My Bulletproof Heart escrita por Adrenaline Earthquake


Capítulo 47
46-Help me, please!


Notas iniciais do capítulo

Dessa vez, não demorei. Há!
Eu deveria estar arrumando meu armário, mas né... -q
Enjoy!



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POV Frank

No dia seguinte, tanto eu quanto Gerard estávamos apreensivos para o fim da aula. Eu estava assim porque havia tomado uma decisão; contaria a Ray e Bob tudo o que havia acontecido. Tudo mesmo. Já Gerard estava assim porque teria de sair com a tal da Lindsey e, segundo ele, ela era meio... Instável. Quando mencionei a possibilidade de ela estar na TPM, ele riu e disse “Só se ela tiver TPM fixa”.

Quando o “doce” sinal bateu, todos saíram correndo. Típico de sexta-feira. Porém, bob e Ray estavam entretidos demais na conversa entre si para correrem. Chamei a atenção de ambos e eles olharam em minha direção.

-Eu... Posso falar com vocês lá embaixo?

Os dois franziram a testa.

-Claro...

-Pode ser...

-Ótimo. – pus o estojo e os livros na mochila. Gerard enfiou tudo dentro da própria mochila e se aproximou de mim. Seu ar apressado e as bochechas coradas que contrastavam com a palidez de sua pele lhe davam um ar levemente sexy.

-Frankie, eu vou indo. Lindsey odeia quando eu me atraso. – ele me deu um selinho – Até mais tarde.

-Até. Boa sorte. – sorri. Ele parou por um minuto, atrasando o ritmo um pouco. Deu meia-volta e me encarou docemente, acariciando minha bochecha.

-Obrigado, Frankie. – ele beijou minha face e se afastou depressa novamente. Suspirei e andei em direção a Bob e Ray, com um sorriso bobo nos lábios. Os dois torciam as mãos, nervosamente. Desci as escadas junto com os dois e nos sentamos em um banco qualquer. Suspirei fundo e comecei:

-Eu... Eu prometi ser sincero com vocês, portanto, acho que devo contar a vocês tudo o que já ocorreu comigo até agora.

Contei-lhes tudo o que contei a Gerard no dia anterior. Era, de certa forma, bom... Liberei um pouco do peso enorme em meu coração e era bom me abrir com Bob e Ray. Surpreendentemente, eles eram bons ouvintes e eram extremamente compreensivos.

Ao fim de meu relato, Ray estava com a boca entreaberta e Bob dava indícios de choro, o que era meio estranho. Ver aquele ursão loiro chorar era extremamente estranho.

-Eu nunca ia imaginar que você passou por tanta coisa... – disse Ray, estupefato. Sorri tristemente. Os dois estavam tristes e comovidos.

-Você ainda... Se droga? – indagou Bob.

-Não. Eu parei por causa do Gerard. Ele pediu para eu parar. – dei de ombros. Ray fechou os olhos.

-Graças a Deus que o Gerard existe... Frank, agora nos prometa uma coisa: você não vai, nunca mais, esconder algo assim de nós.

Assenti.

-Prometo.

Os dois sorriram e eu também. Senti que ficamos mais próximos após essa nossa conversa.

Voltamos para casa juntos.

-X-

POV Gerard

Corri até a cafeteria onde fomos da última vez para me encontrar com Lindsey. Encontrei-a sentada em uma das mesas, brincando com um guardanapo triangular. Sentei-me na outra cadeira, respirando ofegantemente.

-Desculpa a demora. – resfoleguei.

-Tudo bem. – ela sorriu – Obrigada por vir, sabe... Nós tínhamos que conversar.

-Eu sei. Olha, eu sei que a notícia do meu namoro foi meio chocante para você e eu sinto muito...

Ela fez que não com a cabeça.

-Não se preocupe, eu que fui idiota por achar nojento. Fui ridícula e preconceituosa. Acho que, se você e o... Frank... – sua voz saiu ligeiramente enojada, mas ela pigarreou e continuou com a voz normal – Acho que é isso que importa. – ela sorriu levemente. Sorri de volta, aliviado por ela estar sendo compreensiva. De repente, ela ficou séria – Mas tem outro motivo para eu querer falar com você... – ela suspirou – Lembra-se do Kyle?

Gemi.

-Como não lembrar?

Ela deu um sorrisinho de desculpas.

-Você sabe que eu não contei a ele que estava grávida, não é?

Assenti.

-Pois é, mas ele... – ela suspirou – Ele descobriu.

