Malfoy A Fascinum escrita por JôHxSabaku


Capítulo 22
Capitulo 21 - x -( Final - part II - O Julgamento)




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Capitulo 21 - x - ( Final - part II - O Julgamento )

Draco Ponto de Vista.

Sentia-me uma formiga em um mundo de gigantes, todos encaravam-me como se eu estivesse cometido um crime... Bem, traição é considerada crime?!

Confesso que não estou prestando muita atenção, meu pensamento está em dar uma surra em todos aqueles que me julgam com olhares.

“É, eu não mudei mesmo...”

Algum velho falava todas as acusações contra mim, só podia consentir a cada erro.

- Então senhor Malfoy, o que tem a dizer a seu favor?

Droga!

Não tenho nada a meu favor. Pensa, Draco, Pensa!

Acho que demorei muito para responder pois logo um dos senhores me olhava sereno, sem me julgar ou coisa do gênero, começou a falar.

- Sabemos que começou a morar com a família Weasley e até então não houve reclamações.

- Pode-se dizer que estamos vivendo em harmonia – Falei lembrando dos gêmeos e seus planos malucos, ri um pouco, mas percebi que isso deu um tom debochado a minha fala.

Alguns me olharam feio, mas o mesmo senhor continuava sem julgamentos, parecia até estar me defendo de Hipogrifos.

- Poderia nos relatar um pouco dessa convivência de acordo com minhas perguntas? Responda sinceramente. – Consenti em silencio e ele prosseguiu – Foi o senhor que pediu abrigo aos Weasleys?

- Não. Molly me perguntou se o queria. Confesso que primeiramente fiquei com o pé atrás, mas ela tinha sido a única a tentar me ajudar – Suspirei olhando para o lado.

- E os outros Weasleys lhe aceitaram de imediato?

- Não – Ri um pouco lembrando as primeiras traquinagens dos meninos comigo. – Mas acabaram se acostumando com minha presença.

Vi um traço de humor passar pelos olhos do senhor que me fazia as perguntas.

- Eles fizeram algo que não fosse do seu agrado na sua chegada?

- Sinceramente? Teve momentos que preferi Askaban à Toca.

- E mesmo assim continuou naquela casa. Por quê?

- Percebi que alguns momentos todos estavam ocupados, alguém tinha que ajudar Molly. Queria ajuda-la tanto quanto me ajudou, mas acho que nunca vou poder pagar minha divida com ela. – Confessei olhando para o chão lembrando os meus momentos com Molly e o quanto eu era atrapalhado sem magia.

Ergui novamente minha cabeça e agora não era só o senhor que me olhava sereno, algumas mulheres de certa idade me encararam diferente.

“Aposto que são mães. São sempre mais sensíveis as coisas... Molly sempre diz isso”

- Então tem afeto por Molly Weasley? – Agora era umas das mulheres que perguntava.

- Molly é especial. – Um sorriso escapou de meus lábios.

A mesma sorriu mais suavemente, então pelo jeito acertei em cheio seu coração.

- E quanto sua entrada para o grupo de Voldemort? O que tem a falar sobre isso?

- Nada a comentar. – Encarei um dos homens que olhava-me feio.

- Como foi seus primeiros momentos com Ronald Weasley, Harry Potter e Hermione Granger?

- Achava que ia morrer, Roni tentou me matar nos primeiros 20 minutos, até Molly o controlar.

- Mas agora pode-se dizer que não há mais desavenças entre os mesmos?

- Hum... Estamos construindo uma... Uma...

- Amizade? – Arriscou uma senhora ao fundo.

- É, talvez seja uma amizade. – Pensei um pouco – Harry Potter e a senhorita Granger foram mais pacíficos, no entanto só entenderam minha situação depois de demasiadas explicações da parte de Molly.

- Senhor Malfoy, chegou ao conselho que foi visto em uma briga com antigos colegas de casa, o senhor poderia nos explicar tal fato?

- Bem, o fato é que eu percebi que eu era igual a eles, antes da ajuda dos Weasley’s, e eu era totalmente idiota, só não queria continuar vivendo no passado – Perdi meu raciocínio lembrando de todas as coisas que eu fazia sempre que possível para atormentar a todos, principalmente os Weasley’s.

Alguns encaravam-me confusos, acho que não fui muito claro.

- Por favor, responda-nos claramente Sr. Malfoy.

- O caso é que não consigo aguentar ofensas a pessoas que considero boas, calado senhores. – Acho que comecei a amolecer o coração de vários.

- Entendo – O senhor que me apoiava desde o começo deixou-se sorrir por alguns estantes. – E quanto ao seu novo trabalho?

- Han, vai bem.

- Porque escolheu trabalhar ou foi obrigação?

- Não, opção própria. Ainda tenho certo orgulho e não quero depender do dinheiro alheio.

Alguns sorriram satisfeitos com minhas respostas, suspirei aliviado pensando que esse interrogatório havia chegado ao fim, no entanto.

