob você saiu daqui, de uma forma que eu jamais conseguiria voltar. Voltou tão diferente. Mudou, aprendeu, e não teve medo com as reações que sua presença ia causar, quando apenas por um segundo a vida dela foi ameaçada. – a sinceridade nas palavras dele, me deixou feliz, notei ali que não perdi um irmão. – Por este motivo estou aqui agora, uma promessa. – olhei sem entender. – Quando éramos crianças.
Um sorriso se alargou no meu rosto, ao lembrar do que ele falava.
- Você lembrou disso? – o sorriso estava ali.
- Tem que ser meu irmão lá, ao meu lado no altar, assim como serei Eu ao seu, quando Leah disser sim mano. – Embry me puxou para um abraço. De irmão, de amigos, de padrinhos de casamento um do outro.
- E serei Eu ali, serei Eu. – prometi.
- Agora vamos, seu terno o espera. – gargalhei.
- Terno? Meu Pai, o casamento não será na praia? – fingi indignação.
- Isso, mas não usaremos bermudas Jacob, agora venha, vamos lá, temos poucas horas. – ele me puxou.

As horas passaram tão rápidas que sequer notei.
Me aprontava quando escutei os passos ágeis de Merida descendo as escadas.
- Novamente? – minha voz a surpreendeu, ela estava quase na porta.
- Eu não consigo evitar Jacob. É mais forte que eu. – ela segurava firme a maçaneta.
- Ele não estará lá hoje Merida, estará no casamento de Kate, você deveria ir até lá. – ponderei.
- Sabe aquela sensação que você tinha, todos os dias, quando estava longe daqui? Que Leah precisaria de você? – ela se virou. – Estou com essa sensação a dias Jake. Mike vai precisar de mim, e não sei onde, mas sei que esta perto de acontecer.
- Merida, me escute. Leah, é a esposa dele, ela não vai gostar do que anda acontecendo. – não sabia ao certo como argumentar neste caso.
- Mike é marido de Leah, Jacob, e também não vai gostar, quando descobrir que a esposa ama outro. – seu olhar era desafiador, mas a postura não. – E não esta acontecendo nada, ele a ama, eu a respeito. Se tem dúvidas, olhe. – ela fechou os olhos.
- Não preciso fazer nada disso, sei em quem confiar Merida,e confio em você de olhos vendados, e sem vasculhar sua mente. Só quero ter certeza que esse sentimento, não vai machucar você. – segurei o rosto dela entre minhas mãos, Merida colocou as mãos sobre as minhas.
- Não vai, eu sinto. O amor não machuca Jacob, ele apenas nos mostra a hora certa de transformar a forma que esta sendo interpretado. Nós é que fingimos não ver, ou demoramos a admitir. Se é amor, o fim é apenas o começo de algo maior. – o olhar apaixonado dela, era intenso.
- Você o ama. – afirmei.
- Isso você sabe, desde em que ficou sabendo que o salvei. Acontece sabia, amor a primeira vista. – ela sorriu.
- Por aqui isso chama Imprinting. – respondi sem humor.
- Nós sabemos que o imprinting pode ser quebrado, não é mesmo Jacob? – assenti sem graça. – O amor é muito mais forte que qualquer magia, todos nós aqui, nesta casa, sabemos muito bem isso. Agora preciso ir. – Merida abriu a porta, porem antes de sair, voltou e me olhou admirada. – O terno caiu bem. Você esta lindo.
- Obrigado. – sorri com o elogio. Merida partiu pelo caminho que sempre pega para atravessar a fronteira dos Cullens sem ser notada, e encontrar Mike Newton. 
Como impedir, sem entregar um segredo que não é meu?
O fato era, que eu não podia interferir de forma alguma. Nem no que esta havendo entre Merida, e Mike. E muito menos no casamento de Leah.

Voltei para o quarto e ajeitei meu cabelo, antes de sair.
Ao descer, os meninos chegaram arrumados. Assim como Ayra, e Moira.
- Nossa quanta gente bonita, e bem vestida diante dos meus olhos. – brinquei.
- Você esta de terno Jacob, de terno. – Scott bateu a mão nos meus ombros , tinha um olhar divertido.
- Você tomou banho Scott, banho. – devolvi o tom de ironia. – Onde vocês estavam?
- Na casa do seu pai. Ele disse que tinha roupas para os garotos, é nós fomos até o centro da reserva e conseguimos coisas maravilhosas por lá. – Moira, se aproximou. – Você esta lindo.
- Você também. – respondi sincero. – Agora vamos. – dei o meu braço, e Moira encaixou o dela ali.
Caminhamos entre conversas até o local da cerimônia.
Estava tudo muito bonito.
Entrei na casa de Embry e Kate, para ir com meu amigo até o altar.
- Nervoso? – ele caminhava de um lado para o outro no quarto.
- Sim. Sabe quando você sabe, que a sua vida vai ser feliz, enquanto viver? – assenti positivamente. – Eu soube disso, no exato momento que olhei nos olhos de Kate. E uns podem dizer que isso é o que o Imprinting faz. Mas eu acho que quando é para ser amor, não amor de irmão, ou protetor, ou a pessoa certa para um Lobo. Amor de verdade sabe? Aquele que o fará completo para o resto da sua vida? Então eu sabia que era esse tipo de amor, e hoje é como se esse sentimento fosse colocado em uma foto. – ele estava visivelmente emocionado.
- Então vamos lá, viver seu momento. – mostrei a saída a ele.
Embry respirou fundo e desceu as escadas.
Foi calado até chegar ao altar. Parecia ignorar as pessoas ao seu redor. O coração acelerado.
Não pediria calma, esse era o momento dele.
Então, foi a minha vez de sentir, o coração disparar quando o cheiro dela dominou tudo ao meu redor.
Mas a imagem foi o que quase me fez perder o ar.
Leah estava linda.
O vento trazia o cheiro dos cabelos, da pele. As batidas frenéticas do coração dela, estavam em harmonia com as minhas.
- Vamos começar, Kate esta aqui. – ela dizia aos músicos. Claro que Embry, e cada garoto com audição privilegiada, neste local ouviu.
A música começou.
- É agora mano. – Embry se ajeitou no altar.
Caminhei até a entrada com Quill.
Parei diante de Leah.
Não era preciso dizer nada.
Era quase magnética a vontade de abraçá-la. Ou simplesmente tocá-la.
- Vamos Rachel entrelaçou seu braço no meu. – assenti, sem conseguir desgrudar meus olhos dos dela.
A música começou a tocar, e entramos.
Primeiro Leah e Quill, depois Eu e Rachel.
Meu Pai olhava orgulhoso.
O velho Quill começou a cerimônia.
Eu queria dizer a ela, o quanto eu gostaria de apenas fazer parte de sua vida, estar apenas perto. Mas eu não podia.
- Aquilo que nasceu para se pertencer, nenhum obstáculo conseguirá separar. – a voz do velho Quill, se tornou altiva.
Foi automático, nossos olhares se encontrarem.
Sem deixar escapar um único som, meus lábios disseram aquilo, que meu peito gritava.
- Eu te amo.
Leah baixou a cabeça. Voltou a olhar a cerimônia.

