My Bulletproof Heart escrita por Adrenaline Earthquake


Capítulo 53
52-Not quite


Notas iniciais do capítulo

Olá.
Não estou muito animada, portanto, não vou falar muito.
Enjoy!



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“Sr. Frank Iero e Sr. Gerard Way, estimamos a presença dos senhores na audiência contra Kyle e Zachary Baker, para que os Srs. Possam prestar depoimento contra os acusados no dia 2 de setembro.

Atenciosamente,

Luke Brayden, chefe da polícia de New Jersey.”

Suspirei. Já fazia duas semanas desde o nosso incidente, mas, considerando a burocracia pela qual todos passam quando precisam fazer alguma coisa ligada a advogados, direito ou leis; até que a demora não foi tanta.

Liguei para Gerard para comunicá-lo daquilo.

-Alô? – disse a voz melodiosa que eu tanto amava ouvir.

-Gee, é o Frank.

-Ah, oi, Frankie. Deixa eu adivinhar: veio falar sobre sua nota altíssima na prova de inglês? – disse ele, com um tom irônico. Sorri. Desde que comecei a andar com Gerard, minhas notas haviam melhorado consideravelmente. Mas é claro, afinal, eu estava tendo aulas com o melhor professor particular do mundo, não é?

-Não. – falei, rindo – Eu recebi uma carta da polícia de New Jersey. Querem que a gente vá ao julgamento. – li a carta para ele. Gerard suspirou fundo e acabou consentindo em ir.

-Tem certeza? – indaguei.

-De que?

-De que quer ir.

-É óbvio que sim.

-Você sabe que não precis...

-Frankie, aqueles dois te machucaram. Eu vou ver aqueles dois na prisão, não importa o que eu tenha que fazer para isso acontecer.

Sorri fracamente. Era impressionante como Gerard conseguia me derreter todo por dentro.

-Obrigado, Gee.

-Não há de quê. Até logo, Frankie.

-Até.

-X-

No dia do julgamento, eu e Gerard nos encontramos lá. Ele estava vestido com um terno preto, assim como o irmão Mikey (que ficou particularmente engraçado vestindo aquilo) e seu pai. Sua mãe usava um vestido longo, azul escuro com detalhes brancos. Sorri timidamente para a família Way enquanto me aproximava juntamente com minha mãe, Bob e Ray (estes dois últimos haviam dormido lá em casa no dia anterior porque suas mães não podiam levá-los à audiência, e eles também tinham sido convidados). Ao me ver, Mikey sorriu e acenou para mim.

-Oi, tio Fran! – disse ele, me abraçando.

-Oi, baixinho. – sorri e retribuí o abraço. Encarei Donald e Donna Way – Oi, Sr. e Sra. Way.

-Olá, querido. – Donna sorriu e Donald também.

-Essa é a minha mãe, Linda Iero. – minha mãe e os pais de Gerard trocaram cumprimentos – Esses são Bob e Ray. Eles ajudaram o Gee a me salvar. – mais uma vez, eles trocaram cumprimentos. De repente, o advogado da família Way chegou. Era um homem alto, com cabelos castanho-claros e curtos. Os olhos cor de mel eram particularmente bonitos. Seu nome era Ryan Tyler.

-É quase a vez de vocês. – disse ele, acenando para todos nós, recém-chegados. Acenei de volta. Já havíamos tido alguns encontros com ele, portanto, todos já nos conhecíamos. Alguns minutos depois, entramos na sala ampla. Minha mãe e os pais de Gerard, juntamente com o irmão, tiveram que se sentar nos bancos de trás, apenas para observar. Eu, Gerard, Ray e Bob fomos para a frente, quase ao lado da mesa onde estavam sentados Zacky, Kyle e o advogado deles. Claro que existia uma distância entre nós. Pude ver Gerard lançando um olhar raivoso em direção aos dois antes de abraçar minha cintura. Enquanto andava até a mesa, pude ver Lyn-z sentada junto à sua mãe e seu padrasto. Ela acenava para mim, sorridente. Sorri de volta para ela e me sentei na cadeira.

Após o blablablá de sempre de “por que estamos aqui”, os dois advogados começaram a discutir. Nem prestei atenção no que diziam, apenas comecei a observar o teto do local. De repente, ouvi meu nome sendo chamado.

-Hmm?

Ryan fez um gesto em direção ao banco das testemunhas. Franzi a testa, um pouco incerto, mas fui até lá. Era alta, portanto, era uma das primeiras vezes nas quais eu me senti... “Maior”. E era meio assustador. De qualquer forma, sentei-me lá e aguardei. O advogado de Kyle e Zacky se aproximou calmamente de mim.

-Então, Sr. Iero, diga-me o que aconteceu naquela noite.

Relatei a ele o que aconteceu, nos mínimos detalhes. Desde ele me raptando até quando Gerard veio me buscar.

-E por acaso você tem... Provas... De que foram meus clientes que fizeram isso?

Arregalei os olhos.

-Ah, sim, as marcas arroxeadas pelo meu corpo. – falei, com ironia escorrendo de cada palavra que saía de minha boca. O homem abriu um sorrisinho sarcástico e não respondeu, ao contrário, virou para o juiz.

-Esse menino não tem prova alguma de que meus clientes fizeram coisa alguma, portanto, eles não podem ser presos.

-Protesto. – disse Ryan – Ele tem provas sim. Uma testemunha.

O juiz arqueou as sobrancelhas, visivelmente surpreso.

-Quem?

-Lindsey, pode vir até aqui um minuto? Pode descer daí, Frank.