- Senhor Malfoy, entrando em questões mais pessoais, poderia nos dizer: Envolveu-se com alguém nesse meio tempo? – Engoli seco, ficando nervoso de imediato

- Que tipo de envolvimento a senhora está falando? – Não esperava responder perguntas do gênero.

- Amorosos, meu caro. Está claro que conseguiu dar espaço a Senhora Weasley em seu coração, tornando-o um pouco mais puro, É fácil amar quem lhe cede a mão, mas conseguiu dar espaço há alguém que não estivesse lhe ajudando?

- Sou realmente obrigado a responder essa pergunta?

- Faça como preferir, suas respostas serão julgadas e avaliadas ao sair daqui.

- Sim.

- Quem?

- Sem comentários. – Olhei pro lado, não acreditando que estava corando pela resposta em minha mente.

- Hum... Compreendo que o orgulho Malfoy ainda reine nas suas veias, mas não posso deixar de considerar que juntamente com o orgulho outros sentimentos possam parecer com o do seu pai.

- Olhe, eu realmente ainda tenho meu lado Malfoy, sempre vou ser um, no entanto, posso assegurar-lhe que isso nunca vai acontecer porque agora, também tenho uma parte Weasley dentro de mim.

Vi o rosto de todos se contorceram em surpresa.

-Senhor Malfoy durante os últimos três dias, para observar mais sobre seu comportamento foi colocado em seu encalço um ‘vigia’, que nos relatou detalhadamente seu dia-a-dia.

“Porra! Então é por isso que estava com essa sensação de ser observado. Achava que estava ficando louco e era só esses filhos da mãe!”

- Senhor Draco Malfoy, durante a leitura desse relatório, duvidas ficaram no ar. – Uma mulher continuou.

- Quais duvidas? – Eu sinceramente não entendia qual parte estaria além da compreensão deles.

- Como dissemos há mínimos detalhes escritos. Então defina seu relacionamento com a senhorita Ginevra Weasley.

Engoli seco, tentei disfarçar os sentimentos, mas era claro a surpresa que passou por meu rosto por alguns segundos, no entanto logo tornou-se indiferente.

- Creio que essa questão não está envolvida no que estamos a tratar hoje, com todo respeito.

- No entanto, há. Os questionamentos desse julgamento estão relacionados aos seus comportamentos e é essencial, que seus relacionamentos afetuosos sejam esclarecidos.- Um senhor falou, mas diria que estava mais que curioso.

- Portanto, responda o que lhe foi perguntado.

“É impressão minha ou eles, são um bando de fofoqueiros loucos por uma nova bomba!”

- Não é possível responder-lhes, pois não há definições.

O que choque passou pelas feições de alguns deles, outros pareceram imparciais.

- Então, a senhorita Weasley estaria somente sendo usada para seu mero prazer, assim como a senhorita Parkinson? – Uma senhora carrancuda se meteu.

“Caralho! Será que todo mundo acha que eu usava a Pansy? ... Okay, não posso negar que na maioria das vezes sim... Mas depois ela continuou comigo porque quis.”

Suspirei e voltei a olhar a mulher da pergunta.

“Espera! Eu a conheço.”

Sim, sim! Uma das tias de Pansy... Acho que se chama Artides, Artera, algo assim.

Quanto rancor essa família guarda essa de mim?!

- Meu relacionamento com a senhoria Weasley se encontra sem definição por enquanto – Fiz questão de frisar o final – Mas posso assegurar-lhes que vai muito além do meu envolvimento com a Pansy, senhora Parkison. – Encarei-lhe seriamente enquanto pronunciava seu sobrenome.

- Isso seria uma forma de demonstrar vergonha quanto estar envolvida com uma Weasley, Sr. Malfoy?

- De forma alguma, senhor! – Mostrei minha descrença em suas palavras.

- Então você quer dizer que toda a família Weasley reconhece você e a senhorita Ginevra como casal?

Okay, ele me pegou!

“Claro que não, eu prezo pela minha vida”

Ér, é melhor eu não responder isso.

- Não, senhor. Ambos consentimos em falar no tempo certo para eles. – Eles pensaram em novas questões.

“E então vou poder estar com a ruiva a qualquer momento... Se eu ainda estiver vivo.”

Dei de ombros com esse pensamento.

“Pela ruiva vale a pena virar um fantasma”

... Cara, como eu sou gay.

“Nota mental: Deixar de ter pensamentos românticos!”

- Tudo bem Sr. Malfoy. Aguarde na sala para avaliarmos suas respostas e darmos um veredicto final.

Consenti com a cabeça e sai sendo guiado por um elfo.

“Parece o tal Dobby... Na verdade, todos tem a mesma cara feia. Dá pra confundir muito fácil”

Ao chegar lá dei de cara com os Weasley e outros. Molly soltou-se dos braços de Arthur e veio abraçar-me. Os gêmeos nos abraçaram e depois todos os outros, formando um abraço grupal que logo desfez-se.