-Como?! – franzi a testa.

-Não sei! – ela parecia desesperada – Só sei que, ontem, recebi uma carta dele, na qual ele falava sobre isso!

-Está com ela aí?

-Sim. – Lindsey mexeu na bolsa que carregava no ombro e pescou de lá um envelope já aberto. Tirei a carta de dentro e li:

Lindsey Ballato,

Acha que não sei sobre a criança que você está prestes a ter?! E acha mesmo que eu não sei que eu sou o pai do bebê?! Ah, pelo amor de deus, já esqueceu que eu não sou tão burro quanto você pensa, vadia?! Guarde minhas palavras: neste exato momento, estou indo até aí e vou matar essa criança, nem que eu tenha que matar você junto. Sim, eu sei onde você mora. Sugiro que não crie complicações e aborte logo, se não, sinto que terei de tomar medidas um pouco mais... Drásticas.

Se eu te vir com aquele boiolinha do Way, mato ele junto.

-Kyle.

Ela chorava de medo. Minhas mãos tremiam levemente e eu mordi meu lábio inferior.

-Lindsey... Calma, nada vai acontecer com você, ok? Tenho certeza de que ele estava só ameaçando.

-S-será? – gaguejou ela, entre soluços – Mas e se for verdade, Gerard?! O que eu vou fazer?!

Suspirei profundamente. Não seria fácil acalmá-la.

-Calma, ok? Não vou deixar nada acontecer com você. – levantei-me, fui até o seu lado e abracei-a. Ela retribuiu o abraço, molhando minha camisa da escola. Não me importei muito, obviamente. Ainda estava tentando fazer Lindsey se acalmar. Após alguns minutos, isso aconteceu. Voltei a me sentar em minha cadeira e observei-a enquanto limpava as lágrimas restantes em sua face corada.

-Gerard... Mas e se algo acontecer com você? – sussurrou ela.

-Não vai acontecer nada comigo. Eu prometo.

-Mas e se acontecer?

-Lindsey, por favor...

-S-só me responde isso! P-por favor!

Suspirei pesadamente.

-Se isso acontecer... Vou ter a certeza de que ele também estará morto. – ela assentiu tristemente e olhou a hora. Surpreendentemente, já havia se passado uma hora.

-Ah meu deus... – gemi e me levantei às pressas.

-O que houve?

-Tenho que buscar meu irmão na escola.

-Ah... – ela mordeu o lábio – Desculpa fazer você se atrasar.

-Não tem problema.

-Tem sim, desculpe.

-Sério, não tem problema. De uma forma ou de outra, eu ia acabar me atrasando mesmo. – sorri sem graça – Até mais, Lindsey. E... Qualquer coisa que precisar, é só bater na porta lá de casa, ouviu?

Ela assentiu, sorrindo tristemente. Afastei-me, correndo novamente até a escola, encontrando um Mikey extremamente entediado e impaciente sentado no murinho do canteiro de flores do portão da escola.

-Desculpe, Mikey! Desculpe, desculpe, desculpe! – falei, praticamente derrapando até chegar na frente de Mikey.

-Tanto faz. – ele tinha uma cara emburrada. Jogou a mochila nas costas e se levantou, caminhando pela calçada. Segui-o, ainda tentando me desculpar.

-Mi, é sério, desculpa. Eu estava conversando com a Lindsey sobre coisas importantes e acabei perdendo a hora...

-Tá.

Suspirei.

-Se me desculpar, eu assisto “De volta para o futuro” com você.

Os olhinhos dele brilharam.

-Com pipoca?!

-É. E chocolate de sobremesa.

Ele sorriu, visivelmente feliz.

-Ah, então tudo bem!

Revirei os olhos.

-Interesseiro.

-É só uma questão de prioridades.

-Um filme é mais importante do que o seu próprio irmão?

-Talvez. – ele abriu um sorriso sarcástico. Devolvi-o e continuei andando em direção à minha casa.


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Notas finais do capítulo

Sinto que apanharei por esse capítulo... -qq
Linda notícia: na sexta, a semana de provas acaba.
Péssima notícia: minha família vem pra cá pro meu aniversário. NÃO, ISSO NÃO É PÉSSIMO. É só que eu não sei quando vou conseguir postar. Vou tentar postar na sexta, que é quando eles vem pra cá. Porém, depois disso, talvez só na terça ou na quarta. Vou fazer um esforcinho pra postar na terça.
Enfim.
Beijo.