Meninas Más escrita por Mokoninha


Capítulo 4
They are bad.


Notas iniciais do capítulo

Disclamer: Pessoal, todo mundo já sabe que o Naruto não me pertence! afinal ele é do tio Kishi, mas não faz mal, ele sempre empresta =P.
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Dedicatória:Hime-chan e Flavinha-chan
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Classificação: T(sujeito a mudanças)



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They are bad.

Tokyo Haruno’s House. February 15 (Saturday) 9:00 a.m.

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“E Deus criou o homem à sua imagem e semelhança; a imagem de Deus ele o criou; e os criou homem e mulher”. (Gêneses cap.1 versículo 27)

Sakura não conseguia entender porque tinha de ler a bíblia. De fato Tenshi viajara há uma semana, só não entendia realmente aquelas abreviações e também o porquê do livro todo riscado. Não entendia o motivo das passagens que estavam marcadas, era como se tudo estivesse interligado com algum tipo de história macabra da qual ela não compreendia.

O sentido bíblico ela entendia perfeitamente: Deus criara a humanidade a partir de Adão e Eva. Então qual o motivo daquela citação ser destacada se não havia nada de explicativo?

Mas claro que a irmã não teria feito nada sem nenhuma finalidade. Suspirando colocou a bíblia sobre o sofá e foi para a cozinha, quem sabe um copo de água não ajudasse?

No exato momento que chegou ao outro aposento, um pássaro pousou na janela, mas ele era estranho. O passarinho possuía uma coleira como daqueles pombos correios.

“Pombo correio? Mas isso é tão...”

Não terminou a frase. Logo viu o bichinho agitar as asinhas para que ela retirasse a mensagem. Olhou desconfiada, e logo surgiu um pedaço de papel com números simples estava em suas mãos.

Só pode ser brincadeira, será que tem algum maníaco por aqui?”

Realmente, quem conseguia ser louco a ponto de mandar senhas por correio? A irmã realmente tinha um lado meio abobado, mas talvez aquilo tivesse uma finalidade, só não sabia o quê, ainda.

Dando um afago no pássaro, virou-se para logo após voltar para onde estava.

“07 – 70 – 40 – 01 – 05 – 04 – 666, mas para que isso?”

Esses números não lhe eram estranhos, porém a razão de todos eles juntos não sabia.

No entanto quando chegou à sala, mesmo não compreendendo o porquê disso, achou melhor guardar a senha dentro do antigo livro. Olhou mais uma vez o objeto sobre a mesa. Não duvidava das ações da maior, porém, não tinha a mínima vontade de se remoer por aquilo lendo-o a fio.

Melhor deixar para lá. Já estava atrasada para ir à casa de Tsunade. Quem sabe a loira não tivesse as respostas necessárias?

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Tokyo Tsunade’s House. 10:00 a.m.

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Quando a viu entrar não acreditou que aquela cena fosse possível. Principalmente porque a mais velha sempre estava por perto.

Com cuidado, observou as malas que ela trouxera e a bíblia em uma das mãos, a antiga bíblia de Tenshi.  Com aquele ar de inocente e praticamente deslocada era simples entender o porquê de ser deixada em segurança, na casa da matrona Hunter.

-Sakura querida!- disse a abraçando- Como vai? - perguntou desinteressadamente.

Era claro que já tinham se visto outras vezes, eram relativamente próximas, mas a partir desse dia seriam como mãe e filha.

- Tsunade-sama. - fez uma pequena mesura em respeito- Estou bem. - disse displicente- E a senhora como está?.- perguntou respeitosamente.

Fez uma breve careta, o que mais detestava era aquela formalidade e esses modos. Gostava que a tratassem por você, e não de senhora.

- Em primeiro lugar, senhora está no céu. - sorriu simpática- E em segundo vou muito bem. - olhou-a por sobre os ombros enquanto pegava as malas da garota.