Tentei não olhar, mas era tão impossível, como ficar sem respirar.
Quase no fim da cerimônia, Leah ficou tensa. De uma forma que jamais vi antes.
Então em meio a multidão, lá estava ele. Mike Newton.
Fechei os olhos. Respirei fundo.
Não ouvi o velho Quill terminar a Cerimônia.
Senti Rachel, dar um leve puxão no meu braço.
- Vamos Jake. – ela me olhava sem entender ao certo o que estava havendo.
- Claro, claro. – minha concentração neste momento, deve ser inabalável.
Passamos, por ele. Leah o alcançou, e escutar o que veio a seguir, foi a mesma dor que senti no dia do casamento dela, ou quando ela me disse amar o Newton.
Era verdade, ela era casada.
E nenhuma mudança minha, mudaria isso.
- Ficar, é aguentar as conseqüências dos seus atos. – Moira sussurrou de longe.
- Eu sei. Não pretendo mais fugir, é só difícil. – ela parou na minha frente.
Os convidados entraram na tenda. 
- Vocês ficam lá em cima. – a Mãe de Leah, nos mostrou a grande mesa em uma espécie de palco montado ali.
Tirei o terno ficando apenas com a camisa branca por baixo.
Ao subir ali, tentava de uma forma quase selvagem, não sucumbir ao impulso de arremessá-lo longe.
Mesmo sabendo que eu estou errado, o ciúme não tem endereço, ou razão, ele apenas nos domina.
Os discursos dos padrinhos começaram.
Que beleza, e eu não havia pensando em absolutamente nada.
Seth fez um discurso cheio de brincadeiras, porem muito bonito. Mesmo não sendo padrinho, pois Quill não gosta de falar em publico.
Leah trabalhou com a realidade, séria, centrada.
Rachel usou seu lado romântico, que ficou ainda mais forte, depois do Imprinting de Paul.
- Sua vez Jake, nem tente fugir mano. – Embry bateu no eu ombro.
Assenti. Peguei uma taça na mesa.
- Quero brindar a felicidade. Ao amor, que nos liberta, a magia que somente completa. Quero brindar ao sentimento forte, e verdadeiro que somente quem ama sente. Dizer a Embry, que a felicidade nos escolhe, nada mais. A Kate que nunca duvide, desacredite no que sente, esse é o sentimento que vai guiá-la, na direção certa, quando todos os caminhos a levarem para o lado errado. Quero fazer um brinde ao amor. E as formas que ele encontra para se manifestar, e nos mostrar, que sem ele somos apenas meros mortais, sem vida e sem brilho. Que seja amor, onde quer que ele vá, ou esteja. – levantei a taça, e tomei um gole do liquido ali.
- Obrigada Jacob. – Kate me deu um beijo na bochecha. – Agora vamos a dança.
Revirei os olhos.
Descemos os degraus, e por um único instante meu olhar cruzou o dela.
Leah estava totalmente desconfortável.
A música começou.
- Esta tudo bem, certo? – Rachel me perguntava preocupada.
- Claro, que esta. – menti.
- Você parece tenso Jake. – ela me analisava, desconfiada.
- Não estou mais acostumado com tanta gente, só isso. – não queria estragar a festa da minha irmã.
- Claro, claro. – ela respondeu imitando meu tom de voz.
O tom da música mudou, e Rachel se soltou dos meus braços.
- Não desista, eu nem pisei no seu pé Rachel. – ela sorriu.
- Você vai dançar, com a outra madrinha. – ela saiu da frente e Leah, estava caminhando em minha direção.
Eu tinha consciência que era um casamento, e que não éramos somente nós ali.

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Mas meu coração, como treiná-lo para não disparar frenético com a simples aproximação dela?
- Por favor, apenas dance. – Leah sussurrou de uma maneira que uma pessoa normal, não conseguiria ouvir.
Ao tocar o corpo dela, mesmo tentando, tudo a minha volta parecia desaparecer.
O cheiro dela se misturando ao meu. O coração no mesmo ritmo frenético.
Tentava olhar para os lados.
Mas não conseguia.
Os olhos negros dela, são magnéticos.
Como alguém consegue controlar um sentimento tão forte quanto o amor?
A vontade de sentir is lábios dela, nos meus era opressora.
Girávamos sem graça, quase robóticos.
Respeitar a história dela com o marido, é tão importante quanto, não desistir da nossa.
O silêncio já era opressor ali no espaço que ela ocupava entre meus braços.
- Você esta linda. – sussurrei. – Neste momento, eu me lembro, do dia em que estivemos na aldeia. Você lembra daquela noite Leah? – girei o corpo dela, segurando novamente em sua cintura no momento de sua volta para os meus braços.
- Não. – ela foi seca. – Não consegui esquecer, aquele dia, jamais. – ela admitiu derrotada. – Assim como jamais esqueci a forma que você partiu Jacob, então Por favor nada de lembranças.
- As coisas teriam sido mais fáceis se eu tivesse ficado. Mas quem disse que teriam sido melhores Leah? Como eu poderia ser o homem que você merece, quando eu nem sabia que tipo de homem eu era? Como dar esse amor, que eu tenho no meu coração hoje, quando nem sabia o que ele significava? Saber o significado das coisas, é importante Leah. Ficar sem saber ao certo, o valor de cada sentimento que carregamos no peito, pode apodrecer sentimentos fortes, e até mesmo amores, sendo eles, de que tipo for. E você jamais mereceu metades. Ou sentimentos sem compreensão. – a respiração dela estava acelerada.
- Por favor, pare de me fazer sentir mais, me dê um tempo. – ela se soltou dos meus braços.
Senti um vazio opressor.
Não quero imaginar a dor dela ao me ver partir. Mas sei da minha, pois vê-la partir, é sempre doloroso. Leah olhava para os lados, procurando Mike.
Notei que a pista estava cheia de pessoas somente agora. Outra música tocava.
Leah procurava Mike.
Eu fiquei ali, olhando ela partir mais uma vez, por ele.
Chega um determinado momento, em que simplesmente devemos esperar, deixar a história seguir seu curso, e torcer para que esse caminho a devolva para você.
Não vou desistir de lutar por ela, ou bater os pés como um menino que perdeu o brinquedo novamente.
Amar não é somente estar ao lado, e sim entender quando é necessário estar, pois para tudo existe um tempo certo. Neste momento, não posso estar ao lado, só estarei por perto, torcendo para que um dia nosso momento de ficar juntos um dia chegue.
Respirei fundo e sai dali.
Caminhei até o ponto onde meu Pai estava.
- Dia difícil? – ele estendeu a mão em minha direção.
- Um pouco. – sorri sem humor.
- As coisas vão se ajeitar, sempre se ajeitam. – ele tentou me confortar, apenas assenti.
- E a namorada? – desconversei.
- Dançando com um homem mais jovem por ai. – ele brincou olhando na direção onde a namorada dançava com o filho, que por incrível que pareça é o noivo.
- Eu gosto de ver você assim. Feliz. – confessei, sentando ao lado dele.
- Eu estou feliz Jake, e sabe, você tem uma grande parcela desta felicidade. Não só a sua volta, mas estar aqui, para ver o meu filho ser tudo aquilo, que eu e sua Mãe sabíamos que você seria. Um grande homem. – cada palavra dele, continha uma força absurda.

- Obrigado Pai. – me levantei. – Preciso caminhar.
- São difíceis as coisas verdadeiras Jacob. Nada que é de verdade pode ser perfeito, ou seguir um rumo certo. O amor não traz um roteiro, as dificuldades nele, é que vão mostrar se você o merece. E no fim meu filho, quando a ultima barreira for quebrada, se você foi capaz de levá-lo intacto, então esse sentimento será indestrutível. – a verdade nas palavras dele, me dão força.
- Ele é indestrutível Pai, eu o carrego há muito, e não pretendo desistir ou soltá-lo pelo caminho. – voltei e dei um beijo na testa dele. – Eu te amo, velho.
- Eu te amo meu filho. – sorrimos com a facilidade que temos de dizer isso, um ao outro agora.
Segui a diante, passando pelos convidados.
Graham dançava animado com Ayra. Eike com Moira. Scott estava com uma garota da reserva. Seth dançava com Sue.
Me aproximei deles, ia tirar Moira para dançar, mas antes de alcançá-la meus pés cravaram no chão.
Um sentimento. Com uma força quase gravitacional.
A brisa envolvendo meu corpo.
O som da voz dela. Merida.


“Jacob, Jacob, Jacob."


Fechei meus olhos.
Meu coração já sabia, o que meus sentidos acabaram de ter certeza, Ela estava em perigo.
“ Rápido!!"
Não podia mais ouvi-la, ela estava em perigo.
- Vão. Merida esta em perigo. – avisei, Scott, Graham e Eike, saindo dali rapidamente.
- Onde? – Aquiles parecia surpreso.
- No lado dos sanguessugas. – imediatamente Seth, e vários outros lobos olharam em nossa direção em alerta.
Corri em direção a fronteira.
Sam, Paul e Jared, vieram logo atrás.
- Jacob estamos nas linhas do tratado. – eles estavam em alerta.
Leah vinha logo atrás.
- Fiquem aqui. – saltei e deixei o Lobo dominar.
Daqui já podia ver que a coisa era séria.
Seth se transformou logo em seguida, assim como Leah, Sam Paul e Jared.
Seth tem passe livre nessas terras.
Já podia ver Merida, invocando o escudo e Mike ao seu lado.
Os Cullens cuidavam de outros sanguessugas.
Ela sentiu algo, eu sei que sentiu.
Leah avançou tão rápido que poderia ter passado por cima de mim.
Mike abraçou Merida de forma protetora. Corajoso.
Saltei por eles, parando diante do sanguessuga. 
Leah ficou ali parada na frente de Merida e Mike, era a vez dela proteger o marido. 
Avancei contra ele, separando a cabeça do corpo.
A brisa leve varrendo a mata, denunciava que os outros estavam ali.
Sem olhar para trás corri ate a clareira, para me certificar que todos os sanguessugas ali estavam desmembrados.
Notei em um ponto da mata a pilha em chamas que os Cullens haviam feito.
Voltei para me certificar que estava tudo bem com Leah, Mérida e Mike.
Leah corria muito a frente.
Mike estava nas costas de Aquiles.
Mesmo de longe eu conseguia identificar muito bem, quem era quem naquele espaço na clareira próxima, ao rio.
Podia sentir Moira ao meu lado.
Corri ate minha casa.

