Circulo De Paixões. escrita por Lorys Black


Capítulo 20
Capítulo 19 - O Pedido - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Olá Matilha linda, tudo bem? Esperamos que sim.
Demoramos mais estamos de volta...
Minha Best Friend Bruna Black, esteve com alguns problemas familiares e por isso teve que se ausentar um tempo...
E eu acabei ficando doente, mais agora estou melhor...
Agradecemos a todas as leitoras maravilhosas que curtiram e comentaram o capitulo anterior..
Esse proximo capitulo é o maior que a CP teve até agora e decidimos dividi-lo em 2 partes, para que vocês possam ler com calma e absorver todas as emoções...
Agora sem mais delongas vamos ao capitulo, nos vemos nas notas finais..
BOA LEITURA!!!!



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Sentia alguns raios de sol batendo nos meus olhos.

Mike dormia tranqüilo com o corpo enroscado ao meu. Sorri com a visão, e com a necessidade dele de se manter aquecido, pois estávamos dormindo do lado de fora da barraca.

Vantagens de ter a temperatura do corpo na casa dos quarenta graus.

- Mike acorde. – beijei suavemente seus lábios. – Já esta de manhã e preciso voltar.

- Não... Vamos passar o dia aqui. – ele tinha a voz embargada e os olhos fechados.

- Por mim tudo bem. – o abracei novamente querendo dormir.

Ha uma semana Mike e eu estamos namorando, é estranho verbalizar esta palavra. Fiz isso uma única vez.

Bom, aceitei o pedido, o problema é que Mike parece um homem da idade média e resolveu contar a Mãe.

Eu gostaria de ter visto a reação de Karen Newton ao receber a feliz noticia que seu filho único e brilhante advogado esta namorando a garota Quileute, simples gerente de uma pequena loja em Forks. Ela não foi muito receptiva. 

Fiquei horas rindo com Kate supondo qual seria a reação da adorável Karen, caso ela descobrisse que sou uma Loba. Uma pena não poder revelar.

Mike sentou ao meu lado despertando.

- Tentando me enrolar Leah? – seu tom de voz era divertido. – Vamos, temos um almoço para degustar. – cobri a cabeça em resposta. – Não será ruim, anime-se, coragem. – descobri a cabeça.

- Ruim não será, até o momento que sua Mãe resolver fazer piadas e minha Mãe jogar a sobremesa na cabeça dela, ruim não é a palavra certa, será divertido. – debochei sem humor algum na voz.

- Leah meus pais vão aceitar. E se não...Bem, não poderão dizer que não tentei tê-los na minha vida real, pois eles faziam parte daquele conto de fadas criado por mim. Vamos ver como eles se saem. Sem mentiras e sorrisos falsos. – droga, porque ele sempre tem as palavras certas na ponta da língua.

- Vamos terminar logo com isso Newton. – levantei fingindo não estar gostando e pouco me importando para as palavras dele. – coloquei rapidamente o vestido, e a parca que Mike me obrigou a vestir. Ele colocava a roupa lentamente, tinha um sorriso nos lábios. – Qual a graça Mike?

- Nada. Só que amo esse seu jeito. – ele colocou o casaco.

- Que jeito? – coloquei as mãos na cintura. Há desvantagens em nunca saber o que ele pensa. Me causa um certo nervosismo.

- Esse de “finjo que não ouço, mas não só ouço como entendo você Mike” – ele sorriu, caminhando em minha direção. – Te Amo. – senti um friozinho gostoso na barriga, sempre sinto isso quando Mike se aproxima.

- Não sei do que você esta falando Newton. – menti. – E também te amo, porem não se acostume com minha boa vontade em almoços de família, ela desaparece na mesma rapidez com que surge. – selamos nossos lábios, e antes que o clima esquentasse novamente, tratamos de desmontar a barraca onde acampamos durante a noite.

Mike me deixou na porta de casa e seguiu para a sua. O almoço estava marcado para uma hora da tarde.

Deixei os equipamentos de camping na varanda junto com a parca e segui rumo a mata, precisava verificar meus lobinhos.

Tirei o vestido e o pendurei nos galhos de uma arvore.

O fogo dominou meu corpo e estava segundos depois, sobre quatro patas.

Meus Lobinhos. – Seth zombou.

O que o Newton dá pra ela, mel? – Quill perguntava divertido.

Nada de fazer ela mostrar o que o Mike anda fazendo ou dando a ela, seria doloroso demais. – Collin usou teatralmente um tom de repulsa colocando a língua para fora.

Calados. – exigi. – Seth seu pirralho você me paga. Agora vamos ao que interessa seus Pulguentos. – as brincadeiras foram gerais.

Enquanto eles continuavam com as brincadeiras imagens da ronda noturna realizada por Embry e Brady preenchiam minha mente.

Tudo estava tranqüilo, Até hoje claro.

Então hoje é o grande dia? – Collin parecia ansioso.

Você acha que estou aqui por quê? – Seth não estava feliz.

Você e Sam vão juntos entregar, ou apenas ele? – Quill queria ir junto.

Nós dois. Eu arranquei, eu faço questão de devolvê-las. – debochei.

Sam se aproximava.

Combinamos com os Cullens a entrega das mãos de Rosálie. Eu poderia ter devolvido antes, porem ela precisava entender que não tenho medo dela, ou de qualquer tratado feito, caso veja a vida de alguém ameaçada.

Vamos lá. – a calma de Sam me tranquiliza.

Duas mentes se conectaram a minha e do restante da matilha. Embry e Brady.

Todos os Lobos da matilha de Sam estavam na mata. Matilhas completas seguimos rumo a fronteira.

O cheiro enjoativo deles já invadia nossas narinas. Renessme não estava ali.

Sam achou prudente eu permanecer na forma Lupina. Concordei para não provocar Rose e acabar arrancando as pernas dela.

- Bom Dia Sam. – Edward sempre gentil demais.

Rose não estava ali.

Bom Dia. – Sam respondeu. – Viemos para dar um aviso. Que isso nunca mais se repita, ou não vamos aplicar castigos, não cabe a nós educar crianças mimadas e mal criadas, vamos romper o tratado. – o tom alfa dominou a voz de Sam.

Não quebramos o tratado por Reneesme. Ela ama Seth, ama Forks e não vou mudar o curso da vida dela, porque Rosálie não tem bons modos ou não me suporta. Não sou fã dela, mas a aturo, ela que faça o mesmo e passe a cuidar mais de sua vida. – esclareci meu ponto de vista.

Edward assentiu, e repetiu palavra por palavra o que dizíamos, para o Dr. Carlisle, Jasper, Alice e Bella.

- Rose não causara mais problemas. Prometemos isso. – o Dr. Caninos foi taxativo.

Sam soltou a bolsa contendo as mãos de Rose.

Em uma atitude humanitária e sem explicação Emily colocou as mãos no gelo. Não sabíamos como esse tipo de coisa funcionava, pois, se alguém arrancar um braço ou uma mão nossa a única forma de ter outra é implantando, não devolvendo.

Edward sorriu.

Maldito sanguessuga lendo meus pensamentos.

O sorriso se alargou no rosto marmóreo dele. Revirei os olhos.

Entrega realizada com sucesso. Saímos dali o mais rápido possível, o cheiro de um deles já é doloroso, de vários é insuportável.

Seth estava preocupado com Nessie,eu não a via há uma semana. Ela estava ficando no chalé.

Longe de Rosálie, longe de mim.

Porem todas as noites ou nos meus horários de ronda ficava por ali, há uma distancia onde não pudéssemos nos ver, porem onde com certeza podíamos ouvir uma o coração da outra. Era a minha forma de dizer que estarei ali, quando ela decidir falar.

Ela esta bem Leah, só precisava ficar sozinha. – Seth sempre tentando me acalmar.

Eu sei, eu sei. Bom o circo acabou, quem tiver que ir para casa vá quem estiver de ronda fique. – vou usar essa desculpa com Mike. Preciso salvar a cidade, não posso almoçar com sua agradável Mãe.

Pode ter certeza... Não vai funcionar, acredite já tentei. – as imagens da bronca que Collin levou da namorada (e imprinting) por tentar dar esta desculpa, antes de conhecer a sogra.

É não vou fugir. Gostaria de não ir, mas fugir jamais. – desabafei.

Pense positivo, você terá seu irmão amado lá para não deixar a Loba devorar a chapeuzinho, ou a sua Sogrinha. – Seth estava um verdadeiro comediante hoje.

Nuvens invadiram meus pensamentos para não responder.

Corri pela mata até chegar onde deixei meu vestido. Respirei fundo. Segundos depois estava sobre duas pernas.

Coloquei meu vestido e voltei rapidamente para casa. Ao me aproximar sentia o cheiro da comida sendo preparada, e um aroma quase sufocante de flores. Minha Mãe e Kate cantarolavam animadas. Vamos ver se elas continuaram desta forma quando Karen Newton sair.

Entrei e o espanto me atingiu em cheio.

Havia mais flores entre minha sala e a cozinha, que nas melhores floriculturas do pais.

Céus onde estão os Cullens quando se precisa realmente deles?

- De quem é o enterro? – coloquei as mãos na cintura.

