My Bulletproof Heart escrita por Adrenaline Earthquake


Capítulo 31
30-Yes, I love my best friend


Notas iniciais do capítulo

Oooi -q
Eu ia postar ontem, mas fiquei lendo Percy Jackson pela quadrigésima vez.
*Oh, the demigod feelings*
Bom... Enjoy!



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POV Frank

Passei o dia inteiro assim, na cama, tentando dormir. Vez ou outra, meus pensamentos deslizavam até o que tinha acontecido na estação abandonada e tudo o mais... Mas eu pensava, principalmente, na minha relação com Gerard.

Quer dizer, estava óbvio que nós não éramos só amigos... Melhores amigos. É. Nós não éramos só melhores amigos. Havia alguma coisa a mais, mas nenhum de nós dois queria admitir, eu acho...

Esquece isso, Frank. Você só vai fazer sua mente ficar mais confusa.

Suspirei e virei de lado pela décima quinta vez, provavelmente. Senti a mesinha do lado da cama tremer e fui checar o que era.

Mensagem para mim.

Peguei meu celular e abri a mensagem. Sejá lá quem fôsse, era um louco de ficar mandando mensagem às onze da noite.

Entediado? Olhe pela janela.

Era o número de Gerard.

Franzi a testa e fiz o que a mensagem mandava. Levantei, de pijama mesmo, e olhei pela janela. Vi Gerard parado, encostado na árvore, sorridente. Arregalei os olhos e saí correndo escada abaixo, dando graças a Deus que minha mãe já estava dormindo. Abri a porta com violência e corri até a árvore do jardim da frente.

–G-Gee?

–Oi, Frank. – ele sorriu – Por que o espanto?

–E-eu... É... O que está fazendo aqui?

–Ouvi falar que sua mãe tirou sua guitarra e adivinhei que você estaria entediado e não consegue dormir por causa de tudo o que aconteceu ontem. Acertei?

Merda, ele era adivinho.

–Sim... – murmurei baixinho.

Ele deu de ombros.

–Não vai me convidar para entrar?

–Ééé... C-claro, entre. – fiz um gesto em direção à porta.

Ele fez um gesto de “obrigado” e caminhou lentamente até a porta. Fechei-a atrás de mim e o conduzi até meu quarto. Fechei a porta após ele entrar e sentei-me na cama.

–Então... Não consegue dormir também? – perguntei.

–Não... Acho que tudo o que aconteceu hoje foi um pouco surpreendente demais. Acho que ainda estou em choque, se é que me entende.

Assenti. Eu compreendia perfeitamente, afinal, eu também me sentia assim.

–Sei como você se sente. – suspirei pesadamente.

–E... Frankie, você não acha que... Mais alguém vai te incomodar, acha? Agora que o... O...

–Markus.

–É, agora que o Markus se foi.

–Não sei... Existem outros dois que sempre seguiam o Markus aonde quer que ele fosse, mas acho que eles não têm coragem o suficiente para sair por aí fazendo mal às pessoas sozinhos. Além do mais, eles estão presos... Então... Acho que não.

Gerard assentiu.

–Eu não deixaria eles te machucarem. – comentou ele. Sorri levemente e disse:

–Eu sei que não... Eu confio em você.

Ele sorriu de volta e começamos a conversar sobre coisas banais. Lá por meia noite e meia, mergulhamos em um silêncio profundo e eu comecei a pensar sobre várias coisas. Eram tantas coisas que eu não sabia se iria conseguir pensar e falar ao mesmo tempo, portanto, não fiz nenhum esforço para tentar puxar mais alguma conversa, simplesmente afundei no silêncio em que mergulhamos.

POV Gerard

O silêncio profundo que se instalou entre nós foi desconfortável, porém, eu senti que nós dois necessitávamos desse silêncio. Eu precisava para pôr meus pensamentos em ordem, enquanto Frank aparentava estar travando uma batalha com seus pensamentos. Dei-lhe o máximo de privacidade que o quarto em que estávamos permitia. Encaminhei-me até o banheiro e fiquei ali, observando meu reflexo no espelho.

