As Asas do Corvo escrita por Phill Namless


Capítulo 4
Desejo Fatal


Notas iniciais do capítulo

Sim, eu não desisti dessa fic. Espero que os leitores também não. Quem acompanha minhas histórias sabe que demoro mesmo para postar. Aqui está um capítulo que acabou de sair do forno. Deixem seus reviews o/



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David não conseguiu falar por alguns segundos ainda, ora pelo choque de ouvir a voz da ruiva, ora por não saber o que falar.

- E então... O que está achando daqui? – Sua voz não parecia tão firme quanto ele queria.

Velkan estava encostada no balcão ao lado da geladeira e seus braços estavam cruzados no peito de forma displicente. Seus cabelos ruivos caíam sobre seu rosto e David não pôde ver quando ela fechou os olhos e respirou fundo, soltando o ar pelo nariz aos poucos enquanto novamente abria os olhos.

- Gostei da cidade. É... Agradável.

Sua voz era um pouco rouca. Mas tinha uma dicção de dar inveja a qualquer um, e era articulada mesmo em suas palavras curtas. David também percebeu algo curioso: ela havia se mudado a pouco, da Romênia, pelo que a Srta.Marrie havia dito durante a aula, e ela não apresentava nenhum sotaque diferente. Pelo contrário, seu inglês era ótimo. Quase como se tivesse nascido em Blackpool.

- E a escola? Primeiro dia é sempre um saco não é? – David segurava um copo vermelho de plástico na mão com um pouco de refrigerante de guaraná. Não queria se embebedar hoje e enfrentar Linda.

Velkan novamente esperou para responder, e parecia que ela não gostava muito de falar.

- É chato mesmo, mas estou acostumada a mudar de escola tantas vezes. – Sua voz ficou mais baixa. – Bem, preciso ir. Já é tarde.

A ruiva saiu do ambiente sem mais palavras, e sem sequer dar tempo para que David dissesse algo. Ela já saía pela porta quando Stacy veio novamente em direção a ele. Que droga, ele pensava consigo, aposto que assustei a novata.

- David! – Stacy chegou perto e puxou seu braço. – Vamos dançar? Eu adoro essa música.

David não estava mais animado com a festa. Queria ir embora, ou se afastar de lá. Não se sentia bem ali, com aquela musica alta.

- Não, Stacy. Eu não estou me sentindo confortável, vamos pra outro lugar menos barulhento?

A garota estava parada de frente pra ele e David pôde ver um brilho passando pelos seus olhos.

- Sei um lugar perfeito... Vamos.

Ela começou a puxá-lo pelo braço e eles subiram a escada indo para o piso superior onde David já imaginava que ficassem os quartos. Não estava bêbado o suficiente para transar com ela, não que ela fosse feia a ponto disso. Mas... Bem, seja o que deus quiser – pensou.

Ele estava certo, e realmente estavam indo para um quarto. Stacy o levou para dentro, e fechou a porta atrás de si.

- Bem melhor aqui não é? – Ela foi sentar-se ao seu lado na cama.

- Sim, sim... – Ele não parecia muito animado.

Stacy colocou a mão na coxa direita de David, apertando levemente como se fizesse carinho e ele não conseguiu não olhá-la. Era linda, o desejo de muitos, se não de todos, os garotos do colégio. E estava bem na sua frente e eles estavam no seu quarto, trancados. O que fazer agora?

- Eu sei que você ainda está triste por Kate ter ido embora.. – Ela falava com uma voz totalmente afável. – Você gostava muito dela não é? Formavam um casal lindo. Mas se ela foi embora você não pode ficar se lamentando pra sempre.

Com certeza ela tinha razão e David sabia disso. Não podia ficar se lamentando, Kate iria continuar sua vida lá onde estava e ele deveria fazer o mesmo agora.

 - Porque você não se deita e relaxa? – Stacy subiu a mão que estava na coxa de David para o seu peito e empurrou forçando-o a se deitar na cama. – Eu vou cuidar de você.

