Aprendizes De Exorcista escrita por Sra Rockwell


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, estou muita atrasada com o cap.
Talvez até vcs não o achem tão bom, mas só digo: se apeguem aos detalhes ok?



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-O de sempre.- Dean disse enquanto entrava no impala. – Garotas virgens e demônios. Simples como tirar doce de criança.

-E você já tirou doce de alguma criança?- Sam perguntou.

- Não, mas deve ser fácil.- respondeu dando de ombros.

               Sam balançou a cabeça. Assim que sentou no banco do carro, guardou seu bloquinho no bolso. Tinham acabado de visitar os pais de umas das garotas mortas. Não descobriram nada além do que já tinham descoberto nas outras casas que visitaram.

              Era final da tarde. O sol se escondia dando lugar a lua. Os irmãos voltaram ao hotel e Sam voltou as suas pesquisas. Tinha descoberto esse caso a pouco tempo. Assim que decidiram vir para Los Angeles, ele não tinha descoberto nada de novo sobre o caso, apesar dos assassinatos terem acontecido a poucos dias.

- Preciso molhar a garganta.- Dean disse se levantando.- Vem comigo?

-Não, vou continuar procurando mais alguma coisa.

-Você não vai conseguir achar nada até o próximo ataque.- Dean avisou.

-Mesmo assim, vá você. Depois eu vou.

              Dean entrou no impala e seguiu pelas ruas procurando um bar. Achou um, em uma rua pouco movimentada perto do hotel. Estacionou o carro e entrou no bar.

               Foi direto ao balcão, sentando ao lado de um sujeito que bebia sozinho.

-Me vê uma vodca. –Dean pediu.

-Aqui. -O garçom serviu- lhe.

                Dean olhou em volta. Não vira nada de animador no bar. Simplório, sem graça.

               Estava com muita coisa na cabeça, nem uma bebedeira ia ajudar. Pagou a bebida saiu do bar. O céu estava estrelado,  um vento frio pairava. Começou a andar pelas redondezas , sem rumo ,pensando. Tinha que fazer algo para deter o apocalipse, mas o que? De repente, ao longe ouviu um grito. De mulher. Correu até lá para ver o que era,  quando chegou viu-a estirada no chão coberta de sangue. Com uma pessoa de capuz ajoelhada ao seu lado e ao longe, viu de relance alguém correr muito rápido. Percebeu que não poderia correr atrás dele, então olhou a sua volta, percebendo as pessoas.

-Você fez isso com ela?- perguntou quando se aproximava.

               A pessoa nada disse. Dean ficou irritado com aquilo. Pegou a pessoa pelo pulso levantando-a.

-Você matou ela? – perguntou Dean.

-Não.- respondeu a pessoa encapuzada.

               Dean, ainda segurando fortemente o pulso da pessoa, empurrou com a outra mão seu capuz para trás, revelando seu rosto.

               Ele deixou seus lábios entreabertos, mostrando sua surpresa.

-Será que pode me soltar?- perguntou ela suavemente irônica.

                Ele piscou algumas vezes e soltou-a.

-Não fui eu que fiz isso com ela.- começou ela.- Foi um ...outro cara.

                Dean abaixou-se até a moça caída  a examinou. Seu peito estava todo rasgado com um símbolo. Na verdade, parecia um desenho.

-Que desenho estranho...- murmurou.

                Pegou rapidamente o celular do bolso e tirou uma foto do símbolo. Quem sabe isso tivesse haver com o caso.

- É a lança do destino...

                  Ela colocou a mão na boca percebendo que falara demais. Ou um estranho saberia sobre a lança? Iria com certeza querer uma explicação, mas ela não poderia dá-la. Ouviu de longe o barulho da ambulância.

-Eu tenho que ir.- ela disse.-  Acho melhor você sair daqui também.- avisou ela.

                 Ela deu as costas a ele  começou a andar.

-Hey, espera.- Dean chamou correndo até ela.- quer uma carona?

                 Oque é isso Dean? Oferecendo carona para a primeira garota bonita que vê na cidade? Ele pensou. Ela não parecia ser ladra ou qualquer coisa do tipo, mas nunca se sabe. Teria que correr o risco. Queria naquele momento passar mais alguns minutos com aquela linda garota.

                   Ela riu.

-Não obrigada. Não costumo aceitar carona de estranhos no meio da noite.

-Mas eu não vou tentar nada com você ou algo do tipo,-ele apressou-se em dizer.- é  só uma carona.

                    Ela suspirou. Passara o dia inteiro a fazer pesquisas e logo depois viu um exorcismo, que conseguiu acabar com toda a sua energia... o cara era grande e forte, mas caso ele tentasse alguma coisa ela já estaria preparada. Não seria a primeira vez que se defenderia de um cara que tentara alguma coisa com ela.  Também, não parecia o tipo de cara que forçaria algo com alguma garota, bonito do jeito que era não precisava fazer esse esforço, ela pensou.

-Ok.- ela revirou os olhos.- Vamos.

                Dean disfarçou o sorriso de vitória. Se pôs ao lado da moça  eles começaram a andar.

                Ela jogou seus cabelos negros ao vento. Estava acompanhada e por enquanto não precisava se esconder.

-Me chamo Dean.- ele disse tentando puxar assunto, estendendo a mão.

-Valquiria.- ela deu um sorriso cumprimentando-o.

                Logo chegaram ao impala.

-Bonito carro.- ela comentou enquanto entrava.

-Ah obrigado,-agradeceu erguendo a sobrancelha.- ele é um xodó. -disse enquanto o ligava.- Acho que o amo mais do que a  meu irmão.