Minha irmã desceu dos bancos e foi até o lugar onde eu estava sentado minutos antes. Ao passar por ela, segurei sua mão e apertei-a levemente, tentando transmitir segurança a ela. Lindsey sorriu e murmurou um “obrigada” silencioso. Sentei-me novamente ao lado de Gerard, que me abraçou de lado. Deitei em seu ombro e assisti enquanto Lindsey relatava mais uma vez o que aconteceu. O advogado dos dois foi conversar com eles ao fim do relato de Lindsey e sua fisionomia não era nada boa. De repente, ele voltou a falar conosco.

-Queremos ouvir o relato de... – ele olhou em um papel – Robert Bryar e Raymond Toro.

Primeiro Bob foi até lá e repetiu tudo o que eu disse. Depois, foi a vez de Ray. Não contaram nada de novo, pra ser sincero. Só colocaram mais detalhes do que eu, afinal, eles estavam assistindo a tudo enquanto eu estava vivendo aquilo, não é?

Foi a vez de Ryan falar.

-Quero ouvir o depoimento de Zachary e Kyle Baker, por favor.

Vou resumir o que Zacky e Kyle falaram. Basicamente, disseram que não fizeram por mal e toda aquela merda não foi intencional. No fim, disseram que se arrependeram e que eu e Gerard éramos os “vilões” da história.

Eca. Eles me dão nojo.

Arqueei as sobrancelhas para Ryan, que simplesmente fez que não com a cabeça, em um gesto reprovador. Ele suspirou e recomeçou a discutir com o advogado de Kyle e Zacky. Gerard chamou minha atenção.

-O que aconteceu? – indaguei.

-Estou com medo...

-De que?

-E se eles não forem presos? E se eles voltarem a tentar nos matar?

Levantei o rosto e pus meu indicador em seus lábios.

-Para com isso, ok? Tudo vai ficar bem, eu prometo.

-Mas...

-Gerard, é sério. Vai ficar tudo bem. Nós dois vamos ser felizes e vamos ficar em paz, esses dois vão pra cadeia e nunca mais vão voltar a aparecer na nossa vida. – sorri e beijei seu rosto. Ele sorriu levemente e assentiu.

-Acho que tudo bem, então...

De repente, ouvi um barulho e o juiz falou:

-Vamos deliberar e voltaremos com a sessão daqui a dez minutos. – todos começaram a se levantar, inclusive eu, Gerard, Bob e Ray. Encaminhamos-nos para fora do salão e, logo que pisei lá fora, senti braços ao meu redor e um perfume feminino encheu minhas narinas.

-Lindsey, calma, eu não morri nem nada parecido. – falei, rindo e retribuindo o abraço dela. Lindsey parecia estar bem nervosa com tudo aquilo.

-Eu sei... Eu só precisava de um abraço seu...

Revirei os olhos.

-E eu preciso de um abraço seu também! – disse ela, sorrindo e abraçando Gerard. Não posso dizer que não senti uma pontadinha de ciúmes, porque eu senti, mas eu não podia fazer nada. Eu tinha que entender que, de uma forma ou de outra, esses dois estavam ligados de uma forma que estava além da minha capacidade de entender ou até mesmo de desfazer essa ligação. Eu só espero que Gerard também entenda que eu e Lindsey estamos ligados não só por laços de amizade, mas de sangue também.

De certa forma... Lindsey forma uma ponte entre nós. E eu sabia que, se ela fosse embora, eu e Gerard não seríamos mais os mesmos. Agora que a ponte foi construída, não podemos viver sem ela.

-Ger, quem é essa? – indagou Mikey, chamando a atenção do irmão.

-Ah, não se lembra dela, não é? Mi, essa é a Lindsey, ela era minha namorada antes de nos mudarmos.

-Ah... Oi. – murmurou ele, incerto.

-Oi, Mikey! – ela sorriu – Como você cresceu! – ela bagunçou levemente os cabelos de Mikey. Enquanto isso, avistei minha mãe conversando com os pais de Gerard. Caminhei até Bob e Ray, que conversavam entre si.

-Ei, vocês dois. Obrigado por virem. – dei um meio sorriso.

-Não foi nada, Franks. Acho que era nosso dever. – Bob deu de ombros – Nós começamos isso e vamos terminar juntos, até o fim.

Sorri. Eu teria que agradecer esses dois eternamente.

De repente, Ryan chamou o nosso grupo novamente. Entramos cautelosamente e o juiz, que já parecia entediado, disse:

-Decidimos. Pena de cinco a dez anos por tortura e sequestro para os Srs. Baker. Sem fiança.

Arregalei os olhos. Não podia acreditar que isso estava acontecendo. Senti Gerard se agitar ao meu lado enquanto Bob e Ray o abraçavam, felizes. Lindsey também me abraçou e eu continuei estático ali, sem movimento.

-Sorria, maninho! – disse Lindsey – Você ganhou! Eles não vão te perturbar mais!

-É... É verdade... – sorri. Foi só aí que a ficha começou a cair. Em poucos minutos, eles estariam longe de mim...

... Mas só em poucos minutos.

Esses poucos minutos foram o suficiente para Kyle tirar a arma do bolso e tentar atirar em mim.

Mas Bob se jogou na frente.

E o tiro...

... Acertou nele.


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Notas finais do capítulo

Hm...
*se esconde dos tiros*
Se ele morreu ou não?
Vish, nem conto.
Só no próximo.
Que eu pretendo não demorar pra postar.
Beijo.