Minhas roupas ficaram pelo caminho em pedaços.
Podia sentir a agitação nas matilhas.
Coloquei as primeiras peças de roupas que encontrei pela frente.
Sai de casa e corri em direção a mata. A festa continuava normalmente.
Corri seguindo o rastro de Merida, Moira e os demais, que me levava diretamente até a casa onde Leah, vive com Mike.
Podia ouvir o rugido na voz de Leah a quilômetros de distancia.
- Me diga o que estava fazendo lá com ele, como pode colocá-lo em risco dessa forma. – uma verdadeira confusão.
Seth e Sam tentavam conter Leah. 
Aquiles, Graham, Scott, e Eike ladeavam Merida, eles estavam tensos.
- Eu não fazia ideia do que ia acontecer ali, não o colocaria em risco de forma alguma. – o tom carinhoso na voz de Merida fez Leah se enfurecer ainda mais.
- Quem você pensa que é para se referir a ele desta maneira? Eu arranco a sua cabeça. – podia sentir o momento que ela explodir nas próprias roupas.
- Não é nada disso que você esta pensando. – o tom sereno, de Merida era inabalável.
Leah parecia querer arrancar a cabeça de Merida, e o faria com certeza.
- Eu vou ficar ao lado dele, e quero que você suma já daqui. – o tom de Leah a Merida era ameaçador.
- Acalmem-se, por favor. – pedi tentando conter Leah.
Podia sentir a tensão em todos, dissipando lentamente.
A movimentação de Moira, e Ayra no andar de cima era intensa. Elas cuidavam de Mike.
Leah subia as escadas, em direção ao segundo andar da casa, Aquiles, e Scott, alcançavam a varanda, e Merida vinha logo atrás, mas antes dela desaparecer nas escadas, Mike começou a murmurar algumas palavras, chamou por Merida.
O coração de Leah acelerou frenético. Não era da mesma forma que sempre acontece quando nos vemos. Conhecia a postura, o olhar.
Ela se lançou contra Merida, ágil, e quase imperceptível a olhos humanos. Quase.
Antes que ela pudesse colocar as mãos em Merida, Aquiles segurou a amiga e Leah passou direto.
- Diga agora o que aconteceu com ele, como ele foi parar lá, de onde o conhece? – ela estava furiosa.
Merida, pediu para Aquiles, e todos ao redor, se afastarem.
- Eu vou explicar tudo, mas antes de acalme ou não conseguirá sequer me ouvir. – os olhos negros de Leah eram indecifráveis.
- Comece. – Leah estava impaciente.
Merida começou a relatar tudo que havia acontecido. Como eles se conheceram, e estavam se tornando amigos, sobre a falta de coragem dele, em fazer as perguntas temendo as respostas, mas consciente que a verdade é sempre o melhor.
A cada palavra de Merida, via a decepção nos olhos e Leah. Não era decepção com Mike, e sim com ela mesma.
Quando Merida terminou, Leah tinha um olhar frio.
- Como ele foi parar lá? Estava no casamento. – a voz não continha emoção alguma.
- Não sei ao certo. Ele apareceu ali, fazendo as perguntas que estevam presas na garganta. – automaticamente Leah olhou em minha direção.
Saiu como uma ventania levando alguns objetos ao chão.
Fui atrás.
- Vá embora Jacob. Deixe-me em paz. – ela esbravejava. – Isso tudo é culpa sua.
Ela parou alguns metros de distância.
O choro era compulsivo.
Me aproximei, tentei abraçá-la.

- É tudo minha culpa, o sofrimento, não acreditar no que ele seria capaz de aguentar. Tudo por conta desse amor maldito que eu sinto por você, esse amor que destrói as pessoas a minha volta. Porque você voltou? Vá embora. – Leah me deu um empurrão
Senti uma facada no peito. A mesma que ela sentiu mais de uma vez antes de me ver partir.
- O amor verdadeiro não destrói nada Leah, ele apenas se mantém intacto. – tentei ignorar a dor que as palavras dela estavam me causando.
- Não se manteve quando você me abandonou. E o que eu fiz? Magoei a única pessoa que tentou me fazer feliz. – seu tom de voz era carregado de raiva, e dor.
- Leah amar, não é isso. Eu aprendi sofrendo, que para amar não é preciso estar junto, e sim saber quando é necessário. Você sabe disso. Eu te amei mesmo te abandonando, mesmo te ferindo e me ferindo junto, mas eu amei, lutei, mudei, e não só por você, pois se fizesse isso não a mereceria, mudei por mim. Para voltar e merecer a mulher maravilhosa que você é.
- Talvez seja isso, não é pra ser. Quando eu podia, você estava despedaçado, quando você pode, quem esta despedaçada sou Eu. Nosso destino não esta entrelaçado, pois sempre algo vai nos separar. – o dor nas palavras dela, era quase palpável. Quase me partiu ao meio.
- Eu não acredito em destino Leah, acredito em amor, e como ele modifica as pessoas, nos faz lutar pelo que queremos, nisso eu acredito, em mudanças. Destino é algo nos dizendo, que não importa o que façamos, nada mudará. E eu não acredito nesse tipo de coisa Leah, eu mudei para ter você, merecer, estar junto. Se eu aceitasse o meu destino, estaria longe neste momento. – as palavras saiam sem permissão.
- Ele viu Jake, sei que sentiu algo nos vendo juntos. Pois eu não consigo guardar, esse sentimento, isso não é normal. Eu tentei, tento, e já estou cansada, Mike merecia mais, merecia saber por mim tudo que ficou sabendo pela boca de outra, eu errei. – Leah me olhava indecifrável. – Preciso ir, vou ficar com ele Jacob. Ele precisa. – ao me dar as costas, senti que aquilo era um adeus, uma escolha.
- Você esta cansada, pois se esforça para ser algo que não é. Não consegue esconder o que sente, ou disfarçar, pois quando esta ao meu lado é você mesma pela primeira vez em anos. Posso ter ido, mas estou aqui neste momento, e você não tem mais desculpas para esconder quem é, ou o que quer. Pare de fazer o que é preciso, e faça simplesmente o que deseja.– soltei as palavras.
- Fique longe Jacob, por favor, me deixe, já fez isso uma vez, não será difícil fazer novamente. – Leah respirou fundo e continuou sua corrida. Não parou até colocar os pés dentro de casa novamente.
Caminhei até a colina que fica próxima a casa dela. Me manterei a distancia. Ou tentarei fazer isso .

Flask Back Off.



Conseguir foi quase impossível.
Mike passou por dois dias terríveis, com febre alta e delírios.
E quando acordou colocou um fim no casamento.
Não me sentia aliviado com isso. Pelo contrário, a dor dela, quase me fez desejar não ter voltado. Quase.
- Imagens difíceis não é mesmo? – Seth parou ao meu lado.
- Não são as mais agradáveis. – tentei disfarçar. – esta certo, são as mais difíceis.
- Ela não quer falar com ninguém. – ele sentou na pedra. – Ou não admite que quer.
- Ela quer falar com ele, tentar concertar algo, é normal. – sentei próximo a ele.
- Como foi Jake, quando você saiu daqui? Sei que não tenho nada a ver com isso, mas... – ele me olhava sério.
- Foi difícil. Quase impossível. Estava longe de todos que me amavam, que eu amava. – dei de ombros.
- Porque não voltou? – Seth cruzou os braços.