Num gesto completamente ousado a loira sentou-se em cima de David e com suas duas mãos puxou o manto longo que ele usava, forçando-o a tirar. Quando ficou com o peito despido ela levou os lábios quentes até o pescoço dele, enquanto suas mãos passeavam pelo seu peito. Quando ela alcançou a boca de David seu beijo se tornou urgente e cheio de desejo.

Ele ainda não havia decidido se deixaria aquilo acontecer, e enquanto alimentava a duvida Stacy avançava cada vez mais. Sua língua já estava dentro da boca de David e quando ele se deu conta já retribuía o beijo e sua mão estava na cintura dela. Já chegamos até aqui, ele pensou, então que se foda.

Ao mesmo tempo que ele aceitava em sua mente a situação a garota começou a descer seus lábios pelo queixo, pescoço e peito de David, sempre acompanhando com suas unhas na pele branca. Até que chegou ao zíper da calça que ele estava usando. Rapidamente ela abriu e David sentia que ia explodir, quando sentiu um pedaço do céu, macio e úmido, tocar seu corpo. Logo o céu virou um lugar cheio de vontade e desejo que o sugava com força, fazendo as terminações nervosas do seu corpo queimarem e darem pequenos choques como fios desencapados que se encontram.

        No andar de baixo Damian estava sentado no sofá enquanto Henry paquerava duas garotas que deviam estar bêbadas demais para ouvir o papo furado dele. Damian não conseguia acreditar que elas realmente fossem para a cama com ele. Uma delas, a mais nova, tinha um olhar conhecido... Olhos de um cinza marcante que Damian podia jurar que conhecia, apesar de todo o resto – rosto e corpo – serem desconhecidos.

       - Porque nós não vamos para um lugar mais reservado? – Dizia a garota de olhar marcante. – Aqui está tão cheio...

      Henry logo se animou.

      - Dude você não se importa de ficar aqui e esperar o Dave né? Não esperem por mim, eu vou estar muito bem acompanhado. – Ele saiu rindo e abraçado com a garota desconhecida.

       Damian se afundou ainda mais no sofá, pegou um copo de bebida largado na mesa ao lado e virou na boca de uma só vez sem nem se preocupar com o que tinha dentro do recipiente.

   - Mais uma vez sozinho. Não sei por que ainda aceito vir para essas festas...

   Ele se levantou caminhou em direção aos fundos da casa, onde havia um jardim amplo com uma piscina onde alguns jovens baderneiros se banhavam e faziam brincadeiras idiotas com garotas em seus ombros. Mais ao fundo, passando pela piscina cheia, havia uma mesa isolada com algumas cadeiras e por sorte estava vazia. Ele se sentou lá olhando as estrelas, e não viu o tempo passar.

    Dentro do quarto de Stacy O’Connel as coisas iam cada vez melhores. A calça de David estava jogada no chão junto com as roupas da loira que estava completamente nua e sentada no rapaz. Os movimentos de seus corpos faziam a cama balançar e os gemidos de Stacy ficavam cada vez mais agudos, em meio aos suspiros fortes. A ferocidade dentro de David crescia, e ele rolou para cima dela, virando-a de costas em seguida e a forçando a ficar de quatro na cama. Sua mão percorreu todo o corpo da garota, a barriga lisa até os seios que apontavam para baixo naquela posição; quando ele os apertou ela soltou um gemido agudo, que emendou com um suspiro longo quando sentiu David penetrá-la com vigor. Ele estocava cada vez mais forte, até que sentiu seu corpo inteiro tremer com a onda de prazer que o tomou.

     David tombou ao lado de Stacy que estava corada e suada, ainda nua deitada no seu peito.

    - Uau... Isso foi... Incrível. – Ela ainda estava ofegante     

    - Está tarde... Preciso ir embora.