- Como assim? – minha Mãe se fez de desentendida.

- Alguém morreu, ou vocês querem me matar com essa quantidade de diferentes tipos de flores?! – coloquei os equipamentos de camping perto da porta.

Seth estava se aproximando.

- Não é enterro Leah. Teremos visitas e a casa fica linda com flores, elas trazem alegria e boa sorte. – minha Mãe dizia séria. – E suba esse equipamento já, não quero bagunças hoje. – apenas assenti, tapando o nariz teatralmente.

- Céus Mãe, achei que havia algum velório na reserva, quando descubro que o velório é na minha casa. – Seth tapou o nariz com a blusa. Gargalhei da expressão no rosto da minha Mãe.

- Tudo bem seus resmungões vou deixar apenas as rosas esta bem? – Kate tirou o avental e foi colocando os vasos na mesa de jantar.

- Obrigada Kate minha respiração agradece. – subi agilmente guardei os equipamentos e voltei para ajudá-las, parei diante de Kate que se assustou. – Leah! Que susto. Desça as escadas como um ser humano normal por favor! – seu coração estava acelerado e o tom de brincadeira, mostrava o quanto ela ainda se assusta com algumas coisas da minha condição.

Ajudei em algumas coisas.

Minha Mãe havia adiantado tudo.

- Suba e se arrume Leah, você também Kate, esta tudo pronto, e não vamos receber os pais de Mike com cheiro do almoço, não é mesmo? – minha Mão estava tão tranqüila, e feliz por me ver bem que amou a idéia de Mike em trazer os pais para almoçar aqui.

Subimos para tomar banho, tomei o meu rapidamente e enquanto Kate tomava o dela, observava a roupa em cima da cama. 

Era estranho Eu Leah Clearwater, estar recebendo pais de um namorado em casa. Sem saber ao certo a reação deles, ou o sentimento em relação a mim.

Tanto os pais de Sam, quanto Billy, me virão crescer, eu seria perfeita para eles na visão de seus pais. Já Mike... Mike foi criado longe das minhas tradições, era formado, viajado, seus pais tinham dinheiro.

Afastei os pensamentos inseguros.

Sorri olhando a roupa.

Kate me presenteou com um vestido branco, pois acha que isso realça a cor da minha pele. Coisas de garotas e que eu jamais vou entender. Enfim o vestido é meia taça, acima dos joelhos, leve e vem com um casaquinho vermelho e curto por cima. Seria lindo, se os sapatos dados por ela não combinassem com o casaquinho, ou seja, virei a boneca de Kate.

- Céus me ajude a sair viva deste almoço, ou não explodir nas roupas da Barbie já será muito bom. – a ansiedade e falta de conhecimento neste tipo de situação esta me tirando a concentração.

Vesti rapidamente, não me olharia no espelho, isso com certeza ia me irritar.

- Nada de espelhos hã? – a distração me impediu de perceber a aproximação de Nessie.

Um sorriso largo e involuntário preencheu meus lábios ao vê-la ali.

- Lê mentes agora? Nossa uma semana muda mesmo as pessoas. – brinquei.

- Não tenho esse talento. Por enquanto. – ela sorriu se aproximando. – Você fechou os olhos ao passar pelo espelho, acho que não quer se olhar com esta roupa.

- Impressão sua. Entrei na loja, olhei e trouxe. – tentei enganar.

- Acreditaria nisso, caso não a conhecesse tão bem a ponto de saber que você jamais entraria em uma loja, ou compraria roupas combinando com os sapatos. – estava sentindo falta da pequena. Apenas sorri encarando os lindos sapatos que vestiria em alguns minutos.

Ficamos em silencio alguns segundos. Nunca ficamos sem nos falar, mesmo quando ela viajava com os pais e Seth sempre nos falávamos. Mas dei espaço a ela, agora precisava descobrir o que esse espaço causou.

- Achei que não viria. – a encarei séria.

- E perder seu recomeço oficial? Nunca. Eu te amo demais para deixar de fazer parte da sua vida Leah. – a abracei forte.

- Eu também Nessie. Apenas não podia me desculpar por ser quem sou. – a encarei novamente, segurando seus braços. – Se me desculpasse estaria fazendo isso, entende?

- Claro! E eu não posso pedir para você colocar panos quentes, nas atitudes grosseiras da minha tia Leah. Eu só queria que tudo fosse diferente sabe? – uma lagrima rolou pelo rosto dela.

- Sei. – enxuguei a lagrima em seu rosto. – Bem hoje podemos controlar algo. O almoço prestes a acontecer. – sorri e segurei suas mãos.

- Acho mais fácil você e Rose tomarem chá juntas e sorridentes viu. – ela debochou.

Kate vinha cantarolando pelo corredor.

- Nessie! – ela correu e abraçou a pequena. – Senti sua falta. – Kate verbalizava com facilidade as palavras que não saiam da minha garganta.

- Eu senti falta também. Agora vamos nos arrumar. – Nessie correu até a janela e pegou uma maletinha deixada no parapeito. – Trouxe algumas maquiagens.

- Não, de maneira alguma. Agüentei a roupa, o sapato combinando com a blusa e a flor no meu cabelo. – apontei para a flor em cima do móvel em meu quarto. – Maquiagens não.

- Pare de resmungar como uma velha, e vamos desmontar Karen Newton. – eu deveria estar louca e muito apaixonada, pois enquanto Kate se arrumava, Rennesme fez uma maquiagem leve, ajeitou meu cabelo, e eu permiti sem tentar quebrar nada.

Alguns minutos depois estávamos prontas.

Descemos e a mesa estava linda.

Minha Mãe andava de um lado para o outro ajeitando flores, almofadas nos sofás e cortinas. Dona Sue estava linda e radiante.

Ouvi quatro corações baterem acelerados.

De Embry e Seth ao verem, Kate e Nessie, e os delas ao avistarem eles. Porem o som que fez o meu coração acelerar foi o do carro de Mike na rodovia. O silêncio ali era incomodo, pois Mike tamborilava os dedos no volante.

- Mãe eles estão chegando. – avisei dona Sue, na cozinha.

- Hora do show Leah. – Seth apertou meus ombros.

Estava nervosa e ignorei o pirralho.

O carro entrou na rua da minha casa e logo em seguida na trilha.

- Nossa achei que eles moravam em uma oca, ou tapera, pelo menos temos telhado. – Karen Newton parecia uma criança birrenta.

- Pare Mãe! Deixe de ser infantil. Seja educada, e não me faça ter arrependimento algum em ter convidado você para participar desta nova fase da minha vida. – Mike advertiu.

Eles desceram do carro e caminharam até a entrada.

- Nossa que lugar lindo meu filho. – o Pai de Mike não tinha nada contra nosso namoro. – A casa também é muito bonita.

A campainha tocou.

Respirei fundo e girei a maçaneta.

O Coração de Mike disparou ao me ver, assim como o meu quando o vi. Ele estava lindo.

- Nossa você esta linda. – ele soltou as palavras antes que eu dissesse algo. Um sorriso largo se espalhou por meus lábios.

- Você também. Segurei sua mão. – a imensidão azul dos olhos dele sempre me faz perder o foco, então ouvi um sussurro tilintar nos meus ouvidos, “ Não esqueça dos pais”, a voz de Seth me puxou de volta a realidade. – Boa tarde Senhor e senhora Newton. Entrem e sejam bem vindos. – ensaiei essa frase com Kate algumas vezes.

Eles entraram e enquanto eram formalmente apresentados a minha família Karen media toda a minha casa.

Era nítida a decepção em seu olhar, pois ela esperava algo simples e mais pobre, porem não somos ricos mas a casa é linda. Meu Pai praticamente a reconstruiu antes de morrer, ela é grande, bem decorada e agradável.

Nos sentamos na sala. Minha Mãe serviu sucos, enquanto o Pai de Mike conversava sobre esportes com Seth.

Karen Newton estava interessada em conhecer melhor Reneesme.

- Então é irmã de Edward? Nossa sua família é grande. E o Dr. Carlisle como vai? – ela aprovaria uma Cullen com certeza.

- Minha família é grande sim. Vov... – ela engoliu a palavra vovô. – Quero dizer meu tio, Carlisle esta bem.

- Vamos almoçar? – minha Mãe convocou.

Mike segurou minha mão. Sentei ao seu lado na mesa. Karen trincou os dentes. 

Seth, Nessie e Eu nos entreolhamos. Ela estava claramente me irritando.

Seth pedia calma e um tom de voz que somente Eu. Nessie e Embry ouvíamos.

Respirei fundo, me focando em Mike. Isso sempre me acalma.

- Rennesme, e a sua cunhada? Ela cortava um pedaço de carne em seu prato, e até este momento só falou com Nessie.

- Que cunha... – Seth tossiu teatralmente, fazendo Nessie lembrar a mentira que contou sobre ser irmã e não filha de Edward. – Qual delas? Considero todas irmãs. Mas a senhora deve estar falando de Bella certo? – ela assentiu. – Ela esta bem, eles vão passar uma temporada aqui, porem logo voltam a Nova York.