Sakura se sentiu um pouco assustada pela forma direta com que a outra lhe tratara. Tinha uma leve impressão de que seria muito estreita a relação com a loira.

-C-Certo. - gaguejou nervosa enquanto olhava incerta a outra.

- Ótimo. - anuiu- Está com fome? - sorriu pela resposta tímida e logo começou a caminhar.

- Não, não. - balançou as mãos em frente ao corpo- Na realidade... - pausou enquanto encarava a outra- Gostaria de entender, por qual motivo eu tive que ficar aqui com você. - sorriu nervosa.

- Tudo há seu tempo. - a mulher foi direta- Não precisa se preocupar com nada. - a olhou carinhosamente enquanto subia as escadas com as malas nas mãos.

- Mas Tsunade-sama... - começou- Preciso saber da minha irmã, porque ela viajou. - torceu as mãos em angustia- Foi tão cedo e não me disse nada, nem mesmo se despediu. - retrucou séria enquanto fazia um bico.

Tsunade sabia que uma hora teria de contar a ela o motivo. No entanto, não se sentia preparada. Era difícil de dizer a uma pessoa normal como ela que a irmã fora a uma missão suicida para matar vampiros. Foi o caminho que Tenshi escolheu para ela, ser criada na simplicidade e ingenuidade, justamente para protegê-la, e não ter de contar a verdade nunca.

- Apenas faça o que sua irmã disse menina! - retorquiu- É uma viajem tranqüila de uma estudante. - sentenciou aparentemente convicta.

- Tsunade-sama. - cruzou os braços- Posso ser mais nova e inocente... - os braços caíram lentamente ate a lateral do corpo- Mas o que menos sou é burra! - quase gritou.

“Hum, interessante, reação explosiva.”

- Eu bem sei. - elevou alguns decibéis a voz- Mas se ela não te contou é porque tem um bom motivo, e eu que não pretendo te contar. - finalizou.

Sakura viu aquela atitude com estranheza, mas não voltou a tocar no assunto. Afinal, seria insistir um pouco mais e teria as merecidas respostas, se suas atitudes fossem cautelosas e pacientes.

Foi acomodada em um quarto com as paredes rosa. Riu olhando que estava em um quarto em tom bem parecido com o do seu cabelo. Enquanto andava por todo o lugar, não percebeu que a resposta poderia estar em um simples objeto antigo que fora deixado de lado há alguns anos por outro Haruno.

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Tokyo Mansão Uchiha. 10:30 a.m.

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“Maldita, se continuar assim vou ficar verdadeiramente louco.”

No Box do banheiro a água chiava enquanto olhava seu reflexo no vidro. Fazia uma hora que estava ali naquele banho frio tentando acalmar as sensações que passavam por ele, o deixando extremamente enfurecido. Dois meses e duas semanas em que ele se encontrava ignorado por uma pessoa que deveria correr atrás dele.

Mais do que perfeito era esse o defeito do pedido realizado por ela. Naquele momento, era a única pessoa que não se encontrava feliz com o afastamento de Sakura em tão pouco tempo.

Tentara se convencer que nada daquilo lhe importava. Que ela não era seu tipo e não via de forma alguma futuro para eles. Não gostava das roupas largas e do estilo moleca simples de ser que ela sempre tivera. Não gostava da voz dela, e nem do corpo. O conjunto Sakura lhe era irritante. Então por que agora pensava tanto nela? Por que agora sentia uma necessidade louca dela por perto?

Na segunda-feira que passara tivera vontade de socar todos aqueles que olhavam para ela. Ainda não tinha sua transformação completa, mas o instinto agia violentamente contra ele, principalmente quando tinha vontade de afundar o nariz em certa massa sedosa de cabelos. E ainda havia aquele maldito cheiro que ela carregava. Algo entre morango e cerejas (o próprio nome dela), mas era tão doce, que fazia tudo dentro dele pulsar, querer se enfiar dentro dela, como se estivesse sendo sugado pra dentro daquele redemoinho Sakura lentamente. E parecia que ela não ligava mais para as roupas, ou melhor, para o tamanho delas. Usara a semana toda uma bota perfeitamente moldada às panturrilhas. As sapatilhas de menina foram substituídas por aquelas botas de salto alto que denunciava como as pernas dela eram torneadas. Há exatas duas semanas era torturado de modo cruel por uma menina em transição a se tornar mulher.

