Den Danske Og Norske escrita por dieKholer


Capítulo 1
Oneshot.




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Como ele era estúpido em absolutamente tudo. Nas falas, nas ações, no modo de pensar e até de comer. Ele era estupidamente estúpido, o mais estúpidos dos estúpidos.

Às vezes ficava de soslaio observando-o, pregava alguma peça  em Berwald, judiava do outro mais inocente, Tino,  e depois bebia horrores enquanto observava o tempo passar.

-Norge, por que está me olhando desse jeito?! – perguntou depositando o copo de cerveja sobre a mesa, os olhos curiosos analisavam Lukas de cima a baixo.

Droga, o idiota o pegara de jeito!

-Não estou te olhando. Estou olhando o ambiente lá fora... – disse esforçando-se para não gaguejar.

-Venha beber comigo. – disse bebericando a cerveja mais uma vez.

-Não. – cruzou os braços e deu meia volta, fazendo menção de sair.

-Quem é o Rei do Norte da Europa aqui?!Eu ou você?! – bateu com o copo na mesa, dando um sonoro estalo. – Quem dá as ordens sou eu, portanto, sente-se. – fez sinal para o lugar vazio na mesa, logo a sua frente.

O menor revirou os olhos e franziu a testa, por pouco não disse que o título de Rei dos Estúpidos lhe caía melhor.

“Não, pense com a cabeça, Noruega.Ele é mais forte que você, pelo menos por enquanto...”

Sentou-se de frente para o mais velho, mas não o encarou, apoiou um dos cotovelos na rústica mesa de madeira e apoiou seu queixo na mão, enquanto seus olhos seguiam os flocos de neves que caíam no lado de fora.

-Por que você é assim, hein?!

-Assim como?

-Sempre quieto, mais que o Suécia, nunca ri ou brinca...

-Sou uma nação, não uma criança para rir e brincar.

-Como Rei dos Países Nórdicos, ordeno que sorria e que brinque, tal como Finlândia!

-O que?!

-Você são países tão pequenos – fez um gesto com a mão insinuando o tamanho dos dois- fofinhos, parecem até meninas... deviam fazer a alegria da casa, pelo menos isso o Finlândia faz direito, e você, faz o que?

O menor levantou-se da mesa batendo com as palmas da mão sobre a mesma.

-Olha aqui, idiota, meu exército sempre apóia o seu quando alguma merda acontece, eu sempre salvo o seu rabo quando você faz alguma besteira! Acho que tenho mais utilidade do que ficar tentando te agradar com coisas inúteis!

Sua respiração estava descompassada, sentiu uma pressão na cabeça... algo lhe dizia que não era para ter feito isso. Cerrou o punho e desviou o olhar, já esperando um soco ou um tapa do maior, porém o que ganhou foi um profundo afago, que bagunçou seus cabelos loiros e fez cair a cruz de madeira que sempre mantinha presa nas madeixas.

-Haha, pelo menos te fiz falar em três segundos mais do que você costuma falar em um dia! – Mathias riu e pegou a presilha de Lukas. – Por que usa isso?

-Por que tem que ser tão babaca?

-Se eu fosse alguém sério, você se interessaria por mim e ficaria me admirando o dia todo?Acho que não...

-Idiota. Devolva. – disse tentando tomar a cruz do outro, que apenas a ergueu em uma altura inatingível para o menor.

-Você fica parecendo uma menina quando está irritado, sabia? Tão fofin- sentiu um soco no estômago desferido pelo que acabara de classificar de “fofinho”.

O maior recuou, mas sem soltar a cruz, levando a mão livre até o local onde fora atingido. Assustou-se com a força que o outro escondia... ele agora não lhe parecia tão afeminado nem tão fofinho assim.

-Não deveria ter feito isso Noruega. – rangeu os dentes, ainda sofrendo pelo golpe. – Se quiser ver sua preciosa cruz de novo, venha até meu quarto hoje à noite.

-Pode ficar com você, então, idiota. – bradou.

Dito isso, o menor saiu, com o cenho ligeiramente franzido, sem olhar para trás.

-x-

A nevasca parecia ter dado trégua, mas a cor branca predominava no ambiente nórdico, até as árvores secas foram tingidas pela densa neve matinal. O vento uivava, cortando as montanhas e a vegetação.