- Bella sempre foi uma menina muito inteligente, gostava de trabalhar. Mesmo quando seu irmão partiu eu dizia a Mike para não nutrir sentimentos por ela, pois ela era apaixonada por outro. – foi a minha vez de trincar os dentes. – Acho que todos os meninos na cidade, um dia foram apaixonados por Bella. Adolescentes quem pode culpá-los?

Senti meu corpo todo ferver.

- Suco Leah, é de maracujá, esta delicioso. – Embry encheu meu copo até a boca.

- Sem exageros Karen. – a pai de Seth intercedeu. – Leah, fico feliz pelo novo visual que ajudou a implantar na loja de Toshiro. Ele sempre fala maravilhas sobre você.

- Eu gosto muito dele também, e dei algumas dicas apenas, e graças aos céus elas estão dando certo. – empurrava as palavras para fora, tentava empurrar a comida para dentro, porem meu pensamento estava longe.

Mike e Jacob são restos da Bella? Maravilha.

Um estalo.

E me lembrei do rosto de Mike.

Quando me transformei Jacob estava em meio a sua paixão pela Swan e a revolta pela volta do Cullen. Ele pensava nela o tempo todo, se agarrava muito as imagens da linda amizade dos dois, e da sua ultima noite como um garoto comum, no cinema.

- Era você. – soltei as palavras quase como um sussurro. Levantei da mesa e um silêncio opressor se instaurou, todos me olhavam sem entender, quase todos. Seth sabia exatamente o que eu havia lembrado. – Vou ao meu quarto, buscar meu remédio do estomago, ou não vou almoçar em paz. – disfarcei, enganando apenas os pais de Mike.

Subi as escadas e entrei no meu quarto.

Maldita Swan. O que ela teve um dia afinal, alem de uma paixão cega por um sanguessuga e dois pés esquerdos?

Mike subiu as escadas e procurou pelo meu quarto.

- Esta tudo bem? – ele parecia desconfiado.

- Bom alem do fato da sua Mãe me odiar, e você ter sido apaixonado pela pessoa que mais detesto no mundo. Esta sim. – as palavras fugiam sem controle.

Mike sorriu.

- Leah isso foi há anos, esta bem?! Quando Bella chegou a Forks. Eu achei que ela era diferente de todas as garotas da cidade. Jamais fiquei com ela. Primeiro porque ela era apaixonada pelo Cullen, segundo fora ele, Bella se apaixonou por um garoto aqui da reserva, mas também não ficou com ele. Eu era garoto. – ele tentou me abraçar. Desviei.

- Mike quando nos conhecemos, você viu a minha auto defesa, certo? – ele assentiu. – Eu fui magoada. Sofri anos por alguém que não me amava. E assim mesmo não me arrependi. – estava emocionada e com ciúmes mas uma vez. Droga de coração.

- Leah eu... – o interrompi.

- Mike o garoto que Bella se apaixonou, é o mesmo que eu amei. Ele não agüentou vê-la casada e partiu. – a boca dele escancarou por alguns segundos. 

- Leah, eu que deveria ter medo agora sabia? – ele disse divertido. – Aquele garoto era imenso. Mas eu não sou ele, e não tenho mais tempo para amores platônicos. Quero uma vida real. Jamais senti algo forte por Bella, era uma paixão adolescente nada mais. Amor eu sinto por você. – ele se aproximou e circulou os braços na minha cintura, ficando a centímetros da minha boca. – Amor, eu sinto pelo seu cheiro. Pela sua pele, seu humor acido. Seus ciúmes bobos. – ele passava a ponta do nariz pelo meu pescoço.

Me virei e o abracei com força.

- Mike eu amo você. – sua respiração estava acelerada.

- Leah. – um sussurro. – Você esta me sufocando, por favor. – o soltei no mesmo momento.

- Mike me desculpe, por favor. – ele tossia aliviado.

- Céus Leah, o que anda comendo? Você quase me sufocou. – sua respiração voltava ao normal.

- Leah. – Seth bateu levemente na porta do quarto. – Mamãe perguntou se já vai descer? – ele me olhava sugestivo. Estava ali para me salvar de explicar a Mike o motivo de quase sufocá-lo com um abraço.

- Vamos. – segurei a mão de Mike, e descemos a escada. 

- Controle-se ou pode fazer o Newton virar um saco de ossos quebrados. – Seth sussurrou de maneira que somente os sobrenaturais na casa ouviriam.

Dei um tapa em sua cabeça, sem deixar Mike perceber.

Sentei a mesa sem vontade alguma de comer a expressão de Karen Newton estava me irritando profundamente.

- Sue, a sua comida é maravilhosa. – o Pai de Mike estava animado.

- Obrigada Sr, Newton. – minha Mãe tinha um sorriso sincero nos lábios.

- Pode me chamar de Nicholas, afinal estamos em família agora não precisamos ser formais. – Karen trincou os dentes e seu coração acelerou. 

Era estranho vê-la reagir assim. Afinal eu era uma boa pessoa, e ela até era simpática e dizia gostar de mim antes do meu envolvimento com Mike.

- Você já escolheu uma faculdade Reneesme? – ela era amável apenas com a única Cullen a mesa.

- Não, talvez faça fotografia, ou veterinária. Amo animais, principalmente os selvagens. – rimos da piada de Nessie, ela estava claramente se referindo a nós. – Ou farei as duas, não gosto muito de escolher entre uma coisa e outra, acho que se você gosta de varias coisas, faça-as ao mesmo tempo.

- Interessante esse lema. Bem seja qual for a sua escolha seja firme nela. Mike se formou, na Columbia, era um dos mais novos advogados Juniores de uma grande empresa, e deixou tudo isso para surfar e atender uma loja em Forks. – ela soltou as palavras e tomou suco em seguida, era visível a vontade de sair daqui correndo.

- Mãe, depois falamos sobre isso. – Mike tentava amenizar, seu tom de voz era leve.

Seth puxou assunto com o pai de Mike, na tentativa de abafar o clima pesado na mesa.

- Não há nada para falar, nem fazer. Chega. – ela se levantou em um rompante da mesa. – Não vou ficar aqui assistindo meu único filho destruir a vida. Eu trabalhei dia e noite para você ter um futuro brilhante, e o que você faz? Quer se tornar um vendedor,e ter uma vida a beira mar.

- Pare com isso já Karen. – Nicholas tentou intervir.

- Você pode achar tudo isso muito bonito Nicholas. Eu não, nada contra você Leah. Mas o futuro do meu filho era muito maior que isso aqui. – ela gesticulava ao redor, com os olhos fixos em mim.

- Chega! – minha Mãe bateu a mão na mesa. – Desde o momento que a senhora colocou os pés aqui, esta sendo desagradável, desrespeitosa e soberba. Isto aqui. – minha Mãe gesticulou imitando os movimentos de Karen Newton. – é um lar feliz, Leah é muito melhor que você ou qualquer pessoa formada em qualquer faculdade do planeta, ela é muito mais do que seu filho, ou qualquer outro homem mereça algum dia receber. Seu filho começa a viver agora, e posso te garantir, nada feito por ele até hoje, foi mais brilhante do que ficar e lutar por ela. – a voz dela era firme e soberana. Um tom alfa dominando cada letra nas palavras. Uma loba defendendo a filha.

- Com licença. – Karen saiu da mesa e pegou a bolsa.

- Me desculpe por isso Dona Sue, ela não sabe como lidar com Mike, acho até que isso é minha culpa. – o pai de Mike estava totalmente constrangido.

Karen abriu a porta e antes de alcançar o primeiro degrau na escada da varanda foi impedida pela voz irritada de Mike na porta.

- Volte agora, e se desculpe Mãe. – ela se virou o encarando séria.

- Volto em outra hora com mais calma. – ela continuou caminhando descendo os degraus da varanda.

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- Eu estou te dando à chance, de fazer parte da minha vida Mãe. Pela primeira vez eu estou vivendo da maneira que eu quero e desejo. Vocês queriam um advogado com um “futuro brilhante”, porem, ninguém jamais perguntou quais eram os meus sonhos. Se eu queria ou não ter um futuro brilhante. Eu realizei os sonhos de vida de vocês não os meus. Só dona Karen Newton, que ninguém é feliz vivendo os sonhos alheios, suprindo expectativas, ou mentindo para si sobre quem realmente é. Eu fui infeliz quase toda a minha vida, e sempre sorri, e levei a diante, pois não queria decepcioná-los. Mas eu cansei de sorrir sem vontade, e nunca mais farei isso. Aceite o seu filho, mas não aquele formado em Nova York, noivo da filha do milionário ou com um futuro brilhante. Aceite o real, aquele querendo ficar na cidade pequena ao lado do Pai e da Mãe, que ama trabalhar na Newton’s, tem varias idéias para aumentar esse negócio, que surfa, escala, tem defeitos, muitas qualidades, erra, acerta e pretende fazer isso sempre. A vida é assim Mãe, erros, acertos, pessoas aprendendo e outras não. Aceite esse filho parado diante dos seus olhos, dispensando a vida em Nova York, pois, enxergou seu próprio futuro brilhante ao lado da garota Quileute em uma casa a beira mar. – ele olhou para trás, e todos na minha casa estavam paralisados com a atitude de Mike, eu não conseguia sair do lugar. – Faça parte da minha vida de verdade, e saia do conto de fadas criado por você, olhe e veja como eu estou mais feliz agora. Veja nos meus olhos a mesma coisa vista pelo meu Pai. Alegria verdadeira. Decida. Mas saiba de uma coisa... Eu sou esse homem hoje, pois tive uma criação maravilhosa, cheio de erros claro, mas os acertos há esses foram maiores que tudo. Estarei esperando Mãe de braços abertos e ansioso. – o coração de Karen batia frenético em seu peito.