Com o pouco que restava da sanidade decidiu que precisava de ar fresco. Mesmo que odiasse o sol, precisava de algum lugar mais calmo do que a própria casa. Estava decidido: iria ao parque no centro da cidade. Era muito mais calmo que os outros parques pela vizinhança, só que antes disso conversaria com Itachi. Precisava de algumas respostas.

Ele sabia dos perigos de não ter uma parceira. Itachi não conseguira ainda, e era relativamente mais perigoso para o mais velho do que para ele. Sorrindo Sasuke caminhou para fora do quarto. Sorrateiramente andou até o quarto do irmão e bateu discretamente. Alguns segundos depois a porta se abriu e Sasuke reparou que ele estava sozinho (com uma imensa surpresa).

Com permissão entrou no quarto e se permitiu sentar na beirada da cama. O outro o olhou com estranheza, mas não reclamou, afinal, era esperar alguns segundos e logo começariam as perguntas.

- Itachi. - disse- Preciso fazer algumas perguntas e saber sua opinião sobre um assunto. – disse direto.

Arqueando a sobrancelha se escorou na parede e prestou atenção no outro.

- E quais que seriam essas perguntas? – Itachi sorriu e zombou sarcástico.

- Se é assim melhor eu ir embora. - o mais novo respondeu mal-humorado.

Assim que se levantou da onde estava, foi parado com uma mão em seu peito e um olhar inquiridor.

- Você está aqui. - sorriu- E não me procuraria se não fosse verdadeiramente importante. - sentenciou- Fala logo. - disse fazendo pose de tédio.

Não estranhou o irmão. Aos outros parecia que ele era frio e calculista, mas entre irmãos era normal. Brigavam por vezes (como todos os irmãos), mas ainda assim eram fraternais.

- Estou com problemas para manter o instinto sob controle. - sentenciou direto - Queria saber se isso acontece com todos na transformação. - olhou o mais velho interrogativo.

- Não. Não acontece. - disse de forma pausada- Na realidade, isso é raro de acontecer. - disse pensativo.

- Não sei muito bem... - o Uchiha mais novo levou as mãos aos cabelos os desarrumando- Mas faz algum tempo que não consigo controlar, na realidade algumas semanas. - respondeu frustrado.

- E tem alguma coisa de errado acontecendo agora? - perguntou de forma simples-Geralmente vampiros que foram transformados por impuros não se controlam. - divagou-Ou então... - ele parou e olhou o irmão- Mas isso não faz nenhum sentindo. - comentou e levantou as sobrancelhas em sinal de espanto.

- O que não faz sentido Itachi? - Sasuke perguntou curioso - Me diz logo o que tá acontecendo! - disse de forma séria.

- Seu instinto enlouqueceu pelo sangue de alguém.

Piscou levemente pasmo. Que história era aquela? Como assim enlouqueceu pelo sangue de alguém?

- Como assim Itachi? Que historia é essa? - interrogou desconfiado e desnorteado.

- Lembra dessa citação? - ele inquiriu enquanto recitava.

“Não é bom que o Homem esteja sozinho. Vou fazer para ele uma auxiliar que lhe seja semelhante.” (Gêneses cap. 2 versículo 18)

- Sim Itachi, eu me lembro disso. - revirou os olhos enquanto olhava o outro - Mas de que me importa? - perguntou abismado pela citação do outro.

- Isso te importa porque.. - ele comentou taxativo - Você achou sua parceira natural. - respondeu sério- Agora... - ele levantou se tornando impassível- Quem é a garota por quem você está sendo castigado? - interrogou frio.