Se eu voltasse, ainda seria errado. Sai daqui, pois não me reconhecia mais, estava perdido, não voltei pois precisava fazer algo que acreditava, era preciso. Voltar antes seria um erro maior do que partir. – expliquei.
- Eu a vi sofrer quando você partiu, estou vendo agora, e sei que ela foi dura com você, mas posso dizer que é muito diferente o que ela passou quando você partiu, e o que esta passando agora. Agora é culpa, o sentimento de poder ter feito algo, e não ter feito, ela quer concertar o coração partido dele, como jamais tentaram fazer com ela. Claro que ela o ama Jake. Mike conquistou minha irmã, mas ela sabe que sempre será você, isso a deixa com mais raiva ainda, pois disse sim a Mike. Quando você partiu, ela mudou, mas jamais tentou deixar de te amar. Agora ela só precisa ser perdoada. – sorri com a intensidade nas palavras, e mais ainda por ver Seth um homem.
- Você cresceu, virou um homem Seth, posso parecer um ancião dizendo isso, já que sou um pouco mais velho apenas, mas estou orgulhoso de você. – foi a vez dele sorrir.
- Todos mudam Jacob. Você mudou, eu também. Vá descansar. – ele bateu no meu ombro e partiu.
O problema é que eu não consigo sair daqui. Dar um passo sequer.
Deitei na grama e adormeci.
Um sono necessário.

- Esta chegando Jacob. Fique atento aos sinais. – a voz conhecida me fez saltar alguns metros de distancia. Minha Mãe.

- O que houve? – Moira me olhava espantada.
- Nada. – menti procurando pela minha Mãe. Foi tão nítido, tão real.
- Vai tentar me enganar agora, não vai funcionar. – ela não estava convencida.
- Eu ouvi a voz da minha Mãe. Quase real. – confessei.
- Os sonhos com ela voltaram? – ela colocou uma cesta ao meu lado. Cheia de comidas e frutas.
- Não apenas uma frase. Bobeira minha. – sentei ao lado da cesta que estava no chão.
- Ela esta lá trancada ainda? – Moira olhava na direção da casa de Leah.
- Esta. Pensa em uma forma de falar com ele sem mentir. – coloquei uma boa quantidade de comida na boca.
- Você deveria contar a ela Jacob, o que houve, que o impediu de voltar antes, conte a verdade isso os libertara. – um aperto no peito quase me fez perder o ar.
- Não posso, ainda não. Ela vai se sentir insegura, achar que de alguma forma, em algum momento vou deixá-la. E nada que eu fizer, ou disser agora vai fazer o sentimento dela, por Mike sumir. – empurrei a comida presa na minha garganta.
- Acho que você esta fazendo o mesmo que ela fez. Subestimando a capacidade dela, em aguentar verdades. – Moira levantou.
- Você esta certa, mas eu preciso esperar, ela precisa ter certeza que eu a amo, e não a deixarei de forma alguma. – tentei editar o máximo que podia, para não magoá-la.
- Esta certo, mas você precisa se focar no que viemos fazer na cidade, e não vai conseguir, ficando aqui o tempo todo. Esta colocando a vida dela em risco, já que não fazemos ideia, os motivos dos ataques a reserva. – o tom de voz de Moira era duro. Chamando minha atenção.
- Você esta certa, vou sair daqui ainda hoje, palavra. – ela me olhava desconfiada.
- Espero que sim, precisamos investigar tudo. – ela sabia o quão importante a vida de Leah é para a minha vida.
- Vamos até a casa de Kate mais tarde, precisamos investigar esses sonhos. – admiti.
- Tudo bem Jacob. Estarei em casa, espero que vá até lá. – Moira bagunçou meus cabelos e caminhou em direção a nossa casa. Aquiles estava na mata esperando por ela.
Comi toda a comida que ela preparou e algumas frutas, estava faminto.
Fui até o rio e tomei um banho de cachoeira. A água estava gelada devido as baixas temperaturas na cidade. Há quatro dias os termômetros registram quedas cada vez maiores.

Há anos não me sentia cansado desta forma, não era um cansaço físico, era emocional. Ver Leah sofrer desta forma estava me enlouquecendo, mesmo sabendo que é necessário ela enfrentar tudo sozinha.
Vesti minhas roupas e caminhei de volta ao local onde eu estive nos últimos quatro dias.
Ao me aproximar senti o sangue fugir do meu rosto. Mike estava parado nas escadas, diante a casa onde vivia com Leah.
Respirei fundo, tentando me afastar não queria ouvir a conversa, não podia. 
Porem ao tentar me afastar, senti como se estivesse carregando nas pernas toneladas de concreto.
Um imã me puxando para trás, sem me dar a chance de fuga.
Eu sabia exatamente o que isso significava. Mesmo não entendo como isso acontece, Leah de alguma forma, e mesmo sem ter consciência disso, precisa que eu permaneça aqui, por ela.
Ele entrou, caminhou tão depressa até os fundos, prendeu a respiração durante toda o trajeto.
Leah e Mike, sentaram na varanda, no lado de dentro da propriedade. Mesmo não querendo, e a alguns quilômetros de distancia ouvia tudo claramente. 
- Você tem que me deixar agora Leah, tentar corrigir o que você não fez, é pior do que não ter feito nada para evitar o erro. – Mike tinha o tom de voz calmo, o coração tranquilo.
- Eu sei. Mas eu queria te fazer entender uma situação, que não consegui explicar neste tempo que ficamos casados. Nunca vou saber se você teria entendido antes, pois não confiei em você, e peço perdão Mike. – ela chorava de uma forma tão triste, que quase me partiu ao meio. – Eu amo você.
- Eu sei que sim Leah, e mesmo com toda a raiva que senti, por todas as mentiras, sei que o tivemos foi especial, e você me amou de uma forma diferente. Mas com toda a decepção que estou sentindo, posso ver que não nunca foi suficiente. – Leah tentou interromper Mike, ele não permitiu. – Você não pode mudar tanto a vida de alguém, como toda essa verdade mudaria e mudou a minha vida, se não pretendente ficar, e você tem que ser sincera consigo mesma, essa é a verdade. Você sempre soube, que não ia ficar Leah. Não podia.
- Mike não foi isso. – ele não a deixou finalizar a frase.
- Leah, eu demorei para enxergar, mas agora vejo tudo claramente. Esta na hora de você começar a enxergar também. – a voz dele era dura, magoada.
Forcei minhas pernas para longe dali, e daquele momento.
Não podia mais ficar.
Caminhei calmamente para longe, e depois de um certo ponto já não sentia mais minhas pernas pesarem. Só meu coração parecia pesar toneladas.
Longe da conversa, e das vozes dos dois, eu me senti mais forte, minha mente voltou a trabalhar normalmente.
- Voltei por ela, e para salvá-la. E farei isso. – desci rapidamente a montanha em direção a casa de Embry.
Antes de chegar, ouvia a movimentação dentro da casa. Embry estava indo abrir a porta.
- Aconteceu alguma coisa? – o tom de voz preocupado. 
- Não, mas antes que aconteça, preciso ver, o que esta na sua mente Kate. – ela estava parada logo atrás do marido.
Embry olhava desconfortável para Kate.
- Vamos lá. – Kate se encheu de coragem.
- Espere um minuto, vou pedir a Merida ou Moira que me ajudem. Parei um pouco a frente, saindo da varanda.

Era necessário apenas pensar em algum deles.
Moira sempre aparece em minha mente primeiro.


“Moira, venha e me ajude com Kate.” 


