Sedução escrita por vickdecullen


Capítulo 4
Capítulo 3




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Mais tarde naquela noite, Reneé anunciara que teriam um jantar na casa com alguns convidados privados. Isabella sabia que aquilo queria dizer, que iria ser apresentada ao Lord Brack. Motivo disso, era por sua mãe ter voltado para casa com um vestido novo de gala. Era de mangas compridas e bem justas ao corpo. O decote era um singelo V, e o vestido moldava o seu corpo caindo até o chão onde fazia uma quena poça de tecido. A cor era azul-marinho com os botões em dourado. As joias também ganhara novas: um par de brincos de rubi e um anel do mesmo diamante. Os cabelos estariam iguais ao da noite anterior, mas a maquiagem estaria mais forte e chamativa aos olhos azuis. Anna como sempre, ajudava ela a se trocar e a elogiava. O cheiro do pato assado que os cozinheiros preparavam já chegava ao seu quarto e a movimentação dos empregados lá em baixo no salão principal era bem audível.

Toc, toc, toc.

–Entre- pediu Isabella sentada a frente do espelho de sua penteadeira e se virou para ver quem estava na porta. Era Charlie segurando nas mão um embrulho.

–Anna, podaria nos dar licença? Gostaria de falar a sós com Isabella.

–Sim senhor- Anna faz uma reverencia- Milorde, milady.

–Minha querida Isabella- diz seu pai se aproximando dela- parece que ainda não tivemos tempo de conversar sobre o que aconteceu.

–Não se preocupe papai- disse ela se levantando- Sei que o senhor deve ter feito o que pode.

–Mesmo assim não foi o suficiente- suspirou- me desculpe.

–Não se desculpe- pediu ela sorrindo- Afinal posso conhecer o Lord e quem sabe podemos nos apaixonar. E o senhor que conseguiu isso para mim não é?

–Mesmo assim, todos essas anos recusando casamentos arranjados foram por agua a baixo.

–Eu entendo a minha situação pai. Tenho vinte e um anos e com essa idade mamãe já estava gravida de mim.

–Bom, de qualquer maneira estou aqui também para te dar seu presente de aniversario- Entregou a caixa nas mãos da jovem- Em Londres não pude te dar, e tampouco ontem, então...

Isabella abriu o embrulho e viu uma tiara de diamantes brancos. Eram dignos de uma princesa com desenhos elegantes e bem moldados.

–Era de sua avó- diz Charlie- Minha mãe. Ela a usou no seu casamento, a primeira que teve a audácia de colocar mesmo não sendo uma rainha ou princesa. Creio que herdou isso dela.

Isabella olhava a peça com pequenas lagrimas no rosto. Era uma joia belíssima.

–Acho que ela iria gostar que você usasse no dia do seu- respondeu ele com as mãos no bolso.

–Obrigada papai- diz ela lhe abraçando apertado- Eu te amo.

Depois de seu pai descer, Isabella guardou seu presente no cofre de seu quarto e em seguida saiu de seu quarto para o jantar. Quando fechava a porta escutou que outra se fechava e ao olhar para o lado se encontrou com Edward que descia no mesmo momento que ela.

–Boa Noite Bella- saldou ele.

–Boa Noite Edward- respondeu sorrindo.

–Devo dizer que está muito linda- diz ele se aproximando.

–Digo o mesmo a você.

–Me daria a honra?- pediu ele oferecendo o braço a ela que aceitou com muita satisfação.

–E meu primo?

–Creio que já esta a baixo.

Chegaram as escadas e ao olhar para baixo, viu sua mãe conversar com um homem de cabelos encaracolados, que ela reconhecia ser de Henrique. Seu estômago embrulhou e por seu nervosismo Isabella apertou o braço de Edward. O rapaz olhou para ela tentando entender o motivo da sua agitação e ao vê-la mirar sua mãe e convidado ele pode notar que algo acontecia.

–Esta tudo bem?- perguntou ele.

–Sim- suspirou- estou bem, vamos?

Os dois desceram as escadas e cada descida que fazia era um batimento cardíaco que Isabella dava.

–Oh Bella querida!- exclamou sua mãe- finalmente, quero apresenta-la ao Lord de Brack.

–Boa noite- comprimento ela sem soltar Edward.

–Boa noite senhorita- respondeu com um sotaque diferente do britânico o que poderia ser até charmoso.

