New Hogwarts escrita por Tortuguita


Capítulo 3
Capítulo 2 - Nusm




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Na varanda da mansão dos Longbotton, Sirius admirava as nuvens muito branquinhas pairarem na imensidão azul durante aquela tarde, não se incomodando em estar sentado nas desconfortáveis pedras de mármore que cobriam o chão.

Sirius era o filho mais velho de Neville Longbotton e Luna Lovegood e além de ser alto e bonito, tinha os olhos mais encantadores que alguma vez fora visto... Um azul diferente do azul dos olhos de sua mãe ou de qualquer outra pessoa no mundo mágico ou trouxa. Seus cabelos eram castanhos, escuros como os de seu pai.

E ele era dono de um sorriso também muito bonito que encantava as pessoas a sua volta.


Já haviam se passado cinco meses desde o dia em que ele fora transformado em um vampiro. O desespero explodia por seus poros, e a cada segundo ele se odiava mais pelo que estava se tornando.

Apesar de tudo, ainda lhe restara um pequeno motivo para estar menos aflito; conseguiu estabelecer um acordo com outro vampiro, desviando bolsas de sangue do hospital para que não precisasse atacar e ferir ninguém.


Sirius ainda nutria esperanças de voltar a ser quem era e não se cansaria de procurar pela cura que lhe traria sua vida de volta. Iria até ao fim do mundo para deixar de ser um monstro sanguessuga.

Nathan, James e seu irmão sempre o apoiaram e ajudaram independente do que havia se tornado, estavam tão dispostos quanto ele a encontrar a cura.


O vampiro se assustou quando a coruja de seu irmão mais novo pousou na grade da varanda segurando um papel em sua pata. Ele foi até ela, que piou em contentamento, e retirou entediado o bilhete.


" Ainda vamos ao castelo hoje? Eu sei que você não vai gostar muito da ideia, mas eu acho melhor levarmos Lily e Catheryne.

Odeio admitir, mas qualquer uma delas sabe maior numero de feitiços do que nos dois juntos, e acho que vamos mesmo precisar de ajuda.

Kevin"


– Será que ele não podia simplesmente levantar o rabo do sofá e vir aqui em cima perguntar isso? – Sirius resmungou para si mesmo antes de descer as escadas da bela mansão, avistando de imediato a figura de Kevin, que estava esparramado de qualquer jeito em um dos sofás da sala.


O garoto era um ano mais novo que Sirius assim como sua irmã gêmea Lily. Kevin tem seus cabelos lisos e loiros, pele clara e olhos incrivelmente azuis, um sorriso amável se encontrava sempre em seu rosto e era conhecido por seu jeito brincalhão.


– Sim, nós vamos hoje. – Sirius disse passando pelo irmão e seguindo direto para a cozinha.
– Ah! Tá bom. E vamos levar as meninas? – Ele gritava de forma que o irmão mais velho ouvisse da cozinha.
– Por mim tanto faz – O outro gritou de volta colocando um pouco de leite em um copo logo em seguida bebendo lentamente. Era nesses momentos que agradecia por ainda poder degustar do sabor dos antigos alimentos, eles não o mantinham vivo, mas aliviavam a constante ansiedade por sangue.


Levar sua irmã com ele era uma péssima ideia, mas levar Catheryne nem teria palavras para descrever quão ruim seria, lembrar de seu passado e dos fortes laços de amizade que antes tinha com a ruiva lhe davam calafrios e faziam uma dor assolar seu peito.


A garota odiava vampiros desde que sua melhor amiga foi morta por um deles e foi esse detalhe que destruiu todos os sentimentos que havia entre eles, ela o odiava também e isso deixava Sirius furioso.

Por mais que ele próprio se culpasse, no fundo sabia que nunca teve culpa do que aconteceu, ele não escolheu nem uma vírgula do que estava invadindo sua vida, e ela sempre estava disposta a jogar na cara dele o monstro que havia se tornado.


Sirius voltou para a sala e se sentou na poltrona verde perto da lareira. Poucos segundos depois a mais nova dos longbottons desceu as escadas com um sorriso no rosto. Lily era linda, seus cabelos loiros e ondulados caiam como uma cascata até o meio das costas. Sua pele muito branca e seus olhos azuis representavam Luna. Os traços de seu rosto tornavam a garota semelhante a uma boneca de porcelana, que dava até medo de tocar e se quebrar.


Ela foi em direção a Kevin e não demorou muito para que uma discussão começasse.