Sem olhar para trás ela entrou no carro. Lá dentro chorava como uma criança, podíamos ouvir.

- Mais tarde mando alguém te buscar caso precise filho. – Mike e o Pai se abraçaram. – Ela vai entender filho, Eu entendi só dê um tempo a ela esta bem?! – Mike assentiu.

- Sr. Newton! – andei até os dois na porta da minha casa. – Não se preocupe, Mike leva meu carro, ou eu o levarei para casa.

- Obrigado Leah. A propósito, foi um prazer conhecê-la melhor. – ele tinha um sorriso sincero e constrangido nos lábios. Desceu as escadas e correu até o carro. Antes de sair pelo caminho que levava a minha rua deu duas buzinadas acenando para Mike. Karen apenas observava.

Mike sentou nos degraus e ficou calado, durante uma hora. Fiquei ali ao seu lado, esperando ele dizer algo. E ao mesmo tempo entendo as palavras contidas naquele silencio.

Então uma idéia invadiu minha mente. Levantei rapidamente soltando meu braço do seu.

Ele me olhou sem entender nada. Entrei e subi as escadas. Mike se levantou seu coração acelerou.

- Leah espera, eu, eu... a preocupação tingia sua voz.

Desci as escadas com a minha prancha e a prancha de Seth nos braços.

- Vamos Newton, lá você pensa melhor. – um sorriso largo preencheu seus lábios.

Caminhamos de mãos dadas pela praia. Hoje estava relativamente cheia, pois, o sol nos brindou com sua presença em pleno domingo.

- Vamos? – a água molhava nossos pés.

- Sempre. – entramos no mar e remamos até o ponto onde Mike ficava quando o conheci. Ficamos ali durante um tempo. Juntos e apenas com a imensidão do mar a nossa frente.

.......

Quinze Dias Depois.

Os dias tem sido, intensos e cansativos.

O trabalho na loja aumentou, pois a cidade esta lotada de turistas.

Mike anda trabalhando dobrado, pois desde o almoço desastroso em casa, Karen e Nicholas Newton, resolveram viajar.

Mike esta amando as mudanças que anda promovendo nas lojas, tanto a de equipamentos, quanto as de eletrônicos. Ele decidiu sair da casa dos pais, e esta reformando uma casa da família Newton aqui mesmo no centro. Resultado, um namorado exausto e muito dorminhoco.

Eu ando tentando desesperadamente não dormir ao lado dele, porem com as rondas, a matilha, loja e minha fiel ajuda a Mike na reforma, isso tem sido impossível, ou seja, nos encontramos, comemos e dormimos, muito pouco por sinal.

Indiquei Kate para trabalhar na loja, pois precisávamos a algum tempo de funcionários nesta sede, já que os demais estão na loja nova, claro que o Sr. Toshiro se encantou com o jeito meigo e simpático de Kate.

Agora Kate esta de mudança para Forks...oficialmente.

Estávamos fechando, quando senti Embry se aproximar. Sua respiração era acelerada.

Estava acontecendo alguma coisa.

- O que foi Leah? – Kate já conhecia minha expressão quando capitava alguma situação diferente. Antes de responder Embry abriu a porta da loja.

- Onde? – pela expressão sabia o que ele diria.

- Próximo a La Push, estão na mata. Cinco ou seis. – um grupo grande.

- Deixe Kate em casa, e vá ao nosso encontro o mais rápido possível. – entreguei a chave do carro para Kate.

- Nem pensar. – a voz delicada dela ecoou pela loja. – Eu fico aqui pelo centro, durmo no hotel se preciso, mas jamais deixarei vocês com o efetivo abalado.

- Kate não posso deixar você correr perigo. – Embry se aproximou dela.

- Ficarei bem aqui, não farei nada estúpido, se você não vier me buscar até o anoitecer, eu vou para o Hotel aqui perto, e espero um de vocês lá. – ela o abraçou. Kate ainda não havia beijado Embry, mas já era evidente o amor dela por ele. – Agora vocês devem ir. Leah fecho tudo por aqui. – apenas assenti. Embry deu um beijo na testa dela.

Saímos da loja e corremos porem, havia me esquecido de Mike.

- Vá, já alcanço vocês. – voltei e entrei na Newton’s, para avisar Mike, porem não senti seu cheiro dentro da loja, ou próximo dali.

- Onde posso achar Mike? – perguntei a Evangeline, uma das funcionarias.

- Ele foi com alguns turistas testar equipamentos e fazer escalada, pediu para avisar que ia demorar e estará de volta antes de anoitecer.

Senti um calafrio dominar meu corpo.

Sai sem ao menos agradecer a informação.

Olhei para os lados e corri em direção a saída da cidade como um raio.

Quando alcancei a rodovia entrei na mata e explodi nas minhas roupas.

A situação era grave.

Os Cullens estavam na mata, pois Reneesme pediu ajuda.

Era um grupo grande de Sanguessugas. Sete só aqui, e um permanecia pela área da reserva Makah, haviam matado quatro turistas que faziam escaladas e Joseph e Brian caçavam este por lá.

Acelerei as passadas e tudo a minha volta era apenas um grande borrão.

Seth e Quill conseguiram cercar um deles.

Sam Jared, Paul e Evan estavam em luta com mais dois.

Edward, Jasper, Bella e Alice lutavam corpo a corpo com os quatro restantes.

Eles eram treinados e muito bons com a luta.

Embry saltou, surpreendendo a sanguessuga que lutava com Seth e Quill.

Collin estava fora de La Push visitando o Pai em Port Angels, ele estava doente.

Cheguei saltando nas costas do Sanguessuga lutando com Alice, porem ele incrivelmente desviou e acabei me chocando em Alice.

O barulho de corpos se chocando em arvores e rochas era absurdo.

O Sanguessuga montou nas costas de Alice, tentando arrancar sua cabeça.

Abocanhei seu braço e no mesmo instante, ele arrancou e jogou longe o braço de Alice. Ela urrou de dor distraindo Jasper. O sanguessuga lutando com ele escapou.

Seth, Quill e Embry já corriam até o ponto onde estávamos.

Me lancei na mata atrás do Sanguessuga fujão.

Já o via, tentando alcançar o mar, porem repentinamente ele parou. E ficou de frente para mim.

- A fêmea. Prazer, sou aquele que vai te levar para o inferno. – ele investiu e fiz o mesmo. – eles eram habilidosos como jamais havia visto em toda a minha vida. Pareciam ter séculos de treinamentos e lutas. Pois eu não conseguia destroçá-los, e os demais estavam tendo a mesma dificuldade.

O maldito acertou um golpe me fazendo voar e atingindo uma arvore.

Fiquei em pé em segundo e antes de sentir seu pé em meu corpo mais uma vez, desviei abocanhando sua mão.

Porem ele também conseguiu segurar uma das minhas patas. Me jogando mais a frente, enquanto colocava sua mão no lugar, ele parecia não ter sentido.

Os meninos conseguiram acabar com os vampiros com que lutavam, enquanto nós dois estávamos em uma dança mortal.

Todos eles vinham em direção ao ponto onde eu lutava com o Frio.

Ele investiu contra mim e arremessou um tronco todo de arvore, desviei, porem fui atingida por um soco, batendo em uma parede de rocha.

Corremos mais uma vez em direção um ao outro. Então ele esbarrou em algo que o fez voar para longe. Mais uma vez uma espécie de parede invisível.

Mas dessa vez algo impressionante aconteceu diante dos nossos olhos.

O vampiro colocou as mãos no peito desesperado.

- Pare, pare. Não! – ele urrava de dor. Rasgou toda a blusa em seu corpo, tentando desesperadamente segurar o peito e sem explicação alguma caiu diante dos nossos olhos. Desmaiado.

O cheiro não era mais enjoativo, era apenas cheiro de algo podre há anos guardado em uma geladeira.

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Todos os meninos da matilha estavam paralisados e apreensivos.

Sam se aproximou e pisou na cabeça do sanguessuga, separando ela do corpo. Porem ao invés de quebrar, ela simplesmente virou pó.

Quando Sam pisou no corpo, aconteceu o mesmo. Impressionante.

Edward, Bella e Jasper, também olhavam abismados a cena.

Mas que diabos foi isso? – Embry foi o primeiro a conseguir desviar o pensamento da cena.

Todos olhamos para os Cullens, com a mesma pergunta na mente.

- Nunca vi nada parecido. – Edward respondeu a nossa pergunta sem emoção alguma no rosto marmóreo. – Jásper?

- Jamais presenciei algo assim. – eles pareciam mais surpresos e aterrorizados que nós.

Edward eles queriam Nessie? – minha preocupação com a pequena trouxe-me de volta.

- Não. – ele foi taxativo.