-Norge... – o outro país o encarava de cima em baixo com seus olhos violáceos. -... está faltando algo em você...

-Sim, Fin, minha cruz... aquele idiota do Dinamarca a roubou...

-Eh...por que ele faria isso?!

-Já não é claro?! Ele é um idiota! Ele deve estar gemendo até agora com o soco que lhe dei no estômago.

-Você fez o que?! Norge!

-Ele roubou a minha cruz, Fin.

-M-mas quando o Su-san levantou a mão para ele, durante uma discussão, ele o trancou durante três dias no porão! Imagine o que ele poderá fazer com você!

-Finlândia, porque o Suécia suporta tanto aquele imbecil? Ele judia de você, mas com o Suécia... ele realmente o machuca.

O loiro mordeu os lábios antes de responder. Não sabia se deveria contar o plano de fuga dele e do outro e convidar o terceiro para se juntar a eles.

“Apenas eu e você, Fin, não podemos confiar no Norge.” – foram as palavras de Berwald.

Respirou e espirou.

-Suécia-e-eu-vamos-fugir-quer-vir-junto? – disse rapidamente, comprimindo seus dedos na palma da mão fazendo as unhas se enterrarem na carne.

-Vocês vão fugir?! – arqueou as duas sobrancelhas, algo raro de acontecer, significava que estava realmente surpreso. – Mas se o Dinamarca descobrir...

-Não há como ele descobrir,a não ser que você conte.

-Não irei contar, mas também não fugirei com vocês...

-Porque Norge?! Vamos nos abrigar na casa do Estônia, ele é irmão do Lituânia que está casado com o Polônia e...

-Eu sei Fin, mas eu e aquele imbecil... se ele cair, eu caio junto. Ele não pode ficar sozinho, não vai durar uma década...

-Eu... eu entendo. – o menor abaixou os olhos encarando um floco e neve que acabara de atingir sua bota de couro. – Por favor, Norge...

-...não irei contar.- as orbes azuis inexpressivas encaravam os olhos violetas.- Que você e Suécia encontrem o caminho certo.

-Eu sei que vamos encontrar... – disse sorrindo.

“... embora ele pareça que vai me matar quando me olha.” – completou em pensamento.

-x-

Estava se sentindo sujo. O mais sujo dos sujos quanto aquele estúpido era o mais estúpido dos estúpidos. Tudo para recuperar sua presilha. Iria trair Berwald e Tino só para reaver seu precioso objeto. Pela primeira vez em muito tempo, sentiu algo intenso: culpa.

Nem ele mesmo sabia porque tinha tanta consideração por uma mísera cruz de madeira. Talvez seja por que desde que se entende por uma nação, quando ainda era um viking (época na qual aprendeu a derrubar os outros para sobreviver), já a possuía.

Parou em frente da pesada porta de madeira, com luxuosos adornos de ouro e algumas pedras preciosas. Chegou a fechar a mão para bater na porta, mas impulsivamente girou a maçaneta e empurrou a porta com mais força do que o golpe que desferira no nórdico mais velho de manhã.

-Devolve! – bradou, ofegante.

O mais velho estava de costas, vestindo apenas uma calça de tecido fino, exibindo a pele alva e os músculos bem definidos. O ambiente estava mal iluminado pelas poucas velas que ali havia.

-Não sabe bater na porta? – disse apenas virando o pescoço para o lado, sem mover seu corpo. – Venha até aqui.

O menor obedeceu, aproximando-se do maior.

-Devolve.

Mathias se virou sorrindo e acariciou o rosto do outro, a pele grossa dos dedos contrastavam com a da face, com cuidado, como se pudesse marcá-la se a pressionasse com um pouco de força. Com o dedo indicador percorreu os lábios finos do menor. Em momento nenhum interrompeu o sorriso.

-V-você não vai fazer nada comigo...eu..eu não permito!

A gargalhada que o outro soltou foi tão alta que até os corvos que repousavam nos galhos das árvores crocitaram e ergueram vôo.

-Não vou fazer nada... eh?! – disse entre os dentes, sorrindo, enquanto pegava os pulsos do menor e avançava sobre ele, fazendo-o recuar.