– Senta direito Kevin, eu quero sentar ai também.
– Tem outro sofá ali, sua chata! – O garoto não desgrudou os olhos da televisão.
– Eu quero esse sofá e eu não quero ver essa porcaria, muda de canal!
– Eu deixo você sentar, mas vai ficar nesse canal. – Ele disse impaciente.
– Não. Eu sento no outro sofá e você muda o canal.
– Para você colocar Barbie e o lago dos cisnes? Nem pensar! – A garota jogou uma almofada em cima do loirinho que sorriu satisfeito.
– Lily! – A voz de Sirius cortou o ar.
– Sim? – Ela o encarou.
– Se você quiser ir com a gente hoje a tarde pode ir.
– Sério? – A garota gritou empolgada indo abraçar o irmão mais velho com força.
– Escuta Lily, é perigoso, você sabe disso, não sabe? – Ele a afastou gentilmente para olhar em seus olhos.
– Sim, eu terei cuidado, não se preocupa.

– Eu vou acabar me arrependendo disso – O garoto suspirou.


(...)


Resposta errada.


Nathan curvou a cabeça em direção ao pescoço da loira, tocando com os lábios levemente, ele sorriu ao perceber que ela estremeceu com o simples toque dele. Logo distribuiu lentamente pequenos beijos, tão lentos, demorados e delicados que aquilo se tornou pior que mil cruciatus na concepção da loira.


– Você esta ficando louco? – Ela se sacudiu, tentando afastar não só o garoto quanto as sensações que ele causava nela. – Isso não vai te levar a nada, você não vai conseguir o que quer.


– tsh, tsh, tsh. – Ele riu novamente – Eu sempre consigo o que eu quero Potter – Depositou suavemente mais alguns beijos próximo aos lábios da garota.

– Para com isso babaca! – A loira quase gritou quando Nathan roçou os lábios nos dela insinuando um beijo pelo qual ela implorava naquele momento, logo se afastando com um sorriso de satisfação no rosto por vê-la desesperada por aquilo, aquilo que ele não daria até saber onde estava a maldita capa. Ele a soltou e separou seu corpo do dela apoiando-se com uma das mãos na parede.

– Tem certeza que quer continuar com isso? – Aquilo foi quase uma ameaça. Ele colocou delicadamente alguns fios de cabelo, que teimavam em cair sobre o perfeito rosto da garota, atrás da orelha. Ela permaneceu imóvel.
 

– Escuta aqui Amy, eu estou começando a ficar sem paciência, então é melhor colaborar se não eu vou começar a optar por arrancar isso de você de forma, como posso dizer? Indecente? – Ele falou calmo, porém ameaçador.

– É só uma capa, deixa de ser babaca.

– Você só vai piorar as coisas desse jeito. – Ele passou a mão pelos cabelos irritado.

– Está em baixo da cama do seu pai. – Ela murmurou encarando o chão e Nathan a olhou desconfiado. A puxou pelo pulso fazendo com que ela o encarasse.


– Só um aviso Potter, se não estiver lá eu não vou perdoar. – O desespero foi visível no olhar dela, e não precisou de muito mais para ele ter certeza.
– Que droga Nathan, pra que você quer?
– Não é da sua conta. – Sua expressão era ameaçadora.
– É sério, só me diz por que você quer, eu te dou. – Ela disse ignorando os arrepios que a mão daquele garoto causavam em seu corpo.
– Nós vamos ao beco dos vampiros Amy, precisamos dela. – Ele aderiu a uma expressão séria.
– Ainda a cura para Sirius?
– Não vamos desistir.
– Tudo bem... Eu coloquei no lugar onde estava antes, sabia que vocês não voltariam a procurar lá.

– Boa garota. – Ele sorriu soltando seu pulso.
– Nunca mais faz isso! – Ela tentou fazer com que soasse ameaçador, mas foi em vão, a única coisa que conseguiu foi um sorriso sarcástico do garoto.
– Que medo!
– Cala a boca babaca. – Ela foi até a porta.
– Você gosta de babacas. – Ele segurou sua cintura e deixou um pequeno beijo em seu ombro antes de continuar. – A porta esta trancada, lembra?
– Malfoy! – Ela grunhiu se virando.
Ele sorriu e retirou a varinha do bolso para desfazer o feitiço.


(...)


Os quatro permaneciam em pé em frente a um grande portão de ferro, havia nele um escudo com letras grandes e prateadas sustentando a palavras “Scott”.


– Vamos? – Kevin perguntou olhando o jardim que era visível atrás das fortes grades.