Eles vieram em bando, por acaso? – Sam deu um passo a frente?

- Também não. – ele parecia não querer responder a pergunta.

Eles estavam atrás de vocês Edward, apenas para destruí-los, ou eles queriam destruir a matilha? – Seth estava preocupado com a segurança de Nessie.

Edward me encarou sério.

- Eles não estavam atrás de nós. Eles queriam você Leah. – de certo modo eu sabia, pois, as palavras do sanguessuga eram uma promessa.

Todos na matilha explodiram em perguntas para Edward, porem por um segundo eu não ouvi absolutamente nada.

Fechei meus olhos e por um instante o vi.

Jacob parado diante dos meus olhos. O sorriso lindo preenchendo os lábios, o ar de homem na figura dominante de algo maior. Tentei dizer algo, porem, as palavras travaram na boca.

Ele não disse nada apenas se virou e desapareceu.

Leah, por favor, fale conosco! – Seth empurrava o focinho contra o meu.

Edward, o que esta havendo? – Sam e Embry perguntavam em uníssono.

- Não sei esta tudo branco, como se algo estivesse bloqueando minha visão. – Edward estava ao meu lado.

Sacudi a cabeça tentando voltar.

Eu estou bem ok.– estou confusa, nada mais.

O alivio foi geral.

Leah vá para casa, você esta sem foco agora. – Sam e os demais estavam claramente preocupados.

De maneira alguma. – me foquei na marca de pó feita pelo corpo do sanguessuga. – Seth, Brady e Quill venham comigo, os meninos ainda estão atrás do sanguessuga e estão correndo em Círculos. Collin, volte para a reserva, Embry vá ao centro e leve Kate para casa, veja onde esta minha Mãe, por favor!

Partimos em direção a Makah. O restante da matilha permaneceu em La Push, para proteger a reserva caso tentassem nos atacar novamente.

Antes de alcançarmos os meninos eles conseguiram finalmente dominar o sanguessuga.

O mais estranho, é que segundo Sam, o vampiro não tentou sair da reserva Makah. O que diabos ele queria ali?

Voltamos e Nessie nos aguardava nos limites de Forks.

Ela tocou meu focinho. E mostrou a imagem de Mike, saindo da trilha com os turistas e chegando a salvo no centro de Forks ela fez a escolta silenciosa, ao lado de Esme e Emmett.

Rose não esta em Forks a duas semanas.

Voltamos para casa. Minha Mãe assistia TV ao lado de Charlie, ou melhor fingia assistir, as batidas aceleradas do seu coração denunciavam sua ansiedade.

Seth voltou a sua forma humana e eu entrei pela janela do meu quarto. Estava nua, pois explodi em minhas roupas.

Peguei uma toalha no armário e corri para o chuveiro.

A sensação dos olhos penetrantes de Jacob nos meus era quase palpável.

Fiquei no banho mais de uma hora, tentando me convencer que foi apenas um desejo projetado. Sempre que estou em luta de alguma forma meu subconsciente se prepara para o pior. E por não vê-lo há algum tempo é sempre a imagem dele na minha mente.

Droga. Há quem estou tentando enganar afinal?

Eu o vi. E mesmo que tentasse me convencer que foi apenas saudades, ou alucinação a parede estava ali, como no meu embate com Rosálie. Eu o senti aquele dia, porem foi mais fácil ignorar.

- Porcaria garoto. – encostei a cabeça na parede.

- Esta tudo bem filha? – a voz da minha Mãe era preocupada.

Desliguei o chuveiro e me enrolei na toalha.

Abri a porta.

- Esta tudo bem Mãe. – notei a ausência de Seth. – Onde esta o meu irmão? 

- Foi ver Nessie, ela não virá hoje. – minha Mãe me olhava desconfiada. – Tem algo errado eu sei, é sobre o vampiro e o que houve esta tarde?

Sentei na minha cama. Sufocada, precisa contar a alguém. 

- É sobre isso sim, mas... – ela me interrompeu.

- Filha, acalme-se vocês vão descobrir o que houve ali, não se preocupe. – seu tom de voz maternal sempre me acalma.

- Eu o vi Mãe. – ela me olhou séria. – Eu acho que foi Jacob, que fez aquilo. Quando lutei com Rose, ela esbarrou em uma parede antes de me atingir, como o sanguessuga hoje. Naquela noite deitei e quando fechei os olhos o vi, apenas achei que estava cansada e não controlei as emoções, mas hoje eu o vi. Edward não conseguiu enxergar nada na minha mente naquele momento. Era ele eu sei Mãe. – desabafei.

- Leah. Eu não sei o que dizer, eu, eu... – ela estava surpresa e sem palavras.

- Ele não pode fazer isso Mãe, não agora. E como diabos ele fez isso? – droga de pensamentos desordenados.

- Ele é poderoso Leah, só abriu mão de estar aqui, porem, existem algumas coisas que mesmo queremos não podemos abrir mão. Ser Lobo e um Alfa estará com ele enquanto ele viver. – ela me puxou, e deitei a cabeça em seu colo. – Você ainda o ama, não é mesmo?

- Eu o amarei sempre Mãe. Jacob é parte de mim, de quem eu fui um dia. Porem cansei de sofrer e esperar amor dele por mim. Mike faz parte de quem sou hoje, e o amo por não virar as costas e me deixar aqui. – sentei na cama. – Hoje consigo ver algo que não entendia antes. Jacob é para mim, o que Bella foi para ele. Inesquecível e inalcançável. Eu jamais seria a primeira opção dele, com ele jamais foi a primeira opção dela Mãe. E mesmo assim eu jamais deixarei de amá-lo assim como ele nunca deixara de amá-la. Nossa diferença é que eu não vou desistir de nada. – deitei novamente no colo da minha Mãe e adormeci.

A noite foi tranqüila e sem sonhos. Acordei as seis da manhã. Assustada por ter dormido como uma pedra.

Olhei para o lado e Kate dormia tranqüila em sua cama. Sentei para me focar nas demais pessoas na casa.

Minha Mãe dormia em seu quarto tranqüila. Ridículo ela não permitir que Charlie durma aqui. 

Seth roncava como um trator sem óleo em seu quarto.

Corri ao banheiro e fiz minha higiene pessoal. Hoje não haveria trabalho na loja. O Sr. Toshiro deixou para realizar este sábado alguns pequenos reparos pendentes.

Coloquei uma bermuda e uma camisa velhas.

Abri e fechei minha porta silenciosamente. Correr sempre me relaxa e precisava verificar como as coisas estão por aqui.

Ao me transformar Collin e Brady haviam acabado de assumir seus postos, estavam cansados.

Bom dia chefinha. – Collin brincou.

Bom dia meninos. Ontem fiquei meio atrapalhada com o que houve porem eu quero dizer como fiquei orgulhosa com todos vocês. – fui sincera.

Os dois agradeceram felizes pelo elogio.

Estaremos a postos sempre, cuidar da tribo é a nossa vida. – Brady estava orgulhoso.

Bem agora vão para casa e descansem, ficarei bem ao lado de Jared e Paul, descansem durante todo o dia, depois veremos como ficam os horários de ronda. – eu descansei, agora era a vez deles.

Os dois protestaram mas logo perceberam que mesmo sem usar tom alfa, eu não gosto muito de ser contrariada.

Continuei a ronda do perímetro com Paul e Jared. Tudo estava calmo.

Jasper e Emmett vigiavam pelas outras entradas. Assim ficamos totalmente cobertos.

Por volta da uma da tarde Brian, e Joseph assumiram a ronda pela matilha de Sam.

A ronda foi tranqüila. Por volta das cinco horas, Seth, Quill e Embry vieram para assumir a posição de Collin e Brady. Apenas Seth deveria saber que não estava com Mike.

Nossa inspirada hoje. – Quill ironizou. – Pensei que ia namorar durante o dia hoje.

Isso não é da sua conta Quill. 
– a irritação sempre ao meu lado, quando eles fazem estas brincadeiras.

Mamãe disse a Mike que você esta com Nessie, pois houve uma emergência com uma amiga dela no Alasca e hoje mesmo vocês vão retornar. – Seth usava um tom tealtral.

Embry pensava em flores, margaridas e rosas.

Você esta bem Embry? – estava preocupada.

Estou.– ele se desconcentrou um segundo e as imagens escaparam.

Finalmente. – Seth o parabenizou.

Parabéns cara. – se pudesse Quill o abraçaria neste momento.

Kate e Embry haviam se beijado e ela aceitou finalmente seu pedido de namoro.

Me sinto estranhamente completa, pois a felicidade deles é a minha.

Que linda. Alguém abraça essa Lobinha por este pensamento!– Quill.

Argh vocês não podem, por favor, ficarem calados? Ou de mentes vazias. – pedi.

Impossível fazer isso quando você afunda a boca no mel antes de vir para as rondas maninha. Que fofa. – Seth não deixaria essa passar claro.

Bom fim de tarde e boa noite meninos. – corri em direção a minha casa.

Logo hoje que você esta assim, como posso dizer... Romântica. – Embry não poderia perder a chance, assim como os demais.

Me concentrei e alguns segundos depois estava sobre duas pernas. Me vesti agilmente.