Até então, não sentiu medo, provavelmente era mais uma das gracinhas que ele sempre fazia. Sua ficha caiu apenas quando sentiu suas pernas baterem em algo duro e, devido a força que o maior aplicava em seu corpo, o fez cair deitado em algo macio: a gigante cama.

-E-eu sei de uma coisa...

-Não estou interessado em ouvir... – disse, ainda de pé, abrindo as pernas do menor e ficando entre elas. Levou uma de suas mãos até as madeixas de Lukas e tornou a acariciá-las, os dedos percorriam até a base do pescoço, de modo lento e suave.

-M-mas... – seu coração estava acelerado, parecia lhe querer sair pela boca. Não seria justo ele fazer isso com ele, agora que seria o único ao seu lado. -... eu sei que...

-Cale a boca, só sei que se você ficar aí deitado e gemendo como uma mulherzinha cada vez que toco no seu pescoço, não vou conseguir colocar isso –mostrou o que escondia na outra mão: sua preciosa presilha.- no seu cabelo.

-Hã...?! – inclinou a cabeça.

Mathias sorriu, ajoelhou-se sobre as pernas do menor, e levantou seu tronco apoiando a cabeça de Lukas em seu tórax desnudo. Mordeu a presilha a fim de utilizar uma das mãos para mantê-lo para perto de si e com a outra arrumar as madeixas loiras.

“Céus, como ele está trêmulo, ele realmente achou que eu iria fazer algo...”

O menor respirou aliviado, mas ao mesmo tempo sentia-se constrangido pelo seu rosto estar em contato com aquela pele tão quente e firme do maior. Sentiu seus cabelos sendo acariciados e, por alguns segundos que lhe pareceram milésimos, cerrou os olhos e pode sentir o coração do outro batendo.

“Nem um pouco acelerado... idiota...”

Terminou o serviço e saiu de cima do menor, colocando as duas mãos na cintura e sorrindo infantilmente.

-Viu, agora a tem de volta, Norge... apenas não me bata como fez hoje de manhã, ok?!

-O-ok...

-Ia me dizer algo...?

-Não. –esforçou-se em mentir. Não iria entregar os outros a ele.

-Pois bem! – disse se jogando em cima da cama. – Boa noite.

-Boa noite...

“...imbecil.”

Arrumou sua roupa, que estava amassada e deu dois passos.

-Onde você vai?

-Dormir.

O menor apenas corou e sentiu suas pernas fraquejarem quando o outro o abraçou por trás, levando a boca até seu ouvido.

-Não pensou que isso seria de graça, né?! – disse exalando o hálito mais quente que podia. – Venha dormir comigo.

-O QUE?!

-É apenas dormir, Norge, não vou te estuprar...

“...embora a ideia me pareça tentadora.” – teve que acrescentar mentalmente.

Pensou em se debater e gritar, desferir golpes mais violentos do que o tal soco no estômago, mas ao lembrar de Suécia trancafiado no porão e olhar o imenso machado que repousava junto a parede, aceitou o maior que o conduziu até a cama.

-N-não faça nada comigo, senão...

-Ok,ok... eu sei... apenas fique aqui... quietinho....

Desviou seu olhar das orbes do mais velho e notou o sorriso que brotou nos lábios do mesmo. Sentiu um ligeiro afago em seu cabelo, forçando sua cabeça para baixo, quando deu por si, sua testa repousava no pescoço do maior e sua cintura estava enlaçada por um forte abraço.

-I-isso é estranho, Dinamarca...

-Apenas durma, Norge.

Acatou a ordem do mais velho, cerrando os olhos e em poucos minutos, caindo em um sono mais profundo que o do outro.

Acordou com um grito de Mathias. Não era um grito, estava mais para um urro, um urro de dor e ódio. Sim, o “Rei dos Nórdicos” descobrira a fuga de seus dois vassalos.Por todos os deuses de todas as crenças...

“...que ele não desconfie de nada.” – tornou a fechar os olhos, desejando que os outros dois nórdicos já estivessem bem longe e que o maior não descontasse nele a sua raiva.


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Notas finais do capítulo

Dinamarca troll o3o
Assim que imagino a relação dos dois, Dinamarca "babaca" e Noruega sério e frio, com uma pitada de tsuderismo.
Bem, espero que tenha agradado >.
Reviews, please ._./