–Lord Brack esse é Edward Cullen, sócio de meu primo no ramo de armas- apresentou ela.

–Prazer em conhece-lo- trocaram um comprimento de mãos- e que armas o senhor produz?

–Trabalhamos com o revólver com tambor giratório, ele é capaz de dar tiros apenas pressionando o gatilho mais de uma vez. É a nossa especialidade.

–E os calibres?

–Trinta e oito e quarenta e cinco.

–Vocês também tem metralhadoras?

–Sim, Hiram Maxim* trabalha conosco.

–Impressionante- se admirou- A saraivada rápida e automática trouxe grande vantagem já que o gatilho permanece pressionado e os tiros são tão rápidos e múltiplos.

–Foi a mais pedida quando lançada no mercado- respondeu ele ainda levando nos braços a mão quente de Isabella.

–Talvez eu faça uma encomenda- diz sorrindo e olhando de esguelha Isabella.

–Senhora Reneé- chamou uma empregada, tirando Isabella, Edward e Henrique de sua conversa. Já haviam esquecido da presença dela.

–Sim?

–Os Denali estão aqui.

–Oh que maravilha- respondeu indo até a porta de entrada para recebe-los enquanto os empregados tiravam os casacos e os guardavam no roupeiro- Carmem querida. Eleazar que bom vê-lo novamente, Charlie esta na sala de jogos tomando alguma coisa, venham entrem, entrem!

Carmem era a esposa de Eleazar Denali, uma mulher linda e sensual. Tinha os cabelos negros e longos, sempre que saia usava na boca um batom vermelho meio tomate, e um dos dentes carregava um dente de ouro maciço. Carmem era de origem espanhola, e por ter essa sensualidade toda, sofria alguns boatos maldosos de trair seu marido. Carmem era astuta e arrogante igual as filhas e por ser mais nova que seu marido, exatos dez anos, sofria boatos de trai-lo, mesmo não sendo verdade.

Eleazar Denalli era um inglês que quando voltou para Londres de uma viagem de longa duração a Espanha, já era casado com Carmem e tinham sua filha mais velha Kate, e esperavam pela do meio, Irina. Ele era um homem barrigudo e ruivo, muito divertido e adorava Isabella como se fosse sua própria filha. Ele tinha fascinação por ela, e se pudesse troca-la por uma de suas filhas, não duvido que não o faria.

Kate, Irina e Tânia eram as irmãs de que Bella menos gostava em seu circulo de amizades e interesses. Kate, ou Katrina como já dito, era a mais velha das três. Tinha uma coloração rara de cabelos loiros platinados, e os olhos cinzas intimidadores. Seus olhos eram tão hipnotizantes que ela era capaz de mandar choques eléctricos de angustia sem precisar trocar uma palavra ofensiva. Tem a fama de ser pior do que Cathe com relação aos homens. Katrina na verdade ama os homens, todos eles, e por esse motivo muitas esposas ficam agarradas aos seus maridos quando ela esta por perto.

Irina a irmã do meio era quase a esquecida, mesmo tento a sorte de puxar a beleza da mãe. Os cabelos onduladas e grossos eram característica de sua herança espanhola, e os olhos castanhos eram desafiadores quando eram desafiados. Apesar de ser extremamente linda (o que a deixava ser uma candidata perfeita para competir com Bella), Irina tinha puxado do pai o ar astuto e arrogante.

Já Tânia mesmo sendo a casula, parecia ser a líder. Podia passar como uma pessoa linda e adorável, mas, a capa de um livro não nos mostra a essência, e Isabella sabia exatamente o que aquilo queria dizer. Tânia não estava acompanhada de seu marido, mas a barriga saliente sobre o vestido branco dizia que estava grávida. Ela estava muito bonita, tinha que admitir, afinal o destaque da barriga no vestido e a combinável, cor loiro avermelhado de seu cabelo, presos em um coque a deixava muito madura.

–Boa Noite Senhor Denalli- cumprimentou Isabella saindo dos braços de Edward e indo beijar seu rosto.

–Olá querida- responde com aquela voz aguda como se alguma coisa estivesse engasgada em sua garganta- esplendida como sempre- exclamou.

–Muito obrigada- respondeu- Carmem que bom revê-la, como foi a viajem para a Espanha, se encontrou com os Malcon's? Minha amiga Bessy esteve por lá também.

