My Bulletproof Heart escrita por Adrenaline Earthquake


Capítulo 33
32-Wonderwall


Notas iniciais do capítulo

Hey.
Que dia lindo pra ser excluída pelas amigas, né não? *u*
Na boa, eu sei que não sou legal, mas não precisa me excluir por isso, precisa? o.õ
É, parei de reclamar aqui.
Enfim, eu demorei um pouquinho porque...
...
Porque eu tive provas. E porque, enquanto eu tentava escrever esse capítulo, tudo me distraía. Tipo, QUALQUER COISA.
Eu queria agradecer à LeeBakerWay pela recomendação LINDA que ela fez *---------------* Muito obrigada, viu? Você é muito fofa! ^^
Bom, enjoy!



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Desde a nossa conversa, eu tento parar de me drogar. Tento de verdade. Às vezes, eu não conseguia evitar, mas logo me arrependia ao lembrar do olhar de dor que Gerard me lançava ao ver algum tipo de droga em meu bolso. Porém, tenho de admitir que eu estava fazendo progressos. Por outro lado, eu ficava deprimido por várias horas, tinha vontade de me matar, etc.. Mas Gerard me manteve vivo. Sempre que eu, por alguma razão, me sentia mal, Gerard aparecia em minha porta dois minutos depois de receber minha ligação. Não importava o que ele estivesse fazendo, não importava a hora, ele sempre atendia ao meu chamado. Sei que é meio egoísta de minha parte, mas eu não posso mentir: eu gosto quando Gerard interrompe suas atividades para ir ao meu encontro. Porém, sempre que eu pedia desculpas por isso, ele respondia:

–Eu não me importo em parar alguma coisa que estou fazendo, contanto que seja por você.

Era estranho. Gerard fazia eu me sentir... Amado. De um jeito estranho.

Apesar de minha relação com Gerard estar melhor do que nunca, minha relação com Bob e Ray com certeza já tinha ido por água abaixo. Não nos falávamos fazia dias e, constantemente, os dois me lançavam olhares de raiva. Eu não tinha certeza se queria ou não voltar a me aproximar deles. Eu estava muito bem apenas com Gerard, porém, eu tinha que admitir que sentia falta das piadas sem graça de Bob, do humor negro de Ray e, é claro, de nossas conversas nerds sobre jogos, livros, entre outros. Porém, eu não sabia o que esses dois poderiam dizer se soubessem tudo o que aconteceu comigo. Provavelmente me chamariam de emo. Ou de problemático.

Quanto aos meus sentimentos para com Gerard, bem, escondi-os. E ainda escondo. Provavelmente continuarei escondendo pelo resto de minha existência. Meu medo de rejeição é maior do que qualquer coisa, principalmente do que a minha vontade de contar a ele meus sentimentos.

De uns dias para cá... Minha mente começou a se perguntar se ele também gosta de mim. Por isso mesmo, perguntei a Gerard, que tinha passado em minha casa para ver se eu estava bem:

–Gee... Você gosta de mim?

–Claro que gosto. Que tipo de pergunta cretina é essa? – ele franziu a testa levemente.

–Como amigos, não é?

–Não.

Arregalei os olhos.

–Como melhores amigos. – corrigiu ele. Suspirei meio aliviado e meio desapontado.

–Você... Por acaso... Já gostou de alguém?

Ele deu de ombros.

–Só aquelas paixõezinhas de ensino fundamental. Nada sério. E você?

–J-já.. Pra falar a verdade, eu ainda gosto da... Da pessoa.

–Jura? E quem é? – Gerard abriu um sorriso.

–Er... Bom...

O celular de Gerard começou a tocar. Murmurei um “graças a deus” baixinho, sem que ele ouvisse.

–Alô? Ah oi, pai. Hm? Tá, claro. Ok. Aham. Ok. Tchau.

Ele desligou o celular e o jogou para o lado. Arqueei as sobrancelhas, em um gesto indagador.

–Ah, era o meu pai. Ele vem me buscar daqui a dez minutos porque vamos jantar fora.

–Ah... Ok.

Ficamos em silêncio por um tempo indeterminado, até que ele disse:

–Quer ir comigo?

–... Desculpe?!

–É, ué. Vai eu, meu irmão e meus pais. Meu irmão com certeza vai levar o Nintendo DS dele, portanto, vai me ignorar completamente. Meus pais vão ficar conversando entre si e eu vou ficar sozinho. Ia ser legal se você fosse... – vi suas bochechas adquirirem um tom vermelho.

–Ah... Eu... Não sei... Eu não quero atrapalhar...

–Não, não! Você não vai atrapalhar! Vamos lá, por favor! Eu não quero ficar sozinho no restaurante! Por favor, vai comigo!

Suspirei pesadamente e mandei-o ficar no quarto.

–Mãããe... – chamei, enquanto descia as escadas.