- Então? – Arthur passou os braços em volta de Molly novamente.

- Mandaram-me esperar. Logo saberemos o resultado.

- Sua cara não é nada inspirada. – Roni comentou com as mãos dadas à Luna.

- Minhas esperanças não são também. – Lembrei das perguntas relacionadas a Gina e fiz uma careta.

- Vai dar tudo certo, Draco – Hermione sorriu amigavelmente e eu somente consenti. Não era evidente, mas estava tenso.

Logo todos começaram a conversar entre si, alguns começavam a falar comigo, mas logo eu saia da conversa.

Sentei em uma das poltronas ali presentes, observando de foro os Weasleys, Potter, Granger e Lovegood confraternizando em harmonia. Teria espaço suficiente para um Malfoy ali?

- Eu vou estar com você... – A Ruiva pronunciou-se pela primeira vez, sentando ao meu lado - ... Não importa o que aconteça – Ela olhou para nossas mãos entrelaçando-as – Enquanto ainda me quiser ao seu lado, claro. – Ela levantou a cabeça encarando-me com um sorriso no rosto.

Deixei-me relaxar pela primeira vez e sorri-lhe de volta.

Ela piscou para mim com um sorriso maroto, levantou-se e dirigiu-se a porta.

Sabia exatamente o que queria dizer e o que deveria fazer.

- Aonde vai? – Jorge perguntou quando ela estava no meio do caminho à porta.

- Ao banheiro. Porque? Vai querer me acompanhar? – Tinha um sorriso sarcástico por cima do tom educado.

- Eu vou, Ginny! – Hermione levantou de sua poltrona com um sorriso, parecendo não perceber a negação nos olhos da Weasley e meu olhar fuzilante.

“Acabou com o plano, Granger -.-`”

Fiquei alguns segundos de cabeça baixa. Ao levantar encontrei os orbes verdes do Potter encarando-me.

- Malfoy! – Harry pronunciou – Posso falar com você? – Ele começou a andar em direção a porta, mesmo sem minha resposta. Seu semblante era sério demais.

Segui-o tentando lembrar de alguma coisa errada que tenha feito.

- Quais suas intensões? – Ele interrompeu meus pensamentos.

- Do que está falando? – Eu tinha uma ideia do que era, não estava raivoso, somente questionável. – O que você pretende, Malfoy? – Seu tom sério mostrava  que não se tratava de algum tipo de brincadeira.

 Cerrei os lábios, encarei a parede enquanto pensava no que responder, coloquei  as mãos  na bolsos tentando aquece-las um pouco.

“Por que ele está interessado nisso?!”

- Estou perguntando como amigo dela. Vocês disfarçam muito mal, até o Roni começou a desconfiar agora!

- Eu t-tenho sentimentos muito fortes por ela. – Virei meu rosto para ele não perceber o rubor que estava aparecendo em meu rosto.

“Que idiota!”

Xinguei-me mentalmente.

Começamos a caminhar para o jardim.

- Entendo. – Ele sorria parecendo lembrar de algo – É como se fosse algo realmente novo, mas que ao mesmo tempo parece que sempre esteve conosco. – Encarei-o estarrecido por ele descrever tao bem o que sentia – Sei que bem como é. Também sinto isso.

- Pela Hermione. – Conclui e ri da sua cara de surpresa pela fala. – Vocês não disfarçam nada! – Repeti suas palavras. – Os outros é que nunca tinham percebido, mas qualquer um que prestasse atenção veria o modo como se olham desde o segundo ano em Hogwarts.

- S-segundo ano? M-mas eu não sentia nada por ela naquela época. – Era engraçado ver o Potter sem jeito, mas reprimi o riso para mais tarde.

- Sentia, sentia sim e sabe disso. Não se preocupe, era, e ainda é, recíproco. – Sorri amigavelmente.

Foi a vez dele me olhar estarrecido. Ele ficou quieto, pensando.

- Acho que temos que voltar. – Falei provavelmente interrompendo sua linha de pensamento. Ele consentiu e voltamos a sala onde os outros estavam.

Antes de abrir a porta virei e observei novamente o Potter.

“Quem diria...” Sorri.

- O que foi? – Ele estava confuso.

- Nada, só estava pensando.

- Em que?

- Quem diria que um dia teríamos uma conversa dessas – Ri lembrando do nosso pequeno dialogo.

- Quem diria que seriamos amigos... Draco – Falou dando evidencia ao meu nome.

- É Harry... Potter – Rimos juntos e entramos.

Alguns estranharam , mas não falaram nada. Hermione e Gina já estavam na sala e conversavam sobre algo.

Harry encarava a Granger e as duvidas eram evidentes em seus olhos. Cutuquei-o disfarçadamente e lhe dei um sorriso malicioso como “Eu sei que você a quer!”.

- Mestre Malfoy, acompanhar Dom.- O tal elfo parecido com o Dobby apareceu para levar-me novamente ao julgamento.


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