- Que os ventos levem meu pedido. – abri os olhos.
Embry me olhava sem entender nada.
- Um dia espero entender. – o sorriso confuso dele, me fez sorrir junto.
- Um dia tento explicar. – bati em seus ombros, e entrei.
- O que você precisa Jake? – Kate apontava o sofá na sala, um pedido para que eu me sentasse ali.
- Apenas que você relaxe, e tente dormir. – o meu tom de voz calmo, acabou relaxando o corpo de Kate que sentava no sofá da frente. 
Já sentia a aproximação de Moira, e Merida.
Elas bateram na porta sobressaltando Kate.
- Não se preocupe amor, são nossas amigas Moira e Merida. – Embry a tranquilizou, enquanto abria a porta.
- Obrigada Embry. – Moira e Merida agradeceram em uníssono.
Ao entrar Moira sorriu em minha direção, demonstrando orgulho, por ter ouvido as palavras dela mais cedo.
Subimos para o quarto de hospedes onde haviam duas camas arrumadas e vazias.
- Estou tão nervosa, não sei se vou conseguir. – Kate estava tensa.
- Confie em mim, confie principalmente em você, e me ouça quando estiver lá. – tentei tranquilizá-la.
- Kate estaremos aqui caso você precise, lembre-se sempre de algo, você não esta sozinha. – Merida ajeitou Kate no travesseiro.
- Deite e relaxe querida. – Moira juntou os pés de Kate, ela e Merida se deram as mãos ao lado da cama, e começaram uma antiga cantiga xamã para levar o espírito de Kate ao caminho certo.
Kate adormeceu.
- Sua vez Jacob. – deitei a cabeça no travesseiro. Já podia sentir meu corpo leve, meu espírito se soltar da matéria.
Me concentrei para entrar em harmonia com os pensamentos, e o espírito de Kate, me aproximei, já conseguia enxergar por onde ela vagava.
Sentia o frio nauseante que ela estava sentindo, o medo, o desespero e a dor.
- Acalme-se Kate, e lembre-se, não é o seu corpo aqui, é apenas um sonho, nada neste lugar pode te ferir, respire com calma. – coloquei as mãos em seu rosto. – Estou aqui.
A respiração dela foi normalizando aos poucos.
Kate olhou para frente, e as imagens começaram a vir naturalmente.

Os pés dela afundaram na neve.
O uivo de Embry cortou os céus.
Kate correu até na direção deste uivo.
Uma batalha acontecia ali. O desespero dela era imenso.
- Eu estou aqui, e nada esta colocando a vidas deles em risco. – tranquilizei Kate.
Antes que pudesse dizer mais alguma palavra, a figura de uma mulher parou diante dos meus olhos. Kate parecia não ver absolutamente nada.

- Vá embora, você esta no lugar errado. – senti um frio imenso. – Escute, eu não pude evitar o que fiz, mas você pode evitar o que fará preste atenção e vai entender.
O corpo magro e maltratado da mulher parecia querer se desfazer com o meu toque.
Kate estava apavorada.
- Acalme-se Kate. – não consegui desviar os olhos dos dela, eram de um tom peculiar. Rosa claro.
- Você não percebe, olhe ao redor todos sendo massacrados, e onde você esta? Onde estão seus amigos? Saia já daqui.
Ela me empurrou com força e uma objetividade impressionante. Não era um corpo diante dos olhos rosas que ela empurrava, era com absoluta exatidão um espírito de volta para o seu corpo.
- Droga. – acordei olhando para o lado, Kate dormia.
- O que houve? Moira perguntava preocupada.
- Problemas. Vamos Moira, preciso voltar e trazer Kate aqui. – fechei os olhos, porem antes de me conseguir me concentrar, Kate despertou.
- Olá Kate. – Merida estava tinha um sorriso no rosto.
- Conseguimos? – ela parecia confusa. – Não me lembro de nada.
- Não havia nada ali para ver, apenas o que você viu Kate. – menti.
- Te ajudou de alguma forma? – ela estava ansiosa.
- Claro. – respirei fundo, por não saber o que estava sentindo ao certo.
Kate desceu as escadas. 
Merida e Moira me olhavam especulativas pois sabiam que eu estava mentindo para Kate. Fiz sinal de silêncio por saber que Embry vai ouvir caso elas me perguntem algo, as duas assentiram entendendo que explicaria depois.
Merida e Moira apagaram as velas que sempre trazem para relaxar o ambiente, ajeitamos a cama e descemos.
- Venham jantar. – Kate nos convidou animada.
Nos entreolhamos e decidimos ficar.
Merida e Moira ajudaram a colocar a mesa.
Fiquei conversando com Embry na sala. 
Todos sentaram-se a mesa animados. Kate nos contava alguns detalhes de quando conheceu Embry, e como os dois pareciam patos, sem saber se comportar um diante do outro. Como ela lutou para não se render aos encantos do agora marido.
- Não acho que foi o Imprinting que os uniu. – Moira soltou as palavras.
Kate a olhava curiosa.
- Não? O que você acha que colocou duas pessoas tão diferentes, uma na vida da outra? – Kate olhava séria Moira, que permanecia tranquila.
- O amor. O imprinting apenas mostrou que existia alguém perfeito para você Kate, e para você Embry. Mas aceitar essa perfeição, seria algo totalmente diferente. – Moira falava com a tranquilidade, que o conhecimento nos dá.
- Eu não conseguia parar de pensar nele, assim como ele não poderia mais deixar de pensar em mim. Eu não era uma pessoa tão romântica Moira, não a esse ponto, de me apaixonar a primeira vista, eu tentei fugir disso, mas o imprinting é uma magia poderosa. – Kate rebateu.
- Você não conseguiu resistir simplesmente por que antes dele, jamais havia amado verdadeiramente Kate. Se o imprinting fosse mesmo o único fator você não ia tentar fugir. Não conseguiu pois foi conhecendo Embry, e vendo que pela primeira vez na sua vida, você se sentia bem e livre para ser quem é com uma pessoa. É isso que o imprinting faz, nos mostra a pessoa perfeita para nós, mas se existisse outro alguém, talvez o laço que uni você ao Embry seria de uma amizade profunda apenas. – Kate olhava Moira hipnotizada.
- Eu também acredito que o imprinting seja isso Moira. – Embry olhava Kate de forma apaixonada. – Quando eu conheci Kate, meu instinto maior era de proteção, mas o primeiro sentimento foi de encanto claro. Mas cada dia que passava ao lado de Kate, ela mostrava ser uma mulher tão diferente das outras. Quando Kate estava em desespero, eu queria levá-la de volta, deixar que ela vivesse sua vida normalmente, sem ter a obrigação de amar alguém tão diferente dela. – Embry soltou as palavras, e claramente surpreendeu Kate. – Por isso eu acredito que o Imprinting seja algo que cada um interpreta como quer, ou acha mais devido, mas não acredito que seja uma sentença. Se é para ser amor, será, seja em que forma ele escolher para se manisfestar.

- Você jamais me disse isso Embry. – Kate parecia admirada com o marido. 
- Não era necessário amor. Eu apenas não a veria sofrer, mesmo que isso significasse deixá-la partir. Eu estaria feliz em saber que você estava bem. – ele deu de ombros.
Kate se levantou, atravessou o espaço que os separava e o beijou.
- Bem vamos embora. – levantei e coloquei o guardanapo sobre a mesa. Moira e Merida levantaram juntas sorrindo.
- Fiquem para a sobremesa. – Kate pediu sem graça.
- Não há necessidade, fizemos alguns doces em casa, e vamos para lá. – Merida justificou.
- E vamos fazer uma ronda, não queremos nenhum ataque surpresa. – Moira retirou os pratos da mesa.
- Não precisa disso gente, fiquem. – Kate estava constrangida.
- Temos realmente que ir Kate. Obrigado por nos convidar e ser gentil, com todos. – agradeci sinceramente, enfatizando a simpatia dela com Merida, mesmo depois do que houve. Kate é amiga de Leah e podia interpretar de outra forma o envolvimento dela com Mike. Mas não o fez.
- Eu é que agradeço Jacob. – ela depositou um beijo na minha bochecha.
Me despedi de Embry, e antes que pudesse colocar os pés na varanda, ouvi os passos rápidos de Kate em minha direção. Aguardei.
- Jacob espere! – ela abriu a porta. – Eu queria me desculpar com você. – ela estava sem graça novamente.
- Não entendi Kate? – fui sincero.
- Eu temia a sua volta, achava que isso ia fazer Leah sofrer, não que ela não esteja sofrendo, mas o ponto é... – ela parecia atrapalhada. – Eu via Leah sofrendo, e isso me fez julgar, me desculpe por isso Jake. 
- Não existe motivos para que você peça desculpas, e muito menos que eu desculpe algo Kate. Você estava vendo sua amiga sofrer, viu o certo, e claro que não ia me receber com flores. – a tranquilizei.
- Mesmo gostando de Mike, e digo aqui que gosto dele, e tudo que ele representou para ela, eu devo admitir, jamais vi a força que vejo nos olhos dela ao olhar em sua direção, quando ela olhava Mike, mesmo Leah amando a vida que tem ao lado dele, sendo feliz, nunca seria o bastante. Ela esta sofrendo, mas não acredito que contaria nada sobre quem ela realmente é para ele. Teve anos para fazer e não fez. Logo ela vai admitir isso, ela sempre enxerga. – ela parecia aliviada.
- Obrigado Kate. E vou esperar por ela, não importa o que aconteça, ou quem ela escolha, estarei aqui até que ela esteja bem, estando comigo ou não. – fui sincero.
- Espero que ela seja feliz. Leah merece isso, e você também. – o sorriso sincero de Kate, causa paz nas pessoas ao redor.
Kate entrou e se jogou nos braços de Embry.