–Sim? – disse ela, enquanto trabalhava no computador.

–Posso sair com o Gerard?

–A essa hora? – ela fez uma cara de desagrado.

–Os pais dele vão junto.

–Ah... Então... Não vejo problema.

–Obrigado. – subi novamente e bufei.

–Ok, eu vou. – lancei-lhe um olhar enviesado. Ele sorriu como uma criança que acabava de ganhar uma barra de chocolate e me abraçou fortemente.

–Ah, obrigado, Frankie! Muito obrigado!

–Er... Não foi nada... – murmurei, incerto. Tentei parecer desconfortável, mas na verdade eu estava tentando aproveitar ao máximo o contato de nossos corpos. Sentir sua pele tocando a minha, seu cheiro, seus cabelos em meu rosto... Tudo melhorava mil vezes o meu humor.

Ele sorriu e ligou para o próprio pai para dizer que eu ia junto. Sentei-me na cama e ri comigo mesmo.

–X-

Poucos minutos depois, o pai de Gerard chegou com o carro. Murmurei uma despedida qualquer para minha mãe, ouvi todas as recomendações dela e saí de casa. Entrei no carro, murmurando um “oi”.

–Oh, olá! Então você é o Frank de quem o Gee tanto fala, não é? – a mãe dele sorriu – Prazer, sou Donna!

–Prazer... – murmurei timidamente.

–Prazer, Frank! Meu nome é Donald! – disse o pai dele, sem tirar os olhos da estrada. Disse a mesma coisa que respondi à mãe de Gerard.

–Oi Frank! – exclamou Mikey, sem tirar os olhos de seu joguinho portátil.

–Falei que ele ia trazer isso aí... – comentou Gerard, baixinho.

–Isso aí o caramba! É um Nintendo DS! – objetou Mikey – Vamos lá, seu encanador bigodudo! Pula o cano!

Gerard revirou os olhos e fez um barulho de impaciência.

–Viciado.

–Não sou!

–É sim.

–Não sou!

–É.

–Não!

–É.

–Não!

–Meninos, vocês querem parar de discutir?! – gritou Donna, exasperada. Ri baixinho e os dois irmãos me lançaram olhares enviesados. Fiz uma careta de “nossa, desculpa” e voltei a observar a paisagem.

–Então, você e o Gee estão namorando? – perguntou Mikey, inocentemente, ainda vidrado em seu joguinho.

Donald quase deixou o carro desviar, Donna arregalou os olhos e Gerard gritou o nome de Mikey. Ele finalmente desgrudou os olhos de seu Nintendo DS, mostrando olhinhos infantis e inocentes.

–Mikey, que horror! – disse Donna – Nada contra homossexuais, mas isso é lá pergunta que se faça?!

–Você ficou doido, moleque?! – gritou Gerard, exasperado.

–O que foi? Só perguntei!

–Você tem problemas mentais, Michael?! Você acha que pode sair por aí perguntando se as pessoas estão namorando?!

–Vocês dois querem parar? Eu vou acabar batendo o carro! – disse Donald, um pouco alterado.

Gerard bufou e Mikey voltou a atenção ao seu joguinho.

–Aaah! Que ódio! – gritou Mikey. Gerard revirou os olhos e murmurou um “doido”.

–O que foi?

–Eu sempre morro nessa fase! – o menor fez um biquinho fofo. Ri de sua carinha – Não ri não!

Isso só me fez rir mais. Até Gerard teve que rir baixinho.

–Vem cá, me empresta seu Nintendo DS. – falei – Gee, se importa de trocar de lugar com Mikey um instante?

–Me importo.

–Hm, que bom que não se importa. Chega pra lá.

–M...

Mikey não quis saber e passou por cima de Gerard, fazendo o maior dar um berro de dor ao sentir seu irmão sentar em sua “área sensível”. Gerard fez cara feia para Mikey, mas não fez comentários. O menor me passou seu jogo portátil e eu fui apertando os botões, fazendo o Mário pular e tudo o mais.

–Pronto. – entreguei-lhe o DS novamente após ver que tinha passado de fase. Mikey me olhava, maravilhado.

–C-como conseguiu fazer isso?

–Eu tenho esse jogo. – dei de ombros. Ele arregalou os olhinhos.

–TEM?!

–Aham. Tenho também um Nintendo ’64.

–VOCÊ TEM UM NINTENDO ’64?!

–Ah meu deus, vai começar. – resmungou Gerard. Ri baixinho de seu comentário e continuei conversando com Mikey. Essa noite nem ia ser tão ruim quanto eu pensava, afinal.


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Notas finais do capítulo

Yuuuuuup.
Mikey, meu lindo nerdzinho ♥
Eu sei que não ficou muito bom e tals, ficou meio que enrolação, mas esse era só uma ponte pro próximo.
E não, eu ainda não vou contar a história do Franks. Só mais tarde -q
Yeah. Beijo '-'