My Bulletproof Heart escrita por Adrenaline Earthquake


Capítulo 39
38-Kill All Your Friends


Notas iniciais do capítulo

Diferente do que eu achei, a preguiça me abandonou e me deixou escrever no fim de semana, hehe -q
Enfim, aviso importante lá embaixo, leiam por favor '--'
Enjoy!



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-Então quer dizer que vocês passam praticamente SEMANAS sem falar comigo e esperam se redimir de tudo com um simples “Desculpa”?! – falei, lívido de cólera.

Eles se entreolharam e murmuraram um “sim”. Bufei audivelmente. Eu não estava acreditando no que estava ouvindo!

Ray abriu a boca para falar, mas foi cortado por Bob.

-Olha, eu sei que não fomos os melhores amigos do mundo, mas você tem que entender que você estava escondendo algo de nós, poxa! É não é isso que melhores amigos fazem!

Encostei meu corpo contra a parede, cruzando os braços.

-Melhores amigos?! Robert, pelo amor de deus, quando que nós fomos ou agimos como melhores amigos? A única coisa que sabemos fazer é rir um da cara do outro e jogar juntos!

Ray corou e Bob parecia constrangido.

-Dê-me um motivo para acreditar que nós somos melhores amigos. – sentenciei. Nenhum dos dois respondeu – É o que eu pensava. – me virei para fechar a porta, mas os dois me mandaram esperar.

-Talvez nós pudéssemos... Sei lá... – começou Bob, sem jeito.

-... Começar de novo? – terminou Ray.

Arqueei as sobrancelhas e voltei a me recostar na parede.

-O que querem dizer com isso?

-Queremos dizer que nós fomos uns idiotas. – disse Ray – Não devíamos ter feito isso. Nós devíamos ter conversado com você e tudo o mais...  Foi infantilidade da nossa parte e... Nós pedimos desculpas.

Confesso que eu estava, no mínimo, chocado. Nunca imaginei que Raymond Toro estaria pedindo desculpas a mim em ocasião alguma.

Franzi a testa levemente. A expressão dos dois era realmente arrependida, o que era ainda mais estranho. Suspirei. Eles foram dois idiotas, é verdade, mas eu também não cooperei muito.

Pensei por alguns minutos, observando as expressões apreensivas de Bob e Ray, até que, finalmente, falei:

-Ok... Entrem e vamos conversar.

Eles entraram timidamente, o que era mais estranho ainda, considerando que eles eram as pessoas mais largadas que já vi na minha vida. Fechei a porta e olhei para o relógio. Eram quase oito horas.

-Vocês tem meia hora. – sentenciei, sentando-me na poltrona, enquanto os dois se sentavam no sofá.

-Por que nós não fazemos assim: você conta o que está acontecendo e nós contamos a você algumas coisas sobre nós? – sugeriu Bob.

-Não dá tempo. – bufei – Tem muita coisa acontecendo por aqui.

-Então diga as mais importantes.

Parei para pensar um minuto.

-Vamos lá, Frank! – disse Ray, quase implorando – Nós queremos voltar a ser seus amigos, mas se você não cooperar, não dá!

Suspirei profundamente.

-Ok. Mas eu quero que vocês dois calem a boca e escutem antes de começar a falar merda. Pode ser?

Eles assentiram.

-Vejamos... Resumindo tudo: meu pai me odeia e se separou da minha mãe, eu me cortei, me droguei e quase morri, ganhei um padrasto, sou gay e estou namorando o Gerard.

Os dois ficaram em silêncio por longos minutos, com caras confusas, assustadas e particularmente engraçadas. Minha vontade era de cair na gargalhada ali mesmo, mas eu não podia fazer isso.

-Er... Eu... Eu não sei o que dizer... – Ray franziu a testa – Por que escondeu isso tudo da gente?

-Já disse. Porque nós não somos melhores amigos. – sorri tristemente.

Os dois se entreolharam e pareciam concordar com o que eu disse. Eles continuaram se encarando por um longo tempo, como se estivessem discutindo mentalmente, até que Bob suspirou e disse:

-Nós... Sentimos muito por tudo o que aconteceu... E... Não vamos mais rir da sua cara por causa do seu relacionamento com o Gerard. Se você está feliz, acho que é isso que importa... – ele sorriu de lado. Ray assentiu, concordando. Não pude deixar de abrir um sorrisinho, mas minha expressão séria logo voltou.

