My Bulletproof Heart escrita por Adrenaline Earthquake


Capítulo 7
6-He wants to break up


Notas iniciais do capítulo

Aw yeah, viu como eu sou legal com vocês? Eu não demoro pra postar *--------------*
Capítulo escrito ao som de Welcome To The Jungle e Sweet Child O' Mine. É, eu gosto de Guns'n'roses, me julguem por isso.



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POV Gerard

Andei mais um pouco pela escola para esperar por Mikey, até que, finalmente, vi o resto das turmas correndo em direção à saída. Entre eles, estava Mikey.

-Oi, Gerard! – exclamou ele todo feliz, ajeitando os óculos.

-Olá, Mikey.

-Hoje foi tão legal! Eu fui o único a acertar a pergunta que a professora de inglês perguntou. – disse ele, orgulhoso.

-É? Que legal, Mikey.

Mikey era meu irmão. Ele tinha onze anos e faria doze ainda este ano. Ele se comportava como uma criança travessa, mas na maioria das vezes eu era mais imaturo do que ele.

-E você? Como foi o seu dia, Gee?

-Ah, foi... Legal.

Ele franziu a testa.

-Não acreditei muito nisso. Aconteceu alguma coisa?

-Ah, deixa pra lá, eu não quero falar sobre isso. – eu dei de ombros, andando até o portão de saída. Porém, olhei para o lado e Mikey não estava me seguindo. Ao contrário, ele estava parado no mesmo lugar, com os braços cruzados.

-Mikey, o que houve? – perguntei, andando até ele.

-Eu não vou sair daqui até você me disser o que aconteceu.

-É sério, vamos.

-Não.

Bufei. Ele podia ser fofo, mas, deus, como era irritante!

-Ok, eu conto no caminho!

-Promete?

-Prometo. – resmunguei de má vontade.

-Ótimo, então vamos! – ele abriu um sorriso enquanto me seguia até a saída.

-Bom, resumindo toda a história, eu ganhei uma detenção.

Ele arregalou os olhos.

-VOCÊ GANHOU O QUE?!

-Shh, é, eu ganhei uma detenção. Mas a culpa não foi minha.

Contei-lhe o que tinha acontecido na prova de História e ele escutou a tudo. No fim, ele ficou em silêncio e os únicos ruídos escutáveis eram os nossos passos e um ou outro carro ou bicicleta que passava na rua.

-Frank Iero... Frank Iero... Nunca ouvi falar dele.

-E nem queira, esse menino é uma peste. – resmunguei.

-Não, é sério, eu quero saber mais sobre esse menino. Ele deve ter uma razão para ser tão amargurado assim.

-Deve ter, mas ele não vai falar pra ninguém.

-Mas ele não precisa falar.

Franzi a testa.

-Sabe, como eu sou um aluno comportado, os professores podem me deixar olhar as fichas dos alunos.

-Ficou maluco, Mikey?!

-É sério, eu posso dizer que é para uma pesquisa de alguma aula ou algo assim e eles vão deixar. Talvez eu consiga achar alguma coisa na ficha dele!

-E por que está tão interessado nesse garoto.

-Não estou interessado nele. Só no passado dele. Quem está interessado nele é você.

Arregalei os olhos.

-Mas é o que hein?!

-É sério, Gerard. Tá na cara que você gosta dele. Você, no início, odiava a Lyn-Z. Poucos meses depois vocês estavam lá, namorando. Admite, Gerard, você gosta do Frank.

-Eu não! Aquele menino é muito idiota!

-Aham, sei.

-Mikey, cala a boca.

-Já calei.

Mikey abriu a porta de casa e encontramos a casa vazia. Na geladeira, havia um bilhete dizendo que eles foram trabalhar e voltariam de noite.

-Está com fome? – perguntei ao meu irmão.

-Claro. A comida do refeitório é uma droga. – disse ele, torcendo o nariz.

-Quer pedir pizza?

-Oba! Quero! – os olhinhos dele brilharam.

-De que você quer? – perguntei enquanto pegava o telefone.

-Calabresa!

-Por que eu não estou surpreso? – dei uma risadinha enquanto discava o número da pizzaria.