–Esteve tudo maravilhoso- respondeu com um acento carregado que tinha e mostrando o dente de ouro- não estive com os Malcon's , mas encontrei os Cook's. Sabia que os rumores de que você esta se internacionalizando é verdade. Ouvi comentários sobre você entre muitos espanhóis.

–Bessy me contou algo sobre isso- respondeu sem graça com o olhar intimidador que ela sempre lhe lançava.

O Lord Brack admirava a jovem Isabella com malicia. Por ser um escocês seus hormônios eram bem bombeados por suas veias, e a vê-la de costas naquele vestido moldado no corpo o deixava ter pensamentos impuros com a moça.

–Vamos para a sala de visitas conversar?- convidou ela olhando para todos ao redor que aceitaram o convite.

–Olá Isabella- cumprimentou uma de cada vez as irmãs Denali.

–Olá, Kate, Irina, Tânia, como vem passado?- perguntou ela por educação e falsa cordialidade.

–Muito bem- respondeu Tânia passando as mãos sobre o ventre- já soube da novidade? Eu e James, esperamos um filho. Nosso primeiro herdeiro- se gabava sorrindo.

–Parabéns Tânia, espero que seja o primeiro de muitos- respondeu.

–Sim, e Irina irá se casar- a irmã a fuzilara como se aquela noticia não deveria ser espalhada- Com um primo espanhol da mamãe. Ira dar o que falar o casamento, já que ele é um Duque e dono de grandes empresas de tecido espanhol.

–Uau, e parece que você esta mais contente com o status de sua irmã do que o casamento e a futura felicidade dela- diz Isabella já que suas mães não estão mais na presença. Irina reprimiu uma risada o que enfureceu Tânia.

–Porque Isabella, tem medo de perder o seu?

–Na verdade é o que eu mais desejo- respondeu perigosamente e se afastando delas que espumavam raiva, diferente de Kate que estivera muito ocupada fantasiando com Edward e o escocês na cama.

Depois de um tempo conversando e bebendo, o jantar finalmente foi servido. Edward sentou a frente de Isabella e o escocês ao seu lado como a mãe havia indicado que fizesse. Charlie por ser dono da casa se sentou na ponta principal, ao seu lado direito sua esposa e Carmem, e ao seu esquerdo Eleazar e Kate. Ao lado dela estava Irina e a frente Tânia. Jacob estava ao lado de seu sócio e melhor amigo. O primeiro prato era a famosa salada inglesa dos Swan, em seguida como prato principal era o pato assado com molho de laranja. Isabella desfrutava de sua comida enquanto o Lord Brack a enchia de perguntas. Edward, supostamente, estaria entredito na conversa com Jacob se não estivesse distraído demais admirando sem querer a milady Swan. Parecia que ela estava ocupada demais para conversar com ele, já que era cortejada pelo escocês.

–Assim me faz corar milorde- dizia ela.

Edward queria poder estar no lugar do Lord, cortejando Isabella e a fazendo corar.

–Edward o que você acha de comprar uma casa em Londres?- perguntou Jacob o tirando de sua atenção em Bella.

–Como?

–É, você sabe, ter uma casa em Londres, uma de verdade. Afinal quando mudáramos para lá, você não poderá continuar a viver no seu escritório.

–Gosto do meu sofá é bem confortável- deu de ombros comendo um pedaço de seu pato.

–Um futuro Lord não pode dormir em um sofá para sempre.

–Não fale sobre isso em tom de voz alta- adivertiu Edward- não sabemos se isso ira ocorrer.

–O príncipe não tira os olhos de nossas armas, Edward, e sabemos o quanto ele é generoso em relação a dar títulos de nobreza.

–Mesmo assim, não é um assunto que devemos discutir com tantas pessoas.

–Como quiser- respondeu tomando um gole de seu vinho- mas saiba que mais cedo ou mais tarde, iremos ter que discuti-lo.

Edward sabia disso, mas no momento o que ele realmente queria discutir era sobre Isabella. -Nicholas nos disse que vai se casar- comentou Carmem com Reneé- diz que se apaixono por Catherina Schott, e a pediu em casamento.

–Cathe é uma boa menina Carmem- diz Reneé- sei o que pensa em relação aos boatos sobre a jovem, mas leve em consideração os boatos que passam com todas nos. Imagina se tudo o que dissessem fosse verdade?- exclamou.