Eu não era bonito, isso eu podia garantir. Mas eu também não era feio. Eu era... Mediano. A única coisa que eu gostava em meu rosto, além de minha pele pálida, eram os meus olhos. Não sei por que, mas eu gostava da coloração deles. Acho que era porque...

... Porque lembrava minha avó.

Lembrar dela doía. Doía demais. Tentei pensar em algo diferente para evitar um choro desnecessário.

Direcionei meu olhar ao baixinho. Sua expressão era de agonia. Parece que sua batalha mental não estava indo muito bem. Suspirei pesadamente, eu sabia como ele se sentia.

Virei-me novamente e encarei meu reflexo novamente, tentando refletir sobre algumas coisas. De repente, Frank despertou-me de meus devaneios de forma estranha.

–G-Gee...

–Sim?

–Será q-que eu podia te... Ped-dir uma c-coisa? – gaguejou ele, corando violentamente.

–Claro. O que quer?

–S-será que você p-p-podia m-me... m-m-me beij-jar?

Arregalei os olhos. Era a pergunta mais estranha que eu já tinha ouvido na minha vida.

–C-como?

–V-v-você ouviu… Se não q-quiser tud-do bem! – emendou ele, rapidamente, ao ver minha expressão confusa.

Realmente, eu estava muito confuso. Por que ele pediu isso? Quais eram suas intenções? O que ele queria com isso?

Bom, eu não tinha nada a perder.

Ou tinha?

Sim, eu tinha. Eu corria o risco de perder uma amizade. Será que eu devia fazer isso? Ou eu devia rir e dizer que era uma ótima brincadeira? Ou quem sabe eu devia me afastar, com nojo dele? Talvez eu devesse rejeitar delicadamente. Ou talvez eu deveria simplesmente ir embora.

Tantas opções... Mas eu não sei qual delas escolher.

Suspirei de cansaço. Frank me olhava com expectativa. Suas mãos brincavam com seus dedos, nervosamente.

–O-o-ok... – murmurei roucamente – Mas só vou fazer isso porque você pediu, ok? Não haverá nada entre nós, certo?

–Sim, claro! Nada entre nós, é claro! – disse ele, com um tom verdadeiro. Assenti, sentei-me lentamente ao seu lado e pus meus lábios nos seus.

Ficamos ali, com os lábios colados por segundos que pareceram horas, até que Frank pediu passagem, meio incerto do que fazer. Cedi-a, afinal, já que tínhamos começado, por que não terminar logo o serviço?

Senti sua língua quente explorar cada canto de minha boca. Vez ou outra, sua língua roçava em meus lábios, dando-me um arrepio.

Segundos depois, nos afastamos. Frank estava da cor de um pimentão, enquanto eu olhava-o, com uma expressão de paciência.

–Obrigado... – murmurou ele. Sua voz era baixa e rouca, tive que fazer um esforço para entender o que ele estava dizendo.

–Não há de quê... Acho melhor eu ir andando. – falei, sem jeito. Ele assentiu e agradeceu por eu ter ficado com ele um pouco. Disse que não foi nada e me afastei de sua casa (ou mansão, era tão grande que mais parecia uma mansão) rapidamente, ainda pensando em nosso beijo.

Eu acho que nunca admitiria... Mas eu tinha gostado.

Porém, eu não acho que amo ele.

Não. Eu não amo ele.

POV Frank

Fiquei ali, paralizado. Eu estava tão estático que não pude nem descer as escadas com Gerard.

Aquele beijo... Foi a melhor coisa que aconteceu comigo. Me fez esquecer todos os meus problemas...

É, agora eu tenho certeza de que eu amo ele.

Eu amo meu melhor amigo.


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Notas finais do capítulo

... Eu sou muito filha da puta mesmo -qq Quando um ama, o outro não ama.
Eu vou queimar no fundo dos infernos mesmo -q
Aposto que, quando eles começaram a se beijar, vocês acharam que ia rolar sexo, né não?
Suas taradas -q
Sinto desapontar-lhes, mas não vai haver lemon nessa fic porque eu tenho medo de escrever isso. Não me importo nem um pouco em ler, mas eu tenho medo de escrever -q (Sim, eu sou problemática) Além do mais, eu não sei escrever lemon, é. Então acalmem suas almas taradas aí, viu? -q
Beijos.