Sasuke parou um minuto. Não poderia ser isso, não era ela. Não podia ser ela. Não queria que fosse ela.

- Não é ela. - disse entre dentes- Não é ela! - disse dessa vez mais alto com raiva.

- Não é ela quem, otouto? - Itachi perguntou estoico.

- Sakura.- ele arfou. - Não pode ser ela. - os olhos começaram a piscar em vermelho;

Itachi viu o inconformismo do irmão como o dele próprio há alguns anos. No começo não queria a Haruno mais velha, o ódio entre eles era muito. Depois, ele não teve mais como negar, como fugir. Talvez se explicasse o irmão não se revoltasse tanto.

- Você lembra-se de Lillith? – perguntou calmamente.

- Lillith, a primeira esposa de Adão? - respondeu indiferente com outra pergunta.

- Sim, essa mesma. - afirmou- Cada um de nós possui uma parceira. - declarou- Os humanos se casam por amor, acham sua metade assim, ou quase isso...- disse incerto- Já nós, temos nossas parceiras através do instinto, somente quando enlouquece por sangue.- sorriu de canto. - Finalmente descobrimos nossas companheiras.- finalizou.

- Mas eu não tenho como me livrar disso? Achar alguém como Adão teve Eva? - perguntou de forma suplicante

- Você sabe o que significa ser parceiro natural para nós otouto.- enfatizou - Não há como se ver livre do instinto, nem de quem ele escolhe. - levantou e caminhou em direção ao frigobar.

- Itachi.- ele disse já aborrecido- Eu posso muito bem ter o instinto, mas não ficar com ela.- ele riu sarcástico - Afinal, na história Caim também ficou com Lillith e não era seu parceiro natural!- ele exclamou nada convicto.

- Sim, mas somente porque Caim foi amaldiçoado se transformando no primeiro de nós.- relembrou enquanto colocava Dois cubos de gelo no whisky - E Lillith já era um demônio nessa época.- sorveu o líquido lentamente - E ainda assim, não ficaram muito tempo juntos, afinal ela ainda pertencia a Adão. - piscou sarcástico - Mesmo ele casado com Eva, não pertencia a ela. Estavam incompletos, afinal, Eva não foi feita em igualdade, mas sim Lillith.- disse se aproximando.

Sasuke quase se sentiu idiota por ter conversado com ele. Era claro que o irmão lhe diria que o instinto não seria deixado de lado. Ele sabia que não, mas, ainda tinha alguma esperança de que não fosse isso.

- Sasuke. - voltou ao lugar onde estava- Não adianta tentar fugir, ela está ligada a você mesmo que nenhum de vocês dois queira. - ele relatou - Vocês estão ligados pelo instinto e por um laço invisível. – esclareceu - Pode tentar a odiar, mas nada vai acontecer de diferente. - se lembrou de Tenshi - No final não importa o que façam vão sempre acabar juntos. - bebeu em um só gole o líquido quente.

- Certo, era isso o que eu queria saber. - respondeu e levantou atordoado pelas respostas diretas do irmão - Quer dizer que não vou conseguir me livrar dela. - disse de forma afetada - Ótimo! Só espero conseguir conviver com isso.

Sasuke suspirou saindo do quarto de Itachi sem dar direito à resposta do outro. Iria realmente para o parque, correr ou ficar matando o tempo lá. Estava muito irritado, precisava se distrair urgente.

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Tokyo. Ruas de Tokyo. 01:00 p.m.

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Sakura andava para sua casa distraída.

Precisava pegar alguns livros. Voltara a ler a bíblia e não entendia muitas coisas.

Em certo trecho havia algo anotado sobre alguns livros, e então lá estava ela voltando para casa.

Tsunade não gostara daquela ideia, porém, não a impediu. Disse simplesmente que tomasse um ônibus e voltasse o mais rápido possível. No entanto, queria ficar um pouco mais em casa, queria ficar algumas horas no seu verdadeiro lar. A ligação que tinha com o lar era inexplicável.

