My Bulletproof Heart escrita por Adrenaline Earthquake


Capítulo 20
19-I hate you, but not that much


Notas iniciais do capítulo

Bom, aconteceu o seguinte: Eu estou atolada de dever de casa e resolvi, por algum motivo, fazer tudo antes do carnaval pra ter o feriado livre. Infelizmente, eu descobri que eu tinha UM MONTE, MAIS DO QUE EU IMAGINAVA. Daí, após duas horas vendo coisas sobre fígado, estômago, lipídios e carboidratos (a Plust sabe muito bem disso, afinal, foi ela que me ajudou a terminar o dever -q), eu resolvi escrever mais. E a imaginação cooperou, então... Saiu esse capítulo *u*
E, mais uma vez, mil vezes obrigada, Ana, por recomendar a fic. Sério mesmo, isso significa muito pra mim ♥♥♥
Bom, enjoy.



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Eu e... Frank (sim, começo a me acostumar a chamá-lo de Frank) ficamos no banheiro até o recreio. Ao toque do sinal, o menor disse que precisava ficar com seus amigos ou eles poderiam esfaqueá-lo a meia-noite. Apenas rio sem humor algum e digo que não tem problema, mas, na verdade, tem sim, pois eu não queria ficar sozinho... Novamente. Acho que ele notou isso, pois disse:

–Você não quer ficar sozinho, não é?

Eu apenas dei um sorrisinho forçado e balancei a cabeça negativamente, indo na outra direção.

Sentei-me no banco, como sempre. Assisti os estudantes rindo, conversando e os pirralhinhos correndo e brincando. Visualizei Mikey no meio de um grupinho de alunos que jogavam algum jogo de cartas de Pokemón ou algo do gênero.

De repente, senti o banco mexer um pouco. Olhei para meu lado direito e vi Frank Iero sentado, me encarando, sério.

–O que é dessa vez? – resmunguei.

–Você precisa de companhia. É sério isso. – dito isso, o menor pegou meu braço e me arrastou até o seu grupinho. Eram dois garotos: Um com o cabelo loiro e um piercing na boca e o outro com um cabelo armado gigante e engraçado. Os dois me encaravam com as sobrancelhas arqueadas.

–Gente, esse aqui é o Gerard. Gerard Way.

–Aquele que você odihmpfffff. – Frank não deixou o loiro terminar, pondo a mão na boca dele.

–Odiava. É. – dei um meio sorriso e Frank corou.

–Esse é o Bob e esse é o Ray. – disse Frank, apontando para o loiro e depois para o de cabelo armado.

–Prazer. – murmuraram os dois, um pouco desconfiados, mas tranquilos.

–O prazer é todo meu.

–Galera, vamos por favor deixar ele ficar com a gente, porque essa solidão dele tá me dando agonia. – sentenciou Frank.

–Pode ser. – disse Bob.

–Por mim tudo bem. – disse Ray.

Terminei que fiquei o resto do recreio com eles e descobri algumas coisas.

Bob, pelo visto, tem bolsa da escola e é o que mais cuida das notas. Ray está pouco se fodendo para tudo e é o parceiro de Frank em não fazer nada. Frank é tipo o “liderzinho” do grupo, mas ele sempre diz que, se alguém não quiser ir aonde ele vai, não precisa, pois ele não manda em ninguém.

Apesar disso tudo, eu gostei de Bob e Ray, e ficar perto de Frank ajudou a manter os pensamentos obscuros longe de minha mente.

No fim da aula, eu e Frank tínhamos detenção. Diferentemente dos outros dias, começamos a conversar timidamente sobre algumas coisas banais, tipo quais aulas gostávamos mais e qual gostávamos menos, o que fazíamos nas horas vagas, etc.

–Quer dizer que você toca guitarra?

Ele assentiu.

–Desde pequeno. Meu… Pai me ajudou.

Franzi a testa. Sempre que falávamos do pai dele, ele dizia a palavra “pai” de modo estranho, quase que com raiva. Não perguntei nada, com medo de ser indiscreto.

–E você? O que gosta de fazer? – perguntou ele enquanto colocava alguns livros no lugar.

–Desenhar. – dei de ombros.

–Você desenha bem?

Dei de ombros mais uma vez.