Sorri com as piadas deles. Realmente eu ando muito doce. Droga de amor que nos amolece.

Corri para casa, queria ver como Kate esta se sentindo.

Ao me aproximar senti Nessie por ali.

Entrei e as duas estavam no andar de cima.

Nessie na porta do quarto e Kate sentada próxima a janela, perdida em pensamentos.

- Ela esta bem? – perguntei a Nessie.

- Esta, eu acho. Ela esta olhando por esta janela desde que entrei aqui, alias não sei ao certo se ela me notou aqui. – a pequena a olhava divertida.

- Ela beijou Embry. – não agüentei e contei.

- Mostre-me. – usei um falso olhar, de repreensão, porem o desmanchei com o olhar pidão dela, fechei os olhos e me concentrei em mostrar a ela o que vimos na mente de Embry. Nessie tocou meu braço. – Que lindo.

- Duas velhas fofoqueiras, é isso que estamos parecendo.

- Uma velha fofoqueira, sou apenas um bebê. – ela brincou, gargalhei com a ironia.

Kate se virou para nós paradas ali na porta do quarto.

- Meninas, vocês estão ai há muito tempo? – ela parecia estar suspirando ao fazer a pergunta.

- A Nessie esta eu acabei de chegar. – empurrei para Reneesme.

- Mas ela quem me mostrou o que estava havendo. Com a idade as pessoas ficam assim Kate, não conseguem se conter. – nós três rimos pela piada, e por Nessie e Eu ficarmos fazendo coisas de menininhas, fofoca.

- Você viu na mente dele Leah? – Kate parecia envergonhada.

- Apenas em relance de um beijo, ele estava escondendo muito bem o que houve. – fui sincera.

- Mas nos conte Kate, como estase sentindo? – Nessie estava curiosa.

Ela deu um longo suspiro.

- Foi tão intenso, forte e...e certo. Eu queria ficar nos braços dele pelo resto da minha vida. Nunca me senti dessa forma. Antes de me casar, eu tive uns namoricos, porem com nenhum deles e nem com meu marido me senti assim, tão completa, tão certa. Tão dele. Eu senti como se fossemos uma única pessoa. Não sinto mais medo, ou receio. Nada. Só amor, um amor enorme. – Nessie se aproximou.

- Eu sei como se sente Kate, me sinto desta forma todos os dias ao lado de Seth. – elas tinham um sorriso cúmplice nos lábios.

- Parabéns Kate, por se permitir ser feliz. Soltei as palavras, e de repente senti uma saudade enorme de Mike. – Bem agora eu vou em direção a minha. Peguei a tolha e caminhei para o banheiro, tomei um banho rápido e me vesti agilmente.

Nessie ficaria com Kate até a ronda acabar. 

Antes de alcançar a porta Nessie veio atras de mim.

- Estou preocupada Leah, o com o que houve ontem. Eles queriam você. – seu tom de voz estava tingido de preocupação.

- Eu sei Nessie. Mas eles não vão me tocar. Fique calma esta bem. – voltei e dei um forte abraço na pequena.

Definitivamente hoje estou com o corpo todo dentro de um pode mel.

- Ficarei, pois caso alguém tente, estarei por perto. – ele me olhava determinada. – Agora vá ficar com o seu amor.

Nessie subiu as escadas normalmente e fique ali observando sua leveza.

Quando eu poderia supor que a filha de uma das criaturas que mais odeio no mundo, se tornaria uma das pessoas mais importantes da minha vida.

Sacudi a cabeça, focando na minha saída.

Dirigi tranqüila pela estradas até alcançar o centro de Forks.

A movimentação do fim de semana nos bares locais, sempre me faz pegar transito. Nestas horas tenho vontade de me transformar. Seria divertido ver todos correndo de um lado para o outro e deixando a passagem livre.

Cheguei a rua de Mike e ele estava sentado na frente da casa, com dois amigos.

Ao me ver estacionando, Mike abriu seu sorriso encantador. Meu coração acelerou. Acabei fazendo o que sempre faço, sorrindo junto.

Ele caminhou em minha direção.

- Nossa estava com saudades, e preocupado. – ele circulou as mãos na minha cintura. – Por favor, amor, leve seu celular da próxima vez. – ele sussurrou no meu ouvido me causando um arrepio.

Selei nossos lábios com vontade.

Alguns segundos, ou minutos depois me afastei alguns milímetros.

- Não vou me esquecer. – o abracei fitando os amigos, eles estavam arrumados e com perfumes horríveis. – Quem são eles?

- Meus amigos, Erick e Tyler. Eles estão pela cidade para o feriado de Ação de Graças. – ele passava o nariz pelo meu pescoço.

- Vocês iam em algum lugar? – percebi que eles olhavam em seus relógios a todo momento.

- Eles, vão. Festa da Jéssica. Ela voltou para cidade e resolveu fazer isso em “grande estilo” – seu tom era de desprezo.

- E você não quer ir junto? – especulei.

- Prefiro ficar ao seu lado. – senti meu corpo todo arrepiar, com as palavras dele sussurradas no pé do meu ouvido.

- E você me deixaria em casa, caso fosse? – senti uma ponta de ciúmes, apenas uma ponta claro.

Ele sorriu.

- Que besteira Leah. – Mike me encarou sério. – Você quer ir? – ele parecia desconfiado.

- Não conheço seus amigos, nunca saímos com eles. – não queria ir a baladas, apenas me atrapalhei com meus ciúmes idiota.

- Esta certo, vamos sair com eles então. – tentei verbalizar algumas palavras para corrigir as anteriores, porem... – Rapazes, Leah e Eu vamos.

Tarde demais.

- Muito bom, vá se vestir Newton. – o rapaz japonês de corpo marombado sugeriu. 

- Vou até minha casa me vestir. – disfarçava a minha irritação.

- Mas você esta linda. – Mike olhava admirado para meu usual vestido lindo branco, rasteirinha e jaquetinha jeans.

- Por favor, Mike. Vá se vista encontro vocês por lá, só me passe o endereço. – enquanto ele anotava o endereço a conversa dos amigos dele no outro lado da rua chamou minha atenção.

- Jéss não vai gostar nada, nada disso. – o moreno com cara de tarado disse ao japonês de cabelos picotados e músculos colados ao corpo.

- Quem sabe ela não abocanha o Mike antes da namorada chegar?! – trinquei os dentes– Apesar cara, vamos combinar, que morena é essa? Jéssica não tem chance alguma. – os dois riram.

- Ele pode casar com uma e ter a outra como amante, eu faria isso. A índia como amante claro, elas são mais divertidas. – eu queria arrancar cabeças neste momento.

- Pronto amor aqui esta. – Mike entregou o papel e eu o amassei involuntariamente. – Hei, não quer saber onde fica a festa? – ele me encarou sério. – Esta tudo bem? Quer ficar em casa? Eu prefiro. E ... – o interrompi.

- Não! Nós vamos, vou me trocar. – dei um beijo rápido em seus lábios.

- Espera, eu me troco e te levo em casa, bem melhor irmos juntos. – Mike percebia sempre quando algo estava errado.

- Vá com seus amigos. Eu o encontro lá. – dei a partida no carro. e mais um beijo em seus lábios.

Ele assentiu desconfiado. Me deu mais um beijo e parti.

Dirigi o mais rápido que pude. Teria sorte se encontrasse Nessie em casa.

Estava na estrada e podia ouvir as duas rindo com histórias que a pequena contava a Kate.

Parei o carro na ponta da rua e corri até minha casa. Estava nervosa e o carro era devagar demais. Em segundos estava entrando na minha casa.

Antes de colocar a mão na maçaneta Ness abriu a porta.

- O que houve? – ela estava preocupada.

- Vou a uma festa. – Nessie abriu a boca de uma forma, que poderia facilmente ter encostado no chão. – Preciso de uma roupa. E de ajuda, eu não entendo se coisas assim, delicadezas, frufrus. Coisas de mulherzinha sabe?

- Venha Leah. – ela me puxou para dentro fechando a porta.

Enquanto Nessie fazia uma verdadeira reforma no meu belo rosto, Kate procurava algo no meu guarda roupas.

- Claro como não pensei nisso? – Kate falava sozinha, correndo para a parte reservada para ela no guarda roupas. Ela puxou uma mala no fundo do armário, e a levou para cama. – Estas roupas eu deixo aqui, pois são para ocasiões especiais, ou quando ia a festas em outra cidade, essas coisas. Bem ganhei este do meu ex, porem nunca o usei, sou miúda e não ficou nada bem. Mas em você ficara perfeito.

Quando Kate levantou o vestido quase cuspi a água em minha boca.

- Não mesmo. Não. – fui taxativa.

- Ficara perfeito Leah. Sim. – Nessie pegou o vestido das mãos de Kate. – Coloque-o, ou você quer deixar Mike esperando por você, e sendo assediado por outras mulheres? – golpe baixo. Peguei o vestido.

Fui ao banheiro para colocá-lo em meu corpo. Não acreditava estar vestindo algo tão, tão, pequeno e justo.

O vestido preto de meia manga e um ombro só, ficava quatro dedos acima do meu joelho e marcava com precisão cada curva do meu corpo. Me senti uma sardinha em lata.