Pedi a pizza e me joguei no sofá, cansado. Liguei a TV em um canal qualquer enquanto Mikey, que estava sentado do meu lado, me contava sobre o dia dele.

Eu tinha muita inveja dele. Apesar de ser um nerd, ele conseguia conquistar os outros facilmente com a sua fofura e animação. Já eu... Eu era só o cara solitário e fechado que não falava com ninguém.

-E... Gerard, tem mais alguma coisa te incomodando. – aquilo não era uma pergunta.

-Imagina. Não é nada.

-Você sente falta da nossa antiga escola, não é?

Suspirei.

-Eu não consigo esconder nada de você, não é?

Ele deu de ombros.

-Eu sou seu irmão, eu sei quando você está triste.

-Desculpa, Mikey. Eu sei  que você está muito feliz nessa escola nova, mas eu simplesmente não consigo me ajustar lá.

-Sabe, nós podemos voltar para a nossa antiga casa...

-Nós nunca vamos poder voltar para a nossa antiga casa, Mikey. Papai está bem feliz com esse emprego, ele nunca o trocaria por nada no mundo.

-Nem pela felicidade do próprio filho? Então ele é um pai bem estranho. – ele arqueou as sobrancelhas.

-É sério, Mikey. Eu não quero que ele faça esse sacrifício por mim, ele está feliz com esse trabalho, eu não vou fazer ele se mudar de volta só porque eu não consigo me encaixar em uma escola.

Do nada, ele me abraçou.

-O que houve, Mikey? – perguntei sem retribuír o abraço, de tão chocado que eu estava.

-Eu não gosto de te ver assim. – disse ele. De repente, percebi que ele estava chorando. Soltei-me dele.

-Não fica assim. A culpa não é sua. – disse, meio embaraçado.

Só assim notei o quanto eu tinha me afastado de Mikey na minha antiga escola.

-Mikey... A culpa é minha. Eu não sei me ajustar em lugares novos, é só isso, ok? Não se culpe por isso.

Ele assentiu, limpando o rosto, que estava corada por causa do choro, com a manga do casaco. Ajeitei-lhe os óculos que escorregavam para a ponta do seu nariz e abri um meio sorriso.

-G-Gerard...

-Sim?

-A-a campainha...

Olhei para trás e notei que a campainha estava tocando feito louca.

-Ah, merda. – pulei do sofá para atender a porta.

Eu e Mikey comemos em silêncio, apenas prestando atenção na TV.

Notei que algumas lágrimas ainda escorriam pelo rosto de Mikey.

-Pára com isso, Mikey. Você sabe que eu não estou irritado com você.

-Eu sei... É só que... Ah, esquece.

-Fala.

-Deixa.

-Fala.

-Não.

-Fala.

-JÁ DISSE QUE NÃO, GERARD! ME DEIXA EM PAZ! – gritou ele antes de sair correndo para o seu quarto. Bufei. Tudo estava dando errado hoje. Maravilhoso.

POV Frank

Cheguei em casa e joguei meu corpo e a mochila no sofá. Tinha sido um dia estressante demais para mim. De repente, Evelyn desceu as escadas. Achei isso muito estranho, pois geralmente ela não sai da cozinha.

-Ah, ainda bem que chegou! – exclamou ela com uma expressão aflita – Sua mãe está lá em cima.

-O que houve? O que aconteceu com a minha mãe? – perguntei, preocupado.

-Apenas suba...

Subi as escadas rapidamente e bati na porta da minha mãe.

-Mãe? Tá tudo bem?

-Frankie, entra. – disse ela com a voz rouca.

Ao entrar, tive uma surpresa: Seus olhos estavam vermelhos, lágrimas escorriam pela sua face e ela roía as unhas, nervosa.

-O que aconteceu? – perguntei, aflito, sentando-me ao seu lado.

-S-seu pai... Ele... E-ele quer s-se sep-parar. – gaguejou ela.

Congelei ali mesmo.


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Notas finais do capítulo

Uuuh coisas tensas. Por que será que o pai do Frank quer se separar? O que aconteceu na antiga escola do Gerard? MISTÉRIO, É. Parei. Enfim, até o próximo!