Caminhei tranquilamente até minha casa.
Todos me esperavam na varanda.
Graham, Scott, Eike, Aquiles, Ayra Merida e Moira.
- Nossa, que recepção. O que esta havendo. – meu tom de voz era divertido.
- Não sabemos, você vai nos contar agora. – Aquiles me olhava sério.
- Moira e Merida nos contou, que aconteceu algo na casa de Kate. – Eike estava sentado na mureta da varanda.
Todos pareciam preocupados.
- Não sei ainda. Aconteceu algo ali. Uma mulher surgiu e me pediu para sair dali, inicialmente notei que Kate não via. Ela tinha uma aparência sofrida, estava maltratada. E definitivamente era um espírito como nós. Poderosa, já que conseguiu me enviar de volta ao meu corpo com um toque. – todos pareciam preocupados.
- Precisamos ir até o local dessa visão Jake. – Graham observou.
- Não podemos ficar aqui aguardando o ataque, que pode nos ferir. Pois se temos espíritos tão poderosos, claramente cada um de nós corre risco. – Scott ponderou.
- Jacob precisamos ir até o local desta visão. Você conseguiu identificar onde era? – Ayra investigava.
- Sim, e fica bem longe. Sul da China. – a expressão nada feliz de todos me fez sorrir.
- Vamos nos preparar. Passaportes são a nossa escolha mais rápida. – Aquiles, já colocava o telefone na orelha.
- Nos organizamos, e partimos. – Ayra sentenciava.
Apenas assenti.
Sabia da necessidade dessa atitude.
Mas ficaria longe novamente, e quando ela mais precisa.
Fui invadido pela necessidade opressora de ver Leah.
- Tenho que ir. – sai dali sem olhar para trás.
Precisava somente ouvir o martelar cadenciado do coração dela.
Porem quando chegava na colina, onde tenho estado todos esses dias, lá estava ela.
Sentada sobre a pedra, olhando a lua, ou a própria casa, não sei.
- Estava te esperando Jacob. – ela não olhou para trás.
Finquei os pés no chão.
Se desse mais um único passo eu a abraçaria.
- Se veio pedir que eu saia daqui, esta perdendo seu tempo Leah. – provoquei.
- Vim te pedir desculpas, por tudo que te disse outro dia. Não tinha o direito de fazer aquilo. Culpar você por uma situação que eu criei Jacob. – havia um brilho diferente nos olhos dela.
- Você esta sofrendo. – afirmei.
- Estou. Eu magoei Mike, nem sei o quanto. – ele virou novamente, olhando a imensidão a sua frente.
Me aproximei.
- Eu sinto muito. – fui sincero.
- Sente mesmo? – um sorriso fraco despontou nos lábios grossos dela.
- Sim. Eu não queria te ver sofrer, se culpar. Eu te amo o suficiente para preferir te ver ao lado dele e feliz, do que ao meu e infeliz por se sentir culpada. – confessei.
- Você mudou, e tanto que não tenho a mínima dimensão. – meu coração e o dela pareciam querer saltar do peito.

- Você tem sim, só precisa ouvir o que esta ai, em você. – a vontade de abraça-la e protegê-la era tão grande, que poderia derrubar tudo a minha volta.
- Sei que as situações são diferentes Jacob, mas hoje eu entendo o que você sentiu ao sair daqui, o que você sentia por ela. – ela deu de ombros, claramente desconfortável, por estar se referindo a Bella.
- Era diferente Leah. Eu me apegava a ela, pois na minha mente, a entrelacei com uma parte da minha vida que eu perdi. Eu queria ser aquele garoto feliz e sem ter obrigações de sangue. Perder Bella era enterrar de vez aquele menino, inocente, feliz, e totalmente humano. Eu confundi o amor que sentia por ela, e queria lutar para manter nela, tudo aquilo que eu havia perdido. Projetei nela esse desejo, essa obrigação, e fiz disso meu único objetivo, manter aquele coração batendo natural, e totalmente humano. Quando ela morreu, eu me senti perdido. Sem saber ao certo o que sentia, mas diferente do que eu acreditava, eu nunca amei Bella, não da maneira que eu achava, eu amei sim, como uma irmã, era esse o motivo da minha dor. Ela levou aquela parte da minha vida que eu era feliz sem magia, sem obrigações, e sem acreditar em monstros. – desabafei, palavra por palavra, presa na minha garganta.
- Acho que de certa forma eu sempre soube, mas a sua ausência era tão sofrida que eu me neguei a ver, que partir naquele momento era a única decisão certa que você poderia tomar. E como doeu. Te ver partir Jacob, foi uma das piores dores na minha vida, como me partiu inúmeras vezes lembrar as suas palavras. – ela respirou fundo.
- Eu sinto muito. – fui sincero.
- Eu sei. Não posso mais apontar meu dedo e dizer que teria feito diferente, quando eu fiz tão errado aqui Jacob. Errei, e não foi pouco. Como julgar você, tendo causado tanta dor a Mike por mentir? E como eu o magoei. E mesmo tentando negar, eu sei que ele estava certo Jake, não contei sobre quem eu realmente era, pois era mais fácil fingir, era confortável. Eu não queria mudar a vida dele desta maneira, pois sabia que uma hora ou outra ia acabar partindo. – Leah parecia tranquila, mesmo sofrendo, estava tranquila.
- Você não fingiu Leah, apenas queria ter algo normal, e só seu. – não podia julgar ou tentar, de alguma forma fazer com que minhas palavras virassem algum tipo de repreensão. 
- Esse foi meu erro, queria algo meu, e não pensei no que Mike queria Jacob, ignorei isso, sabendo que ia magoá-lo. A mentira destrói as coisas Jake. Por isso hoje eu consigo olhar pata trás, e lembrar da sua partida mais conformada. Você não mentiu, mesmo me partindo ao meio, e agora depois do fim do meu casamento, eu consigo entender. – uma emoção tão grande ameaçava tomar conta do meu corpo.
Não havia nada naquele momento que eu quisesse mudar. Ela estava ali, e pela primeira vez após anos, eu estava escutando as palavras que mais desejei desde a minha saída daqui.
- Preciso ir, vou tirar as coisas dele de casa. Mike não aceita ficar aqui, e não quer que eu saia, já que me deu a casa. Eu não posso ficar batendo pé, já o magoei tanto, que não posso bater boca, e dizer que não quero viver ali. – ela desceu a colina calma e sem pressa, atravessou cada parte da mata sendo vigiada por Seth, Quill, Sam, Paul, Jared, Brady, Collin, Evan e Joseph.
Ao chegar em sua casa, ela parecia tão diferente. Dentro da casa, a respiração era pesada. Os batimentos cardíacos acelerados.
Mesmo antes de ter a consciência de caminhar até lá, eu já estava indo.
Mais rápido do que eu mesmo poderia imaginar estava lá, na porta dela.
Leah abriu a porta e sem dizer nada eu entrei.
Ela caminhou na frente, e parou diante de uma parede, com retratos dos dois. Sentou-se no chão.