-Vocês sabem que vamos demorar um pouco para nos acostumarmos um com o outro, não é?

-Nós sabemos. Mas não importa quanto tempo vai demorar. – Ray deu de ombros – Enfim, mais alguma coisa que precisamos saber?

Pensei um pouco e terminei não me lembrando de nada. Nesse meio-tempo, Bob ficou quieto, como se pensasse em alguma coisa.

-Bob? – cutucou Ray – Tá tudo bem?

Ele franziu a testa.

-Claro que sim... Só é... Estranho... Nós três aqui, conversando sobre sentimentos... – ele deu uma risadinha triste.

Dei de ombros.

-Concordo, mas nós precisávamos fazer isso, eu acho.

-Com certeza. – disse Ray, assentindo.

-Eu acho que me sinto... Sei lá... Mais leve. – Bob franziu os lábios. Ri levemente. Era bom ter os meus dois nerds de volta. Fiquei sério novamente ao lembrar de um pequeno assunto.

-Agora escutem aqui, vocês dois. Eu quero que vocês sejam legais com o Gerard, porque ele vai começar a andar conosco, entenderam? Não façam piadinhas homofóbicas, não riam da nossa cara e, se vocês um dia o magoarem, eu vou dar um soco na cara de vocês dois. – rosnei, em um gesto superprotetor. Os dois arregalam os olhos.

-Calma, calma! Nós prometemos não fazer nada!

-Acho bom. – bufei. Olhei meu relógio de pulso e levantei – A meia hora de vocês acabou. Vazem daqui.

-Ei! Mas eu ia falar que a gente podia jogar D&D! – protestou Ray. Arqueei as sobrancelhas.

-Vocês já têm personagens em mente?

-Já! – disseram os dois ao mesmo tempo.

Pensei por um minuto e dei de ombros.

-Ah, foda-se, por que não? – corri para o quarto, procurando tudo o que precisava para jogar. Devo admitir que senti falta dos nossos jogos.

-X-

POV Gerard

-Gee! – ouvi Mikey me chamando – Você e o tio Fran estão namorando?

-Por que isso é da sua conta?

-Porque eu ouvi a conversa de vocês. Acho que vocês estão namorando...

-Mikey, vai pro inferno.

-Só depois que você me contar se vocês estão namorando ou não.

-Não vou contar.

-Conta!

-Não.

-Conta!

-Não.

-Conta!

-Não.

-Con...

-ARGH, MIKEY! SIM, ESTAMOS NAMORANDO! FELIZ AGORA?!

-Sério? – os olhinhos dele brilharam.

-É. – bufei.

-Vocês dois estão namorando! – Mikey começou a pular de felicidade. Revirei os olhos e bufei.

-Sou eu quem estou namorando. Pra que você vai ficar feliz, seu peste?!

-Porque o tio Fran é legal e vocês dois ficam fofinhos juntos!

Senti minhas bochechas esquentarem e abri a porta, indo em direção à cozinha. Mikey me seguiu o caminho todo, tagarelando sobre a minha relação com Frank. Mandei-o ir jogar videogame e ele obedeceu. Cheguei perto de minha mãe, que cozinhava perto do fogão.

-O que vamos ter de jantar? – indaguei. Não recebi resposta – Mãe?

-Quem exatamente você está namorando, Arthur?!

Fudeu.


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Notas finais do capítulo

Então... Acho que eu vou ter que acabar a história no capítulo que vem... :(
1º DE ABRIL *--------* Não tenham um ataque do coração, sim? -q
Nah mas eu realmente tinha uma coisa pra dizer. Eu queria que vocês não pensassem na Lindsey como uma puta, seja na vida real ou seja na minha fic. Mais pra frente (acredito que no próximo capítulo), vocês vão ver que, apesar de ser um pouquinho hipócrita, ela é uma pessoa legal. Eu sei que estou dando spoilers e tals, mas é que eu não quero que vocês fiquem com a impressão de que a Lyn-Z da vida real é uma bruxa má e tudo o mais. Muito pelo contrário, se ela faz o Gerard feliz, na minha opinião ela é uma pessoa maravilhosa!
Desculpa pelo texto enorme, é só que eu fico um pouco triste em ver tanta gente xingando a Lindsey na vida real (na fic eu não me importo, porque ela realmente está sendo chata -q).
Enfim, beijo!