-Uau.- Valquiria riu.-  no que você  seu irmão trabalham para ter um carro destes?

-A gente...- ele hesitou.- caça.

                   Ela olhou pelo vidro. Irmãos que caçam... Tinha ouvido isso em algum lugar.

-Siga reto dois quarteiros e dobre a esquerda.- ela instruiu.

                   Ele mordeu o lábio antes de perguntar.

-Oque estava fazendo com aquela mulher? Você a conhecia?

-Não...- ela murmurou.- quis só quis tentar ajuda-la.

-Hum...

                 Dean não tinha certeza, mas tinha algo diferente naquela garota.

-Que negócio é esse de lança do destino?

-Não é nada,- ela disse rapidamente.- besteira.

                Ele deixou essa passar, mas fez outra pergunta.

-Quem você acha que fez aquilo com ela?

-Não sei, algum idiota.- ela tentou parecer que não ligava.- Parecia um desenho de rituais, não acha?

                Ela não sabia muito bem o que falar a ele. Sua mente a essa hora da noite não estava funcionando muito bem ,e o cansaço também não estava ajudando.

-É, talvez.- ele respondeu com uma sobrancelha arqueada.- E você é do tipo que acredita nessas coisas de rituais, e fantasmas?

-Mais do que imagina.- suspirou pesadamente.

-Porque?

-É naquela casa amarela.- ela disse distraindo-o.

              Abriu a porta do carro e saiu. Abaixou-se e disse pela janela.

-Talvez um dia eu te explique porque...Dean.- Deu um meio sorriso.

-Vou cobrar a resposta.- ele sorriu.- Tchau.

-Tchau.

            Ele deu partida no carro e dobrou a esquina. Ela correu rapidamente até o prédio enorme localizado em diagonal a casa.

....................................

              Dean chegou no hotel e encontrou Sam dormindo. Resolveu fazer a mesma coisa. Amanhã mostraria o que ele achou.

              Sam acordou e viu Dean dormindo esparramado pela cama. Fez sua higiene e foi buscar algo para comer. No pequeno frigobar do quarto, achou algumas garrafas de água e algumas latinhas de refrigerante. Vestiu-se, colocou o celular no bolso e saiu. Queria um café da manhã de verdade. Andou até a esquina do hotel e achou uma padaria. Entrou nela e tomou seu café. Logo saiu da padaria.

             Dean estava devorando um xis burguer quando chegou.

-Bom dia.- Dean disse.

-Bom dia.- respondeu.

-Olha o que eu achei ontem.- apontou para o celular.

             Sam olhou a foto.

-É o mesmo símbolo que estava desenhado nas outras garotas...- Sam observou.

-Valquiria disse algo sobre uma lança do destino.- Dean mordeu seu xis burguer.

-Lança do destino?- Sam crispou a testa.- Nunca ouvi falar... –Ele se virou para Dean.- Assim como nunca ouvi falar de nenhuma Valquiria.

-Eu conheci ela ontem.-  deu um meio sorriso malicioso. – Ela é linda.

-Hum, pra variar...- Sam revirou os olhos para a descrição detalhista do irmão. – Mas vocês foram rápidos então, voltou cedo.

            Dean mordeu seu lanche com uma leve frustração, antes de responder a Sam.

- Não aconteceu nada.- murmurou.

-Como? Não ouvi direito.- disse o outro.

-Eu disse que não aconteceu nada.- Dean disse levemente irritado.

-Uau.- disse apenas.

             Sam ligou seu computador e iniciou sua procura pela lança.

.......................................

               John ainda não sabia o que fazer.  Resolveu sair para pensar um pouco. Andou pelas ruas sem rumo. Seu celular tocou.

-Alô, John? Sou eu, Angela.

-Oi Angela.- John suspirou.- Como está?

-Bem. Quer almoçar comigo? Descobri algo que pode ter algo haver com o caso.

-Onde posso encontra-la?

-Pode ser naquela lancheria perto do seu apartamento?- Angela perguntou.

-Pode. Estou esperando.- John disse.- Até mais.

-Até.

........................................

-Ontem a noite uma mulher foi morta num bairro nobre, perto de um bar.- Angela começou.- Nada demais até ai, mas ela tinha o símbolo da lança no corpo.

-Que estranho.- John franziu a testa.- O mestiço teve todo um trabalho para matar aquelas garotas, e agora, simplesmente, mata uma mulher qualquer e deixa o símbolo da lança em seu corpo? Ele definitivamente não definiu suas prioridades.

-Também achei estranho, mas...- Angela se interrompeu.

-Olá John.- Valquria deu um beijo em sua bochecha.- Oi...? –deu um sorriso inseguro ao perceber Angela observando-a.

-Oi.- ela respondeu.

-Valquiria?- John disse meio surpreso.- O que faz aqui?

- Eu estava indo até seu apartamento falar com você, mas por acaso olhei aqui para dentro e o vi. – ela respondeu. Parou por um segundo, mas logo tornou a dizer.- Mas conversamos depois, ok? Lembrei que tenho algo a fazer.

-Hum...ok.- John achou estranho sua mudança repentina, mas concordou.- Até mais.

-Tchau... pra vocês.- Valquiria disse e saiu rapidamente.

              John voltou seu olhar para Angela que observava ela ir.

-Angela?- chamou.

-Sim? -Ela pareceu voltar a si.

- Você conhecia ela?- John perguntou.

-Pode-se dizer que sim.- o olhar dela ficou pensativo.

-E vocês tem algum problema?- pressionou.

-Talvez. Ainda não sei.- respirou pesadamente.


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Notas finais do capítulo

Como sempre: comentarios = capitulos
desculpem mesmo pessoal até o próximo cap bjus