Era uma tarde fria. Hoje seria a final do campeonato. Grifinória x Sonserina. Um clássico. Mas porque não estou animado? Talvez seja pelo fato da capitã do time adversário ser a minha namorada. Ou talvez porque meu sogro e meu pai vão estar nas arquibancadas, torcendo por nós.

-Scorpius? O que está esperando? Vamos, cara. - era Alvo, meu melhor amigo, ele é artilheiro e é primo de minha namorada. Ele também é um dos poucos que sabem de meu namoro com Rose Weasley.

-Ah, claro. Vamos.- eu era capitão do time da Sonserina, irônico, não? Saímos do vestiário, um som de aplausos invadiu meus ouvidos.

O time da Grifinória já estava em campo. Rose estava na frente de todos os outros jogadores, com a mão direita estendida em minha direção, olhei para as arquibancadas, nenhum sinal do meu pai ou de meu sogro

-Caham, Scorpius? Apertar as mãos. –eu não sei o que seria de mim sem o Alvo, estendi minha mão e apertei a mão da ruiva em minha frente. Ela sorriu discretamente, fiz o mesmo. –Cara, acorda. Vão ficar quantas horas de mãos dadas?- sério, o que seria de mim sem o Alvo? Soltei a mão de Rose e montei em minha vassoura, ganhei os ares e fui para minha posição. Apanhador. Rose era artilheira, assim como Alvo.

-Os balaços já estão em jogo, seguidos pelo pomo-de-ouro. –o narrador, Colin Longbottom anunciava – A goles foi lançada... E começa o jogo!- e começou a doidera! Os artilheiros doidinhos atrás da goles, os batedores lançando os balaços para longe dos outros  jogadores

- Um clássico, Sonserina versus Grifinória! O goleiro da Grifinória acaba de fazer uma defesa impressionante!- Hugo, meu cunhado que ainda não sabe que é, havia conseguido passar do aro da esquerda rapidamente, eu quase não consegui ver, pro aro da direita, assim fazendo com que Alvo não marcasse.

Olhei para os lados procurando o pomo, nem sinal daquele troço.

-Rose Weasley acaba de marcar dez ponto para Grifinória! Parabéns garota!- olhei para o lado do campo da Sonserina e vi Rose sorridente saindo de lá e indo novamente atrás da goles que estava agora com Alvo que ia em direção aos aros da Grifinória, dei uma olhada no placar para ter certeza de que ainda não tinham marcado. 10x0 para Grifinória.

Vush!Pow!

Um balaço quase me havia acertado na cabeça, obrigado ai por não ter deixado Zambini.

-Presta mais atenção cara.- disse ele indo atrás de um balaço que estava prestes a acertar Alvo, mas o próprio impediu.  

Olha lá! O pomo, no meio do tumulto.

Fui pra esquerda, o apanhador da Grifinória, Fred II, me acompanhou, fui pra direita, talvez ele esteja me seguindo, vai ver eu consiga engana-lo. Ele não está me seguindo, viu o pomo, foi pro meio do tumulto, o acompanhei. O pomo então foi em direção aos aros da Grifinória, tomei o mesmo caminho.

Usei toda a velocidade que pude para tentar alcança-lo mas Fred estava na minha frente, ele era mais rápido. Tentei botar mais velocidade, ficamos lado a lado, meu braço estendido na expectativa de alcançar o pomo, mas nada, então eu ouvi Hugo gritar

-ROSE!CUIDADO!- olhei para trás, Zambini havia mandado um balaço em direção a Rose, ela caiu da vassoura. Mudei a direção e fui até ela. Eu juro que se eu tivesse voado nessa velocidade para pegar o pomo eu já o teria pegado há tempos. Todos pararam e ficaram a observar a cena.

Joguei-me em baixo dela, assim tomando todo o impulso da queda.

Ela me olhou, sorrindo, eu fazia o mesmo.

-Você tem que prestar mais atenção.- eu disse tirando uma mecha cor de fogo do rosto dela

-Você é maluco.- ela disse ainda sorrindo

-Por você.- beijei sua face após um abraço. Íamos nos beijar, só que ai ouvimos alguém gritar

-Ai meu Merlin!-não tenho a mínima ideia de quem disse isso. Observei o campo, todos nos olhávamos incrédulos. Dei uma olhada na arquibancada, achei meu pai, ele não tinha uma cara muito amigável. Olhei para a arquibancada da Grifinória, meu sogro nos olhava como quem estava prestes a jogar um crucio, ele tinha a varinha em mãos.

Olhei para Rose, ela me observava com um olhar de “O que vamos fazer agora?”. Agarrei a mão dela, nos levantamos e saímos correndo do campo, afinal, nenhum de nós queria ser esquartejado pelos sogros.

Fim.