Alguns minutos mais tarde e ela estaria no seu cantinho. Como o esperado encontrou sua casa no final da rua e com rapidez já estava à frente dela. Sorrindo, abriu a porta da frente e vislumbrou o sofá. Trancou a porta e segundos depois se jogou no móvel macio da sala de estar. Aproveitou por breves segundos a paz do local e o silêncio, mas logo precisaria se levantar. Depois de um suspiro, Sakura deu um salto do sofá e tirando uma lista do bolso procurou na estante os livros que marcara.

A irmã possuía uma infinidade de livros e logo estava com todos em mãos. Quando pegou o último livro viu uma fechadura estilo cofre e não pôde deixar de rir. Com toda a certeza a senha que recebera da irmã era daquele livro que mais parecia uma caixa. Quando juntou todos percebeu que não conseguiria carregar todos de uma só vez. Então subiu as escadas adentrou seu quarto e pegou uma mala de rodinhas. Certamente assim conseguiria levar tudo sem esforço. Terminando de arrumar a mala desceu as escadas e olhou a cozinha se lembrando que não tirara o lixo mais cedo.

Parando a mala o mais próximo da saída se dirigiu à dispensa para pegar o saco de lixo. Logo já estava tirando todo o lixo da casa. Lavou a louça e a guardou e quando viu já era tarde, bem mais das três da tarde. Depois de terminar tudo, finalmente resolveu que era hora de ir embora, ou iria arrumar confusão com a loira mais velha.

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Tokyo’ Parque de Ueno. 04:00 p.m.

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Sasuke não tinha percebido que ficara tanto tempo ali, pensando. E por mais que tentasse achar uma forma de ficar longe da garota de cabelos rosa, mais lhe parecia absurdo, não havia volta para o instinto.

O que ele se perguntava, era por qual motivo o instinto tinha despertado só agora, e justamente por ela. Não conseguia sentir nada por ela, não exatamente o que era de se esperar. Então qual a razão de toda vez ficar igual louco atrás do cheiro dela?

Tentando deixar esses pensamentos de lado, suspirou e respirou fundo para poder relaxar parcialmente os músculos tensos do corpo. Foi quando sentiu o cheiro dela,  mesmo que fraco o cheiro o atormentava.

O cheiro dela parecia ser intoxicante, e ficou tentado a enfiar suas presas (recém-adquiridas) nela, só para saber se o gosto era tão bom quanto o cheiro que ela exalava. Procurando com os olhos a encontrou caminhando devagar e sensualmente ingênua a uma distância surpreendente (nenhum humano a enxergaria) do centro do parque, onde se encontrava. Aquilo só poderia ser loucura, porém aquele cheiro o enlouquecia. Hipnotizado por aquela visão tentadora, levantou-se e começou caminhar naquela direção. Ela andava tão distraída e absorta carregando a mala de rodinhas que não percebia que chamava a atenção.

Era realmente surpreendente como tudo mudara, a forma ele via as nádegas dela subindo e descendo pelo caminhar suave, e como os cabelos dela balançavam e como ele...

“Se controle, ela só está andando normalmente.”

Mas não era necessário dizer que até o mais simples gesto era visto como uma forma de lhe torturar.

Aquilo não era típico dele, parecia um animal no cio! No entanto, pedia a entidade divina que essa tortura não demorasse muito, ou teria um surto logo. Voltando a si, percebeu que a seguia por entre ruas movimentadas, mas que mesmo assim, não eram seguras para ela. Ela passou por um quarteirão movimentado, mas logo mais à frente da quadra onde estavam notou um movimento e uma conversa estranha.