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=8LLheN_rpmU

Ela simplesmente não conseguia tirar os quadros dali.
Fotos que Mike tirava dela, em diferentes horas e lugares, fotos de Mike com ela, e que provavelmente ela tirou dele. Uma vida em pequenos quadros. Uma linda vida a dois.
Senti meu coração ser despedaçado, um milhão de vezes consecutivas. Ignorei a minha dor. Nada neste momento é mais importante que os sentimentos de Leah.
Segurei a mão dela.
- Você consegue, sempre conseguiu. Só precisa começar.
Ela respirou fundo. Se levantou lentamente, e tirou o primeiro quadro.
Me levantei e parei ao lado dela.
Respirei fundo, e tirei outro.
Em silêncio tiramos todos os quadros daquela parede.
Leah me entregou uma caixa, e partiu para a sala.
- Todas as fotos. – ela pediu.
Um a um calmamente tiramos os retratos da sala.
Dos quartos, e de cada canto onde se encontravam fotos dos dois.
Guardamos nas caixas.
- Sei que não muda nada fazer isso, acontece, que eu preciso deixar Mike partir. Ele merece isso, e eu mereço. Entrar aqui e me deparar com todas essas fotos, faz a culpa apertar, e automaticamente quero saber se ele um dia vai me perdoar. E preciso respirar, e deixá-lo fazer o mesmo. – Leah deu de ombros.
Ao terminar a casa parecia exatamente como estava. Vazia.
Leah sentou diante de uma das paredes vazias. Parecia mais leve.
- Preciso ir. – fechei a caixa e a coloquei sobre outra.
- Obrigada Jacob. – havia um certo alivio no tom de voz agora.
Coloquei as mãos na maçaneta, e antes de abrir decidi avisar sobre a minha viagem.
- Em alguns dias vou viajar Leah. Ficarei uma semana longe. – o coração dela acelerou frenético.
- Você disse que ia esperar. – sua voz continha uma ansiedade imensa.
- E vou, mas antes de tudo voltei por você, para te proteger, e preciso saber o que os sanguessugas querem com você Leah. – fui sincero.
- E claro não vou junto. – uma afirmação, não pergunta.
- Não. Pois não sei o que vamos encontrar. E não posso de maneira alguma, colocar sua vida em risco. – respirei fundo, tentando levar comigo o aroma delicioso da pele dela. – Boa Noite Leah.
Fechei a porta, e pela primeira vez em dias, senti que a minha Leah esta voltando. Claro que até ela se recuperar teremos uma caminhada, assim mesmo, ela esta começando a trilhar este caminho.
Corri pela mata até minha casa.
Na frente da casa, havia um churrasco. Todos assavam o que parecia ser um animal imenso.
Seth, Collin conversavam animados. Meu Pai estava em um canto com Graham.
- Aquiles caçou, todos vem, dão uma mordida e voltam as rondas. – Ayra explicou.
- Claro, claro. E Moira? Merida? Scott? – notei a ausência deles.

- Moira e Scott estão fazendo rondas, Merida... Bem, Merida não esta em La Push. – não era necessário ser um gênio para saber, que ela estava com Mike.

Passei por meu pai, depositei um beijo em sua testa.
- Vou tomar um banho. – me sentia cansado.
Antes de entrar pude sentir a corrida. Os batimentos frenéticos, que imediatamente fizeram o meu, entrar em uma sintonia alarmante.
Leah.
Passei por todos como um raio, podia sentir a tensão.
- O que houve? – parei diante dela a postura protetora, fazia uma varredura na mata com os olhos.

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=KVn2-iXOFeI

- Eu preciso falar, o que não tive coragem, o que não podia, pois simplesmente era errado. – meu coração disparou ainda mais quando notei o brilho nos olhos negros dela, o sorriso leve em seus lábios.
- Eu te amo Jacob. E até hoje, não entendia direito o que isso significava. – tentei dizer que também a amava, mas fui impedido.
- Não! Agora é a sua vez de escutar Black. Eu venho escutando você desde, a sua volta, cale-se e me escute. Ou meu orgulho, e minha falta de romantismo, vai me calar, como acontece sempre, e eu guardo, enfim apenas fique calado. – ela foi taxativa.
- Sempre foi você Jacob, até quando eu te odiei, quando senti saudades, quando te esqueci. Quando meu coração estava partido. Mas hoje, eu entendi o motivo de não conseguir jamais, e nem por um minuto querer lutar contra o que sempre senti por você. Hoje você me fez entender as palavras: ”Amor não é um sentimento fácil”. E tantas outras. Eu entendi que amar não é estar junto, e que às vezes é necessário partir. Como não te amar? Como não acreditar que você me ama, ouvindo você dizer que prefere me ver feliz com outro, do que sofrendo por culpa ao seu lado, quando sabemos que Eu te amo. Eu sempre fui sua, mesmo quando eu achei que você jamais seria meu. E quando eu vi acontecer eu tive medo, porque eu sabia que nada ia importar, e independente do que acontecer, eu ia ficar com você. Eu não estava presa ao passado, estava simplesmente com medo, de machucar alguém que jamais teve nada a ver com nossa história. Mas como eu poderia te culpar, quando nem eu consigo mais guardar o que eu sinto? Transbordou, sem que eu faça a menor questão de tentar arrumar, ou fazer caber dentro de mim. Essa sensação, de ser totalmente sua, e você meu, não quero e não vou mais reprimir. Eu te amo Jacob. – um sonho, sem explicação. 
Leah entrelaçou os dedos nos meus. Encostou a testa na minha.
E tudo aquilo que eu sofri para estar aqui sem que ninguém soubesse, agora pareceu ser tão fácil de alcançar.
Respirei fundo, para não ser fraco e chorar ao invés de dizer o que ela merece ouvir.
- Não existe mais nada neste mundo que me separe de você Leah. – enrosquei minhas mãos nos cabelos dela. – Eu. Te. Amo. – selei nossos lábios, era nos braços dela o meu lugar, sempre foi. – Eu. Te. Amo. Você é minha. Eu sempre fui seu. Agora somos um só. E não importa onde, ou como, um sempre vai encontrar o outro.
- Sempre. – o sorriso nos lábios dela, não aquele, que me pertencia, ainda sim era lindo de ver.
Selamos nossos lábios novamente.
Essa sensação de estar nos braços dela, e tudo a minha volta desaparecer é tão forte que parece real.
- Rhum, rhum. – Seth coçava teatralmente a garganta.

- Perto demais. – sussurrei no ouvido dela.

- Venha. – entrelaçamos nossos dedos.
Corremos para uma parte dos penhascos, onde há anos eu não vinha.
O sorriso se espalhou por meus lábios.
Ali os olhos negros dela, brilhavam tão intensos quanto a Lua.
Leah sentou e encostou embaixo de uma arvore.
- Posso? – estendi a mão, e mesmo sem entender, Leah entrelaçou os dedos nos meus. Levantei seu corpo, e sentei no exato local onde ela estava, e a puxei de volta para os meus braços, a encaixando no meio das minhas pernas.
- Muito melhor assim. – ela encaixou seu pescoço, no meu. – Temos que esclarecer algumas coisas Black.
- Vamos esclarecer Clearwater. – passava os lábios no pescoço dela. 
- Foco Jacob, por favor. – ela levantou com um dedo meu queixo.
- Claro, claro. – ela cerrou os olhos. – Nunca perdi o foco amor.
- Jake, eu vou passar o restante da vida ao seu lado, se não nos matarmos antes, claro. – gargalhei. – Mas agora... mesmo admitindo tudo que sinto... Eu... – ela tentava empurrar as palavras.
- Você tem que respeitar Mike. – deixei o sorriso de lado, e encarei os olhos negros dela. – Leah, não cheguei onde estou, sem ter paciência. Até alguns minutos atrás, Eu estava feliz simplesmente por ter ficado ao seu lado, por cinco minutos. Te ver conseguindo dar um passo, depois outro, e isso já me bastou. Ter você aqui nos meus braços, vai muito alem de qualquer expectativa. O meu amor é paciente Leah, sempre foi, e jamais deixará de ser. – o sorriso largo nos lábios dela, aquele era o meu sorriso.
- Porque para cada palavra que eu digo você tem outra que me deixa parecendo uma criança de cinco anos? – ela empurrou meu corpo de uma forma leve, me fazendo apoiar a cabeça na grama, e apoiando as mãos sobre o queixo no meu peito.
- Eu não faço isso, apenas tenho certeza de cada palavra que eu digo, e isso faz toda a diferença Leah. Acreditar e ter confiança nas palavras que você diz. – ela suspirou, e apoiou a cabeça no meu peito.
- Esta vendo, fez de novo. – rimos juntos, enquanto eu alisava os cabelos negros como a noite da morena.
- Jake, senti uma angústia quando você me disse que ia viajar. Um medo de não ter você por perto, de te ver partir mais uma vez. – apertei o corpo dela contra o meu.
- Não sinta, eu jamais darei as costas a você novamente. – levantei seu queixo, para que ela olhasse em meus olhos.
- Espero que não mesmo, desta vez eu te mato. – seu tom de voz era sedutor.
Leah passava a ponta do nariz, no meu pescoço, deslizando até o peito.
Girei o corpo dela fazendo com que suas costas, encostassem-se à grama, e sua cabeça, permanecesse nos meus braços. Minha mão deslizou até sua cintura.
- Vamos embora! – levantei agilmente estendendo a mão para ela.
Leah gargalhou.
- Tem razão Black, vamos. Você é um fracote. – ela levantou, e passou por mim vitoriosa.
- Vou ignorar a ousadia, afinal sei que você não resiste ao meu charme, e quer quebrar as próprias regras. – provoquei. – Não sou fracote, apenas sei bem controlar meu corpo. – menti. – Aprenda a se controlar mulher. – ela gargalhou mais uma vez.
- Convencido insuportável é esse Jacob Black. – ela envolveu os braços na minha cintura. 
Caminhamos abraçados até a casa de Sue.