Caminhei até o quarto disposta a colocar um vestido meu. Mais confortável e básico.

- Meu Deus. – Kate e Nessie olhavam maravilhadas. – Leah você, esta linda.

- Olhe, e veja como você é maravilhosa, e a pare de tentar se esconder. – Nessie pegou o espelho no fundo do quarto colocando-o na minha frente.

Um sorriso involuntário preencheu meu rosto. Eu estava realmente muito diferente.

Pela primeira vez em anos, e quem sabe na minha vida, me senti atraente e feminina. Depois da minha transformação, era incomum me sentir assim, talvez por conviver com homens, tinha uma maneira mais despojada de me vestir.

- Obrigada meninas. Eu estou me sentindo bonita. – não tinha palavras para agradecer.

- Agora vá e deixe Mike ver, e babar ainda mais por você. – Kate me entregou uma pequena bolsa preta, que parecia um estojo. – Coloquei o celular, rímel, batom e dinheiro, caso precise ou queira retocar a maquiagem, e um documento. 

- Acabe com elas. – Nessie soltou um sorriso maldoso.

Assenti sem graça, peguei a bolsa ou a carteira, ou seja lá o que diabos seja isto e desci as escadas.

Ao abrir a porta Embry aguardava na varanda.

- Vai passear chefin... – as palavras se perderam quando ele me viu. – Nossa, você esta diferente. Bonita.

- Obrigada. – Entre e comporte-se. – adverti sem jeito. Entrei no carro e parti.

Chegando ao local onde estava acontecendo a festa, notei como a porta estava cheia.

- Leah, você enfrenta Vampiros, pode passar por alguns homens idiotas. – respirei fundo e desci do carro entregando a chave para o rapaz do estacionamento.

Ele demorou alguns segundos para pegar a chave, estava ocupado olhando minhas pernas. Abusado.

Andei calmamente até a porta para entrar. Ouvia alguns disparos de corações, assovios, palavras nada educadas, e sinceramente grosseiras.

Repeti varias vezes.

“ Neste momento você é uma pessoa normal, nada de arremessar corpos Leah, nada disso.”

Entrei e o barulho da musica alta, cheiro de bebidas, perfumes, comidas me deixaram tonta por alguns segundos. Não estava acostumada com tanta agitação.

Me concentrei, respirei fundo. Alguns segundos depois consegui me recuperar e desci as escadas.

Podia ouvir a voz de Mike e de alguns amigos. Parei no meio da escada para ver onde ele estava.

Ouvi a voz do moreno com cara de tarado, Tyler avisar Mike sobre minha chegada. Havia uma moça ao seu lado, trinquei os dentes.

http://www.youtube.com/watch?v=bfJWvRls6pw&feature=player_embedded

- Cara aquela é a sua namorada? – ele parecia abismado.

Todos na mesa olharam onde ele apontava.

Mike se levantou no mesmo momento que olhou para a escada.

- É. – um sussurro. – É ela mesma. – ele caminhou em minha direção, com um sorriso largo tomando conta e iluminando seu rosto, e sem notar quem estava em sua frente.

Desci os degraus, e antes de deixar os dois últimos as mãos de Mike se entrelaçaram as minhas.

- Você esta, ainda mais linda. – sua mãos circularam meus pescoço, ele mexia em meus cabelos. – Eu queria te levar daqui e esconder você.

Gargalhei com isso.

- Quem sabe deixo você fazer isso. – sussurrei em seu ouvido. – Mais tarde claro. Agora vamos, quero conhecer seus amigos.

Mike circulou as mãos na minha cintura e me levou até onde os amigos estavam. Com exceção de Ângela e seu marido, nunca vi nenhuma outra pessoa naquela mesa. Há tinha os dois que conheci mais cedo.

- Essa é Lauren. – uma garota com cabelos estranho e ar superior. – Essa é Jéssica, porem a chamamos carinhosamente de Jéss. – a tal ex de Mike. – essa é Mia namorada de Erick. – ela media meu corpo todinho assim como as outras. – Esse é Connor, e estes dois você viu mais cedo são Tyler e Erick.

- Boa Noite. – não sabia ao certo o que dizer.

- Essa é Leah, minha namorada. – Mike disse orgulhoso, sorri com o tom de posse nas palavras.

Todos disseram boa noite em uníssono.

Sentei com Mike á mesa, ficando ao lado de Jéssica. Ela não sentaria ao lado do meu namorado novamente.

Algum tempo depois da minha chegada, algumas meninas foram para a pista de dança, deixando Mike, Eu, Ângela e Ben ali conversando á mesa.

Mike e Ben riam das palhaças de Tyler e Erick na pista de dança.

- Amor pode ir lá, eu fico aqui. – Ângela disse ao marido.

- Vá Mike com eles, eu fico com Ângela. Sou péssima dançarina. – fui sincera.

Os dois se entreolharam e aceitaram nossa oferta.

A mesa tinha vista total para a pista, e mesmo se não tivesse eu veria facilmente onde e com que m Mike estava.

- Fiquei feliz em te ver aqui Leah. – Ângela era um doce de pessoa.

- Eu não costumo vir a esse tipo de lugar. Muito barulho, estou mais acostumada com lugares mais calmos. – me senti uma velha assim que fechei a boca.

- Sou assim também. Ben gosta mais de sair, vou para deixá-lo feliz, mas ele entende quando não estou a fim. – bom me senti normal agora.

Mike ria na pista com os amigos. Porem as risadinhas e cochichos do grupo de meninas chamaram minha atenção.

- Ela é linda. Porem você é mais. – o tom de bajulação da tal Mia, me irritou.

- Mike se transformou em um homem lindo. Será que consigo pescá-lo agora? – Jéssica o encarava com um olhar malicioso.

- Claro que sim. Vamos mandar a índia para escanteio. Na tribo ela achará alguém da sua laia. – Lauren, tinha um tom superior. Trinquei os dentes. Laia? Sério?

- Vá bobinha, e aproveite pois ela esta com Ang. Chame-o para dançar, tente marcar algo para depois. Lute – Mia encorajou.

Jéssica entregou o copo em sua mãe e caminhou até o ponto onde Mike estava puxando seu braço e o carregando para o meio da pista. Os demais o seguiram.

- Leah tudo bem? – esqueci de Ângela.

Apontei para o ponto onde eles estavam.

Ela cerrou os olhos, estava sem os óculos. Porem conseguiu ver. Com dificuldade mas viu.

- Jéss coloca coisas impossíveis na cabeça Leah. Vive de passado sabe? Dos tempos de popularidade na escola. Mike jamais foi apaixonada por ela, mas ele tentou gostar, acompanhei de perto. Porem ela jamais foi o tipo de pessoa para ele. – encarei Ângela curiosa. – Pois, ele tentava se convencer ser alguém, que jamais foi. Namorou com uma garota, totalmente diferente dele, pois era certo. Você pode enganar todos, mas não pode fazer isso com o coração. – ela deu de ombros.

Minha teoria de que pessoas caladas são as mais observadoras, esta provada de vez.

- Eu sei. Confio em mim, nele, porem, infelizmente não confio nela. – ajeitei meu vestido. – Vamos dançar Ângela, e mostrar como se faz. – ela sorriu segurando minha mão. O lugar estava cheio, desviar seria fácil. Se eu estivesse sozinha, o que não era o caso.

Enquanto tentava chegar a conversa de Mike e Jéssica chamou minha atenção.

Vantagens de ser um ser sobrenatural.

Parei na pequena escada que levava a pista. Disfarcei e continuei conversar com Ângela.

- Então você esta feliz? – ela sussurrava no ouvido dele. Apertei o corrimão.

- Sim Jéss. E você? – ele educado como sempre.

- Eu ficarei quando você me der uma chance. – ela deslizava as mãos no peito dele.

Mike segurou as mãos dela.

- Jéssica, estou namorando. Minha namorada esta aqui. – ele tentou sair dali. Ela segurou seu braço.

- Eu quero apenas conversar. Venha me ver mais tarde Mike. Estou morando aqui perto, sozinha. Vamos lembrar os velhos tempos. – sua voz era manhosa.

- Jéssica, eu amo minha namorada, como jamais na minha vida amei qualquer outra. Eu quero casar com ela. – meus pés travaram no ultimo degrau. – Não vou te ver mais tarde, pois estarei ao lado dela. Quero ser seu amigo esta bem? Apenas isso, agora me dê licença. – a palavra casamento ainda estava me deixando meio zonza.

Olhei para frente e Ângela caminhava na direção deles. Porem eu estava tão surpresa com as palavras de Mike que não conseguia me mover.

- Droga Leah, quem manda escutar a conversa alheia. – estava irritada comigo mesma.

- Posso saber seu nome? – senti uma mão gelada na minha cintura. – O meu é Carter.

Tirei a mão desconhecida do meu corpo.

- Não pode saber o meu, assim como não perguntei o seu. – dei as costas e senti o homem me puxar novamente.

Eu queria arremessa-lo do outro lado daquele salão, em cima das mesas, porem não podia fazer isso. Porcaria de vida.

- Eu prefiro as difíceis morena. De onde você é? – ele olhava as minhas pernas, puxei meu braço.