No entanto achou que fosse pura brincadeira. Só poderia, porque todos os vampiros que prezavam suas vidas naquela cidade conheciam a irmã dela. No entanto ela estava sendo seguida por três vampiros que falavam e olhavam pra ela de forma descarada e indecente. Suspirou se dando conta de que agia exatamente contra seus princípios de não rastejar por uma mulher. Porém, a garota ainda continuava desprotegida, continuava diante de maníacos.

Quando ele a avistou entrando em uma ruela sem saída (obviamente percebendo que estava sendo seguida), e depois tentando sair, mas tendo a passagem bloqueada, Sasuke pensou que fosse a hora para intervir.

Claro que não chegaria enlouquecido, afinal, eram apenas três vampiros inferiores e não estava a fim de gastar seu tempo com todo aquele lixo. Tentando manter a calma se aproximou mais e escutou um deles dizer:

“Que garotinha má! Você merece um castigo bem gostoso.”

Com todo o tédio que possuía Sasuke atravessou o coração do vampiro mais longe de Sakura. A garota berrou e se contorceu abaixo do vampiro que parecia ser o mais forte entre eles. Ela desferia chutes nele na tentativa de se defender, enquanto o outro vampiro, já sem calças correu para ser morto pelo mais novo dos Uchihas.

Sem um pingo de piedade Sasuke queimou com suas chamas negras (Amaterasu), o vampiro que tentou lhe acertar. Foi então que viu a cena perturbadora: enquanto matava os dois vampiros, Sakura lutava por sua integridade e vida.

A visão dela parcialmente nua, coberta de aranhões e quase sendo violentada fez seu sangue correr mais rápido. Com sua velocidade desferiu um potente chute no ser que tentava violá-la. Assim que o outro se virou, Sasuke pôde perceber as presas dele e o olhar avermelhado. E o instinto o feriu, atormentando-o que o que era seu tinha quase se perdido nas mãos de outro. Observou como ele sorriu sadicamente, e disse de forma desdenhosa:

- Por que não me deixa foder com essa gracinha?- um sorriso macabro surgiu na face pálida - Aposto que ela tem um gosto muito bom. - sorriu sentindo o cheiro. – Cara, sinta esse cheiro... - o membro novamente estava ereto- Poderia sugar tudo isso pra mim enquanto ela grita. - riu alto passando a língua por entre os lábios.

Não disse nada, não poderia. A fúria parecia despertar a cada palavra proferida por aquele ser asqueroso que se alimentava de virgens inocentes. Em um movimento extremante calculado Sasuke lhe chutou as costelas surpreendendo o outro.

- Não ouse tocá-la seu inseto. rebateu friamente- Prefiro ver ela se casar com um humano...- chutou novamente o outro na parede- Do que ver você foder com ela na minha frente. - sem uma única expressão segurou o outro pelo colarinho.

O vampiro riu amargamente deixando gotículas de seu sangue escapar e respondeu psicótico:

- Seu tio Madara me pagou muito bem pra ferrar com a irmã dela. - o sorriso psicopata apareceu enquanto fazia força para se livrar de Sasuke - Acha mesmo que vou perder o prazer de escutar todos os gritos dessa vadia? - indagou enquanto acertou um soco no uchiha mais novo que cambaleou.

Sasuke observou como o outro se recompôs e o olhou superior.

- Vou fazer ela gritar me implorando para parar e quando já não tiver mais força e nem cabeça pra suportara visão de um vampiro fazendo o que quiser dela...- sorriu maldoso - Vou sugar todo o sangue. - riu histérico - Esquartejá-la e mandar os pedaços em uma mala para a irmã. - seus olhos cravaram em Sasuke - E você não vai me impedir. Não vai querer ser mal visto por Madara, vai? - levantou o braço enquanto se preparava para outro round.

Deixando que o instinto tomasse conta Sasuke correu em direção ao outro e jogou os dois pés para cima, acertando o outro com os pés no peito. Com uma extrema habilidade desviou de uma seqüência de socos e uma rasteira. E então devolveu a sequência de golpes acertando cabeça, braços e pernas. Tomando conhecimento do local, avistou lixeiras ao fundo. E com precisão pegou a tampa de um latão, para se defender do golpe de faca, que tentou lhe acertar o peito.