Ao chegar na porta, Leah parecia muito mais tranquila.

- Nossa, você me trazendo aqui, lembra nosso encontro, há anos atrás. – ela olhava a porta, talvez lembrando do exato momento em que atravessou a porta, na noite do nosso primeiro encontro. – Nem parece que houve uma vida, que separa este momento daquele.
- Mas houve, uma vida, que me ensinou que aqueles momentos eram os mais importantes da minha vida. Essa vida que separa esses dois momentos foi tão importante para ambos, quanto aquele dia. – beijei a ponta do nariz dela.
- Fez de novo. – ela riu. – Me deixou parecendo uma criança. – ela se afastou. – Nada de usar esse tom de voz, que encanta as pessoas. Pare.
- Claro, claro. – a puxei para os meus braços novamente, envolvi minha mão em meio aos cabelos dela, e selei nossos lábios.
Eu poderia, e queria ficar ali para sempre. Com ela em meus braços. E um dia isso ia acontecer.
- Boa Noite Jake. – ela sussurrou em meus lábios.
Sorri sem abrir os olhos.
Leah virou para entrar na casa da Mãe.
- Só para constar. – ela parou antes de abrir a porta. – Eu não uso nenhum tipo de tom, quando estou ao seu lado, é só eu, apaixonado por você, como sempre foi. – o sorriso se espalhou nos lábios grossos dela.
Leah correu ágil em minha direção, saltando em meus braços.
- Eu Te Amo Jacob. Insuportável. – meus beijos, minha, e tão somente minha.
- Eu também, amo Leah. Marrenta. – ela sorriu. – Durma bem amor. – ela se afastou, e entrou em casa.
Empurrei minhas pernas para longe dali. Com toda a força que continha no meu corpo.
Ao chegar em frente a minha casa, apenas Graham, e Eike estavam ali. Merida estava dentro de casa.
- Feliz Jacob? – Eike perguntou, com um sorriso de certeza nos lábios.
- Como jamais estive. – confessei sem poder conter as palavras. Um bobo, com cara de apaixonado. Patético para um alfa, lutar contra tantos perigos, e não conseguir fazer o mesmo contra um sorriso apaixonado. – E os outros. Moira e Ayra?
- Na mata, apenas Merida esta lendo um livro lá dentro. – Graham informou.
- Bem vou tomar um banho e dormir. Boa noite irmãos. – passei por eles e entrei.
Subi as escadas, e fui direto ao meu quarto, passei a mão em uma toalha e fui tomar um banho.
A água morna nas minhas costas, era relaxante.
O cheiro de Leah estava misturado ao meu.
Passei o nariz pelo meu braço, não queria deixar esse aroma sair da minha pele. O aroma dela.
Desliguei o chuveiro, e fui até meu quarto, coloquei uma bermuda e uma camiseta.
Ouvia Merida virar as folhas do livro em suas mãos, ela estava tranquila.
Caminhei até seu quarto, e antes de bater na porta, ela me convidou para entrar.
- Pode entrar Jacob. – ela estava deitada lendo.
Abri a porta e cruzei os braços na soleira da porta.
- Como ele esta? – fui direto.
- Bem. Sofrendo, mas indo bem, na medida do possível. – ela suspirou levemente. – E Leah?

- Sofrendo por saber o que causou a ele. – olhei diretamente nos olhos dela. – Ele já sabe Merida?
- Sobre? – ela fingia não entender.
- Sobre as mudanças que a vida dele terá, depois que ele entrou em contato com a magia que você praticou para salvá-lo. Ele sabe? – fui o mais objetivo possível.
- Não! – ela admitiu derrotada. – Eu vou contar Jake, só quero que ele fique mais forte, só isso. – ela parecia angustiada. 
- Eu entendo, apenas não omita mais nada dele. – levantei e caminhei até a janela.
- Não farei Jake. Mike não gosta de meias verdades, esta sofrendo muito por tê-las em excesso. Eu vou contar, e espero que ele entenda. – ela parou ao meu lado. – E você vai contar o que esta omitindo de Leah quando?
- Em breve. Só queria que ela tivesse certeza do meu amor. Agora ela tem. Não existem motivos para duvidar. – ponderei.
- Vamos apenas ganhar um dia de normalidade. Você ao lado dela. Eu tentando permanecer ao lado dele. – sorri com a forma derrotada que ela disse s ultimas palavras.
- Acredite em você, e logo ele vai acreditar também. – depositei um beijo na testa dela. – Boa Noite Merida.
- Boa Noite Jake.
Sai do quarto, e entrei no meu.
Deitei na cama relaxado. Pela primeira vez em anos, senti em paz por estar em casa.
Fechei os olhos e adormeci.

 

Um sonho estranho.

Uma mulher, poderosa, com um andar majestoso.
Ela se misturava com a mata.
O corpo, os cabelos.
O aroma era diferente, claramente não estava ligada a matéria.
Lobos corriam atrás dela.
Eu não conseguia vê-la de frente, somente suas costas.
Ela adormecia um a um os Lobos que encontrava sem dar chance de defesa a eles.
Parou diante de um rio. Nele estava a filha dos Cullens.
Não sei em que momento ela adormeceu Seth, sem machucá-lo. A hibrida tinha uma postura de defesa a Seth.
As duas conversavam, ou a garota dos Cullens apenas ouvia.
A mulher de longos cabelos se virou para me olhar. Levei um susto.
- Olhe direito, preste atenção nos detalhes Jacob, rápido.
Os olhos rosa da mulher na mente de Kate, aqui eram vivos, uma cor forte Aqui ela não tinha aquela aparência maltratada e sofrida que vi na mente de Kate.
Ela segurou meu braço

.


Acordei sem ar.
- Droga. – parecia que estava sendo sufocado.
Ao olhar meu braço, havia uma marca de mão ali.
Pequena, mas estava ali.
Levantei rapidamente. Andava de um lado para o outro.
Saltei pela janela, e corri.

“O que aquela mulher é?”
O que esta querendo me dizer.
A sensação sufocante de somente agora, neste exato momento, notar que de fato, estou deixando algo passar sem perceber. Mas o que?
- Foco Jacob. Foco.
Permaneci ali por mais de uma hora. Tentava me acalmar.
Não tenho a inocência de acreditar que isso foi apenas um sonho, assim como os sonho com a minha Mãe. Sei que estou deixando algo passar sem perceber, e não vou descansar enquanto não descobrir o que?
Caminhei de volta a trilha.
Os caminhos aqui sempre me levam a um lugar.
Leah.
Corri até a casa de Sue. A janela estava aberta.
Saltei ágil em entrando sem fazer barulho.
- Que autocontrole hã? – a voz de Leah me sobressaltou, ela estava deitada em um canto da cama.
- Um fracote, admito. – deitei ao lado dela e encaixei meu corpo no dela.
- Somos dois. – ela segurou minha mão e levou aos lábios. – Boa Noite Jake.
- Boa Noite meu amor. – afundei meu rosto em sua nuca, e relaxei.
Amanhã procuro respostas, pois aqui, este é o nosso momento.
Aqui passarei a minha melhor hora. 
Adormeci com o aroma da pele dela me embalando.
A melhor noite depois de anos, pois, hoje estou com a mulher da minha vida em meus braços.


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Notas finais do capítulo

Momento cuti- cuti na CP.
Ai estava precisando ver os dois felizes, ou quase muito felizes.
Mesmo que ainda tenham que enfrentar muita coisa, esses momentos são belos não é?
E vocês que agora são Team Newalter( Mike e Leah), nada de querer me matar viu rs. Logo teremos mais momentos dos dois, e mais do DIVO Mike, que logo vai trazer mais surpresas.
Meninas espero que gostem do capitulo.
Eu e Carla agradecemos a toda leitora desta Fic, pela paciência, e por estarem sempre por aqui. Lindas.
Próximo capitulo é Ela, nossa Diva Leah.
E quero ver os palpites viu, vamos ver se estão juntando as peças rs.
Até o próximo meninas.