–Acho que desenho decentemente…

Ele arqueou as sobrancelhas, foi até minha mochila, abriu-a e tirou de lá um desenho qualquer.

–Ah, pelo amor de Deus! Você desenha maravilhosamente bem! – surpreendeu-se ele. Senti meu rosto ficar quente e murmurei um “obrigado” tímido.

–Hey, já acabamos. – eu disse após colocar o último livro na estante.

Saímos da biblioteca em silêncio e, ao chegarmos no pátio, ele olhou para o lado, constrangido.

–Bom... Vejo você amanhã, eu acho.

–É... Tchau. – acenei rapidamente e fui procurar meu irmão. Encontrei ele, naturalmente, no laboratório de ciências.

–Ei, nerd. Vamos logo. – eu bati levemente na porta aberta. Vi ele se sobressaltar, mas resolvi não comentar sobre isso.

–Gerard! Eu preciso te contar o que eu descobri!

Vi Mikey pegando sua mochila, jogando-a nas costas e correndo em minha direção.

–O que, mais uma passagem secreta no seu joguinho? – perguntei, entediado, enquanto caminhávamos para casa.

–Não! – ele parecia ofendido – Eu descobri umas coisas sobre o tal Frank.

–Hm... – murmurei, totalmente alheio à conversa.

–Gerard, é sério, me escuta!

–Hm...

–Gerard, eu vou sair de casa.

–Mas o quê?! – tirei um dos meus fones de ouvido.

–Aleluia, você está prestando atenção em mim. – resmungou ele – Agora me escuta! – disse ele, tirando o iPod da minha mão.

–Fala logo, criatura.

–Eu descobri que o Frank é um garoto daqui mesmo, rico...

–Não, jura? Pra pagar essa escola, só pode ser rico mesmo!

–... Seu pai também se chama Frank, sua mãe se chama Linda...

–Informações relevantes, hein?

–Vai ficar me interrompendo?

–Desculpe.

–Ok. É filho único e sofre de inúmeras infecções de ouvido. Não se dá bem com os outros, é excluído social e só tem dois amigos, Bob e Ray, mas acho que isso você já sabia.

–Até agora, você não me contou nenhuma novidade, só o nome do pai dele. – resmunguei.

–Enfim, agora vem a parte importante: Me contaram que, a poucos dias, os pais dele se separaram.

–Como você sabe disso?! – arregalei os olhos.

Ele deu de ombros.

–Tem um menino na minha sala que é irmão do Bob Bryar. Ele me contou.

Revirei os olhos.

–Tá, tá, continue.

–Bom, os pais dele se separaram e, dizem por aí, que ele anda tendo alguns outros problemas...

–Quais?

–Pois é, isso eu não sei. Só sei que, por isso, mais o fato de que seu pai quer mandá-lo para um internato ou um hospício, não sei direito, ele tentou se suicidar.

–Oh meu deus... – gemi, assustado. Era muito para uma pessoa só. Mikey assentiu, como se concordasse.

–E... Gerard... Eu queria falar com você. – ele começou tímidamente.

–Diga.

–Eu... Cansei dessa distância entre nós.

–Mas...

–Admita, nós ainda estamos distantes um do outro. – disse ele, me interrompendo – Eu queria saber se... Hum... Você não queria sair comigo um dia desses, sabe? Ir pro parque ou algo assim... – ele começou a corar. Franzi a testa.

–Mas por que quer fazer isso?

–Porque eu não quero ficar mais distante de você... E porque você não parece estar bem. Eu quero muito te ver feliz. – ele corou mais ainda.

Senti uma onda de gratidão invadir meu coração e abracei Mikey ali mesmo.

–Ei, o que é isso?! – disse ele, assustado.

–Obrigado, Mikey. – sussurrei, com a voz rouca.

–De... De nada, eu acho... – respondeu ele, ainda meio atônito.


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Notas finais do capítulo

Alguém quer pirulito com gosto de xarope? -q
Bom... Eu tinha alguma coisa pra falar aqui, esqueci *w*
AH SIM, quanto a outra fic... Eu tô com preguiça de continuar #nãomebatam
Além da preguiça, tô sem inspiração praquela e com muita imaginação pra essa... Mas não se preocupem, amanhã ou domingo sai capítulo novo, eu espero -q
Bom... Yeah. É isso *w* até o próximo *w*