- Não interessa de onde ela é. – a voz de Mike não era nada simpática ou gentil. – A única informação disponível a você hoje é esta. Ela tem namorado. – ele segurou minha cintura me levando para o outro lado da pista. Ali estava mais escuro, haviam algumas pilastras.

Mike me permite sentir algo interessante. Me sentir desprotegida, ou frágil.

- Não posso deixar você cinco minutos, e já enlouquece os homens ao redor. – seu tom de voz era divertido, mas seus olhos azuis não desgrudavam do homem na pista.

- Eu ia levá-lo para dançar com Jéssica. – provoquei apontando a cabeça, na direção do homem abusado que permanecia na pista.

Mike gargalhou.

- Ia é? – ele prensou meu corpo na parede e passou o nariz no meu pescoço. – Ela se arruma sozinha. – sua mão direita passeava pela lateral do meu corpo. – Eu já disse como você esta linda hoje? – assenti tentando me concentrar no local que estava. – Mas tenho um pensamento povoando a mente desde o exato minuto que a vi descer as escadas. – ele me olhou de uma forma lasciva e totalmente envolvente.

- E qual seria? – minhas mãos involuntariamente passeavam pelo peito dele.

- Tira-lo. – ele deu uma puxadinha na barra do vestido, minha respiração acelerou. – Me deixa tirar Leah. Eu prometo tentar deixá-lo inteiro. – seu tom de voz era maravilhosamente sedutor.

O beijei com vontade. Meu corpo já pedindo o dele.

- Vamos sair daqui, vamos? – sussurrei, colando meu corpo no dele.

Mike segurou minha mão e foi me levando para a saída. Pagou a conta e pegou o ticket do meu carro para entregar no estacionamento.

Ele veio de carona pois sabia que eu estaria de carro.

O caminho passou tão rápido que nem percebemos.

Tirei as sandálias no carro e quando ele entrou com o carro na garagem, me puxou colando nossos corpos.

Sentei em seu colo.

- Eu te amo Leah. – ele levantava meu vestido.

Abri sua camisa.

Mike me segurava em seus braços, beijando meu pescoço, desci do carro puxando-o para dentro da casa, nossos lábios colados um ao outro.

Ao entrar descolei nossos corpos e tirei o vestido.

- Eu também te amo. – abri o sutiã e jóquei para ele. – Eu quero você, e sou sua. – ele veio em minha direção selando com vontade nossos lábios e me carregando para a sua cama.

Arremessei sua calça longe.

Não houve tempo para mais nada, senti Mike deslizar em meu corpo.

Os gemidos dele se misturavam aos meus, e escutá-lo pedir mais, ou gemer meu nome faziam minha temperatura aumentar.

- Minha, minha, minha, minha. – Mike repetia, com uma mão na minha nuca e outra na minha cintura. 

Apoiei minhas mãos eu seu peito. Ele me olhava com desejo.

Não conseguia mais segurar, senti o desejo tomar conta do meu corpo. Cheguei ao ápice, e senti Mike chegar ao seu também. Ele relaxou o corpo, deitando a cabeça no travesseiro.

Ficamos acordados durante toda a noite, até que o cansaço nos dominou e dormimos.

Acordei com o sol alto. Não fazia a menor idéia de que horas eram.

- Nossa dormi demais. – olhei para o lado e relógio marcava duas da tarde. – Droga. Levantei num salto e corri para o chuveiro., havia marcado um almoço em família. Dona Sue ia me matar.

Antes de abrir o chuveiro, voltei e joguei uma almofada em Mike.

- Minha Mãe vai “nos” matar Newton, levante-se homem.

Entrei no chuveiro, e deixei a água gelada cair sobre meu corpo.

Os passos de Mike eram rápidos ate o banheiro. Deixei ele achar que estava me surpreendendo.

- Céus Leah. Banho frio. – ele se afastou.

- Venha. – estendi a mão e o abracei. – Tenho a temperatura do corpo mais alta, uma diferença genética que herdei do meu pai. Me abrace e não vai sentir frio.

Ele me abraçou com vontade.

- Cheia de surpresas. – ele sussurrou em meu ouvido. – senti meu corpo acender como uma fogueira. As mãos deles deslizavam com o sabonete pelo meu corpo.

- Temos quanto tempo mesmo? – fiquei de frente para ele.

- Nenhum. – ele respondeu olhando para baixo com um sorriso malicioso, pois estava excitado.

- Já que estamos encrencados, vamos piorar a situação. – Mike me encaixou na sua cintura e mais uma vez deixamos nosso desejo dominar nossos corpos.

.......................


Mike parou o carro atrás da viatura de Charlie.

Corremos para entrar em casa e Seth, Embry e Nessie já haviam nos denunciado para minha Mãe.

- Muito bonito os dois. Atrasados. – ela não se levantou.

- Dormimos demais dona Sue. – Mike estava corado.

- Pega leve Mãe, só essa vez, eu estava cansada, não durmo muito bem durante a semana. – apelei.

Subi para o quarto e troquei de roupa enquanto Mike era gentilmente servido pela minha Mãe.

Desci e almoçamos entre ridos e piadas de Seth e Embry e Charlie.

Depois do almoço passeamos pela praia.

Collin e Brady estavam de ronda. Seth, Embry e Eu faríamos o turno da noite.

Mike já conhecia os meninos da tribo. Se dava bem com todos os da minha matilha, e alguns da matilha de Sam.

Passamos uma tarde deliciosa.

Ao anoitecer Mike me levou para casa.

- Bem preciso ir. – ele encostou o corpo no carro.

- Infelizmente acabou o fim de semana. – dei um selinho em seus lábios e o abracei com vontade de não deixá-lo ir. Porem precisava fazer minha ronda. – Te amo Mike.

- Te amo mais Leah. – ele sussurrou. – Até amanhã.

Nos beijamos e ele entrou no carro.

Mike espera até que eu entre para partir.

http://www.youtube.com/watch?v=rtOvBOTyX00&feature=player_embedded

Antes de alcançar a porta ele abriu a porta do carro e caminhou até minha varanda.

- O que houve? Esqueceu algo? – ele queria mais um beijo, faz isso sempre. Sorri e cruzei os braços.

- Eu não quero mais partir. Não quero mas dormir sem ter você ao meu lado, acordar sem poder te beijar. Viver longe, indo embora – ele mexeu no bolso da jaqueta. – Carrego isso há semanas. – uma pequena caixa, levei minhas mãos a boca. – Esperava o momento perfeito, aquele ao qual, você lembraria para sempre, porem nenhum momento é perfeito a altura disso. E acabo com medo de te decepcionar. Mas hoje perdi meu medo, se eu for sincero, nunca vou decepcionar você. Momentos se tornam perfeitos quando estamos ao lado de quem amamos, e eu te amo Leah. Não importa o tempo, é o suficiente para saber que é você. Sempre será. Por isso... – ele ficou de joelhos. – Leah Clearwater, eu quero passar cada momento da minha vida ao seu lado, quero fazê-la feliz e ser feliz ao seu lado. Aceita se casar comigo? – ele abriu a caixa e o anel com uma pequena e delicada pedra brilhante reluziram diante dos meus olhos.

Ouvi um copo se quebrar na minha sala.

Um milhão de imagens preenchiam a minha mente.

Porem uma única estava no centro de todas elas.

Mike ali diante dos meus olhos segurando aquele anel. Lindo sincero e totalmente apaixonado.

- Sim – soltei sem pensar, em mais nada.

Mike segurou minha mão e colocou o anel. Em seguida me beijou apaixonadamente.

- Meu Deus. – a voz da minha Mãe na sala.

Seth era mesmo um fofoqueiro.

Ela correu e abriu a porta.

Eu olhava admirada o anel, brilhando em minha mão.

Os olhos da minha Mãe estavam cheios de lagrimas, assim como os meus.

Ela me abraçou emocionada, sem dizer nada. Palavras agora não eram necessárias.

Nessie e Kate vieram logo atrás, nos dando parabéns. Seth apenas nos olhava com um sorriso enorme nos lábios.

- Temos um casamento para planejar. – Kate dizia animada.

- Temos! E olha que engraçado é o meu. – sorri sem acreditar que isso estava mesmo acontecendo.

- Vamos começar logo então. – minha Mãe respondeu animada.

Respirei fundo e abracei Mike.

Éramos oficialmente noivos.

.......................

                                  FIM DA PRIMEIRA PARTE



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Notas finais do capítulo

Meninas esta ai a primeira parte do Capitulo O Pedido.
Mike um fofo como sempre.
Bora combinar que foi otEmo ver Dona Sue dando a patada em Karen Newton. kkkk
Jéssica bith, levou um fora merecido.
Kate finalmente deixou o amor falar mais alto. Eu particularmente amo Kate.
Agora algo que será a pergunta frequente como tem sido.
Era Jacob? Como ele faz isso?
Bem minha resposta: Estamos ha um capitulo de distancia para descobrir) a parte dois não conta pois é o mesmo capitulo ok!)
Bem meninas espero que curtam.
Bruna e Eu já agradecemos quem acompanha a Fic aqui.
Beijos.
Assim que tiver, pelo menos 10 comentários eu posto a segunda parte...
Saudações lupinas e até a próxima parte...