   Stacy se levantou rapidamente, ficando em cima dele.

    - Durma aqui essa noite. Meus pais estão fora da cidade, voltam só depois do almoço de amanhã.

    - Eu não posso, meus amigos estão me esperando. – Ele disse enquanto já pulava da cama e vestia a calça, jogando o manto da fantasia por cima do seu ombro.

    Stacy já estava se vestindo também, e quando David colocou a mão na maçaneta da porta ela o puxou deixando-o de costas para a parede. Seus lábios estavam colados ao dele quando falou:

    - Você foi incrível... – Deu um último beijo apertado na sua boca, e os dois saíram do quarto.

    Enquanto descia a escada David já procurava Damian e Henry. Não viu nenhum dos dois ali na sala, ou no corredor. Percebeu que estava com sede, então foi até a cozinha e pegou um copo de refrigerante. Chega de bebidas por hoje, pensou. Quando já estava satisfeito viu que ali tinham outras pessoas, inclusive pessoas que estudavam com ele e Damian.

    - Ei, - ele chamou um garoto que estava fumando – você viu Damian? Ou Henry?

    O garoto parecia meio atordoado no inicio, mas logo respondeu apontando para os fundos da casa. David correu para lá e não demorou a avistar Damian sentado sozinho em uma mesa; e parecia estar dormindo. Quando se aproximou viu que ele estava apenas de olhos fechados.

    - O que faz aqui sozinho? Onde está Henry? Precisamos voltar para casa... Já é tarde.

   Damian abriu os olhos lentamente e parecia estar cansado. Olhou novamente para o céu, respirando fundo, e em seguida se levantou.

     - Henry... Está por ai com alguma vadia, disse para não esperamos por ele. – Ele já estava caminhando quando retomou a fala. – Vamos embora que não aguento mais esse lugar.

     David já estava acostumado com o jeito de Damian, ele não gostava de festas e era realmente um sacrifício para ele estar aqui. Mas ainda na mesma semana David o recompensaria com uma sessão de filmes vintage em sua casa.

     Eles já haviam saído da casa de Stacy, e caminhavam pela rua vazia e escura, sozinhos e em silêncio. Já eram quase meia noite, e a lua brilhava forte no céu limpo. De repente ouviram um barulho alto, como se algo pesado tivesse sido atirado sobre latas de lixo. Damian se assustou, e olhou com olhos arregalados para David que também estava parado.

     - Deve ser alguém que bebeu demais na festa fazendo bagunça... – Os dois já pareciam mais calmos. – Vamos.

    Começaram a andar novamente, e tudo parecia estar calmo. Quinze metros à frente ouviram de novo o mesmo barulho, que veio acompanhado de um grito estridente com uma voz conhecida. David e Damian pararam e ao mesmo tempo disseram:

    - Henry!

    Já estavam correndo na direção de onde vinha o barulho, e antes de chegarem a um beco de prédios viram algumas gotas de sangue no chão que os impeliu a correrem ainda mais rápido. O rastro de sangue ficava mais forte na entrada do beco, e uma tampa metálica de lata de lixo estava amassada contra uma parede.

   - Damian ligue pra emergência!

  David sentiu o cheiro forte de sangue. Deus, como pôde sentir um cheiro tão forte assim? Quanto sangue era preciso pra produzir aquele cheiro tão intenso? Ele sentia o ar tremer ao seu redor, e seu coração batia como um tambor dentro do peito, a respiração ofegante. Ele caminhava de vagar para dentro do beco. Pegou o celular no bolso da calça para iluminar o canto escuro, e ia iluminando o chão seguindo o rastro de sangue. De repente ele ouviu um grito agudo atrás de si, era Damian. Ao mesmo tempo viu o motivo que o fizera gritar e ficou paralisado.

Henry estava morto


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Notas finais do capítulo

Well.. Espero que tenham gostado. Se sim, comentem. Se não, comentem também.
Abraços.



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