Quando o outro vampiro sorriu e tentou lhe acertar as costelas em um golpe doloroso, Sasuke entediado bloqueou o chute e tomou a faca que o outro tentou lhe acertar de surpresa e acertou-o na cabeça o fazendo em cinzas.

Devagar respirou fundo tentando controlar a respiração pesada devido à luta básica.

Quando se virou, percebeu em qual estado havia chegado àquela situação. Seriamente ferida, pelo corte da arma metálica do agressor, seminua e com o rosto vermelho, Sakura não ousou o olhar.

Instável. Era assim que ela se encontrava. Encolhida ao chão junto à parede segurando as pernas próximas ao corpo e murmurando palavras desconexas, enquanto lágrimas escorriam sem parar dos olhos verdes. Entrara em estado catatônico.

Não soube o que fazer por um momento, enquanto ela tinha o olhar preso no nada. O corpo balançava e tremia involuntariamente enquanto começava a compreender o que ela dizia:

“Isso não existe, isso não existe, isso não existe.”

Ele parecia sentir toda a dor que ela sentia, pois ficou um bom tempo vendo a garota no chão chorar copiosamente enquanto sussurrava loucamente que não vampiros não existiam.

Movido pelo impulso se aproximou dela e pegando-a com uma facilidade e uma delicadeza extrema a aconchegou no colo. Ela não reagiu, e perdida dentro de sua própria mente, se permitiu carregar por ele. Ele pegou a mala da menina e caminhou silenciosamente para o carro ao longe. Apenas o vento cortava todo o silêncio que vinha de dentro dos corpos adolescentes. Quando chegou ao carro, ele a colocou gentilmente no banco passageiro, depositando logo após o objeto que ela trazia no bagageiro.

Entrou no carro dirigindo para a casa da matrona hunter. Apesar de ser vampiro, aquela burocracia era necessária aos nobres de sua raça. Por quase 20 minutos dirigiu pelo caminho mais luminoso da cidade, tentando em vão, arrancar algo que fosse da pequena rosada.

Quando estacionou o carro à frente de Tsunade quase não soube o que fazer. Suspirando saiu do carro, abriu o bagageiro e pegou a mala. Sem delongas andou até a porta ao lado onde se encontrava Sakura. Abriu a porta e com cuidado se inclinou por sobre ela, retirando o cinto e pegando-a novamente no colo para então caminhar até a residência.

Começou então a jornada que considerou a mais longa de sua vida. Andando até a casa abriu o portão e sem permissão entrou caminhando por entre o canteiro baixo da casa. Com extremo cuidado levantou a mão que segurava a mala para tocar a campainha e esperou longos segundos para que a porta fosse aberta.

Quando finalmente ela foi aberta, um rosto familiar e muito supresso lhe observou. Ele viu quando a médica mais velha observou todos os ferimentos da outra e com grande fúria disse de uma forma assustadora:

- Uchiha Sasuke...- ela  olhou ameaçadora - O que foi que você fez com ela?- perguntou enquanto dava passagem para ele entrar, com uma Sakura já desfalecida em seus braços.


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Notas finais do capítulo

é pessoal tá começando a ficar mais tenso e.e'
sei lá eu gostei desse capitulo
eu acho que o Sasuke ficou meio perturbado mas é isso XD
agora vamos ter SasuSaku para os próximos
...
.
Gente em março vou fazer uma cirurgia.
por esse motivo NÃO teremos att ok?
a menos que o numero de Reviews seja maior ok?
n.n
...
.
pessoal vamos lá, façam uma autora feliz n.n
acho que tudo mundo concorda que não doí apertar aquele botãozinho lindo ^~
deixem aquele recadinho esperto (o capitulo sai mais rápido :)
Bjus e até o próximo =PP



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