–Sei disso - respondeu pensando nas coisas que falavam dela- mas o fato é que tinha uma espanhola muito refinada que conheci em minha viagem para que ele a conhecesse, mas desde que a jovem tenha nome e classe e sei que tem, para mim não tem importância.

–E quando vão anunciar o noivado?

–Talvez no final do mês, queremos deixar um pouco privado por enquanto, sabe destacar Irina e o Duque Hernández.

–E Nicholas onde esta falando nisso?

–Foi até a casa de campo da jovem, pedir a mão dela aos pais.

–E vocês não deveriam estar junto com ele?- perguntou Isabella se intrometendo na conversa.

–Já tínhamos marcado com vocês, e Nicholas não queria nossa presencia, queria fazer isso sozinho- respondeu com indiferencia e arrogância.

Isabella voltou a se encostar a seu posto e tomou um bom gole de vinho. Aquilo não era certo, pensou. Imaginou como estaria Cathe agora, e pensando melhor, concluiu que talvez tinha sido melhor que os Denalli não tivessem ido.

Depois da sobremesa (uma torta de frutas vermelhas e creme) todos foram tomar chá na sala de visitas. Isabella havia convidado o Lord de Brack para que se unisse a ela, primo e convidado a fazer um piquenique pela manhã, na qual aceitou o convite muito contente.

Sua mãe também parecia satisfeita com o fato de Isabella estar a obedecendo tão passivamente, mas a verdade era que, cada minuto que o tempo passava, mas perto o dia do futuro noivado estava por chegar, e cada segundo que passava, era um segundo que ela podia conhecer o Lord e se apaixonar por ele.

–Ouvi dizer que joga muito bem poker- comentou o Lord.

–Não somente poker, milorde, sou boa com todos os tipos de jogos.

–Gostaria de vê-la jogar- comentou malicioso.

–Amanhã no piquenique, poderá desfrutar de tal desejo.

Mas não era esse tipo de jogo que ele gostaria de ver, o qual ele relacionava tinha uma cama envolvida.

–E o que a senhorita gosta de fazer em suas horas vagas?- perguntou Henrique tomando um gole do conhaque.

–Gosto de ler- respondeu sorrindo.

–Ler?- exclamou o Lord- você realmente é encantadora. Quando os boatos chegaram na escócia sobre você, fiquei realmente impressionado, mas vê-la e conhecê-la é muito mais delicioso do que escutar o que falavam- Isabella corou- e que tipos de livros gosta de ler?

–Os proibidos- sussurrou em seu ouvido e se levantou para pegar uma xícara de chá.

Nossa, pensou Henrique, já sentindo as calças ficarem apertadas. Ter vindo conhecê-la realmente se tornara muito divertido.

–Senhor Brack- saldou Reneé ao seu lado- e como vão as coisas?

–Sua filha é realmente encantadora- diz ele- acho que nosso negocio realmente esta valendo a pena como, a milady, diria que seria.

–Nunca desonro com minhas palavras milorde- respondeu ela se sentando ao seu lado.

–Quando a senhora acha que podemos oficializar o contrato?- perguntou.

–Já disse milorde, espere pelo menos uma semana, e ela será sua. De um tempo para que se conheçam afinal o casamento é um passo muito difícil.

–Sei disso milady, mas como me disse, a senhora não é de desonrar com as palavras que dá. E com isso, se aplica ao que me prometeu se viesse a Londres.

–Concordo com o senhor, mas o que estou pedindo é somente isso, ou deve lembra-lo que esse acordo é confidencial nosso? Esqueceu das dividas que o livrei?

O Lord sentiu a raiva espumar sua boca, mas nada fez, apenas acenou com a cabeça e observou a milady Reneé ir se juntar ao seu marido. Como ele poderia esquecer de tal coisa? A divida que tinha por gastar em jogos e bebidas. A proposta feita pela mãe de Isabella era simples: Ele vinha viver em Londres e ela poderia pagar a divida que tinha no bar de jogos na escócia, desde que ele parasse de jogar. Claro que ao fazer tal proposta ela pensava que o Lord não estava falido, mas sim em uma má fase, o que na verdade era mentira. O Lord de Brack estava mais quebrado do que ele mesmo podia imaginar, e só aceitou a ideia do casamento por já estar recebendo ameaças de morte por cobradores. Claro que ainda teria o bônus de se casar com uma mulher estonteantemente linda e desejada em toda a Europa, como agora diziam.



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