Sirius seguiu até o portão o abrindo e todos entraram.
Os jardins eram imensos e no fundo se via um pequeno castelo devido a distancia, na realidade era um dos maiores castelos do país. Havia diversas arvores e monumentos, na opinião deles imensos lugares para procurar.
Eles olhavam em volta em silêncio.


– Temos que nos separar – Sirius quebrou o silêncio.
– As meninas vão pelo jardim e os meninos pelo castelo? – Catheryne sugeriu.
– Vocês precisam se separar, as duas são boas em feitiços.
– E eu quero ir para o castelo – Lily disse.
– Eu também quero – Kevin embirrou.
– Tudo bem, vocês vão para o castelo e eu vou com ela para o jardim.
– Ela tem nome Longbotton! – Catheryne retrucou.
– Desculpa Weasley – Ele girou os olhos.
– Isso vai ser lindo – Kevin disse a Lily baixinho.
– Com certeza – Ela riu.


(...)


James puxou uma cadeira que estava no canto do quarto e sentou na beirada da cama. Colocou a cadeira em sua frente e apontou para a mesma, indicando que Lara se sentasse na mesma. Ela obedeceu timidamente.


– Por que você fica desse jeito perto de mim?
– Eu não fico de jeito nenhum perto de você Potter.
– Você esta completamente desconsertada Malfoy! – Ele fez questão de frisar o “Malfoy”.

James segurou o queixo da garota delicadamente, olhando profundamente em seus olhos.
– Apenas me fala.
– Eu já disse que estou normal.
– Assim você não facilita as coisas.
– Que coisas? – Ela disse confusa.


James apenas sorriu e balançou a cabeça negativamente.

– Potter...

– Para de me chamar de Potter Lara… – Ele reclamou e voltou a se afastar.

– Eu preciso ver se a Amy está bem.

– Eu não posso te deixar sair daqui.

– Eu vou ficar muito chateada com você se tentar me impedir. – Ela se levantou, mas James a puxou para cima da cama fazendo com que se sentasse novamente.


– Chateada comigo? – Ele perguntou rindo.

– Sim – Ela o encarou séria.


James se jogou em direção a ela fazendo cócegas em sua barriga, Lara gargalhou se contorcendo para aliviar a angustia que a consumia, não sabia se era pior a sensação de formigamento em sua barriga ou em seu pescoço onde a barba curta do garoto ia de encontro a sua pele sensível.


– Para, para! Por favor, James! – A morena tentava segura inutilmente a mão dele. – Por favor – Ela implorou mais uma vez e James a soltou permitindo que ela se acalmasse.


(...)


Sirius e Catheryne seguiam juntos por um caminho de cimento feito em meio a planície relvada, após algum tempo caminhando chegaram a uma parte do jardim onde muitas pequenas pedras vermelhas estavam espalhadas pelo chão. Catheryne abaixou e pegou em uma pedra.


– Essa pedra é muito estranha.
– É uma pedra normal – Sirius disse indiferente continuando a andar.
– Não parece ser normal, olha! – Ela chamou por ele.


Sirius olhou para trás e Cathy jogou a pedra na direção dele. O vampiro esticou a mão e tocou a pedra na intenção de apanha-la, mas algo realmente estava errado, assim que ela tocou uma ardência o consumiu e ele sem pensar desviou a mão e o pequeno objeto foi parar em seu pescoço.

A pedra queimou rapidamente a pele do vampiro e um grito estridente foi ouvido.


– Sirius! – Catheryne correu em direção a ele que com a dor acabou por se ajoelhar.

– Que droga! – Ele gritou outra vez quando uma de suas pernas encostou-se a outra pedra.
– Sirius! O que esta acontecendo? – Ela se desesperou vendo o rapaz naquele estado.
– Cala a boca Weasley! Olha o que você fez! – A garota se afastou um pouco assustada – Eu vou matar você! – Ele disse enfurecido e desnorteado com a dor. Tentou inutilmente se levantar do chão.
– Já pegou o habito de fazer isso? – Ela disse com desdém.
– Garota... – Sirius apertou os punhos com força. Ele já estava fora de controle.


Cathy pegou mais algumas pedras no chão e as segurou junto dela, um sorriso convencido brotou em seus lábios. Foi como se ele lesse os pensamentos da garota.


– O sol esta se pondo Weasley, essas pedras só queimam quando estão em contacto com o sol. Sem ele são pedras normais. – Sirius já estava em pé – Uma hora vai anoitecer... Se você não largar essa porcaria por bem, vai ser muito pior, acredite. – Ameaçou ele, seus olhos estavam vermelhos de raiva.


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